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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Prefeito de Juiz de Fora é o único que continua preso

Por Michele Pacheco

Ainda não foi dessa vez que o prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani, conseguiu voltar para casa. Ele foi preso na última quarta-feira, durante a Operação Pasárgada, da Polícia Federal, por suspeita de fraude no repasse do Fundo de Participação dos Municípios. O advogado dele, Marcelo Leonardo, entrou com um pedido de habeas corpus, que não foi aceito pelo desembargador Sérgio Rezende, da 3a Câmara Criminal do TJMG, Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O pedido foi apresentado hoje pela manhã e negado no fim da tarde. Bejani é o único dos 50 detidos pela Polícia Federal na operação que permanece preso. Apesar da decisão da corte especial do TRF1, Tribunal Regional Federal da Primeira Região, que revogou a prisão temporária dos suspeitos, o prefeito de Juiz de Fora não pôde deixar a penitenciária Nélson Hungria, em Contagem, por ter sido autuado por porte ilegal de arma. Os policiais encontraram na casa dele 5 armas, entre elas, uma pistola 9mm, de uso exclusivo das Forças Armadas. Segundo o TJMG, o desembargador negou a liminar porque considerou o pedido mal instruído, ou seja, não encontrou na argumentação do advogado motivos para conceder a liberdade provisória.

Enquanto o impasse segue na justiça, em Juiz de Fora aumentam as manifestações contra a volta do prefeito. Hoje, no fim da tarde e debaixo de chuva, cerca de 50 manifestantes se reuniram em frente à Câmara Municipal. Com faixas e adesivos de "Fora Bejani", eles protestaram e cobraram dos vereadores ações para evitar que o prefeito reassuma o cargo depois que for solto. Legalmente, nada impede Bejani de voltar à chefia do Executivo. Mas, o Comitê Vergonha na Cara, criado por cerca de 20 entidades da cidade quer que a Câmara crie mecanismos para evitar esse retorno.

Além dos protestos do último sábado e de hoje, o Comitê já marcou outra manifestação para esta terça-feira, em frente à Câmara, às 16h. O motivo é fazer pressão antes da reunião do Legislativo para votar a CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, que vai apurar as denúncias contra Bejani.

Campeonato Mineiro - Tupi se prepara para novo desafio

Por Michele Pacheco


O time do Tupi se reapresentou hoje no campo de Santa Therezinha depois de perder de 3 a 2 para o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte nesse domingo. A primeira coisa que a equipe fez foi se unir no gramado, debaixo de chuva, dar as mãos e rezar. União e fé fazem parte da trajetória do galo carijó nessa competição. O time de Juiz de Fora acreditou que seria possível chegar à final e está lutando por isso. Sem estrelas, sem salários astronômicos, mas com espírito de equipe. E deu certo! O pequeno está assustando os grandes. Tanto, que em alguns momentos fica difícil não duvidar de certas marcações da arbitragem.


Hoje, os jogadores fizeram um treino físico leve. Até porque, mal tiveram tempo de descansar depois da partida. Segundo a assessoria de imprensa, a equipe deixou Belo Horizonte por volta de 8 da noite e chegou em Juiz de Fora por volta de uma da manhã. Às três e meia da tarde já estava treinando.
O técnico João Carlos lembrou que na reta final o tempo é de trabalho dobrado. O time tem uma semana para se preparar para o segundo duelo de galos, marcado para o próximo sábado às 16h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora.


O Tupi enfrentou o Atlético com cinco desfalques. Alguns titulares voltam ao grupo. É o caso do zagueiro Sílvio e do volante Caetano. Luciano Mandi e Reginaldo ainda estão sendo atentidos pelo departamento médico. Mandi deve voltar ao time, mas Reginaldo ainda vai ficar em tratamento por mais algum tempo. Lucas, expulso contra o Cruzeiro, aguarda julgamento. Ele tomou cartão amarelo no primeiro tempo, num lance duvidoso, em que todas as câmeras flagraram o jogador do Cruzeiro caindo sozinho. No segundo tempo, depois de uma falta, Lucas recebeu o segundo amarelo e, conseqüentemente, o vermelho. O zagueiro Fernando também cumpre suspensão no próximo jogo, mas pelo terceiro cartão amarelo.


João Carlos tem uma semana pela frente para montar o time e está otimista com a volta de alguns titulares. Mas, faz questão de destacar o empenho dos reservas escalados. Ele destaca que num time como o Tupi, disposto a chegar à final e ao título mineiro, todos têm a mesma garra e o mesmo potencial. Agora, é acompanhar e torcer para que a partida seja um belo espetáculo e que a arbitragem faça o papel dela, isenta e séria.

