Nessa semana fizemos uma matéria que homenageou com justiça as equipes do canil da 3a Companhia de Missões Especiais.
Hoje são 17 animais das raças Labrador, Rottweiller, Pastor Alemão e Pastor Belga Malinois.Estamos acostumados a encontrar cães e condutores em todo tipo de operação, sempre fazendo um ótimo trabalho.
Mas, para entender a seriedade e a cumplicidade entre homem e cão é preciso ver de perto o treinamento deles.
Cada um tem um perfil diferente.A Rottweiller Bruna age como se fosse a estrela do canil e parece fazer pose para a câmera o tempo todo.
E tem motivos para isso!
Por onde passa, ela chama atenção pela beleza e pela docilidade.
Em ação, faz o trabalho com dedicação e seriedade.
Ela é a veterana do canil.
Está completando oito anos e vai se aposentar.Quando isso ocorre, o policial condutor tem prioridade na adoção do animal.
No caso da Bruna, a fila de pretendentes a donos é enorme.
Uma seleção rigorosa é feita, para garantir a segurança e a tranquilidade do cão nos últimos anos de vida.
Enquanto a Bruna se despede, a galera mais nova apronta mil e umas.
Quando estão livres da responsabilidade de defender a sociedade, são cães brincalhões e cheios de energia.Na hora de cumprir o dever, levam a sério o trabalho e atuam com precisão e habilidade.
A Kayla é outra estrela e tem se destacado em operações arriscadas.
Quem vê a cadela da raça Malinois com aquele ar de tranquilidade, custa a reconhecer a policial ágil e empenhada das operações.
Ela ganhou destaque durante a captura de presos que estavam no Hospital de Pronto Socorro, renderam a escolta de agentes penitenciários e fugiram com as armas da escolta para o meio de um terreno baldio cheio de mato.
A escuridão tornava ainda mais arriscado o trabalho dos policiais e os canis da PM e do Ceresp foram acionados.Calma e com total confiança, a Kayla e o colega Erol, um pastor alemão, foram passados por cima do muro pelos policiais militares e trabalharam rápido para achar os foragidos.
Durante a nossa reportagem, os policiais mostraram os diferentes tipos de treinamento que os cães recebem.
As barreiras parecem brincadeira, mas ajudam a aumentar a agilidade e o equilíbrio.Os animais trançam por meio de grades, sobem em estruturas metálicas, passam por dentro de manilhas, saltam obstáculos e recebem elogios pelo desempenho sempre impecável.
O aro incendiado é um desafio e tanto e ajuda a manter a coragem do animal em situações imprevisívies.
Além da Kayla, participaram da gravação o irmão dela Pajé, a Bruna, o pastor Eron, irmão do Erol, e o Trovão, um Malinois de apenas sete meses que está sendo preparado para integrar o grupo.Todos foram dignos de aplausos.
E os condutores também.
O trabalho deles é uma parceria marcada por confiança e amor.
Não é à toa que o canil da PM de Juiz de Fora tem servido de modelo para muitas cidades.
Os cães policiais também recebem treinamento específico para ações de combate à criminalidade.
Eles são preparados para desarmar bandidos durante o trabalho de abordagem.É muito interessante esse treinamento.
Os policiais ficam atrás de escudos e pedem ao suspeito que se renda e largue a arma.
Quando ele levanta as mãos, o cão é acionado, dá a volta no bandido e retira a arma dele.
Se o policial estiver em perigo, o companheiro canino entra em ação e ajuda a livrá-lo do apuro.
O animal faz isso com cuidado e atende sem pestanejar aos comandos do condutor.A segurança das equipes em ação é bem maior quando os cães estão por perto.
Eles se arriscam para proteger a vida dos policiais e são valorizados por isso.
Interessante ver o Eron em ação no treino de busca de droga.
Ele fica todo animado e parece se divertir muito no jogo de procurar o objeto suspeito em meio a uma parede de pneus instalada num barranco.Ao sinal do condutor, ele parte para a área delimitada e usa o faro apurado para localizar em poucos segundos o alvo desejado.
Na hora das aulas, o grupo conta sempre com um personagem imprescindível: o figurante.
Ele enfrenta sol e calor dentro de um macacão todo acolchoado e protegido para servir de alvo no treinamento de ataque.A estratégia é usada em casos em que os bandidos não se rendem e tentam correr.
Os cães são acionados e atacam, imobilizando o supeito até que o condutor dê a ordem para soltar a pessoa rendida.
Mais do que eficiência, o que me chama atenção no trabalho das equipes do canil é o amor do homem pelo animal e vice-versa.
É uma relação de respeito e confiança que emociona quem vê os conjuntos fora do ambiente tenso das operações policiais.A dupla tem uma afinidade incrível.
Cada condutor conhece a fundo as qualidades e as necessidades de cada animal, que retribui com confiança e carinho.
Os sargentos Gonzalez e Wanderson gravaram entrevista na matéria que foi exibida pelo Jornal da Alterosa nessa sexta-feira, dia 29 de outubro.
Eles destacaram o papel do canil para aumentar a segurança dos policiais e da comunidade, ao evitar o uso de armas e de força bruta.A escolha dos cães policiais é rigorosa e depende da raça e da índole dos animais.
