segunda-feira, 22 de junho de 2009

Acidente entre carro e moto deixa dois feridos na BR 040

Por Michele Pacheco

Por volta de cinco da tarde, o motorista de um Corolla com placa de Cataguases seguia pela BR 040, no sentido Juiz de Fora-Belo Horizonte.
No trevo de Lima Duarte, ele fez o retorno para seguir viagem rumo ao Sul de Minas.
Ao terminar a alça do trevo, deveria ter ficado na pista da esquerda por um trecho maior antes de cruzar as outras duas pistas e entrar à direita.

Segundo o próprio motorista, um vendedor, ele olhou pelo retrovisor e não viu nada.
Assim, saiu do trevo e cruzou a rodovia para pegar a BR 267 e seguir até Lima Duarte.
O problema é que ele não estava sozinho na estrada.
A manobra irregular foi rápida e não deu tempo de um motociclista desviar.
O resultado foi a batida da moto na traseira do Corolla.

O motociclista não se machucou pouco, mas o carona ficou todo arranhado.
Com o impacto, os dois ocupantes caíram no asfalto.
Quem estava na garupa teve vários arranhões pelo corpo.
O rapaz foi socorrido por uma equipe da Concer, concessionária responsável pela administração do trecho privatizado da BR 040.

A vítima foi atendida e colocada na ambulância, à espera da chegada da equipe médica.
Foi tudo muito rápido.
Estávamos voltando de viagem e vimos a ambulância e o carro da Polícia Rodoviária Federal.
Descemos rápido.

Enquanto o Robson registrava imagens do acidente, eu apurei com os policiais algumas informações básicas que pudesse colocar numa passagem.
O restante dos dados, eu pegaria depois, quando os policiais já tivessem terminado de registrar a ocorrência.

O problema era que estava escurecendo rápido e, se eu demorasse para gravar, não teríamos mais uma imagem boa.
Além disso, em casos de acidente, se o repórter demora para apurar, ele acaba gravando a passagem sem movimento no fundo.
Acho horrível!
O telespectador acompanha todo o trecho em off com imagens de ambulância, movimento policial, luzes piscando...
Aí, vem o repórter paradinho com o fundo vazio, sem ninguém se movendo.
Depois, retoma o off com toda a movimentação de novo!

Nesse caso, deu tudo certo. Fizemos as imagens, passagem, sonora com o motorista do Corolla e com o inspetor Lima Correa, da Polícia Rodoviária Federal.
Tudo isso em menos de cinco minutos.
Aí, foi só terminar de pegar os dados para colocar em off e esperar a decisão do médico sobre a necessidade de encaminhar ou não a vítima a um hospital de Juiz de Fora.
O rapaz acabou liberado, depois de ter os arranhões limpos e tratados.
Menos mal!

Copa Alterosa de Futebol Regional

Por Michele Pacheco

Nesse domingo foi realizada em Belmiro Braga a segunda rodada da competição.
O Vargem Grande jogou em casa e venceu por 2 a 1 o Villa do Carmo, de Barbacena.
O jogo foi disputado.
A equipe visitante chegou assustando e tentando impor ritmo à partida.
Mas, ficou só na tentativa.

O Vargem Grande (de uniforme preto e branco) se organizou e criou boas jogadas.
Aos poucos, o time de Barbacena foi perdendo espaço de jogo e sentindo o peso do ataque adversário.
Aos 18 minutos do primeiro tempo, Julinho abriu o placar para a equipe da casa.
Cacau ampliou o placar aos 23 minutos da etapa final.
O Villa do Carmo, que perdeu um pênalti, defendido pelo goleiro “Secreto”, diminuiu a diferença aos 41 minutos.
Felipe foi o autor do último gol do jogo, fechando a partida em 2 a 1.

No domingo anterior, o Villa do Carmo empatou em casa com o Unipac/Benfica, de Juiz de Fora. Foi na abertura da Copa Alterosa de Futebol Regional.
Eu e o Robson acompanhamos esse primeiro jogo.
Foi numa manhã gelada em Barbacena.
O público disputou cada pedacinho de sol na arquibancada.
Se, do lado de fora, o frio imperava, dentro do gramado o clima esquentou.

O Robson montou o equipamento na arquibancada, pois o ângulo para a gravação era melhor do que nas cabines.
Ele espantou o frio atento ao jogo e sem poder piscar, pois a partida foi recheada de momentos polêmicos.

Eu tentava driblar a minha miopia e o sono, a fim de não confundir os jogadores e anotar dados errados.
A partida começou morna e eu estava atenta aos melhores lances, para o caso de não sair nenhum gol.
A gente trabalha sempre sintonizado. Quando tem um lance melhor, o Robson me passa, ou eu levanto e confiro, o tempo marcado na fita, o TC (time code). Assim, fica mais fácil para o editor ir direto ao lance citado no texto. Depois, é só anotar na lauda o tempo e onde deve entrar cada imagem.

O jogo morno foi esquentando e as jogadas polêmicas também.
O técnico do Unipac/Benfica foi advertido pelo bandeirinha e pelo árbitro, mas não adiantou.
Ele ficou o tempo todo na beira do gramado, do lado contrário aos bancos de reservas.
Quando o Villa do Carmo abriu o placar, foi um tumulto só!

O Moacyr Toledo invadiu o campo, bateu boca com o juiz, chutou o bandeirinha e foi expulso.
Os jogadores do time visitante seguiram o exemplo do treinador e reclamaram muito.
Eles afirmavam que o gol não tinha valido, pois tinha havido mão na bola. Quando as coisas acalmaram um pouco, houve mais reclamações.

Faltando uns dez minutos para o fim do jogo, eu deixei a arquibancada e dei a volta em todo o campo para entrar no gramado e esperar a hora de entrevistar os técnicos.
Como o Robson não poderia descer com a câmera antes do apito final, eu pedi aos entrevistados para gravar no meio do campo, para diminuir a distância da câmera..
Estava tudo certo.

Gravei com o técnico do Villa do Carmo, Henrique Alvim.
Acabei a entrevista e estava prestes a buscar o Moacyr, quando um berro ecoou pelo estádio, chamando a atenção de todo mundo.
Lá estava o Robson, no meio da arquibancada balançando os braços.
Para mim, pobre míope, parecia um boneco desengonçado fazendo gestos sem sentido.
Respondi com um educado “Quêêêêêê?”.
Ele esfregou o rosto, olhou para o céu e parecia estar rezando, ou pedindo paciência, pois já tinha repetido umas duas vezes e eu não tinha entendido.
Por fim, ele limpou a garganta e fez inveja a muitos tenores!

Dessa vez, eu pude enxergar até as cordas vocais dele se exercitando. O timbre forte e másculo do meu marido ecoou pelo estádio inteiro “REPITA A ENTREVISTA!O SOL SAIU E ESTOUROU A IMAGEM” Aí, sim! Entendi e repeti a entrevista com o Henrique que parecia tentar não rir dos dois malucos enviados pela Alterosa para cobrir o jogo.

Depois, gravei com o Moacyr Toledo e perguntei ao Robson se tinha valido, antes de liberar o entrevistado. Achei melhor fazer isso, do que repetir o mico!
Bem, a Copa Alterosa segue com Vargem Grande na liderança, com três pontos, Unipac/Benfica e Villa do Carmo com um ponto cada um, e Nagoya sem pontos, pois ainda não jogou. A partida entre Unipac/Benfica e Nagoya seria no sábado passado, mas foi adiada. Nesta terça-feira, os organizadores da Copa se reúnem para definir os próximos jogos.