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Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

domingo, 25 de maio de 2008

Copa Alterosa - Operário “Impiedoso”

Por Claúdio Cordeiro do site Interligado - Muriaé
www.interligadonline.com

Operário “Impiedoso”:11 X 1 no Olimpic
Na partida de volta, realizada na tarde deste domingo (25), no estádio Proletário, no bairro Santa Terezinha, o Operário não tomou conhecimento do Olimpic de Barbacena, que já havia vencido por 2 X 1 na partida realizada no domingo (18).

Jogando por um empate simples a equipe muriaense atropelou o Olimpic, abrindo o marcador logo aos 3 minutos com Helal (1 x 0).

Aos 7 minutos já estava 2 X 0, com Flexa e o primeiro tempo chegou ao seu final com 3 X 0 no placar, marcando mais um vez Helal, o artilheiro da competição com 10 gols (na foto ao lado com Malandro após a vitória).

No segundo tempo, Carlinhos malandro entrou no lugar de Flexa e o que o público de 626 pagantes que gerou uma renda de R$ 2.850 reais, viu foi uma verdadeira festa do ataque do Operário.
Malandro fez mais 5 gols, com helal fazendo mais 2 e Toninho 1. Pelo Olimpic o centro avante Dênis fez o de honra.
Final Operário classificado para enfrentar o XV de Novembro de Rio Novo 11 X 1.

Resultados dos jogos de volta das QUARTAS-DE-FINAL.
Domingo, 25 de maio:

Em Muriaé
OPERÁRIO FC 11 x 1 OLYMPIC CLUB

Em Rio Novo
XV de NOVEMBRO 2 x 1 EC RIBEIRO JUNQUEIRA

Em Recreio
RECREIO EC 2 x 4 NAGOYA FC
Nos pênaltis:
RECREIO EC 6 x 7 NAGOYA FC;

Em S.J. del Rey
SOCIAL FC 0 x 2 JUVENTUDE BEIRA RIO
Nos pênaltis: SOCIAL FC 3 x 4 JUVENTUDE BEIRA RIO

Com esses resultados os classificados são:
Operário FC de Muriaé
XV de Novembro de Rio Novo
Juventude Beira-Rio de Mercês
Nagoya de Juiz de Fora

Copa Alterosa de Futebol Regional
Comitê-Executivo
Liga de Futebol de Juiz de Fora

sábado, 24 de maio de 2008

Quatro homens são presos em Ponte Nova por transporte ilegal de combustíveis

Do Jornal Unidade de Notícias - Ponte Nova
www.unidadenoticias.com.br

Na manhã de 24/05, a PM de Ponte Nova acionados por uma denúncia anônima foram a uma estrada na zona rural do município, no povoado de Dioguinho’, próximo a rodovia no sentido Ponte Nova Viçosa, onde encontraram o caminhão tanque de placa GYS-4006, de Campo Belo/MG, carregado de álcool combustível. O veículo fazia o transbordo de parte do combustível para outro caminhão de placa BXG-8182, de Ponte Nova. Após a chegada da polícia, um terceiro caminhão, de placa GKO-8232, também emplacado em Ponte Nova, chegou para participar da transação do combustível e foi retido.
De acordo com a PM, as notas fiscais apresentadas pelo condutor da carreta não coincidiam com a transação que estava sendo realizada.
Quatro homens foram presos em flagrante junto com trinta mil litros de álcool combustível, depois que a Polícia Militar interceptou três caminhões que faziam transporte e comércio ilegal do combustível.

Foram presos Francisco de Carvalho da Cunha, de 48 anos, motorista de Campo Belo; Adilson Levensteins Bandeira, de 45, motorista, de Ponte Nova; e Ricardo Luiz da Costa, 31 anos, motorista,Ponte Nova.Um quarto homem, José Tadeu Salgado, de 55 anos, agricultor, de Ponte Nova, responsável pelo pagamento do combustível, também foi preso.

