Por Michele Pacheco
Hoje, o Brasil inteiro ficou chocado com o massacre na escola em Realengo-RJ.

Difícil encontrar explicação para tamanha maldade e barbaridade.
Muita gente deve estar se perguntando que tipo de dificuldades sociais e financeiras fizeram parte da vida do louco que praticou tanta violência.
Mas, nem sempre os atos insanos vêm de pessoas pobres e sofridas.
Os policiais militares de Juiz de Fora tiveram uma prova disso hoje.
Segundo o Boletim de Ocorrência da PM, uma equipe passava pelo bairro Quintas da Avenida, quando notou uma jovem discutindo na rua com um homem.

Ele parou a viatura e explicou que dirigia pela avenida Rio Branco, quando o carro dele foi atingido na lateral pela motorista de 24 anos, que fugiu em seguida.
O homem de 32 anos seguiu o Citroen até a condutora parar em frente a uma casa no bairro.
Ele contou aos policiais que desceu para tirar satisfações e foi agredido verbalmente pela jovem.
No B.O., as ofensas citadas são "seu lixo desempregado e pobre com um carro velho".

Agora, a questão é entender por que uma jovem de classe alta, criada com conforto, atenção familiar e sendo filha de um humorista conhecido no Brasil inteiro age como uma criminosa.
Testemunhas relataram à PM que ela saiu do carro cambaleando e
falando com dificuldade, com sinais de embriaguez.
Diante dos policiais, não poupou mais "elogios" e chamou um deles de "policial retardado, seu bosta, policial de merda".
Claro que foi presa em flagrante.
No relato dos policiais militares, eles contam que ela reagiu à prisão e teve que ser algemada.
Ao ser colocada no carro da PM, usou as pernas para quebrar os vidros de uma porta traseira.

Foi levada para o Hospital de Pronto Socorro, sedada e mantida em observação.
Se fosse pobre, estariam dizendo que a palhaçada que ela fez foi uma reação às injustiças sociais.
Será que a sensação de impunidade é tanta que leva uma pessoa com boas condições financeiras a acreditar que pode fazer o que quiser sem punição?
Parece que sim, já que as autoridades se recusaram a gravar entrevista

sobre o caso e não queriam aparecer de jeito nenhum na matéria.
Acho que seria a hora perfeita para mostrar que não são apenas os pobres que vão presos quando agem errado.
Que a lei é (ou deveria ser!) para todos.
A família do humorista, contratado de uma grande Rede de TV do país, também não se manifestou.

Deve ser muito triste para eles ver a que ponto a filha chegou.
Tomara que em vez de tentar abafar o caso, eles encarem o problema de frente e busquem ajuda para a jovem que ficou fora de controle.