quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

IPTU - Polêmica e abandono

Por Robson Rocha

Hoje, fizemos uma matéria sobre as reclamações sobre o IPTU.

A chuva do final da tarde me levou a pensar aonde vai o dinheiro que desembolsamos para esse imposto.

Moramos na Avenida Rio Branco, próximo ao antigo trevo do Bom Pastor, e toda vez que chove a avenida fica alagada.

O pessoal do Bahamas São Vicente corre para colocar barreiras para a água.

O IPTU de quem mora por aqui é alto, mas parece que o dinheiro não é suficiente para fazer uma limpeza na rede de águas pluviais.


Ultimamente a falta de limpeza dessa rede causa alagamentos até em áreas do centro da cidade, como na rua Batista de Oliveira.

Quem está trabalhando nas lojas entre as ruas Braz Bernardino e São João tem que parar o que está fazendo e vigiar o nível da água.

Se chove muito forte, há alagamentos em algumas dessas lojas.


Agora, se na região central a coisa não vai bem, imagine em alguns bairros.

O Linhares, por exemplo, parece abandonado.

Aliás, está abandonado!

Toda chuva mais forte, as pessoas começam a ligar relatando alagamentos e pedindo reportagem.

O trecho da Rua Diva Garcia entre o posto policial e a igreja católica do bairro é local de imagem garantida em dia de chuva.


Já o pessoal da rua Itália não sabe mais o que fazer.

Não precisa nem ir ao local pra fazer imagem.

É só usar o arquivo, isso porque a cena é a mesma.

Água e depois lama, muita lama.

Aí, depois do estrago, equipes do Demlurb aparecem para limpar as ruas.

A minha pergunta é: não seria mais fácil fazer dragagem para afundar um pouco o leito do córrego do Yung?


Outro trecho da Diva Garcia, conhecido como curva da Mangueira está com a tubulação entupida há quase um ano e aí, a chuva é sinal de alagamento.

Para piorar, um trecho pouco antes está com os coletores de água tomados por terra e a água escorre pelo barranco e segue para a curva da Mangueira aumentando o alagamento.

O barro toma conta da pista quando a água baixa.

Mas, o morador do Linhares está abandonado.

Posso falar de cadeira, porque minha família é do bairro.


Ah, a Prefeitura fez uma obra lá, próximo ao posto médico.

Local onde, em novembro, as águas do córrego do Yung levou parte de uma casa e também parte da casa de bombas da Cesama.

Mas, a obra foi tão bem feita que bastou chover que a água levou o muro e parte do quintal da casa do Zé Leite, comerciante mais antigo e mais conhecido do bairro.

Além de mal feita, a obra é lenta e até hoje não foi acabada.

Quem sabe estão esperando a enchente das goiabas?


Outro detalhe é que na rua Diva Garcia, logo depois do bairro Três Moinhos tem pedras enormes ameaçando cair desde o inicio de janeiro.

Mas, ela está lá.

Espero que se ela cair, pelo menos não atinja nenhum veículo e nem alguma pessoa.

Outro lugar abandonado é a praça do bairro.

A administração anterior inaugurou e a atual abandonou.

A última vez que passei por lá à noite, não havia nenhuma lâmpada acessa.

É o local ideal para o uso de droga.

Alias, foi naquela região que encontramos o personagem que apareceu na série que fizemos sobre o crack no ano passado.


Mas, se o Linhares está abandonado e os moradores tem que pagar o IPTU mais caro, pior é a situação dos moradores do bairro Santa Teresa.

Eles perderam as casas e, segundo o Sidenílson Alves Ferreira, diretor da Associação de Moradores, vão ter que pagar IPTU.

Os moradores são retirados de suas casas, elas são derrubadas pela prefeitura e vão pagar IPTU?

Pode até estar de acordo com a lei, mas falta no mínimo sensibilidade.


Hoje fizemos uma matéria sobre isso e a assessoria da secretária da Fazenda avisou que ela não iria falar sobre o assunto.

Uma contribuinte desabafou na fila que é absurdo você ter que pagar para depois reclamar.

Segundo ela, antes o governo municipal abria espaço para as dúvidas e reclamações antes do fim do prazo para pagar o IPTU à vista, com desconto de 20%.

Nessa administração, o desconto caiu para 12% e o prazo se encerrou dois dias antes do início do registro de reclamações.

O que o pessoal comentou foi que se a secretária não fala sobre o assunto com a imprensa, imagine com a coitada da população!


Mas, voltando andando pra casa hoje antes da chuva, registrei essas fotos.

A esquina da Av. Rio Branco com a independência parecia um depósito de lixo.

Pra quem chega à cidade é uma visão não muito agradável.

Cadê a fiscalização?

Cadê o investimento do IPTU.


Isso, fora o lixo acumulado pelas calçadas.

O vendedor de água de coco vende o liquido e larga o lixo a margem da principal via de Juiz de Fora.

Seguindo pela avenida, mais lixo pelas calçadas sujas.

Falta educação da população e fiscalização das autoridades.


Acho que a Câmara deveria elaborar uma lei para multar com valores bem altos quem suja a cidade.

Assim, vamos ter tantos fiscais quanto agentes de trânsito com seus bloquinhos sempre nas mãos.

O que, alias, é um outro tema interessante, mas para uma próxima oportunidade.