Eles são acusados de prática de crime contra a ordem econômica, previsto na Lei nº 8.176, de fevereiro de 1991.
É crime adquirir, distribuir e revender derivados de petróleo, gás natural e combustíveis líquidos em desacordo com as normas estabelecidas pela lei.

Além dos três caminhões e do combustível, foi apreendida certa quantia em dinheiro, cheques dos reais compradores, que seriam destinados ao pagamento do produto, celulares, notas fiscais e lacres utilizados nos caminhões.
Os presos e os materiais apreendido foram encaminhados para a 12ª Delegacia de Polícia Civil de Ponte Nova.
A PM afirma que há indícios de que a prática venha acontecendo há muito tempo na região.
Fonte: www.unidadenoticias.com.br

Social disputa vaga na semifinal da Copa Alterosa

Da Gazeta de São João Del Rei

Depois de derrotar o Juventude da cidade de Mercês, no último dia 18, por dois a zero, o Social de São João del Rei segue invicto pela Copa TV Alterosa. Amanhã, os dois times voltam a se enfrentar, às 14h, no campo do Social. Com apenas um empate a equipe sanjoanense se classifica para a semifinal da competição.
Até agora, de acordo com o técnico Eli Ferreira Júnior, o Juninho, o Social só deixou de ganhar uma partida, quando empatou contra o time de Ewbank da Câmara. "Mesmo assim empatamos de um a um, jogando fora de casa", comemorou.
De acordo com o técnico, a boa performance dos atletas é reflexo da garra e da integração dos jogadores que há dois anos atuam juntos. "O apoio que recebemos do clube e da Prefeitura também foi muito importante para o nosso desempenho", elogiou.
Até a semana passada, já tinham sido realizados 40 jogos pela Copa TV Alterosa.
Além do Social, os jogadores do Operário F.C de Muriaé também seguem invictos pela competição. Mas, de acordo com os organizadores da Copa, o Social tem a melhor defesa do campeonato até agora.
Serviço:

A partida acontece às 14h no campo do Social. Os ingressos são vendidos no local por R$3 (inteira).
Mulheres e crianças de até 12 anos não pagam.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O pau de matar matéria (Jornalismo de aquário)

Do site Vi o mundo por Luiz Carlos Azenha
www.viomundo.com.br
Atualizado e Publicado em 11 de abril de 2008 às 16:23

O aquário é uma sala envidraçada onde ficam os peixes graúdos de uma redação de Jornalismo. A mão pesada do aquário vai ficar cada vez mais pesada.
Hoje, em qualquer redação moderna da TV brasileira, um editor-chefe de um telejornal pode acompanhar à distância a produção do texto do repórter. Graças à informatização.
Você escreve num terminal, salva o texto, e acessando de outro terminal o chefe já tem uma idéia do que você está escrevendo.

Problema maior, em minha opinião, é a pauta pré-definida.
Se o repórter desmentir a proposta de reportagem corre o sério risco de se queimar.
Essa tensão, entendam, existe em qualquer redação.
É óbvio que se você junta três jornalistas discutindo um texto haverá discordâncias. De estilo, de conteúdo, de hierarquização das informações.
Mas, no passado, o papel do repórter era preponderante.

Não é mais. Meu amigo Tonico Ferreira costuma brincar que, nas redações, existe um certo pau de matar matéria. Refere-se aos temas relevantes que passam batido pelos telejornais. É que, com raríssimas exceções, a pauta é definida de cima para baixo. Idéias pré-concebidas no aquário acabam sendo entregues a repórteres, que saem às ruas em busca dos fatos e imagens que justifiquem as hipóteses. Curiosamente, a indústria do entretenimento incentiva a personalização do Jornalismo. É comum ver fotos de repórteres e apresentadores na capa de Caras ou de revistas de fofocas.

O repórter é protagonista, muitas vezes mais importante do que a própria notícia. Por outro lado, o papel preponderante do aquário incentiva à "despersonalização" das reportagens. É a vitória da forma sobre o conteúdo. O repórter é mais importante para o marketing do produto do que para a produção de informação.

