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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

terça-feira, 11 de março de 2008

Risco de desabamentos em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Quem chega ao bairro Santa Tereza, zona sul de Juiz de Fora, encontra os moradores sentados em bancos, ou mesmo na calçada, olhando desolados para as casas que foram interditadas pela Defesa Civil e podem desmoronar a qualquer momento. Os engenheiros fazem plantão direto no local, avaliando os riscos e garantindo que os moradores não entrem nos imóveis interditados. O motivo que levou o barranco a ceder, ameaçando as casas da rua de cima da encosta e empurrando as construções da rua de baixo, está sendo apurado. Ontem, equipes da Cesama, empresa responsável pelas redes de água e esgoto da cidade, fizeram vários buracos, procurando vazamentos nas manilhas. Mas, nenhum indício foi encontrado.

O mistério começa a ser desvendado. Dois geólogos vieram de São Paulo para investigar as causas do movimento de terra no barranco. Há rachaduras por toda parte e a encosta ameaça desabar. Os geólogos pesquisaram os mapas geomorfológicos da cidade e foram ao local. Eles entraram nas casas interditadas e conversaram com os moradores.
Segundo o Sub-secretário de Defesa Civil, Sérgio Rocha, a análise vai ser lenta e o laudo deve sair em trinta dias. A prefeitura de Juiz de Fora deve decretar situação de risco, o que significa que os moradores ficam impedidos de ter acesso aos imóveis em qualquer hora do dia, por uma questão de segurança. Quem desrespeitar a ordem pode ser preso.

Na parte de baixo do barranco, a calçada que estava levantando subiu mais um centímetro e meio de ontem para hoje. A sensação que dá é de que ela foi empurrada para a frente. Várias casas atingidas ficaram "empenadas". As portas das garagens não abrem. Os pisos e as paredes estão com rachaduras. Até as fachadas de alguns imóveis apresentam fendas.

Esta marca branca na escada é feita de gesso e serve para avaliar se as rachaduras estão aumento. Praticamente todas as que foram colocadas apresentaram alargamento. Isso indica que o movimento de terra continua, mesmo que de forma mais lenta do que no fim de semana. Também há água minando em vários trechos da rua de baixo.

Os engenheiros da Defesa Civil ficaram surpresos ao vistoriar uma casa em construção que fica fora da área interditada. O dono fez um corte reto no barranco dos fundos, o que é irregular. No paredão formado pela terra cortada, há uma rachadura grande. O imóvel também foi incluído na zona de isolamento.

Conversamos com os moradores e a maioria não sabe o que vai fazer, já que os imóveis são deles, e não alugados. O Mauro Carneiro é pintor e contou que estava na oficina com a cadela de estimação quando ouviu uns estalos e viu as rachaduras se espalhando pelas paredes. Ele correu e, desde então, não pôde mais voltar ao local. Hoje, enquanto nos preparávamos para gravar entrevista, ele nos levou até a porta da oficina para mostrar onde estava no momento dos estalos. Levamos um susto, quando parte do reboco das paredes caiu, fazendo estrondo. Numa hora dessas, qualquer estalinho é suficiente para causar pânico nos moradores. Eles avisam que vão continuar a vigília até que se decida se as casas vão ser condenadas ou liberadas.

Médicos do Barulho II

Por Amauri Mendes

Seleção de novos atores em Belo Horizonte e Rio de Janeiro:
Olá! Quer fazer parte de nosso grupo? Venha, junte-se a nós para levar muita alegria às crianças hospitalizadas!
Temos muito trabalho pela frente e você, ator/atriz/palhaço que reside em Belo Horizonte e Rio deJaneiro, pode contribuir para o crescimento do nosso projeto.
Gostou da idéia?
Então fique atento, pois já estamos divulgando em nosso site as etapas paraseleção de novos integrantes dos Médicos do Barulho.
Seja um(a) candidato(a) acolocar nariz vermelho, roupas coloridas e fazer muita palhaçada. Mas lembre-se que um dos requisitos essenciais é saber transformar esta brincadeira em algo muito sério!
Visite o nosso site e saiba como participar: http://www.medicosdobarulho.com.br/

Belo Horizonte: Oficina no dia 16 de abril de 2008, quarta-feira.

