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Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sábado, 9 de janeiro de 2010

Férias em Paris - Primeiro dia

Por Michele Pacheco

Enfim, férias!
Estamos planejando esta viagem desde julho.
Nosso vôo estava previsto para às seis e quarenta da noite.
Como sou meio exagerada e odeio atrasos, fiquei turbinando a cabeça do Robson para irmos cedo para o aeroporto.
Resultado: saímos de Juiz de Fora por volta do meio-dia.
Detalhe: com uma tonelada e meia de roupas.
Como pegaríamos neve em Paris, eu não quis ter problemas.
Trocar de roupa no avião ou no aeroporto seria desconfortável.
Por isso, enfrentamos o calor de 40 graus do Rio com tantos agasalhos.

Se o vôo saísse no horário previsto, estaria tudo bem.
Ficaríamos quatro horas no aeroporto.
Poderíamos cuidar da parte burocrática, fazer uma refeição e embarcar.
O problema, foi que assim que fomos fazer o check-in, descobrimos que o avião tinha saído com atraso de Paris e o vôo atrasaria duas horas.
Se eu já estava suando naquele calor, comecei a suar frio com o olhar assassino que o Robson me lançou.
Embalamos as malas no aeroporto para protegê-las, fizemos o check-in, fomos ao bureau da Receita Federal declarar o notebook e a câmera fotográfica e passamos para o setor de embarque.
Valeu a dica do pessoal da Polícia Federal e do Sérgio, tio do Robson, para pegarmos autorização com o Juizado da Infância e da Adolescência em Juiz de Fora.
O documento garantiu a passagem da Paula, menor de 18 anos, sem problemas.

Fizemos um lanche na praça de alimentação.
Todo mundo nos olhava como se tivéssemos saído de outro planeta.
Tanto agasalho em meio a saias, decotes e bermudas.
Tudo bem, gente, estávamos indo para a neve!
Mas, o Robson, avermelhado de calor e com a roupa colada ao corpo, parecia ter esquecido disso.
A Paula até se distraiu com um belo hamburguer.
Mas, assim que a refeição acabou, as reclamações recomeçaram.

Fomos para o setor de embarque esperar apenas umas quatro horinhas.
O ar condicionado do Galeão parecia ter saído de férias.
Passamos pelo free-shopping, olhamos preços, procurei o relógio encomendado pela minha cunhada, não achei e fomos nos sentar perto dos portões de embarque.
A Paula, sentou, levantou, remexeu e por fim se rendeu ao sofrimento e deitou nas cadeiras.
Nem o livro de sudoku, que ela adora, conseguiu distraí-la do calor intenso.
Embarcamos no vôo da Airfrance às oito horas e deixamos o Rio às nove.
Quando viram o tamanho do banheiro do avião, eles entenderam porque insisti tanto em já viajar com os agasalhos.

No trajeto de onze horas, o Robson tirou fotos para se distrair do aperto da classe econômica para um homem de um metro e noventa de altura.
Ele fotografou a Paula estreando em viagens internacionais.
Os dois ficaram meio desconfiados no início, desconfortáveis na decolagem, mas acabaram curtindo a experiência.

O dia clareou e nos descobrimos na costa da África.
Aí, os dois começaram a curtir a viagem.
Ficaram trocando de lugar na janela para fotografar tudo o que viam.
A Paula se divertiu com o gelo que se formava na asa e na janela do Boeing 747-400.
Do alto, já na Espanha, ficou vigiando os trechos de campos abertos e de cidades no caminho.
Quando entramos na França, havia muitos pontos esbranquiçados e ela me perguntava se teríamos sorte de ver um pouquinho de neve em Paris.

No aeroporto Charles De Gaulle, estávamos entre os primeiros a sair do avião e fomos premiados com uma agradável temperatura de oito graus negativos.
Claro que fiz questão de perguntar se eles ainda queriam reclamar da overdose de agasalhos.
Recolhemos a bagagem na esteira e nos preparamos para o primeiro desafio: sair do aeroporto e chegar ao nosso hotel, no Quartier Latin.
Seguimos as orientações do meu primo, Paulo César.
Saindo do setor de desembarque, viramos à direita e seguimos em direção ao hotel Sheraton.
Pegamos o RER, linha B para Paris ou St. Remy.
Cada bilhete custa cerca de oito euros, mas fica bem mais em conta do que pegar um táxi.
E ainda fomos admirando os Banllieus.

Chegamos tranquilamente ao hotel.
Quando decidimos por essa viagem, queríamos um hotel em local estratégico, para que pudéssemo caminhar aos pontos turísticos.
A solução veio com o Hotel de suez, no Boulevard Saint Michel, quase esquina com o Boullevard Saint Germain des Près.
Deixamos a bagagem e fomos direto conhecer a Notre dame, que fica a três quarteirões do hotel.
Visitamos a Cripte, que é um tesouro arqueológico.

Depois, fomos à igreja.
Maravilhosa é pouco para descrever essa maravilha.
Tiramos muitas fotos em todos os pontos interessantes.
Além do altar magnífico, vale a pena ter paciência e admirar os altares laterais, com imagens de vários santos.
Os católicos de todo o mundo têm à disposição velas para comprar e fazer uma prece ao santo de devoção.
Os vitrais são o ponto alto da Notre Dame e merecem uma boa olhada.

Passeamos pela Ile de La Citè e olhamos as lojinhas de souvenirs para ter uma idéia do que teremos à disposição para levar de lembrança.
Um dica para quem vier para Paris é não comprar de cara nas lojas perto da Notre Dame.
Lá, as mesmas coisas que vimos em outros pontos da cidade estão bem mais caras.
No próprio Quartier Latin tem boas opções de presentes e preços melhores.

Voltamos ao Boullevard Saint Michel e fomos caminhando até o Jardin de Luxembourg.
Estava lindo e todo branquinho de neve.
Pena que já era tarde e não deu para rodar toda a área.
Tiramos algumas fotos e voltamos para o hotel.
Antes, paramos num Monop, supermercado que há em vários pontos de Paris e compramos pão, queijos e bebidas para o lanche da noite no quarto do hotel e o café da manhã.
Ao contrário do Brasil, aqui o desjejum é cobrado separado a e dica que aprendi com meus pais é de comprar alguns petiscos e comer no próprio quarto. Saudável e econômico.