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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Acidente entre van escolar e moto - motociclista inabilitado

Por Michele Pacheco

O motorista da van escolar contou que seguia pela rua Tiradentes,
na área central de Juiz de Fora, quando foi atingido na lateral por um motociclista que subia a avenida Luiz Perri e não parou no cruzamento.
Fomos registrar o caso e notamos que o local é muito bem sinalizado tanto na pista quanto nas placas.
Mesmo assim, o jovem de 20 anos abusou da imprudência.

Na van estavam o motorista e seis estudantes.
Entre eles, um jovem com deficiência intelectual de 26 anos que teve ferimentos no rosto.
O motociclista também ficou ferido e foi levado pelo SAMU para o Hospital de Pronto Socorro.
A Polícia Militar descobriu que o rapaz era inabilitado.
Por conta disso, depois de ser medicado ele teve o veículo apreendido e foi para a delegacia prestar depoimento.

Gravamos as entrevistas e fizemos as imagens.
Quando estávamos saindo do local, vimos uma mulher se dirigir aos pms e perguntar sobre o filho dela, que estava na moto.
Ela conversou com a nossa equipe e confirmou que comprou a moto mesmo não tendo habilitação.
O filho dela também não tem e a mãe nem se preocupou com isso ao deixar que ele saísse de casa no veículo nessas condições.

Ela terminou a entrevista rindo e dizendo que foi uma imprudência, mas que não vai se repetir.
Pelo menos essa mãe pode se dar ao luxo de rir de um acidente de trânsito.
Quantas outras estão chorando a morte violenta dos filhos no tráfego das cidades e das estradas!
Em Juiz de Fora, a PM registrou de janeiro a agosto deste ano 1410 acidentes de trânsito. No mesmo período do ano passado foram 752. Nesses oito meses de 2011, 8 pessoas morreram em acidentes na cidade; 4 delas estavam em motos.

O número de motos na cidade aumentou 500% em 10 anos.
A preocupação das autoridades é com o número grande de pessoas que saem de carro e moto sem habilitação.
Elas são paradas nas blitzem, têm o veículo apreendido, prestam depoimento, mas acabam se arriscando de novo.
E quando a gente vê uma mãe rindo ao falar que comprou a moto sem ter permissão para conduzi-la e ainda deixou o filho ser tão imprudente quanto ela, fica difícil acreditar que os acidentes vão diminuir.

Cães farejadores combatem traficantes ousados em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco 

Essa foi novidade para mim.
A gente pensa que os traficantes evitam lugares públicos para guardar drogas, mas não é bem assim.
Quem frequenta a Praça Antônio Carlos, no centro de Juiz de Fora já se acostumou a sentir cheiro de maconha no ar a qualquer hora do dia e da noite.
Por isso, a PM tem reforçado o patrulhamento e as abordagens no local.

Ontem à noite, os policiais da 30a Cia. pediram apoio ao canil da PM, para apurar uma denúncia de tráfico e consumo de entorpecentes..
A equipe de plantão deslocou para a praça com o cão da raça labrador.
O animal descobriu o que passava despercebido ao olhar humano.
Os traficantes são tão ousados que esconderam os tabletes de maconha em buracos entre a grama do canteiro e o banco de cimento que fica nas bordas dele.

Se eu não tivesse visto o vídeo feito pelos policiais, nunca teria desconfiado do pessoal que passa horas sentado no banco do canteiro da praça.
Depois de saber do flagrante do canil, fui olhar de perto e notei que há vários buracos parecidos.
Eles são difíceis de notar, porque ficam camuflados pela vegetação.
Os criminosos conseguiram enganar nossos olhares, mas não escaparam do faro dos cães.

Hoje, o canil da PM de Juiz de Fora tem três cães farejadores e um filhote sendo treinado para farejar drogas.
Para os animais, o treino é uma brincadeira.
Eles têm o instinto de caça estimulado com brinquedos e ordens para buscar.
Com o tempo, o objeto escolhido passa a ter cheiro de droga.
Assim, durante a operação de busca, o condutor do cão incentiva o bichinho a procurar o brinquedo dele.
Quando sente o cheiro da droga, ele dá o alarme, imaginando ter conseguido terminar a diversão.

E eles podem treinar bastante, se depender dos traficantes que frequentam a Praça Antônio Carlos.
Enquanto eu e o Robson estávamos lá gravando a passagem e fazendo imagens, vários estudantes saíram apressados do ponto onde havia um cheiro forte de maconha.
Um homem me viu com o microfone e correu para a base da pilastra de sustentação do coreto.
Ele agachou e escondeu alguma coisa num cano.

Depois que nos viu indo para o lado oposto, correu lá, quebrou o cano e tirou algo parecido com uma bucha de maconha.
Ele saiu rindo e fazendo sinais para a câmera.
Depois da ocorrência policial, vai ser difícil passar pela praça Antônio Carlos sem imaginar quanto de droga pode estar escondido em cada ponto da área ampla.
Para os policiais humanos, fica praticamente impossível vasculhar cada provável esconderijo.
Aí entra o trabalho que o canil desempenha com louvor.

Polícia Civil evita assalto seguido de sequestro

Por Michele Pacheco

A equipe da 6a Delegacia Distrital recebeu a denúncia de que um morador da zona sudeste de Juiz de Fora seria vítima de um assalto seguido de sequestro.
A mulher dele, grávida de 5 meses ficaria como refém.
Os investigadores e o delegado foram ao local e observaram dois homens e dois adolescentes em atitude suspeita.
Eles notaram o movimento policial e foram embora.

Uma adolescente de 16 anos foi apreendida e contou que era responsável por guardar a arma que seria usada no assalto.
Ela disse que recebeu a arma de um homem que seria o líder da quadrilha especializada em assaltos em residências.
Ele já foi condenado a 5 anos e 4 meses de prisão e tem um mandado de prisão em aberto com validade até 2023.

Os policiais civis seguem com a investigação e já têm pista dos suspeitos.
Um outro adolescente que fazia parte do grupo também foi abordado.
Segundo o delegado, cada vez mais o uso de adolescentes para o crime é lucrativo.
Quando eles são flagrados, prestam depoimento e são devolvidos aos pais, livres para seguir na carreira criminosa.

Só são acautelados, quando flagrados praticando atos de violência.
Mesmo assim, em muitos casos o Juizado da Infância e da Juventude opta por um trabalho de ressocialização sem internação.
Seria muito bom que isso funcionasse como incentivo para deixarem o crime, mas o que a polícia tem visto é o contrário.