Rio de Janeiro: Oficina no dia 13 de maio de 2008, terça-feira.

Envie o seu curriculum com foto para: medicosdobarulho@hotmail.com

Boa sorte!

Médicos do Barulho
OBS: Blog dos "Médicos do Barulho" - www.associacaodosmedicosdobarulho.blogspot.com

segunda-feira, 10 de março de 2008

Médicos do Barulho

Por Robson Rocha

Quem já teve algum parente ou já ficou internado em um hospital sabe como é difícil.
As horas não passam e o clima é pesado. Mas um grupo de pessoas tenta mudar essa realidade, eles são os “Médicos do Barulho”.

Gravei com eles pela primeira vez em 1996 e achei o trabalho espetacular! A gente via no rosto da criançada sorrisos e ouvia um som estranho ao ambiente hospitalar: as gargalhadas. E tudo isso parecia multiplicado nos rostos de pais e mães, transformado em felicidade.
Os Médicos do Barulho são especiais. Quem já viu a paciência que eles têm com as crianças e o tato pra lidar com situações em que elas estão em um estado grave, é de tirar o chapéu.
Não sei se eles são realmente artistas. Às vezes acho que são realmente médicos e que devolvem uma coisa fundamental, a vontade de sorrir. Mas, quem sabe eles não são médicos, e sim anjos. Anjos mensageiros da felicidade.

Você pode dizer: como você é puxa-saco!
Mas, de coração, tenho um respeito e uma admiração sem tamanho pelo trabalho feito por eles. Digo isso pois senti na pele a diferença que essa trupe faz.
Meu pai estava internado com câncer no cérebro, com mais cinco meses de vida. Eu passava todas as noites no hospital, eram doze horas de um inferno psicológico sem tamanho e um dia eles apareceram lá e fizeram meu pai sorrir. Notei como aquela noite foi diferente para cada paciente e principalmente para meu pai. Não dá para explicar a felicidade que eu senti vendo meu pai feliz.
Depois disso se eu achava legal gravar matérias com eles, hoje, não me importa quanto tempo vai durar a gravação, eu vou com tesão! E não consigo não me emocionar, ou não ficar com aquele nó na garganta, pois a cada sorriso de alguém que está internado, me lembro do sorriso de meu pai.

Nessa quarta-feira Michele e eu gravamos com esses palhaços na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. Não dá para descrever o que aconteceu. Para simplificar, parecia uma festa para aquelas crianças. De longe dava para ouvir as gargalhadas e foram juntando mais crianças e os pais. Não parecia um hospital e parecia que aquelas crianças não tinham motivo para estar internadas. As ataduras, faixas, soro, nada disso parecia fazer sentido. Os médicos de cara pintada curaram cada uma, mesmo que momentaneamente.

Olhando o Dr Fuzil fazendo suas palhaçadas, me lembrei de quando ele se vestiu de Amauri Mendes e recebeu um prêmio representando todos os “doutores”. Ele se emocionou e chorou sozinho no cantinho do palco do teatro Central.
No dia, olhei pra ele e pensei: chorando por que, o palhaço? Não sei quantas pessoas em hospitais vocês já fizeram sorrir. Só sei que uma fui eu e só pelo pouquinho que vi, vocês merecem muito mais.

Desabamento misterioso em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

O jornalismo é uma profissão muitas vezes ingrata. O repórter de texto leva a fama quase sempre, mas quem carrega o lado mais pesado do piano é o repórter cinematográfico. O Robson é um ótimo exemplo! Ele escreve melhor do que muitos jornalistas que conheço e vive dando palpite nos textos. Algumas vezes, a gente rosna um para o outro até chegar a um acordo. E, quase sempre, ele é que está certo. Até porque, além da diferença de tamanho, o rosnado dele é mais forte!