Chuva forte pega moradores de surpresa em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

O céu começou a escurecer por volta de duas da tarde.
Estávamos saindo do bairro Santa Luzia, na zona sul de Juiz de Fora, onde fizemos uma matéria de reclamação de moradores sobre um terreno cheio de mato e lixo.
O Robson achou um local seguro, parou, fez imagens do tempo fechado e colocou a câmara na frente conosco, quando o temporal começou.

Mal dava para enxergar o trânsito.
No bairro São Mateus, a rua que tem o mesmo nome ficou com água acumulada em vários pontos.
O tráfego ficou lento.
Alguns motoristas se arriscaram na enxurrada.

Na rua Moraes e Castro, mais alagamentos.
No início, algumas pessoas ficaram desconfiadas.
Mas, quando o primeiro carro conseguiu passar, todo mundo foi atrás.
Quem estava na calçada, como o Robson, acabou enxarcado, já que os veículos passavam à toda para não deixar o motor parar.
Nem preciso dizer que meu querido marido desfiou uma lista bem nutrida de palavrões.
Ele voltou para o carro molhado e sujo de lama.
E com uma cara...

Ainda no bairro São Mateus, perto do Hospital e Maternidade Terezinha de Jesus, uma enxurrada descia com vontade dos bairros mais altos, como o Dom Bosco. No trecho da obra do Independência Shopping, a força da água arrastou lama e pedras, deixando o trânsito perigoso.

No bairro Poço Rico, a área mais baixa também teve alagamento. Os motoristas esperaram um pouco o volume de água baixar e trataram de passar. A informação passada para a TV era de que os veículos estavam com água chegando no vidro. Felizmente, desta vez não foi tão grave. Mas, o local já tem tradição com enchentes. Basta chover um pouco mais forte para que as bocas de lobo não consigam dar conta do aguaceiro e a inundação aconteça. Os moradores vivem procurando estratégias para driblar a força da água. Alguns construíram barreiras na entrada de casa, outros subiram a altura da calçada... O poder público alega que a única solução é refazer toda a rede de captação de água da chuva, porque a que existe é muito antiga, do tempo em que não havia tantas moradias no bairro.

Operação Pasárgada - Prefeito de Ervália é recebido com festa

Por Silvan Alves
Jornalista da TV Atividade

O prefeito de Ervália-MG, 52 Km de Muriaé, Edson Rezende preso na última semana na "Operação Pasárgada" da Polícia Federal, juntamente com mais 13 prefeitos e levados para a Penitenciária Nelson Hungria de Contagem-MG, voltou á sua cidade na tarde deste domingo. Por telefone conversamos com uma atendente da Prefeitura que confirmou a volta do prefeito Edson Rezende, mas disse que ele ainda não reassumiu sua cadeira na Prefeitura o que pode ocorrer ainda hoje, já que não houve ainda oficalmente quaisquer impedimento pela Câmara Municipal de Ervália. O funcionamento da Prefeitura não foi prejudicado durante o afastamento do prefeito, uma vez que o chefe administrativo, Celso Oliveira Godinho, tratou de dar continuidade aos trabalhos da Prefeitura. Outras informações dão conta que o prefeito foi recebido com festa.

Treinamento para acidentes graves

Por Robson Rocha

Semana passada fizemos uma matéria muito interessante. O tema era um treinamento de funcionários de uma empresa transportadora de combustíveis.
Para isso, tivemos que ultrapassar a divisa de Minas com o estado do Rio de Janeiro. Depois de quase uma hora de viagem, chegamos a um posto de combustíveis na Br040 na cidade de Areal.

A cena para o treinamento estava pronta.
Um caminhão e um carro simulando um acidente com vítima e vazamento de combustível do caminhão tanque.
Tudo, claro, feito dentro das normas de segurança, para que o risco fosse mínimo. Fora que não precisa nem dizer que profissionais que lidam com esse tipo de situação precisam estar sempre muito bem treinados.

O Marcos Simões, assessor de segurança, falou pra Michele como tudo ia acontecer e explicou que uma simulação como essa, serve de treinamento para vários órgãos, pois além das vitimas do acidente se um vazamento acontecer e não for contido o resultado pode ser imprevisível.
Participaram da simulação representantes da Petrobrás, da Defesa Civil de Três Rios, da FEEMA, da concessionária da Br040 (Concer) e da cooperativa que estava treinando seus funcionários.