Os textos são previsíveis, os entrevistados também, o tom de voz, o sotaque - tudo é tão homogêneo que dificilmente você se surpreende com alguma reportagem no telejornal. A criatividade, muitas vezes, fica por conta dos repórteres cinematográficos e dos editores de imagens, aqueles que são encarregados de escolher o que você vê na TV. Porém, isso está prestes a acabar, se o modelo aplicado hoje aos repórteres for mantido.

As imagens gravadas em disco - não mais em fita - serão descarregadas diretamente num servidor. Assim, os repórteres poderão assistí-las diretamente nos terminais de computador. Esse novo sistema também permitirá que a turma do aquário veja as imagens brutas, não editadas, assim que chegarem à redação. O que permitirá o microgerenciamento também das imagens.

Há outro modelo de gestão possível. Se aos repórteres for dada maior responsabilidade pelo conteúdo das matérias, teremos maior diversidade, garantia de pluralidade, uma produção heterogênea e um telejornal mais humano, porque narrado com a convicção daqueles que, em carne e osso, estiveram em contato com a notícia. Esse modelo descentralizado, no entanto, dificulta o uso do Jornalismo para a pregação ideológica.

Publicado originalmente em 9 de agosto de 2007 e reproduzido resumidamente

Dia de Santa Rita - a Santa das Causas Impossíveis

Por Michele Pacheco

O Dia de Santa Rita foi ontem. Mas, com o feriado de Corpus Christi, a comunidade do bairro Bonfim, em Juiz de Fora, onde fica a igreja com o nome da Santa das Causas Impossíveis, decidiu realizar a festa tradicional hoje. Fomos cobrir e encontramos a igreja toda decorada. Uma tenda foi montada no adro para abrigar as 20 mil pessoas esperadas durante todo o dia. As missas ficaram lotadas desde cedo. Muitos fiéis se emocionaram nas celebrações.

Do lado de dentro da igreja, houve fila para rezar diante da imagem da santa. Os devotos chegavam com rosas nas mãos para trocar por outras, bentas, no altar. A Aparecida Conceição Mateus era uma das responsáveis pela troca das flores. Ela contou que a tradição começou no leito de morte de Santa Rita. Doente, ela pediu a uma amiga que fosse buscar uma rosa no jardim da casa dela. Mas, era inverno na Europa e nenhuma flor sobrevivia no frio rigoroso, muito menos uma rosa. Mesmo assim, a mulher foi ao local indicado e encontrou uma rosa linda florescendo viçosa no jardim. Foi considerado um dos milagres da santa.

Santa Rita viveu no século XIV, foi casada e teve filhos, mas sempre desejou a vida religiosa. Quando o marido dela foi assassinado, os filhos ficaram revoltados e partiram em busca de vingança. Os dois morreram. Só então ela realizou o sonho antigo e foi freira até morrer. Canonizada pela igreja católica, é uma das santas de maior devoção em todo o mundo.

Além da tradição das rosas, os fiéis mantém outro hábito antigo. As mães fazem promessas quando os filhos têm problemas graves de saúde. Em troca de graças conseguidas, algumas passam a vestir as filhas com roupa idêntica à de Santa Rita. Encontramos na igreja a Luciana de Oliveira. A técnica em enfermagem contou que teve uma gravidez tranqüila, mas quando as gêmeas Tais e Tamires completaram nove meses de vida, os médicos diagnosticaram que elas tinham bronquite asmática. A mãe pediu socorro a Santa Rita e diz que foi atendida. Hoje, as meninas com seis anos de idade dizem não se importar de usar o hábito de freira na festa da santa.