Hoje, estávamos começando a fazer a nossa terceira pauta da manhã, quando fomos mandados para o bairro Santa Tereza, na zona sul de Juiz de Fora. A informação era de que um muro tinha desabado. No local, levamos o maior susto. Na rua que fica acima do barranco, onze casas estavam interditadas. Os moradores tiraram tudo o que foi possível e contaram com a solidariedade dos vizinhos para guardar móveis e eletrodomésticos.

Num sol escaldante, o Robson teve que parar o carro longe, pois a rua estava interrompida. Com a câmera no ombro, ele agilizou o serviço, correndo contra o tempo para levar o material ainda para o jornal. Entrou nas casas ameaçadas, seguiu os técnicos da Defesa Civil, filmou o barranco de cima, registrou o trabalho das equipes da prefeitura que vistoriavam as redes de água e esgoto à procura de vazamentos... Quando nos demos conta de que não dava para chegar na TV a tempo do jornal, paramos de correr e investimos num material mais completo para o jornal da noite.

Quando chegamos na rua de baixo, as imagens eram muito mais fortes. Uma casa teve o muro arrancado e ficou sem acesso. Outra, foi empurrada pelo deslocamento do barranco e a calçada parecia ter sido levantada e ter "andado" alguns centímetros! Mais nove moradias foram interditadas. Os moradores contaram que as rachaduras nas casas das duas ruas começaram depois dos temporais do fim de semana. O Robson achou tão forte a imagem, que me fez regravar a passagem. Ele reclamou que eu não tinha valorizado o suficiente o que estava vendo. Como já sei que meu querido repórter cinematográfico está certo em 90% dos casos, nem perdi tempo discutindo. Vesti de novo o blazer, que colou mais uma vez, já que eu estava me derretendo, e fui para a área interditada. Improvisei logo uma passagem com movimento, mostrando os escombros do muro, a calçada levantada e os caminhões de mudança. Aí, ele ficou satisfeito!

Quem acha que vida de repórter é fácil, deveria acompanhar as equipes num dia como hoje. Chegamos ao local por volta de quinze para o meio-dia, ficamos no sol quente junto com o Antônio Cerezo, do jornal Tribuna de Minas, até umas três da tarde, sem almoço e dependendo da gentileza do pessoal da Defesa Civil para nos servir água, já que não havia um bar sequer aberto por lá.

O prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani, e o Promotor de Urbanismo, Júlio César da Silva, estiveram no local avaliando a situação e conversando com os moradores. Eles confirmaram que a causa do deslizamento ainda não tinha sido descoberta e pediram aos moradores que evitassem ficar nas casas que podem desabar a qualquer momento. O prefeito avisou que um geólogo de São Paulo está a caminho da cidade para avaliar o que pode ser feito no bairro Santa Tereza. A possibilidade de demolir as casas rachadas foi levantada, mas isso só vai ser confirmado depois da avaliação técnica do geólogo. Por enquanto, o que se sabe é que a água infiltrou pelo barranco e causou um deslocamento. Agora, como a enxurrada conseguiu se infiltrar dessa forma...

É em matérias como essa que sinto o maior orgulho do Robson. Ele não se contenta em ser um apertador de botões e fazer o que mandam. Ele está sempre ligado no que as pessoas estão falando e atento a todas as imagens importantes; sempre bem posicionado, mas sem prejudicar o trabalho dos bombeiros e da Defesa Civil. E ainda encontra tempo para contar piada, conversar com os moradores e dar palpites no meu texto. Por essas e outras, que digo que ele faz jus ao enorme título de REPÓRTER CINEMATOGRÁFICO!

domingo, 9 de março de 2008

Campeonato Mineiro - Tupi 2 x 2 Social

Por Michele Pacheco

O Tupi enfrentou em casa o Social, de Coronel Fabriciano. O galo carijó começou a partida dando sufoco ao adversário do Vale do Aço. Bola na trave, bola rente ao travessão, cabeçada que não entrou por pouco... foi um festival de boas jogadas desperdiçadas. Mas, o Tupi desanimou e Gilvan não perdoou! Ele aproveitou a desatenção da defesa carijó, aos 46 minutos, e marcou, depois de uma cobrança de escanteio. No segundo tempo, Luciano empatou aos 14 minutos. O torcedor emendou um grito de alegria com outro, já que, menos de um minuto depois, Hugo aproveitou que o goleiro Ronaldo estava adiantado e chutou forte, marcando por cobertura. Mas, o Social estragou a festa carijó. Mais uma vez Gilvan! Ele entrou pela esquerda, trocou de perna, rolou a bola para esquerda, direita e esquerda de novo e mandou com vontade no fundo na rede. Fim de jogo, Tupi 2 x 2 Social.

