Quem somos

Minha foto
JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

domingo, 5 de abril de 2009

Campeonato Mineiro - Cruzeiro goleia o Tupi em Juiz de Fora

Por Robson Rocha

Domingão e começamos a trabalhar às seis da manhã, para fazer matéria sobre Domingo de Ramos. Depois, chegamos atrasados em um incêndio e não pegamos nem cinzas.
Almoçamos e fomos direto para o estádio municipal de Juiz de Fora, o Radialista Mário Helênio, onde Tupi e Cruzeiro iam disputar o segundo jogo das oitavas de final.
O Tupi precisava ganhar por dois gols de diferença.

Logo que chegamos, encontramos com o Dudu, Eduardo Monsanto, que estava gravando um quadro para seu programa na ESPN com Ivan Costa, radialista da Rádio Globo e um ícone do jornalismo esportivo em Juiz de Fora.
Aproveitamos para bater um papo e colocar a conversa em dia. Afinal de contas, o jogo ainda ia demorar a começar.
Na foto, Monsanto, Michele, Ricardo Vagner e nosso estagiário, Daniel Torres.

Preparamos e deixamos tudo pronto para o inicio do jogo.
A partida seria difícil para o Tupi.
Imaginávamos que ganhar do Cruzeiro era difícil, porém um empate era um resultado digno.
A Michele foi e gravou com o Daniel entrevistas com os torcedores dos dois times.
Isso, porque eu teria que gravar todo o jogo da cabine.

A torcida do Cruzeiro lotou a parte destinada a eles e fez muito barulho.
Além dos torcedores de Belo Horizonte e Juiz de Fora, os cruzeirenses vieram de várias cidades da região.
As faixas foram espalhadas pelo estádio.
O espaço reservado aos torcedores visitantes não foi suficiente e os policiais militares tiveram que ampliar a área.

Enquanto isso, a torcida do Tupi ocupou o restante do estádio e também fez muita festa.
O “puxadinho”, como chamamos na imprensa a cobertura parcial do estádio, não nos deixa ver toda a arquibancada e as cadeiras, por isso, a gente só via a parte da torcida que estava a nossa frente.

O jogo começou e, aos 45 segundos, o Tupi se safou, pois a torcida cruzeirense pediu pênalti, mas o juiz marcou falta.
O Tupi tentou, mas aos 29 do primeiro tempo o ataque do Cruzeiro foi parado com falta pelo goleiro Gonçalves. Aí, Kleber bateu e marcou.

O primeiro tempo terminou e até que o resultado, diante do poderoso Cruzeiro, não era dos piores.
A Carla Detoni, que trabalha na comunicação da TV, apareceu por lá. Ela estava fazendo um trabalho para seu curso na UFJF.
Ela, o Daniel e a Michele aproveitaram o intervalo para discutir os problemas do time do Tupi.
Acho que não chegaram a nenhuma conclusão.

O segundo tempo começou e a única coisa boa que aconteceu foi que a Olivia Freitas, que trabalhou com a gente na TV, apareceu na cabine.
Ela estava em Ubá para comemorar seu aniversário, no sábado, e trouxe os pais para assistir ao jogo no municipal.

A Olivia foi apresentadora do Jornal da Alterosa Edição Regional.
Depois, ela casou com o Dudu e foi trabalhar na Rede TV!, em São Paulo.
O encontro foi rápido, mas ela e a Michele conseguiram bater um bom papo.
Como eu não podia tirar os olhos do jogo, só ouvia o tititi.

Mas, voltando à partida, o segundo tempo foi um massacre.
O time do Cruzeiro atropelou o galinho carijó.
Logo aos nove minutos, Kleber marcou o segundo gol.
Aos 18 minutos, Ramires arrancou com a bola e fez o terceiro.
Se parecia terrível, a coisa piorou. Aos 21, Fabrício fez o quarto.

Aos 24 e pouco, Fabrício fez mais um, só que dessa vez, jogou contra o próprio gol.
4 a 1.
Aos 27, Hugo cobrou falta da intermediaria e marcou um golaço.
Jogou a bola no ângulo e o goleiro Fabio não conseguiu nem tocar na bola.
A torcida acreditou no embalo carijó e começou a empurrar o time.
Mas, dois minutos depois, o galo tropeçou e Kleber marcou o terceiro gol dele no jogo e quinto da Raposa.
Nessa altura, parte da torcida do Tupi já tinha ido embora e o jogo perdeu a emoção.
O Cruzeiro passou a administrar o resultado e eu, com medo de dormir em cima da câmera.

O Cruzeiro teve gol anulado, pediu pênalti em outro lance.
Mas, como o dia era da raposa, aos 42 Ramires marcou mais um e aos 46 Marquinhos Paraná jogou a última pá de terra sobre o já morto time do Tupi.
Por mais pessimista que eu fosse, não dava para imaginar um resultado desses.
Não me lembro, em meus vinte anos de profissão, de ter gravado um jogo do Tupi, em que a equipe carijó fosse tão humilhada.