As missas aconteceram de duas em duas horas desde as cinco da manhã. Nas barracas montadas no adro, eram vendidos objetos religiosos e rosas. A expectativa era de vender 2400 flores.
O dinheiro deve ser usado em obras da paróquia de Santa Rita.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Dos Jogos Universitários à Festa Country

Por Robson Rocha

Uma quarta-feira com cara de sexta-feira.
Quarta em que o pessoal que participa dos Jogos Universitários Mineiros já começou sofrendo.
Sofrendo com o frio da noite, pois segundo os participantes, as tendas não protegiam do vento e da umidade.
Pela foto, tirada por volta de oito da manhã, ainda estava bem frio. Dá pra imaginar como esses universitários passaram a noite.

Segundo alunos que vieram da Uni-BH, de Belo Horizonte, os organizadores afirmaram que haveria uma Vila Olímpica, mas quando chegaram ao local, eram tendas sem a mínima condição de receber alguém. Pois além de tudo, os banheiros químicos estavam sem condições de uso e, ainda segundo os alunos, quem quisesse tomar banho, tinha que andar cerca de 3 quilômetros.

Um professor que não quis gravar entrevista para a matéria da tv, mas conversou em off, disse que, além dos patrocínios, os organizadores recebem verba do COB, Comitê Olímpico Brasileiro. Isso, sem esquecer que cada atleta pagou 50 reais pela inscrição, gerando uma arrecadação de 100 mil reais.
Os organizadores não apareceram no campus para gravar entrevista e o pessoal da UFJF, que apenas cedeu a área para que fosse usada, ficou no meio do fogo cruzado.

Sem ter culpa do que estava acontecendo, a universidade estava tentado ajudar e nos deu apoio durante a gravação da matéria. Um assessor ligou para o organizador e passou o telefone para a Michele. O presidente da FUME, Federação Universitária Mineira de Esporte, e ele explicou que não poderia gravar entrevista, porque estava correndo de um lado para outro para resolver problemas de algumas modalidades esportivas e do alojamento dos atletas.

Dentro das tendas, colchonetes foram espalhados sobre um piso de madeirite, uma espécie de resto de madeira prensada. Segundo os estudantes, o alojamento deixava passar muita friagem.
O pessoal de Montes Claros reclamou que no “dormitório” destinado à delegação deles além de entrar fio e vento havia várias goteiras, que molhavam piso, colchões e bagagem.
Teve muita gente que não conseguiu dormir e dá pra imaginar como um atleta que não dormiu disputa uma prova!

A Michele e eu gravamos outras matérias.
Mas, nessa quarta-feira com cara de sexta-feira, não trabalharíamos na Festa Country e aproveitamos para ir pra lá, aproveitar.
A Michele foi convidada para ir e eu fui como acompanhante. Boa, né?
Até o Otávio Fagundes estranhou, quando nos viu à paisana, sem equipamentos.
Pois ele sempre nos convida, mas nunca conseguimos ir, a não ser trabalhando.
Agradecemos a ele pelo convite e fomos, quer dizer, fui tampar na canequinha. A Michele não bebe e eu tenho que beber por ela. Brincadeira!

Encontramos com alunos do CES que estavam fazendo cobertura da festa.
O Jorge Júnior saiu na foto com a gente.
Alias, o blog deles é muito bacana e quem quiser acompanhar o que acontece na Festa Country é só acessar Jornalismo no Ar (www.radiocesjf.blogspot.com), tem um link na coluna ao lado que também leva até lá.

Depois, o Marcelo Detoni, Secretário de Agropecuária e Abastecimento, nos convidou para o camarote dele e ficamos lá batendo papo e assistindo aos shows. Mais uma vez, agradecemos ao carinho das pessoas que conhecemos profissionalmente e nos tratam como amigos. Depois de encontrar um monte de conhecidos pelo corredor, voltamos ao camarote da Privilège, onde encontramos o Gleizer Naves, Diretor Regional da TV Alterosa, e alguns colegas da emissora.

Ficamos mais um pouco por lá, comentando sobre o quanto o Parque de Exposições de Juiz de Fora estava lotado. Era o primeiro dia do evento, uma quarta-feira véspera de feriado e, mesmo assim, o lugar lotou. Muito legal. Reconhecimento merecido ao pessoal da Front Produções que organiza o evento. A gente que acompanha o trabalho desses profissionais sabe o quanto eles suam a camisa. Parabéns especial ao Otávio, à Simone, ao Betão e ao Zanini.