Enquanto o torcedor acompanhava tudo isso, os jornalistas se desdobravam para escapar do temporal que começou no início da partida, deu uma trégua no primeiro tempo, voltou no início do segundo e ficou mais forte no fim do jogo. A gente se deu bem, já que estava só com uma equipe e teve que ficar na cabine. Mas, na saída ficamos presos na área das cabines, pois a tempestade piorou e nosso carro estava longe.

O Thiago, estagiário da técnica da TV Alterosa de Juiz de Fora estava conosco. Ele está aprendendo câmera e aproveitou o jogo para treinar. Fez todas as imagens da preliminar, entre dois times femininos para marcar o mês da mulher. Foi uma partida entre Benfica e Seleção Juizforna. O Benfica venceu por 3 a 2. O Thiago ficou cheio de pose para a foto!

Como já fazia tempo que eu não praticava alguma gafe, aproveitei para tirar o atraso! Detesto cobrir jogo ouvindo rádio. Em muitos casos, é difícil acreditar que o que está sendo narrado é o mesmo que estamos vendo! Mas, o Robson adora ouvir as transmissões da equipe do Ricardo Wagner e do Ivan Costa, da Rádio Globo, e acabei me acostumando a ouvir também. Para adiantar o meu serviço, evitando ter que ir às cabines de rádio confirmar nome de jogador que fez gol e o tempo da marcação, resolvi fazer o jogo de hoje ouvindo rádio.

O Robson ficou todo feliz, pegou o radinho que me deu de presente há algum tempo, colocou pilha e me entregou. Na hora da partida, eu estava sossegada ouvindo o Ivan, quando começou uma música religiosa. Achei estranho. Pouco depois, o Ricardo Wagner fez um comentário seguido pela lista de celebrações religiosas da semana. Arregalei os olhos! Aquilo não era normal! Passei para o Robson, ele ouviu a descrição de uma jogada e me chamou de doida, dizendo que não tinha nada de errado. Coloquei o fone no ouvido e... mais religião. Ficamos nessa: eu ouvia religião, passava para o Robson que ouvia futebol, e devolvia para eu ouvir religião! Até que as orações venceram e o futebol se foi de vez.

Achando que alguma rádio pirata tinha invadido a área, corri à cabine da Rádio Globo e avisei ao Ricardo. Ele achou estranho, pois estava ouvindo muito bem a transmissão.
Depois de alguns minutos, ele chegou na nossa cabine com um sorriso de deboche no rosto e me entregou um rádio maior e potente. Muito gentil, como sempre, ele me explicou que não havia nenhuma rádio pirata, mas que o aparelho que eu estava usando é que era muito ruim! Agradeci e olhei para o Robson, que fingiu que não ouviu. Afinal, foi ele que me deu o presente de grego que me fez pagar o primeiro mico do ano! Apesar disso, vou guardar meu radinho com carinho, como faço com todos os presentes que ele já me deu.

sábado, 8 de março de 2008

Michele Pacheco - Jornalista e etc.

Por Robson Rocha

Eu escrevi sobre a Michele, mas não mostrei os objetos. Então vou contar algumas historinhas.

Um dia chego em casa e a Michele pergunta se tenho cimento branco. Respondi que não e indaguei porque. Ela me levou até a sacada. Fui imaginando que os pisos haviam se soltado. Quando olhei para o chão havia algumas peças parecidas com bandejas e muitas, mas muitas pastilhas e pedaços de azulejos.
Depois de prontas, realmente as bandejas ficaram muito bonitas e muito úteis. Principalmente a redondinha, que é onde colocamos o tira-gosto na hora de tomar uma geladinha.

