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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sábado, 22 de março de 2008

Bombeiro amigo

Por Michele Pacheco e Robson Rocha

O Capitão Marcos Santiago está deixando a área de Assessoria de Comunicação Social do Quarto Batalhão de Bombeiros de Juiz de Fora.
Queríamos deixar aqui nosso agradecimento a ele pelo carinho com que sempre nos tratou.
Mais do que um assessor de imprensa, o Capitão Santiago soube cultivar o respeito de todos aqueles com quem lidou no cargo.

Independentemente do momento, sempre nos atendeu com um sorriso no rosto e pronto a nos passar informações com uma gentileza fora do comum.
Isso, sem dizer que sempre tinha todas as informações que precisávamos. Podia ser ao meio-dia ou à meia-noite, ele fazia questão de estar presente no local dos fatos.
Bastava perguntar e lá vinha o release prontinho com dados precisos e informações extras para ajudar na reportagem.
Na hora da pressa, isso já salvou muitas reportagens.

O jeito tranqüilo do Santiago sempre nos surpreendeu. Nos momentos de maior crise, ele tem calma para lidar com as equipes dos bombeiros e atender às necessidades da imprensa.
E faz isso sem se alterar ou ser grosseiro com ninguém.
Nas solenidades, o capitão é a eficiência em pessoa.
Consegue se dividir entre o cerimonial e o atendimento aos convidados com competência e satisfação.

Além disso, soube como poucos virar o foco das camêras para as
realizações dos Bombeiros. O Projeto Bombeirinhos cresceu muito em Juiz de Fora graças ao Santiago. Ele não se contenta em fazer a idéia dar certo, quer que isso seja divulgado. E consegue! Dia da Árvore? Lá íamos nós cobrir o plantio de mudas feito pelos alunos do projeto. Dia da Água? Sempre tinha alguma atividade prevista que atraía a imprensa. E quando o projeto foi aberto também para a terceira idade, o Bombeiro Sênior, ele se encarregou de tornar isso público e notório.

Vamos sentir falta do Capitão Santiago na assessoria de imprensa, mas torcemos para que ele tenha o mesmo sucesso no setor administrativo e consiga conquistar tantos amigos como fez no cargo anterior. Temos muita satisfação de estar entre esses amigos conquistados. Boa sorte! Estaremos sempre à disposição para divulgar o trabalho fabuloso dos bombeiros.

A tradição da Semana Santa em São João Del Rei

Por Robson Rocha

Estivemos meio “fora do ar”, pois viajamos para cobrir uma das mais belas cerimônias da Semana Santa no Brasil. O Descendimento da Cruz em São João Del Rei.

Chegamos em São João na sexta pela manhã. Gravamos algumas chamadas para o Jornal da Alterosa e uma matéria sobre o movimento na cidade.
É de impressionar o trabalho que eles fazem com areia e serragem. São tapetes maravilhosos e ricos em detalhes. Eles chamam a atenção dos turistas, que aliás estavam em um número muito maior nesse ano.

A Michele gravou e conversou com alguns turistas franceses que estavam impressionados. Pra falar a verdade, eu não entendi nada que eles falavam, mas a Michele gastou o francês batendo o maior papo e eu, bem, eu boiava. Minha tecla sap não funciona para o francês.

O tempo ficou meio apertado e corremos para despachar o material na rodoviária para Juiz de Fora. Lá encontramos nossos anjos da guarda em São João Del Rei: o Fábio e o Edson. São eles que fazem o despacho de nossas fitas, no guichê da Transur, para Juiz de Fora.
É graças à rapidez deles que as matérias chegam a tempo de serem editadas. Pois a gente sempre chega em cima da hora do ônibus!

Dali, fomos para Tiradentes onde estávamos hospedados e aproveitamos para gravar chamadas de segunda-feira. A vista no mirante é maravilhosa e usamos como fundo os casarios da cidade e a igreja de Santo Antônio. Até São Pedro colaborou! Colocou uma nuvem fina tampando o sol. O suficiente para fazer com que a luz ficasse difusa e não gerasse nenhum sombra dura no rosto da Michele.

Como ninguém é de ferro, fomos tomar um banho e descansamos um pouco.
Depois, voltamos para São João Del Rei. Onde, como é de praxe, fomos ao bar do Zotti para comer nossa polenta à moda mineira.


Comidinha no papinho, pé no caminho. Vamos trabalhar!
Seguimos direto para a igreja das Mercês, onde aconteceria o Descendimento da Cruz.
O local é lindo e todo o ritual muito bem trabalhado. Lá, encontramos o Edson. Aquele que trabalha no guichê da empresa de ônibus, lembra? Dá uma olhada no naipe do camarada. Thiago Lacerda que se cuide!

O espetáculo atrai todo ano milhares de turistas de todo o Brasil e também do exterior. Eles ficam tão ansiosos para ver tudo de perto, que chegam à escadaria da Igreja das Mercês com horas de antecedência. A Iana era uma dessas pessoas. Ela é diplomata da República Tcheca e estava acompanhando um artista de lá que está expondo em São João del Rei. Quando viu a celebração, disse que era maravilhoso, que as igrejas pareciam vivas!

Enquanto o público espera ansioso, os profissionais de imprensa vão se posicionando. São mais de cinqüenta se espremendo. A galera da imagem não tem como sair do bolo, mas os repórteres vão se ajeitando em outros espaços. A Michele e a Patrícia, da TV Panorama, depois de gravarem as entrevistas, arrumaram um cantinho na escadaria para escrever os textos.

No meio de todo o ritual católico, uma pessoa se destaca. É o Monsenhor Sebastião Paiva. Ele já fez 80 anos e há 40 é um dos organizadores da Semana Santa em São João. Ele sobe e desce aquelas ladeiras indo de uma igreja a outra como se fosse um garotinho de 10 anos. Na entrevista, ele disse que é sempre uma emoção muito grande tirar a imagem de Cristo da Cruz, durante a cerimônia de Descendimento. Só ficamos tristes quando ele disse que este poderia ser o último ano de participação dele, já que está bem idoso. Vida longa ao Monsenhor Paiva!

Os eventos que ele organiza ficam sempre lotados. Até pra gente tirar uma foto nossa é difícil, não tem espaço. Eram mais de 50 mil pessoas no grande largo entre a igreja Matriz e a igreja das Mercês. E dali, as pessoas saíram em procissão pelas ruas de São João Del Rei.
E o que dá uma certa tristeza é que cortejo passa por cima daqueles tapetes tão bem feitos com areia e serragem.

Mas, ano que vem tem mais e esperamos que o Monsenhor Paiva, grande responsável pela cerimônia esteja lá novamente!