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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Homenagem a Antônio Olavo Cerezo - Um exemplo de profissional

Por Michele Pacheco e Robson Rocha

Ontem, os profissionais da imprensa de Juiz de Fora foram surpreendidos por uma notícia muito triste.
Nosso amigo, Antônio Olavo Matos, mais conhecido como Cerezo, morreu depois de uma cirurgia para tentar controlar um aneurisma na aorta.
Ele viajou para Ouro Preto na última quinta-feira, para cobrir a entrega da Medalha da Inconfidência dada ao jornal onde trabalha, a Tribuna de Minas.

Segundo familiares, na sexta-feira ele começou a passar mal e reclamou de dor na barriga e no peito.
A primeira suspeita foi de que ele teria comido algo indigesto.
Mas, no hospital os médicos descobriram que a situação era mais complicada e ele foi internado.
Passou pela cirurgia, mas não resistiu.
Perdemos um grande amigo e a imprensa perdeu um excelente repórter fotográfico.

O Cerezo era uma dessas raras pessoas que agradam a gregos e troianos.
Nunca ouvi ninguém falar mal dele.
Quando havia coberturas em que representantes de várias empresas de comunicação se encontravam, a gente logo perguntava por ele.
Se estava presente, não importava o tema da cobertura, era sempre uma grande festa.

O bom-humor, o jeito simples e descontraído de trabalhar,
as histórias e as piadas sempre na ponta da língua escondiam uma mente ágil e um coração sensível.
Aquele homenzarrão era capaz de chorar e se emocionar com o sofrimento humano.
No velório, a Renata Brum, repórter da Tribuna de Minas, estava comentando sobre a reação do Cerezo quando foram cobrir a tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Ela revelou que ele ficou muito abalado e usou a sensibilidade para fazer o trabalho, sem desrespeitar o desespero daquelas pessoas.

Assim era o Cerezo.
Chegava com o ímpeto de garantir ótimas imagens.
Mas, se alguém pedia um tempo ou que ele aguardasse para tirar as fotos, fazia isso sem reclamar e ia logo procurar um canto para esperar.
Com o cigarro na mão, encostado em algum lugar e com aquele sorriso bem-humorado no rosto!
Essa é a imagem que vou guardar dele.

Há dois anos, quando o Robson desfilou no bloco Domésticas de Luxo,
o Cerezão estava lá prestigiando e distribuindo gozação.
Tirei essa foto dele "dando uma cantada" na Doméstica mais linda do bloco: o meu marido!
Banquei a mulher ciumenta e ele tirou a maior onda dizendo que ia levar aquela "belezura" para casa.
Só de lembrar de algumas histórias, fica fácil entender porque ele era tão querido.

E não era só o estilo alegre dele que encantava.
Cerezo tinha muitas histórias de grandes coberturas para contar.
Em 2003, eu e o Robson fizemos uma reportagem especial sobre o "Sequestro da Rua das Margaridas", a pedido da Rede.
Ele estava entre os jornalistas que entrevistamos para que lembrassem dos momentos que viveram num dos mais famosos sequestros do Brasil.

Cerezo tirou uma das fotos mais divulgadas do caso.
Ele contou na reportagem, que estava de folga, andando pelo centro da cidade, quando viu a multidão parada em frente ao Parque Halfeld, um carro forte atravessado na avenida Rio Branco e um batalhão de policiais cercando o veículo.
O instinto jornalístico falou mais alto. Ele foi correndo em casa, pegou o equipamento e voltou. Fez uma bela foto do alto de um prédio e outra de perto flagrando o desespero do Coronel Edgar com uma arma apontada pra cabeça.

Como disse um amigo, neste momento o Cerezo deve estar contando piadas em algum lugar bem legal e tornando a eternidade mais divertida para alguém.
Não vamos nos esquecer nunca do quanto foi bom conviver com essa figura tão carismática.
É difícil encontrar palavras para dar conforto à mulher e aos dois filhos que ele deixou.
Mas, não podíamos deixar de fazer uma pequena homenagem e deixar registrado para sempre na internet um pouquinho do trabalho brilhante do Cerezão.
Esse seu sorriso vamos guardar pra sempre.
Valeu, amigo!
Agora, vá descansar e deixe a gente trabalhar mais um pouco.

Acidente grave mata uma pessoa na BR 356

Por Michele Pacheco

Feriado prolongado é sempre sinônimo de acidentes em Minas Gerais.
Na BR 356, perto de Muriaé, o motorista de uma carreta dupla, perdeu o controle da direção e tombou na pista.
O veículo estava carregado com 30 mil litros de álcool combustível.
O perigo de explosão era grande, por isso a rodovia foi interditada nos dois sentidos pelo Corpo de Bombeiros.

O motorisda da carreta morreu no local.
Diante do isolamento por risco de vazamento do produto inflamável, o corpo dele ainda não tinha sido removido no início da noite, quando o jornalista Silvan Alves voltou ao local.
Ele registrou fotos do acidente e da estrada fechada.
O trânsito está sendo desviado por uma estrada rural e os ônibus que fazem linhas para o Rio de Janeiro estão sendo orientados a usar a estrada Laranjal-Palma, para escapar da BR 356.

Uma equipe especializada foi acionada no Rio de Janeiro e vai fazer o transbordo da carga.
A suspeita é de que tenham vazado 15 mil litros de álcool.
A foto tirada pelo Silvan mostra o produto jorrando de uma abertura no tanque.
Triste pensar que, em algum lugar, tem uma família desesperada por notícia, que ainda vai ter que esperar um bocado para velar e enterrar o parente querido.

No feriado, as estradas da região ficaram movimentadas.
Robson registrou o trânsito intenso ontem à noite, na BR 040, entre Três Rios e Juiz de Fora.
Segundo a concessionária que administra a rodovia, o movimento foi 30% maior do que o esperado.
Cerca de 330 mil veículos passaram pelo pedágio em Simão Pereira.
Os viajantes encontraram dificuldades para passar na Serra de Petrópolis, porque há obras em alguns trechos, com trânsito em meia pista, principalmente entre Itaipava e Areal.


E uma carreta tombou na BR 040, perto de Simão Pereira, a 29 km de Juiz de Fora.
O acidente foi nessa madrugada.
O motorista teve ferimentos leves e foi atendido por uma equipe de socorro da Concer.
Os funcionários da concessionária fizeram o transbordo da carga, para evitar outros acidentes.
Apesar dos registros na região, a Polícia Rodoviária Federal comemora uma redução de 25% no número de acidentes no feriadão.
Foram 291 feridos e 22 mortos nas estradas federais de MG.
Já nas estaduais, foram registrados 34 acidentes, com quatro mortos.