Quanto à equipe da República, responsável pela parte de assessoria de imprensa e da organização dos bastidores do espetáculo, fica até difícil falar alguma coisa.
O pessoal dá uma lição de profissionalismo.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Caramujo africano

Por Robson Rocha

Hoje fomos caçar caramujo africano em Araci, distrito de São João Nepomuceno.
Na estrada, passamos pelo Aeroporto Regional da Zona da Mata.
O local está abandonado.
Somente alguns operários faziam uma obra na via de entrada, onde parece que caiu uma pequena barreira e está sendo construído um muro de arrimo.

Parece que o sonho de alguns políticos da região vai se transformar, se nada for feito, em um grande elefante branco cravado entre as cidades de Goianá e Rio Novo.
Na última vez em que estivemos lá, pessoal e equipamentos estavam sendo retirados e a Zona da Mata ia continuar contando com suas precárias rodovias para escoar sua produção.
Alguns funcionários foram mantidos, mas o aeroporto continua parado.

Passamos em São João Nepomuceno para encontrar a equipe da prefeitura que ia nos acompanhar.
Na estrada, uma placa chamou a atenção.
Ela indicava a entrada para Roça Grande.
Era o nosso caminho.
Seguimos por alguns quilômetros e chegamos.

É um distrito simpático, e logo na entrada existe uma grande chaminé, em um local que parece uma olaria.
Paramos para pegar uma agente de saúde que iria acompanhar o pessoal no trabalho de captura de caramujos africanos.
Esses caramujos são aqueles que foram trazidos para o Brasil por criadores na década de 80, para substituir o escargot na culinária. Mas, o brasileiro não é muito chegado em escargot e os bichos foram abandonados, virarando praga no país. Isso, pois aqui não existe um predador natural dele.

Mas, uma outra coisa nos chamou a atenção em Roça Grande.
Em uma esquina havia uma casa com um cartaz colado na parede.
O cartaz chama a população para fazer exames de vista dia 30 de maio e informa que o preço é de vinte reais.

Em letras garrafais estava escrito “Médico OCULISTA de Belo Horizonte”.
No cartaz não existe o nome do “oculista”.
Mas, só pela propaganda eu não iria à consulta.
Prefiro procurar um OFTALMOLOGISTA.

Dali, pegamos uns 12 quilômetros de estrada de chão até chegar em Araci, um pequeno distrito de São João Nepomuceno.
Lá, já havia uma equipe do tiro de guerra pronta para começar o trabalho.
Segundo o Diretor da Policlínica Microrregional, Sebatião Barbosa, responsável pelo trabalho, eles já haviam jogado cal e feito um combate inicial.

Mesmo assim, muitos caramujos, muitos mesmo, foram recolhidos e enterrados com cal durante a nossa reportagem.
Antes, eles usavam sal para matar os moluscos.
Mas, isso prejudica o meio ambiente, tornando o solo improdutivo.
Então, eles usam cal virgem.

Os moradores acharam o trabalho muito bom, pois estavam preocupados com as crianças que estavam tendo contato direto com o bicho.
A Sueli Aparecida Pereira tem três filhos e contou que o caçula está sempre tentando pegar os caramujos.
Além disso, as crianças brincam por onde o molusco passou, levam a mão à boca...
Gravamos com o Sebatião e ele afirmou que o trabalho vai continuar.

Estava gravando quando vi um caminhãozinho diferente.
Caminhãozinho movido a leite?!
O dono adaptou o latão de leite!
Para ser mais exato, ele fez uma gambiarra e colocou o latão amarrado e apoiado próximo ao motor. Só não achamos o dono pra ver se funciona e aproveitar para dar uma voltinha.