O Corpo de Bombeiros, um dos principais envolvidos em caso de acidentes como esse, não apareceu. Segundo alguns moradores, os bombeiros são de Três Rios, cidade de 70 mil habitantes, que teria apenas uma viatura de resgate e a infra-estrutura na cidade é muito ruim. Mas, ficou no mínimo estranho eles não aparecerem.
Em Minas, todos os acidentes nas estradas sempre contam com a presença dos bombeiros e em um treinamento como esse com certeza o Corpo de Bombeiros de Minas estaria presente.

A Polícia Rodoviária Federal de Três Rios, também não apareceu. Mais uma vez posso dizer que em Minas é diferente. O Walace Wischansky, inspetor da PRF em Juiz de Fora não deixaria de forma alguma sua equipe faltar.
Dá orgulho de dizer, mas é a mais pura verdade, em Minas o espírito de equipe entre as instituições de segurança, faz a diferença.
Diante do que vimos lá, em caso de acidente real, vamos nos lembrar e ver a diferença de quem treinou pra quem não fez o treinamento.

Mas, tirando a galera que oficialmente, pelas mais diferentes desculpas não apareceu, quem foi se aplicou ao máximo.

Mas, tirando o lado sério da coisa, acaba sendo divertido participar de simulações como essa. Participar mesmo, pois eles pediram pra que eu e a Michele entrássemos na área isolada para fazer imagens, para simular uma invasão da área cercada. Isso sem que a equipe ficasse sabendo, pois eles iam avaliar o tempo de reação da segurança, porque ninguém poderia passar das faixas de isolamento.
Aí, tive que aproveitar antes de começarem para fazer imagens do combustível vazando e também pedi à vitima para ficar na posição de acidentada para fazer algumas imagens dela, pois depois a área seria isolada e ninguém poderia passar.

Comecei a conversar com o Celso (dos Santos), que está mais pra bombril, mil e uma utilidades. Ele é diretor da cooperativa, assessor de comunicação e ainda cinegrafista. É mole?! Ele que ia registrar tudo para assistirem depois e corrigirem, se houvesse, algum erro. Ele já trabalhou com o meu xará Robson Leite, editor da TV Alterosa em BH. Ele falou onde, mas, honestamente não me lembro.
Só me lembro que ele me prometeu uma garrafa de “combustível”. Já enviou a garrafa de pinga por um conhecido, mas ainda não consegui pegar o presente, porque a gente tem se desencontrado.

Todo mundo de prancheta na mão começou a simulação.
Logo que o acidente acontece, o motorista do caminhão orienta a vítima, isola a área, retira as baterias dos veículos, tenta parar o vazamento, tenta evitar que o combustível se espalhe e isso sem esquecer de comunicar o acidente à empresa, que vai acionar o resgate e equipes de segurança para o local.
Daí, chegam as equipes que farão os trabalhos no local e começa nossa participação especial.

Equipe de reportagem incomoda e o cinegrafista, geralmente, já é tido como um cara chato, imagine tendo autorização para ser mais chato ainda?
Entramos na área isolada e consegui fazer algumas imagens até o motorista nos notar e pedir gentilmente para nós saírmos. Isso com a Michele forçando uma entrevista.
Saímos e, pouco tempo depois, fiz outra investida para gravar algumas imagens do resgate, acompanhado do Celso com a câmera dele. Um dos seguranças me viu e corri para fazer imagens em outro ângulo.
Ai me senti um jogador de futebol americano; acho que até a médica correu pra me cercar.

Realmente o isolamento do local estava funcionando.

Enquanto as equipes trabalhavam, o pessoal da Feema e da Defesa Civil fazia sua parte e um representante da Petrobrás anotava tudo e ainda tirava fotos de todas as etapas do trabalho.
Depois de resgatarem as vítimas, conterem o vazamento, eles ainda passaram o combustível do caminhão acidentado para outro caminhão. Nessa hora, o líquido pega fogo e as equipes têm que ser rápidas para que não haja uma explosão. E eles foram.

Depois de tudo acabado, eles nos chamaram para almoçar com eles, mas a gente não podia. Tínhamos que voltar a Juiz de Fora para gravar outra matéria.
O bacana é ver que a empresa se preocupa com segurança e não só com o faturamento.

E o melhor, ali ganhamos novos amigos, como o Celso que me ligou na quinta-feira para dizer que estava me mandando um “combustível” e nos convidando para assim que der, irmos para BH e ficar no sítio dele.

Como já disse mais de uma vez, o melhor da nossa profissão é fazer sempre novos amigos.