segunda-feira, 18 de maio de 2009

Greve dos professores municipais em Juiz de Fora

Por Robson Rocha

Semana passada, estava voltando para a TV, no final da tarde, quando uma fonte ligou avisando de uma manifestação dos professores da rede municipal de Juiz de Fora. Liguei para a redação e avisei que havia um protesto, mas não sabia o ponto exato onde ele estava acontecendo.
A Ludmila Fam, nossa produtora, apurou e descobriu o local.
Então, fui para o Parque Halfeld, onde deixei o carro.
Porém, a passeata já havia saído.

Os professores reivindicam 10% de aumento de salário, manutenção do plano de carreira e passar de R$ 450 para R$ 600 a verba para compra de material pedagógico.
De longe, eu ouvia as palavras de ordem.
O jeito foi correr pela pista lateral da Avenida Rio Branco, no centro de Juiz de Fora.
Depois de correr intermináveis 300 metros com a câmera no ombro, consegui apanhar os professores já na avenida Getúlio Vargas.

O que me chamou a atenção durante a passeata foi a preocupação dos lideres em não fechar o trânsito.
Eles ocuparam duas pistas da Getúlio Vargas e deixaram liberadas as outras duas.
Durante todo o percurso, os professores deram um exemplo de como se fazer uma manifestação consciente.
Mostraram sua indignação, sem prejudicar a população.

A coisa foi tão organizada, que a Polícia Militar apenas fez o acompanhamento e organizou o trânsito na região.
Depois, os professores entraram no calçadão da rua Halfeld e continuaram a distribuir rosquinhas.
Segundo eles, a “rosquinha do prefeito Custódio”.
Uma referência aos zero por cento de reajuste que a prefeitura ofereceu aos professores.

Enfim, eles atravessaram a avenida Rio Branco de novo e foram em direção ao prédio da Câmara Municipal de Juiz de Fora.
Lá, marcaram novas manifestações para mostrar à população o motivo da greve.

Eu estava trabalhando sozinho, pois a Michele estava de licença do trabalho por causa do falecimento do pai dela.
Aí, fiz também a entrevista com o coordenador geral do Sinpro (Sindicato dos Professores), Flávio Bitarello.
Ele afirmou que a greve iria continuar e que a prefeitura tinha condições financeiras de conceder o reajuste para a categoria.

Do outro lado, a administração municipal afirmava que não havia dinheiro e alegava uma queda no repasse das verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O MGTV 2ª edição do dia 18 de maio, desmentiu a prefeitura e mostrou dados disponibilizados pelo Tesouro Nacional em seu site.
No primeiro trimestre deste ano, a Prefeitura teria arrecadado mais do que em igual período do ano passado.
Segundo o Governo Federal, foram depositados nos cofres públicos municipais R$ 18,6 milhões em 2009. No ano anterior, os caixas registraram a entrada de R$ 16,3 milhões.

Hoje, houve mais uma assembléia e também reunião entre o sindicato dos professores e a prefeitura.
Porém, as negociações não avançaram e a greve dos professores, que já dura 20 dias, continua.
Segundo o sindicato 85% dos professores estão parados.
Enquanto isso, mais de 50 mil alunos estão sem aulas.
Eles são os mais prejudicados, e sem poder negociar.
Para o lado mais fraco não existe democracia.
Simplesmente vão ter que engolir o que for definido ao final.
Sou leigo, mas acho que já passou da hora de algum promotor público entrar na história e pedir uma auditoria para avaliar se com o repasse do governo federal é possível ou não dar um reajuste aos professores e acabar com essa novela.

Acidente grave na Br040

Do JF Hoje
www.jfhoje.com.br
Por Mariana Nicodemus

No final da tarde de ontem, três pessoas morreram e oito ficaram feridas em acidente envolvendo dois carros na BR-040, próximo ao km 773, no bairro Barreira do Triunfo, em Juiz de Fora/MG.
Teste do bafômetro constatou que o condutor de um dos automóveis onde viajavam seis pessoas estava embriagado.
O Fiat Tempra LYK 4772 e o Renault Clio HMS 5770, ambos de Juiz de Fora, bateram de frente por volta das 18h, no km772, no Bairro Barreira do Triunfo.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Tempra, que trafegava no sentido Rio de Janeiro/Belo Horizonte, teria invadido a contramão, colidindo com o Clio, que viajava na direção contrária. Seis viaturas do Corpo de Bombeiros e duas do Samu prestaram socorro às vitimas.
Cláudia Lamarca Perereira, que estava no banco do carona do Tempra, sua filha, Daniele Lamarca Pereira, e o namorado da menina, Lucas Cristian Alves Passos (20 anos), no banco de trás, morreram no local.
O condutor do veículo, Rubens Silva Pereira, de 44 anos, e Lucas da Silva Andrade, 19, sofreram lesões graves.

Os seis passageiros do Clio que não tiveram os nomes divulgados — também ficaram feridos. Teste de alcoolemia confirmou que o motorista do veículo havia consumido bebida alcoólica, com 0,73 gramas de álcool por litro de sangue, valor acima do permitido por lei.
A perícia esteve no local e as causas do acidente só poderão ser confirmadas após o laudo da equipe.
Todos os feridos foram conduzidos ao Hospital de Pronto Socorro (HPS).