terça-feira, 21 de outubro de 2008

Polícia Federal incinera drogas em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Quando você vê uma reportagem sobre apreensão de drogas, costuma se perguntar o que é feito com o material apreendido?
Pois muita gente se pergunta.
Por isso, acho importante a preocupação das polícias em mostrar à sociedade o destino dado aos entorpecentes que são tirados de circulação.
Hoje, fizemos uma matéria desse tipo.
A Polícia Federal ligou avisando da destruição do material e fomos deslocados para a Delegacia da PF.
No local, encontramos as drogas colocadas num caminhão da Polícia Rodoviária Federal, sob a responsabilidade do nosso amigo Inspetor Lima Corrêa.
Ele e a equipe da PRF de Juiz de Fora estão sempre ligados no combate à criminalidade e procurando colaborar com as outras polícias.

Os policiais federais posicionaram os carros deles protegendo o caminhão com as drogas.
A medida é para garantir a segurança dos profissionais envolvidos e facilitar a ação caso haja uma tentativa de recuperar a carga ilegal.
Para os policiais federais, sempre envolvidos em campanhas e operações anti-drogas, ver todo aquele material ilícito ser destruído é sinônimo de dever cumprido.

O Robson Rocha, meu querido marido e repórter cinematográfico da TV Alterosa, e o Olavo Prazeres, repórter fotográfico do Jornal Tribuna de Minas, se posicionaram no portão da delegacia da Polícia Federal.
Nossa situação é complicada nesse tipo de matéria.
Precisamos registrar cada detalhe.
Mas, se demorarmos muito para ir atrás dos carros oficiais, já era.

Os policiais estão numa missão arriscada, com olhos voltados a qualquer movimento suspeito.
Para isso, não perdem tempo.
Com sirenes ligadas, vão o mais rápido que podem. E a imprensa não tem sirene! Como a Lei de Murphy funciona que é uma maravilha, a gente encontra pela frente um monte de sinais vermelhos.
A cada parada, mais longe fica o comboio policial.

Mas, no fim dá tudo certo.
O Robson pegou um atalho e conseguimos chegar antes do comboio, para fazer imagens dos carros entrando na siderúrgica.
A empresa autorizou a entrada de jornalistas, desde que não fosse citado o nome dela.
É uma medida de segurança.
Os policiais se posicionaram e o caminhão com a droga foi descarregado.

Uma garra de ferro enorme foi usada para levar o material até um cesto de ferro que, por fim, levou a droga para ser destruída num forno elétrico da siderúrgica.
Foram incinerados 871kg de entorpecentes: 670kg de maconha, 118,5 kg de cocaína, 85,5 kg de ácido bórico (usado no refino da pasta base de cocaína) e 6,5 kg de haxixe.
Todo o material foi apreendido em operações policias neste ano.
Segundo a Polícia Federal, esta foi a primeira incineração de drogas feita em Juiz de Fora em 2008.

Antes de ir embora, aproveitamos para tirar fotos do pessoal da imprensa.
É uma questão de segurança usar capacetes na siderúrgica e todos nós recebemos um conjunto de capacete, óculos e protetor auricular.
O cuidado para evitar acidentes fala mais alto e ninguém desrespeita as normas da empresa.

Mesmo que as repórteres tenham dificuldades para manter os capacetes no lugar e tenham que tirar em alguns momentos para gravar.
Em alguns casos, a gente grava de capacete mesmo.
Só que a imagem fica engraçada e o risco de distrair o telespectador da informação é grande.

Claro que ao tirar o capacete, nos orientamos sobre a segurança no local e a autorização para isso. Numa siderúrgica, por exemplo, o repórter tem que estar atento a tudo.
Não pode ficar para trás, pois precisa acompanhar o que está acontecendo. Mas, também não pode ficar colado em quem está operando as máquinas, nem nos repórteres fotográficos e cinematográficos, que precisam de espaço para trabalhar.
Aliás, o pessoal não ficou lindo nesta foto?