Mas, falando em leite.
A Michele e eu viemos comentando no caminho, como as coisas na roça são diferentes.
Até hoje, os produtores deixam seus latões de leite na beira da estrada para serem recolhidos pelo “caminhão de leite” e ninguém mexe nos latões.
Se fizéssemos isso na cidade, ficaríamos sem o leite e sem o latão.

Voltando a Juiz de Fora, fomos almoçar e esperar a hora de gravar a entrevista com o prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani, que vai ao ar no Jornal da Alterosa desta quarta-feira (21) e desta quinta-feira (22).
Só no início da noite chegamos em casa para um bom e merecido descanso.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Inquérito Epidemiológico e CPI

Por Robson Rocha

Depois de um plantão de fim de semana, chegou a segunda-feira. Mas pra mim, quando o celular tocou às 6 da matina, ainda era domingo. Apertei um botão qualquer no aparelho e virei pro canto.
A ficha só caiu, quando o desesperado disparou o alarme embaixo do meu travesseiro.
Levantei e cheguei na janela. Essa imagem é de uma segunda-feira em que você tem que levantar da cama cedo?
Não! É uma imagem que induz o indivíduo a ficar quieto na cama e dormir até que o sol rompa a serração, aí sim, dá pra acordar.
Mas, como não havia jeito, a única solução foi encarar o furadinho pra tomar um bom banho e acordar.

A primeira pauta tinha um nome assustador. “Departamento de Saúde Bucal realiza Inquérito Epidemiológico” e o local era em uma creche. Meu pensamento foi: coitadinhas das crianças. E, como eu falo demais, falei isso pra Michele.
Ela me olhou com um olhar mortal e perguntou:
- Você leu a pauta toda?
Eu não precisei nem responder, né? A minha cara já tinha me condenado.
Li e vi que não havia nada de assustador.
Na realidade, é um trabalho para avaliar a saúde da boca das crianças de Juiz de Fora.
Chegando na creche dava dó. Só de olhar pra eles dava pra notar: a carinha de segunda-feira.

É sacanagem, se eu, um marmanjo com 3.9, só queria a minha cama, imagine essas crianças.
Mas, como criança é criança, bastou acender a luz pra gravar a criançada escovando os dentes e todos se animaram.
Aí, levaram a gurizada para uma área onde havia sol. Ali, foi feito o trabalho em si.. Durante o levantamento, quinze profissionais avaliam os dentinhos e o estado geral da boca das crianças de três faixas etárias. Entre um ano e meio e três anos; com cinco anos e com 12 anos.
Segundo o Índice de Cariados Perdidos e Obturados por Dente, outro nomezinho danado, que abreviando vira CPOD, o número vem caindo em crianças de 12 anos.

Em 1998 eram em media 2,14 dentes cariados e em 2005 caiu para 1,75 por criança.
Mas, quem chamou a atenção foi a Ana Clara.
Ela fez o exame e ficou ajudando, mostrando para as outras crianças como tinham que fazer.

Dali, voltamos para a TV, onde a Michele fechou um texto sobre o caso Tamyres.
Uma garota que morreu há um ano, quando caiu de um brinquedo de Queda Livre na Festa Country.

Depois, fomos para a Câmara Municipal, onde vendedor e comprador da fazenda que pertenceu ao prefeito de Juiz de Fora foram ouvidos pela CPI.
Acompanhamos o depoimento de Márcio Francisco de Oliveira que confirmou a venda de terras para Bejani em 2007.
Ele disse que teria procurado o prefeito para vender 11 alqueires de terra por 60 mil para poder comprar duas kitnetes, em Juiz de Fora, para os filhos.
Os vereadores insistiram em algumas perguntas, mas Márcio mostrou documentos e disse que existe no local de 150 a 200 mil reais em eucalipto e,ao que parece, não acrescentou muita coisa.

Isauro Callais, presidente da CPI, afirmou que não interessa a eles cassar ou não o mandato do prefeito de Juiz de Fora, e sim, esclarecer e trazer a verdade à população.
Ele disse também, que Bruno Siqueira, relator da CPI, está em Brasília, tentando conseguir alguns documentos com a Polícia Federal.

