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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 18 de março de 2009

Impasse e polêmica no transporte coletivo de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Os moradores de Juiz de Fora estão tensos.
No último dia nove, rodoviários em greve pararam o centro da cidade por 20 horas.
Todos os 524 ônibus foram estacionados na Avenida Rio Branco, por onde passam praticamente todas as linhas das sete empresas que atuam no município.

A greve foi interrompida com a proposta do prefeito Custódio Mattos de mediar as negociações entre patrões e empregados.
A categoria quer manutenção da data-base em fevereiro, reajuste salarial de 11,86% e garantia de benefícios, como plano de saúde, tíquete alimentação, cesta básica e seguro de vida.
Se as reivindicações não fossem atendidas, eles repetiriam a paralisação nesta sexta-feira.

O impasse nas negociações e a proximidade do dia combinado para outro protesto deixaram os moradores preocupados e levaram as autoridades a tomar decisões para impedir um impacto tão grande no município.
O Ministério Público convocou a imprensa nessa tarde e anunciou medidas em parceria com a Polícia Militar.
Na sala pequena da Promotoria de Meio Ambiente e Urbanismo, nós nos esprememos para dividir espaço com os colegas de todos os órgãos de imprensa.

Pelo que ficou definido, se o Sinttro, Sindicato dos Trabalhadores em Transporte, decidir por retomar a greve, os ônibus vão ter que ser parados nas garagens. Pela Lei de Greve, no mínimo 30% dos serviços devem ser mantidos.
Na primeira paralisação, os grevistas não aceitaram liberar mais do que essa porcentagem e houve tumultos e discussões entre os rodoviários que queriam trabalhar e os sindicalistas.

Desta vez, as autoridades vão acompanhar de perto a movimentação.
Se os ônibus forem liberados e parados no centro da cidade, as empresas vão ser multadas em 50 mil reais por veículo parado fora do ponto.
Quem causar tumultos durante o movimento vai ser preso.
Na última paralisação, seis pessoas foram detidas pela Polícia Militar, por perturbação da ordem pública.

O comandante da 4ª Região de Polícia Militar, Coronel Anselmo Fernandes, anunciou que a PM tem ordem de agir com rigor se for necessário para impedir o abuso do direito de greve e a perturbação da ordem pública.
Além de prisões, os policiais têm ordem para acionar guinchos e mandar rebocar os ônibus que estiverem parados fora do lugar ou impedindo o trânsito de fluir.
Um reforço policial foi determinado para as portas de garagem e os principais corredores de tráfego.

O Promotor de Urbanismo, Júlio César da Silva, está movendo uma ação na justiça contra a Astransp, Associação das Empresas de Transporte Coletivo, e o Sinttro.
Ele exige indenização pelos prejuízos causados aos consumidores e ao município com a greve do dia nove.
O valor inicial pedido é de 200 mil reais, cem mil para cada parte processada.

A Justiça vai julgar a ação e definir o valor da indenização, caso ela seja aprovada.
Enquanto a coletiva era feita no Ministério Público, os rodoviários se reuniam na porta do Ministério do Trabalho. Eles esperavam o início de uma audiência de conciliação entre a Astransp e o Sinttro. O pedido da reunião foi feito pelo sindicato. Como a situação anda tensa no setor de transporte, policiais militares ficaram parados na entrada, para evitar tumultos.

Além da categoria e de representantes das empresas, a Polícia Militar também foi chamada para acompanhar a negociação.
Na sala, os ânimos estavam calmos.
A imprensa pode registrar o pessoal se acomodando, mas não teve permissão de acompanhar a audiência.

O jeito foi a gente se acomodar no espaço que sobrou.
Os degraus da escada do Ministério do Trabalho foram concorridos.
A audiência durou quase duas horas.
Eu e o Robson saímos, fizemos outra matéria e ainda voltamos a tempo de colocar a conversa em dia com o pessoal.

Imprensa reunida é sempre divertido.
Um começa a contar uma história, o outro emenda, o assunto vai passando de um tema a outra e a gente nem vê a hora passar.
Tudo bem que a acomodação não era das mais confortáveis e que a gente já não tinha mais posição para ficar sentado nem em pé.

A audiência acabou e conversamos com o presidente do sindicato dos rodoviários, José Pedro Franco Ribeiro.
Ele explicou que as negociações foram interrompidas e vão ser retomadas na sexta-feira às onze da manhã.
Não parecia muito satisfeito.
Perguntamos sobre a indenização que o Ministério Público está pedindo e ele disse que sabia apenas que a promotoria iria exigir reparação das empresas e não do Sinttro.

