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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

terça-feira, 5 de março de 2013

Violência na Zona Norte

Por Michele Pacheco

Um jovem foi baleado na Vila Esperança II.
Os moradores se revoltaram e denunciaram um grupo da Vila I como responsável pelos tiros.
Com o tumulto, está retomada a guerra entre turmas rivais dos bairros vizinhos.
A confusão levou ao deslocamento de vários policiais militares para evitar linchamentos e outros crimes.
Os moradores revoltados me ligaram pedindo uma equipe da TV Alterosa.
O Vagner Tolendato e o Ângelo Nemésio foram para lá e encontraram um clima quente.

As imagens feitas pelos telespectadores mostram o rapaz baleado caído no chão à espera de socorro.
Segundo eles, na hora do tumulto mais acirrado, os policiais usaram balas de borracha.
O Vagner e o Ângelo viram vários jovens armados se escondendo em pontos estratégicos.
Eles suspeitaram que os grupos fossem cercar a polícia e a situação ficou ainda mais tensa.

O conflito de ontem ressuscitou a guerra.
Em novembro do ano passado, eu e o Robson entramos nos bairros inimigos e conversamos com todos os envolvidos.
A idéia não era incentivar as brigas e tratar os envolvidos como vítima.
Pelo contrário, o que a gente queria era fazer as perguntas que todo mundo gostaria de fazer e não tinha coragem.

Deu certo e a série foi um dos melhores trabalhos que nós já fizemos.
A repercussão foi grande e ganhamos muitas fontes entre os moradores.
É uma pena que de lá para cá, nenhuma providência definitiva tenha sido tomada pelas autoridades.
Do jeito que vai, essa guerra não acaba nunca.
Cada vez que um envolvido for preso ou morto, outros adolescentes e crianças vão ser recrutados para os exércitos de desocupados que deixam a comunidade em pânico.

Greve de rodoviários muda rotina de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Desde a madrugada, os grevistas ocupam as portas das garagens das empresas de ônibus de Juiz de Fora.
Na garagem da Viação Santa Luzia, no bairro Bandeirantes, as imagens do circuito de segurança registraram o momento em que um motorista tentou sair com o coletivo, foi impedido e teve que retornar com o veículo.

Em outros pontos da cidade, a PM acompanhou o movimento nas portas das garagens, mas sem grandes problemas.
No centro da cidade, o congestionamento tradicional das três pistas da Avenida Rio Branco passou para as calçadas.
Muitos trabalhadores estavam apressados, indo à pé para o trabalho.

Em compensação, na pista central da avenida, em geral congestionada de coletivos o vazio era notado.
Pontos de ônibus abandonados, ciclistas e skatistas fazendo a festa...
Cenas bem diferentes do cotidiano do centro da cidade.

Alguns motoristas driblaram as retenções nas pistas laterais, passando pela central, reservada apenas a ônibus, ambulâncias e viaturas policiais.
Equipes da PM e agentes de trânsito estavam em pontos estratégicos dos cruzamentos mais movimentados e pegaram alguns desses espertos com a boca na botija.
Por volta do meio-dia, a Secretaria de Governo liberou a pista central para os táxis, que passaram a usar os pontos dos coletivos como parada para taxistas.

No final da tarde, o Sindicomércio divulgou uma nota avisando que entrou com processo na justiça contra o Sinttro, Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário, e a Astransp, Associação das Empresas de Transporte Coletivo.
O objetivo é conseguir que 80% da frota sejam liberados pelos grevistas para rodar nos horários de pico.
Não há previsão para interromper a greve.