Enquanto isso, não se esqueça, que além de ser uma segunda-feira, já eram mais de 11 horas da manhã.
A galera da primeira fila era composta apenas por repórteres femininas que parece que não sentem fome.
E seguiam prestando atenção e anotando.

Já a turma da imagem ali, formada só por marmanjos, estava morrendo de fome.
É só olhar para o Carlos Mendonça, do O Tempo. A cara de segunda-feira dele, era a mesma de cinegrafistas e fotógrafos e o pensamento único: Comida.
Mas, a Michele e eu só conseguimos rangar depois das duas e meia da tarde, quando terminamos uma pauta de reclamação de bairro.

domingo, 18 de maio de 2008

Copa Alterosa - Quartas-de-final

Por Robson Rocha

Pela primeira vez, a Michele e eu fomos escalados para cobrir um jogo da Copa Alterosa de Futebol Regional. A missão: registrar o jogo entre Ribeiro Junqueira (Leopoldina) e XV de Novembro (Rio Novo), em Leopoldina.
Chegando lá, a primeira surpresa. Casa cheia. Arquibancada e alambrados tomados pelos torcedores do Ribeiro Junqueira e uma pequena torcida do XV de Novembro.
Os torcedores aproveitaram a bela manhã de domingo para levar a família ao campo e torcer.

A partida das quartas de final movimentou realmente a cidade de Leopoldina.
Vou ter que me corrigir. Movimentou a região. Isso, devido a outra coisa bacana.
O apoio das emissoras de rádio da Zona da Mata e do Campo das Vertentes.
Nesse jogo em Leopoldina, duas emissoras estavam transmitindo, a rádio 104 FM e a rádio Jornal de Leopoldina.
As duas emissoras estavam com equipes completas no estádio.
As cabines foram pequenas para os locutores e comentaristas, mas em campo os repórteres trabalharam tranqüilos.

Aproveitamos para fazer algumas entrevistas antes do jogo.Inclusive com um candidato à artilharia da copa, o Serginho.
Ele marcou 5 gols na primeira fase da competição e ficou empatado com o Anderson Veio, do XV de Novembro, e o Luis Mário, do Recreio (Recreio).
Antes de chegar à cabine, o Jairo Fernandes, da rádio Jornal já pegou a Michele pra uma entrevista e perguntou o que ela achava do torneio e do jogo.

Jogo que começou quente.
Fiquei surpreso de novo, dessa vez com a qualidade do jogo.
Uma partida muito boa e gostosa de gravar.
Muitos desses jogadores têm futuro no futebol.
Na cabine, a gente estava bem próximo da torcida, tão próximo que tinha torcedores do meu lado na cabine.

Resolvi sair um pouco para a arquibancada, para fazer imagens da torcida. Desci e valeu a pena. Isso, porque Keita abriu o marcador para o Ribeiro Junqueira. A jogada começou com o Felipe, que driblou com habilidade vários adversários e fez um cruzamento preciso para o Keita.
Gravei o gol e foi só virar a câmera e registrar a festa na arquibancada. E que festa!
Subi e, logo depois, Rildo empatou para o XV de Novembro.
A torcida de Leopoldina ficou em silêncio e a pequena, pequena mesmo, torcida de Rio Novo comemorou.
Daí pra frente, o jogo mudou e o time de Leopoldina sentiu o gol.
A equipe de Rio Novo se soltou nos contra-ataques e aproveitou as jogadas em velocidade.
Final de primeiro tempo e 1 a 1.

Começa o segundo tempo e o time de Rio Novo dá as cartas.
O locutor da rádio Jornal, na cabine ao lado da nossa, se desesperou com o excesso de erros do Ribeiro Junqueira, que ainda desperdiçava as poucas chances que tinha.
O técnico de Leopoldina fez várias alterações, mas o time não reagia.