Falando em coisas esparramadas pelo chão, às vezes chego em casa e lá está a Michele assentada no tapete da sala cercada de alicates de todos os tipos, tesoura, pedras... É a pequena fábrica de bijuterias.
Ela faz tantas peças, que não tem como usar e nem onde guardar. Aí sai distribuindo. Minha mãe e a Paula, eu acho, perderam a conta de quantos colares e pulseiras já ganharam da Michele. As peças são muito bonitas, mas ainda bem que homem não usa esse tipo de artesanato, senão eu estava...

Eu queria ter a metade da paciência que ela tem para criar coisas. Ela tem uma régüinha onde ela faz cachecóis e blusas lindas, mas eu não coseguiria ficar assentado por horas passando aquela linha entre os preguinhos que estão fixados na régua.
Isso fora sabonetes, picles (que alias o Olavo e a Regina já viraram fregueses)...

Mas, o que me chama mesmo a atenção é a capacidade da Michele para a pintura. Isso era uma coisa que eu queria saber, contudo tem um problema, só consigo criar alguma coisa com régua “T” e esquadros.
Algumas pinturas impressionam, parecem fotografias, tamanha a riqueza de detalhes.
Não resisti e comecei a choradeira. Pedia todo dia para que ela pintasse um quadro meu. Ela não queria e dizia que não gostava de pintar pessoas conhecidas, pois não ficavam iguais e que ela não iria fazer. Mas como diz o ditado: “Quem não chora não mama”, ganhei pelo cansaço.
Porém, não sei se foi de sacanagem, ela pegou uma tela pequena, diferente das outras que são grandes, mas pensei: “tudo bem, pelo menos ela está pintando”.
Agora, cheguei à conclusão de que ela esta me dando um castigo. Primeiro, em vez de me colocar em um ambiente agreste, me colocou em meio a flores.
Segundo, não me deu um rosto ainda.
E, o pior, ela está me castigando há tanto tempo que agora ela vai ter que refazer parte da pintura, pois aquela barriguinha ali, faz tempo que cresceu.
Com isso tudo, só posso dizer uma coisa: CASEI E ME DEI FOI BEM!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Dia Internacional da Mulher

Por Robson Rocha

Lembrando do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, não poderia deixar de falar sobre elas. Pois, como diz a música do Ultrage à Rigor: eu não vivo sem mulher!

Tenho que começar, é claro, pela minha mãe, Dona Therezinha, pois ela foi a primeira mulher na minha vida. Como mulher, uma batalhadora de temperamento forte. Quando casou com meu pai, eles tinham apenas uma casa e com seu trabalho ajudou a construir um pequeno patrimônio. Hoje, é voluntária em vários projetos e quando não está trabalhando... Ah, pode ter certeza de que está dançando. Ela é pé de valsa e adora dançar. A única coisa difícil é acompanhá-la nas compras, ela anda demais. E, como gosta de entrar em lojas. Como mãe, é simplesmente a melhor do mundo!

Na ordem cronológica, a segunda grande jovem mulher é minha filha, Paula. Aliás, não é simplesmente uma grande filha, é uma grande amiga. Que muitas vezes passa por situações em que, como ela mesma diria, a faço pagar muitos micos. Por isso não vou escrever demais sobre ela, senão é micão.
Mas é minha Princesa e meu orgulho!

Falando em orgulho: outro orgulho é a Michele.
Todo mundo conhece a repórter Michele Pacheco, mas poucas pessoas conhecem o outro lado dessa jornalista. Ela adora fazer artesanato, de cordões, pulseiras a cachecóis e blusas, de sabonetes a coisas pra decoração. E pinta muito bem. São vários quadros em estilos variados e muito bem feitos. Ela é uma mulher muito talentosa. Ela é tão boa na pintura que está conseguindo me transportar para um quadro. Na cozinha, quem me conhece deve imaginar que ela manda bem só olhando o quanto minha barriguinha evoluiu.

