quarta-feira, 24 de junho de 2009

Audiência Pública sobre o Restaurante Popular de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

O Restaurante Popular de Juiz de Fora foi anunciado como um grande feito para o município.
Isso foi no governo Bejani, antes da prisão do ex-prefeito e das denúncias de desvio de verbas do FPM, Fundo de Participação dos Municípios.
Autoridades se reuniram para inaugurar a placa que dava início às obras.
Mas, tudo mudou com a Operação Pasárgada.
Com o prefeito preso e recursos do município retidos, a cidade acompanhou a renúncia do Bejani, a tomada de posse de José Eduardo Araújo e a eleição de Custódio Mattos (PSDB).

E nada de sair do papel o restaurante tão esperado por pessoas de baixa renda, estudantes e profissionais que trabalham na área central e esperavam ter refeições de qualidade por preço baixo.
A alegação da atual administração é que a crise política que deixou seqüelas econômicas tornou impossível para o município arcar com as despesas de manutenção do projeto.
Dados divulgados à imprensa revelam que seriam necessários três milhões e duzentos mil reais para manter o restaurante funcionando.

Durante uma Audiência Pública realizada nessa tarde na Câmara Municipal de Juiz de Fora, o vereador Flávio Checker (PT) contradisse os dados divulgados.
Ele lembrou que o governo federal já depositou na Caixa Econômica Federal um milhão e quatrocentos mil reais para a implantação do projeto.
Ao município, caberia apenas uma contrapartida pequena.
Hoje, o gasto seria de 700 mil reais para a prefeitura.

O plenário da Câmara estava lotado e mais de 40 pessoas se inscreveram para opinar sobre o assunto na Audiência.
Foram sindicalistas, profissionais de várias áreas, catadores de papel e pessoas de baixa renda.
Todos foram unânimes ao cobrar a construção do restaurante.
Alguns foram mais incisivos e chegaram a se exaltar ao falar da paralisação das obras.

Entre os mais revoltados, encontramos a Vera Assis.
Ela é catadora de papel e já foi personagem de uma reportagem da TV Alterosa sobre reciclagem de lixo.
A Vera sai de casa às cinco da manhã e só volta à noite.
O que ela ganha vendendo material reciclável é usado para as despesas da família.

Com isso, a catadora muitas vezes passa fome para economizar.
“A gente está virando mendigo!
Para comer, tem que pedir esmola.
O que a gente ganha não dá para pagar um prato de comida todo dia.
O restaurante popular é um direito nosso e vamos cobrar” reclamou ela ao microfone.

Nós, jornalistas, tentamos nos movimentar sem prejudicar o público que ouvia ansioso cada depoimento e cada cobrança.
Difícil é para o Robson e os outros cinegrafistas e fotógrafos ficarem de um lado para o outro, em busca de boas imagens.
Uma hora ou outra eles ouvem alguém brigando e pedindo para saírem da frente.
Ossos do ofício!

Mas, em audiências longas como foi essa, sempre dá tempo de trocar idéias com os colegas de imprensa.
A Josy estava apurando informações com o Flávio Checker e o Robson e o Gilberto ficaram no maior papo.
Como faz tempo que não nos víamos, os dois estavam cheios de novidades para trocar.

O Restaurante Popular ainda vai dar muita polêmica.
O impasse continua.
A prefeitura alegando não ter verba para o projeto e a sociedade organizada tentando provar que há recursos suficientes e que a construção é uma prioridade social.
O Defensor Público da União que participou da audiência lembrou que o restaurante não pode ser visto apenas como mais uma obra.
Ele é uma questão de Direitos Humanos.

“O valor da alimentação em Juiz de Fora é muito elevado.
O acesso a uma alimentação de qualidade é um direito dos brasileiros.
Não se pode avaliar essa situação apenas do ponto de vista econômico, nem discutir o assunto com motivações apenas políticas.
É preciso priorizar o lado social” explicou ele.
A postura foi aplaudida.

Bombeiros do 4ºBBM fazem travessia do dia mais frio

Por Assessoria de comunicação do 4ºBBM

Na manhã do dia 24 de junho,
o Quarto Batalhão de Bombeiros Militar realizou a Travessia Represa João Penido
- Dia Mais Frio 2009.
Os Bombeiros Militares, após alongamento e aquecimento,
fizeram a travessia, a nado, da Represa João Penido.

O Sr. Tenente Coronel BM Rodney de Magalhães,
Comandante do 4º BBM, também participou da atividade juntamente com os demais militares,
totalizando 25 participantes.

Vislumbrando a necessidade de constante instrução para a tropa do Quarto Batalhão de Bombeiros Militar e considerando que ocorrências envolvendo habilidades aquáticas podem ser exigidas a qualquer tempo,
esse treinamento prático de natação teve por objetivo adaptar os Bombeiros Militares às demandas apresentadas no inverno,
além de promover o espírito de equipe.
Este já é o terceiro ano em que o Quarto Batalhão de Bombeiros Militar realiza a Travessia do Dia Mais Frio,
sendo que o evento já faz parte das comemorações da Semana de Prevenção.