Já no lado do XV, tudo dava certo e até as substituições. Anderson “Véio” estava no banco e o técnico resolveu colocá-lo em campo, afinal ele era vice-artilheiro da copa Alterosa, com cinco gols.
ERA vice-artilheiro, pois entrou em campo e logo depois, aos 38 minutos do segundo tempo, desempatou o jogo e assumiu a artilharia ao lado de Helal, do Operário de Muriaé, e de Adão e Victor, do Recreio, com 6 gols.

Tristeza da torcida do Ribeiro Junqueira, que via que a situação estava crítica e ouvia no radinho que o tempo estava acabando.
O time bem que tentava, mas o nervosismo já tinha tomado conta da equipe.
O torcedor estava triste, mas sabe que o time está se preparando para disputar a segundona do Campeonato Mineiro. E, que o time não fez feio na Copa Alterosa e no próximo domingo tem a chance de reverter o resultado, em Rio Novo.
Já o XV de Novembro de Rio Novo, voltou pra casa mais próximo das semi-finais.

Mas, independente do resultado, a torcida merece os parabéns. Durante toda a partida, o comportamento dos torcedores foi nota 10. Casa cheia e nenhuma confusão.
Até o árbitro da partida elogiou o comportamento das torcidas e dos times.
Acho que o Anderson Senra(LFJF), que é nosso amigo há muito tempo, falou isso porque ele apitou bem a partida e graças a isso não ouviu nenhum “daqueles elogios”.

Só pra encerrar, os times visitantes se deram bem nesse final de semana e voltam pra casa com uma chance maior de ir para as semi-finais.
Veja abaixo os resultados:

Em Leopoldina EC RIBEIRO JUNQUEIRA 1 x 2 XV de NOVEMBRO
Em Juiz de Fora NAGOYA FC 0 x 4 RECREIO EC
Em Barbacena OLYMPIC CLUB 1 x 2 OPERÁRIO FC
Em Mercês JUVENTUDE BEIRA RIO 0 x 2 SOCIAL FC

Todos os visitantes venceram e jogam pelo empate em casa. Mas, a Copa ainda não está acabada para os times que perderam. Eles terão de vencer duas vezes para chegar à semifinal: ganhar no tempo normal por qualquer placar e nos pênaltis.
Não existe desempate por saldo de gols e sim por pontos.
Segundo a Liga de Futebol de Juiz de Fora, a fórmula foi sugerida e aprovada pela maioria absoluta dos times participantes, durante o congresso técnico.

Agora é esperar o próximo final de semana.
Aqui, no Notícias Fora do Ar, daremos informações durante toda a semana na coluna ao lado, logo abaixo do link da Copa Alterosa de Futebol Regional.

Violência em Muriaé

Por Silvan Alves
www.silvanalves.blogspot.com

A Polícia Militar compareceu no bairro Santa Terezinha no início da madrugada desse domingo (00h25), onde registrou uma tentativa de homicídio contra L.S.S, um menor de 13 anos.
No Hospital São Paulo em contato com parentes, a PM foi informada que o menor foi atingido na rua Ubá com Juiz de Fora e os pais acreditam que ele foi vítima de bala perdida.
A Polícia Militar foi informada também pelo médico plantonista, que o menor foi ferido nas costas, na coluna servical e que corre o risco de ficar paraplégico.
Em patrulhamento pelo bairro Santa Terezinha os militares tiveram dificuldades para obter mais informações. Mas ficaram sabendo através de moradores de outra rua que foram cinco tiros disparados e alguém falava que o menor havia sido atingindo.

Na tarde da última sexta-feira, Paulo Ricardo Alves de Souza, 18 anos, morador do bairro São Cristóvão, foi morto com cinco tiros em Muriaé.
De acordo com o registro da Polícia Militar, o crime aconteceu por volta das 13h40, quando a vítima estava na casa do cunhado, na rua Aymorés no bairro São Cristovão.
O cunhado é o principal acusado e está sendo procurado pela polícia em toda a cidade.
Este foi o 7º assassinato do ano em Muriaé.