Amo demais essas três mulheres. Mas parando de jogar confete aqui, entre inúmeras mulheres batalhadoras que conhecemos nesses anos de trabalho, queria destacar duas. Isso sem desmerecer ninguém, mas elas fazem a diferença. E nem sempre aparecem ou têm o reconhecimento que mereciam.

Uma é a Maria Aparecida da Silva, a Cida da Sociedade Beneficente Mão Amiga. Essa mulher batalha muito! Começa por ter enfrentado de frente o preconceito. Não adianta a gente fingir que não, todos nós sabemos que ela tinha todos os atributos para ser discriminada: negra e pobre. Ela, além de superar essa barreira, faz um trabalho maravilhoso desde quando a Associação era no bairro Furtado de Meneses.
Ela vai às emissoras de rádio e tv em uma peregrinação, não para pedir dinheiro, mas para pedir ajuda divulgando as campanhas que faz. A Mão Amiga distribui nas comunidades carentes não só cestas básicas, mas material escolar, brinquedos, ovos de páscoa, fora outras atividades. Nesta semana estivemos lá na sede, ela e as voluntárias estavam produzindo ovos de chocolate para distribuir a 400 crianças nas áreas mais carentes. Fiquei feliz quando vi no mural que ela vai ser homenageada pela 4ª subseção da OAB. Parabéns ao Wagner Parrot pela iniciativa, pois essa mulher merece.

Outra mulher que aprendi a admirar e sou fã de carteirinha é a Maria de Lourdes Martins. Quando a conheci, ela trabalhava na “Casa Abrigo”, onde mulheres vitimas de violência sexual eram abrigadas e recebiam atenção.
Eu em principio fiquei assustado, porque ela defendia aquelas mulheres como se fossem filhas dela. E, principalmente, porque isso não é muito normal em serviços públicos. Mas, ela tem uma fibra, uma determinação, que realmente impressiona. E outra coisa bacana foi observar como ela era querida pelas mulheres e crianças que estavam na “Casa Abrigo”.
Agora ela está no Conselho Tutelar e continua firme na defesa de pessoas em alguma situação de risco.
É uma mulher de coragem, que defende suas idéias e com certeza foi um anjo na vida de muitas vitimas de violência.

Obrigado por vocês existirem!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Explosão em Muriaé

Por Silvan Alves
Jornalista da TV Atividade

Uma grande explosão por volta das 17h40 estremeceu um quarteirão inteiro assustando moradores da região da Av. Dr. Passos, na Barra. Segundo informações preliminares, a causa da explosão acompanhada de fogo em bueiros e até mesmo no Rio Muriaé (onde o fogo se alastrou por cerca de 50m, é vazamento de combustível. Um carro que estava sobre um dos bueiros foi levantado pelo impacto e sofreu vários danos.
Moradores próximas a área de risco informaram que o cheiro de combustível já incomodava desde cedo. O combustivel, gasolina, desceu pela tubulação de águas pluviais. O Corpo de Bombeiros reforçado pela Polícia Militar tenta solucionar o problema. O posto de gasolina que está em obra continuava a funcionar.

O Corpo de Bombeiros de Muriaé, determinou agora a pouco a saída de dezenas de famílias da rua Manoel Alves de Araújo Sobrinho (Rua do Aterro). O cheiro de combustível ainda é muito forte, mas o fogo está baixo nos bueiros. O medo atingiu parte do bairro da Barra, depois que uma forte explosão ocorreu às margens do rio Muriaé ocasionada pelo vazamento de gasolina, de um posto que fica a cerca de 150 metros do rio. O fogo nos bueiros chegou a três metros de altura. Um carro foi danificado pela explosão, tendo o pára-brisa quebrado, pneu furado, calotas arrancadas e outros danos. “Já tínhamos percebido o cheiro forte de combustível nesta região desde cedo, e inclusive comunicado a polícia” disse um dos moradores.

