domingo, 22 de fevereiro de 2009

Carnaval 2009 - Minas põe os blocos na rua

Por Michele Pacheco

O carnaval em Minas ainda tem aquele jeitinho de antigamente.
Com blocos nas ruas e crianças fantasiadas curtindo a folia com os pais.
No nosso plantão de carnaval, já acompanhamos vários blocos.
Em Barbacena, o Bloco Tirando a Máscara foi às ruas para defender a proteção da natureza.
Com materiais simples, os organizadores conseguiram dar o recado.

Um dos integrantes representou um lenhador e desfilou com machado e um tronco de árvore estilizado para simular o desmatamento que ameaça a flora e a fauna do Brasil.
Ele estava tão animado desfilando, que os conhecidos ficavam chamando pelo nome e fazendo brincadeiras.
Uma gaiola com animais da fauna silvestre empalhados foi levada por um homem vestido de caçador. Ele teve que agüentar as vaias das crianças e o spray de espuma. Foi legal ver que a criançada está ligada ao que é certo ou errado quando o assunto é natureza.

Mas, o que encanta a todos no Bloco Tirando a Máscara é que ele foi criado há 13 anos como um projeto de inclusão social para os pacientes e freqüentadores do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, mantido pela rede Fhemig.
O objetivo era unir pacientes, funcionários e comunidade.
E funcionou!
Eles se divertem juntos e sem preconceito.

Alguns pacientes já são mais idosos e parecem não ter noção do que está em volta.
Ficam com o olhar meio perdido.
Mas, aos poucos vão se animando.
O público aplaudia com disposição toda vez que passava uma ala de pacientes psiquiátricos.
Uma mulher muito emocionada aplaudia sem parar, com os olhos cheios de lágrimas.
Ela gravou entrevista e disse que aquilo é uma lição de vida.
Qualquer um de nós pode estar numa situação daquelas ou ter um parente com problemas mentais.

O difícil foi fazer imagens no meio da multidão que se reuniu na rua para ver a passagem do bloco.
Sem corda de isolamento, o pessoal saía da calçada e fechava a rua para ver melhor.
Sorte que o Robson é bem alto e pôde fazer imagens por cima da cabeça do público.
Se ficava mais difícil, ele simplesmente colocava a câmera na cabeça e pronto.

Voltamos tarde de Barbacena, mas ainda deu tempo de passar para dar um abraço nos amigos que estavam reunidos em Juiz de Fora.
O Bloco da Imprensa se concentrou no centro da cidade.
Lá, encontramos representantes de todas as empresas.
É legal encontrar o pessoal fora do trabalho.

Os mesmos profissionais sérios, que cobrem matérias complicadas com a maior seriedade, estavam lá se divertindo e esbanjando animação.
É uma oportunidade única para reunir os jornalistas e radialistas longe da correria do dia-a-dia.
E, quem observa com atenção, nota que não há concorrência na hora da folia.
Todos se unem para curtir a festa.

Conversamos com amigos que não vemos há um bom tempo.
O Getúlio se aposentou da Tribuna de Minas e faz falta na rua.
Ele sempre nos divertia contando piadas sem a menor graça nos momentos de maior tensão.
Imaginem quantas piadas ele tinha acumulado!
E fez questão de contar todas no pouco tempo que ficamos no bloco.
O Daniel, estagiário da TV Alterosa, se divertiu bastante.

Outro encontro animado foi na Banda Daki.
Tínhamos que cobrir o início do evento, pois iríamos para Laranjal acompanhar o enterro do Sérgio Naya.
É muito bom encontrar as crianças fantasiadas e os pais animados na concentração.

Afinal, esse é o espírito do carnaval.
E o José Carlos Passos, o Zé Kodak, é um dos principais responsáveis por manter viva a tradição do carnaval de rua em Juiz de Fora.
Ele transborda alegria e contagia a todos os foliões e jornalistas.

Quem fez sucesso na Banda Daki foi a Nara Costa, Musa Alterosa 2009.
O concurso foi criado para valorizar as jovens que são representantes do charme brasileiro.
Bonita, simpática e com samba no pé, Nara conquistou a todos pela simplicidade.
Ela tirou muitas fotos na concentração da Banda.

A Banda Daki abre oficialmente o carnaval em Juiz de Fora e desfila há 37 anos.
A principal característica está nos homens vestidos de mulher e nos foliões criativos que sempre capricham na fantasia e passam o ano pensando no que vão aprontar no carnaval seguinte.
O resultado é muito bom-humor e irreverência.

Encontramos por lá muitos jornalistas.
A TVE Juiz de Fora enviou a equipe da Josi e do Gilberto.
São dois ótimos profissionais e é sempre um prazer encontrá-los nas matérias.
Eles estavam à caça de personagens para a reportagem sobre a Banda e encontraram cada figura...

O Fernando Priamo, da Tribuna de Minas, estava na concetração desde cedo.
Ele é uma pessoa muito especial e sempre nos divertimos quando o encontramos.
Temos cada história dele!
Uma coisa que sempre me chama atenção quanto ao Priamo é o quanto ele se envolve com o trabalho.
Não me lembro de já ter encontrado nosso amigo desanimado.
Apesar das dificuldades tradicionais da profissão, ele está sempre de alto astral.

Fizemos questão de tirar uma foto com o Carlos Fusco.
Ele tem sido um dos destaques do carnaval juizforano nos últimos anos.
A revista Freefolia traz informações importantes sobre os esquemas de segurança, a avenida e as escolas de samba.
Ele e a mulher estão sempre presentes em todos os eventos carnavalescos, atentos a todos os detalhes.
Parabéns pelo empenho e pela disposição.

Por falar em disposição, lá também estava o pessoal da TV Panorama.

Muita gente acha que somos inimigos por trabalharmos em empresas concorrentes no mercado.
Mas, não é bem assim.
Hoje, o jornalismo é uma profissão instável.
Você está trabalhando numa empresa e no dia seguinte pode estar em outra.
E, mesmo que isso não aconteça, somos todos profissionais e estamos no mesmo barco, remando para melhorar nossa área de atuação.

Agora, quem está dando duro para garantir um carnaval nota 10 em Minas é a Polícia Rodoviária Federal. Acompanhamos o trabalho deles.
O Inspetor Lima Corrêa é uma amigo de longa data e que tem nosso respeito.
Ele e o Inspetor Wallace Wischansky fazem de tudo para garantir estradas seguras na Zona da Mata e nas Vertentes.

Neste carnaval, a Polícia Rodoviária Federal vai montar radares móveis nos trechos mais perigosos das estradas e conta com um computador portátil para consultar dados dos motoristas e emitir multas.

Aqui na região de Juiz de Fora, as áreas que exigem mais atenção dos motoristas estão entre Santos Dumont e Belo Horizonte.
Na BR 267, o trânsito segue em meia pista na área de Argirita, quase chegando na BR 116.
O asfalto afundou e há obras de recuperação no trecho. Quem tiver compromissos com hora marcada, deve pegar estrada mais cedo. Passamos por lá e perdemos um bom tempo esperando a liberação do tráfego no sentido em que íamos.

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