
A violência da batida foi tão grande que o
guard rail, proteção metálica na beira da pista, foi arrancado do suporte.
O metal virou uma espécie de lança, invadiu o carro pela frente, deslocou o motor do lugar, empurrou a barra de direção para o colo do motorista e saiu destruindo tudo na traseira do carro.
A barra passou bem no meio dos bancos.
No caminho, o ferro decepou a perna do motorista.

Os bombeiros prestaram socorro, pararam o sangramento e levaram a vítima para o hospital de Pronto Socorro de Juiz de Fora.
A informação passada pelo hospital no início
da tarde foi de que o comerciante passou por cirurgia e estava na sala de urgência, respirando com ajuda de aparelhos.
O estado dele exige atenção.
Parece um milagre, mas a mulher do João, a Maria Aparecida de Sá, de 44 anos, estava no banco do carona e saiu ilesa.
Ela teve apenas arranhões, foi atendida no HPS e liberada.O banco do passageiro era a única coisa inteira no carro.
Um vizinho do casal foi até o local para ver o estrago e
comentou que o comerciante costuma dirigir depois de beber.
E esse não foi o primeiro acidente dele com a Caravan.
"Há pouco tempo, ele atropelou sete vacas de uma vez só.
Fez acordo com o dono e levou o carro para arrumar.Tinha uma vaca morta em cima do teto do carro.
Ele bebe muito e não liga de sair dirigindo.Todo mundo já falou para ele ter mais cuidado" contou o homem, lamentando o acidente.
A Polícia Rodoviária Federal encontrou indícios de que
o motorista estava acima do limite de velocidade.
Na maioria dos trechos da BR 267, o limite é de 80 km/h.
O velocímetro do carro parou marcando 100 km/h.
O Inspetor Lima Correa observou que, por ser uma curva, o simples fato do acidente ter ocorrido já é um indicativo de velocidade incompatível.Ele disse que só a perícia pode afirmar as causas exatas do acidente.