terça-feira, 4 de março de 2008

Cadeia de Muriaé é interditada

Por Silvan Alves
Jornalista da TV Atividade

A partir das 19h desta terça-feira a Cadeia Pública de Muriaé, localizada na rua José de Freitas Lima, 02, bairro Safira, não mais poderá receber presos. Em todos os flagrantes que acontecerem durante a noite desta terça-feira e madrugada de quarta, os presos terão que ser encaminhados para as cadeias públicas da região, como de Eugenópolis, Miradouro, Carangola, Tombos, Divino ou mesmo Cataguazes. A decisão do Poder Judiciário, através do juiz, Dr. Múcio Monteiro da Cunha Magalhães, saiu menos de cinco dias depois que o Ministério Público da Comarca de Muriaé pediu a interdição da cadeia, alegando falta de segurança, superlotação e ainda que os presos estão vivendo em situação desumana. O Ministério Público pede também a construção de uma nova cadeia ainda para este ano. O último homem, preso por tráfico de drogas, entrou na cadeia de Muriaé , nesta terça, à uma hora da interdição. O delegado que passou a noite de plantão, foi o Dr. José Carlos Bolsoni Rodrigues e ele estava orientado a proceder de acordo com o pedido da Justiça. A Cadeia Pública de Muriaé, estava com 136 presos até o pedido de interdição, quase o dobro de sua capacidade.

www.silvanalves.blogspot.com

Medicina avançada x doenças misteriosas

Por Michele Pacheco

A todo momento recebemos informações de novas descobertas científicas que vão revolucionar a medicina. Mas, no dia-a-dia encontramos desafios que os médicos ainda não conseguem explicar.O caso do Lucas é um desses. Um dia estávamos na TV, quando a Rosemare chegou com o filho para pedir uma matéria sobre o caso dele. Ela queria que a reportagem ajudasse a encontrar algum médico que soubesse o que o garoto tinha e o ajudasse a melhorar ou, pelo menos, superar as dores. Ficamos todos sensibilizados. A família mora numa vila humilde, na zona leste de Juiz de Fora. A mãe é diarista e sustenta três filhos.

O Lucas é o mais velho, tem doze anos e, desde os seis, começou a sentir dores nos braços e nas pernas. A Rosemare levou o filho ao SUS e marcou consulta com um ortopedista. Desde então, ele tem feito uma peregrinação de uma especialidade a outra, sem encontrar alguém que consiga descobrir que doença é essa. Segundo a mãe, o Lucas é atendido desde o início no Hospital Universitário de Juiz de Fora. Ela não entende a demora para se fazer um diagnóstico e desabafou que sofre vendo o filho "passar de um médico a outro, como se fosse um experimento de laboratório" e sem conseguir nenhuma solução.
É duro olhar para o Lucas e imaginar que se fosse uma criança com dinheiro, já poderia estar recebendo tratamento adequado. Os braços são as partes mais deformadas pela doença até agora. Olhando para eles, dá a sensação de que os ossos estão crescendo uns em cima dos outros. Ele conta que sente dores pelo corpo quando pega algo pesado, anda muito tempo ou faz movimentos bruscos com as pernas e os braços.

Segundo a Rose, nesses seis anos, os únicos exames que os médicos do HU pediram foram os de Raio-X. Neles, é possível ver que os ossos não cresceram da forma normal. Uma médica disse à família que pode haver algum especialista no Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, capaz de diagnosticar que doença aflige o Lucas e encaminhar o garoto ao tratamento adequado. O problema segundo a Rose é que ela não tem dinheiro para levar o filho até lá e nenhum encaminhamento médico para isso. Ela pede ajuda para tentar melhorar a vida do garoto.

Eu e o Robson fizemos o melhor possível para passar na reportagem detalhes precisos sobre os sintomas, os exames e o que os médicos disseram até agora, com a esperança de que alguém veja a matéria e ajude o Lucas.
Apesar de toda a dor que sente, ele dá uma lição de vida. Quando perguntei o que queria fazer no futuro, o Lucas abriu um sorriso largo e disse "eu quero sarar logo, porque vou ser um jogador de futebol, um craque...vou ganhar dinheiro e ajudar a minha mãe e os meus irmãos...eles já sofreram muito por minha causa!"
Nem preciso dizer que saímos de lá com um nó na garganta e desejando que aquele sonho se realize.