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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sábado, 22 de novembro de 2008

Tupi é o campeão da Taça Minas



Do Portal Uai - Vicente Ribeiro
www.superesportes.com.br

O Tupi é o campeão da Taça Minas Gerais 2008. O título veio mesmo com a derrota para o América, por 2 a 1, neste sábado, no Estádio Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora.
O time da Zona da Mata levantou a taça no saldo de gols - fez 3 a 1 no primeiro confronto da decisão, semana passada, no Independência.

Com o título da Taça Minas Gerais, o Tupi assegurou presença na Copa do Brasil de 2009. Ao América, para disputar o torneio nacional, resta torcer para o Cruzeiro se classificar à Copa Libertadores.
Assim, o time celeste cederia lugar ao Coelho.
Se isso não ocorrer, o alviverde terá de buscar vaga para a Copa BR de 2010, já que voltará ao Módulo I do Campeonato Mineiro.

O jogo deste sábado foi marcado pela movimentação constante das equipes.
O América, precisando vencer por pelo menos dois gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis, tomou a iniciativa.
O Tupi, por sua vez, preferiu se resguardar acreditando nos contra-ataques.
Logo aos 7min, o Coelho saiu na frente, com gol de Evandro, em bela jogada de Luciano.

No segundo tempo, o Tupi voltou melhor e empatou também no começo.
Aos 6min, Leo Salino, ex-América e destaque do time de Juiz de Fora, aproveitou passe de Ademílson para desviar na saída de Flávio.
O América não desistiu a voltou a ficar em vantagem aos 27min, com Micão, de cabeça.
A torcida local ficou apreensiva, mas no fim comemorou a inédita conquista do Galo Carijó.

Público Pagante: 5.017 torcedores, mesmo com chuva e um estádio sem cobertura.
Renda: 27.865,00
O Tupi recebeu a Taça das mãos do Presidente da Federação Mineira, Dr Paulo Schettino.
O Tupi estréia no Campeonato Mineiro contra o Socia e o América contra o Atlético.

A violência em Muriaé

Por Robson Rocha

A violência em Muriaé não é novidade.
Há muitos anos vamos até lá fazer matérias sobre violência, principalmente entre jovens. Durante um período, essa violência foi camuflada.
Não sei se da mesma forma como acontece em outras cidades do estado, onde a natureza do crime muitas vezes é alterada para não aumentar o índice de crimes violentos e diminuir os números nas estatísticas.

Vou dar um exemplo. Se um cidadão esfaqueia outro, mas, na tentativa de matá-lo, acerta apenas o braço pois o outro se defendeu, não vai para o boletim como tentativa de homicídio e sim como lesão corporal.
E isso também acontece nas brigas de galeras, onde muitas vezes há disparo de arma de fogo, mas quando a viatura chega ao local a briga já acabou.
Aí, no boletim é registrado na linguagem policial como W2, que significa nada constatado.

Mas, a coisa em Muriaé fugiu ao controle.
Antes, os homicídios estavam atingindo apenas uma camada mais humilde da população e os assaltos a pequenos proprietários da área rural.
Sem se esquecer dos assaltos aos bancos de pequenas cidades no entorno de Muriaé.

Porém, no caso dos assaltos aos bancos e roubo de cargas, o serviço de inteligência da PM de Muriaé trabalhou bem. Os policiais, com as informações de que mais um crime desses seria praticado, seguiram o Luciano Fisiquinha, principal suspeito. Porém, ele percebeu, tentou fugir e acabou dando início a uma situação critica de negociação quando fez reféns em um depósito e tentou fugir em um caminhão.
Graças à competência dos negociadores, tudo terminou bem.

Mas, agora a violência atinge em cheio outra camada da população, até então, imune a violência na cidade. A imprensa e a própria polícia.
Um dos casos foi o de Suely Cristina Souza Santos, 31 anos.
Mãe de três filhos, de 2, 5 e 10 anos, ela foi assassinada barbaramente com seis tiros (2 na cabeça) na madrugada de sábado.
O corpo dela foi jogado na rodovia BR-356.
A polícia já tem um nome e não vai demorar muito para fechar o inquérito para pedir a prisão do suspeito.

Agora, no caso da morte da professora Mônica Vidon Alvarenga, 44 anos, morta com três tiros a poucos metros de seu apartamento, a coisa é mais complicada.
Ela era esposa do Delegado Regional de Muriaé, Dr. Wagner Schubert de Castro.
No inquérito, a polícia vai começar usando várias linhas de investigação, onde quase todos são suspeitos.
Mas, com certeza, uma dessas linhas é o fato da policia de Muriaé estar investigando o crime organizado, que age na região.

Nos últimos trinta dias, Muriaé só apareceu na imprensa estadual e nacional, devido aos casos de violência.
Mas, o que me deixou impressionado foi ao ler o blog do Silvan Alves hoje pela manhã e ver a manifestação contra a violência.
Nas fotos aparece uma manifestação vazia.
Na primeira foto apenas duas mulheres e na segunda, sete pessoas.

Cadê a população de Muriaé?
Será que os moradores não estão se importando com tanta violência?
Ou têm medo de ir às ruas pedir paz e acabar na mira do revólver de algum bandido?
É lamentável que tenhamos chegado ao ponto do crime se organizar com tanta facilidade e a sociedade ter tanta dificuldade para reagir à violência.