O presidente da Astransp, Fernando Goretti, também disse ter sido informado da decisão pela imprensa. Ele disse que esperaria ser comunicado oficialmente para tomar as decisões necessárias.
Goretti disse que as empresas são contrárias à greve e condenam outra paralisação como a do dia nove.
A expectativa é de que na reunião desta sexta as negociações sejam positivas e evitem outra greve.

Enquanto a audiência demorava para acabar, fomos à prefeitura para registrar o terceiro fato do dia ligada à polêmica do transporte coletivo em Juiz de Fora.
O prefeito Custódio Mattos assinou um decreto para a criação de uma Comissão que vai elaborar o Edital de Licitação para concessões de linhas de ônibus urbanos no município.
Em 12 meses esse edital deve ficar pronto e aí vai começar o processo legal para viabilizar a licitação.

O primeiro passo vai ser abrir uma concorrência mais simples para escolher a empresa que vai fazer os levantamentos técnicos necessários para definir o tipo de contrato que vai ser firmado com quem vencer a licitação do transporte coletivo urbano.
O fato chamou atenção de toda a imprensa e encontramos vários colegas na prefeitura.

A polêmica no setor começou no ano passado, quando foi divulgado um vídeo apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Pasárgada.
Nele, o ex-prefeito Alberto Bejani aparece recebendo dinheiro do dono de uma empresa de ônibus.
A cena seria o flagrante de pagamento de propina para privilegiar decisões favoráveis aos empresários do transporte.

Ficamos sabendo que Juiz de Fora nunca teve um processo de licitação nos moldes exigidos pelo Tribunal de Contas do Estado. Por falar no TCE, em dezembro ele estabeleceu um prazo de seis meses para que a licitação fosse feita.
O prefeito explicou que não foi comunicado dessa decisão desde que assumiu o governo, em janeiro.
Custódio Mattos disse ainda que o tempo determinado de um ano para elaborar o edital é necessário para que se faça um levantamento apurado das necessidades dos usuários e dos problemas da atual concessão.

terça-feira, 17 de março de 2009

Pulando a roleta

Por Michele Pacheco

Hoje, a polícia militar foi chamada para atender a uma ocorrência envolvendo uma passageira de um coletivo que tinha tentado andar sem pagar.
Os policiais foram ao local onde estava o ônibus e encontraram uma boa confusão.
O motorista e o cobrador contaram que a mulher tinha tentado sair pela porta de trás, para não pagar a passagem.
Vale lembrar que, em Juiz de Fora, os passageiros entram pela porta traseira, passam a roleta e saem pela porta da frente.

Depois dos relatos dos funcionários da empresa de ônibus, os policiais foram conversar com a tal mulher, já imaginando uma jovem encrenqueira.
Quando viu que não conseguiria sair pela porta de trás, ela ainda tentou pular a roleta para não pagar passagem, caiu e aí foi detida pelo motorista e pelo cobrador.
Imagine a surpresa dos policiais ao avistar a suspeita.
Ela tem 53 anos!
E energia de sobra, já que conseguiu pular a roleta!
Depois de muita conversa, um representante da empresa ficou com pena da mulher por saber da condição financeira dela e permitiu que ela fosse embora, sem registro de queixa.

sexta-feira, 13 de março de 2009

PM ocupa a Vila Olavo Costa em Juiz de Fora

Por Robson Rocha

Sexta-feira foi mais um dia que tivemos que sair da cama cedo. Isso para acompanhar mais uma mega-operação da Polícia Militar de Juiz de Fora.
Seis horas nós já estávamos no alto da Vila Olavo Costa, na região sudeste da cidade.
Bairro, que segundo a PM, está se tornando uma área critica em Juiz de Fora e dominada pelas gangues.
Mas, chegamos e tivemos que voltar.
Porque na pressa de sair esquecemos a chave da caixa dos microfones. Descemos o morro e voltamos rapidamente.

As informações de nossas fontes eram de apreensão de armas e drogas.
Porém, nos deparamos com várias viaturas da PM e dos bombeiros paradas próximas ao Guaruá.
Paramos para ver o que era e os policiais nos disseram que três homens estavam na rua acima e quando viram as viaturas chegando se embrenharam no matagal e não viram que era um barranco de mais de trinta metros.

Dois homens caíram no quintal de uma casa assustando as moradoras e um cão Rottweiler, que com o susto, fugiu.
Grande cão de guarda!
Os dois homens ficaram feridos e aguardando o resgate no local.
O outro homem foi detido, mas os PM’s desconfiavam que havia mais dois homens escondidos no matagal.

Fomos para a rua acima que estava fechada pelas viaturas e pelo povo que parou pra ver o que estava acontecendo.
Os bombeiros colocaram cordas e os policias desceram no meio do mato atrás dos supostos fujões.
O helicóptero sobrevoava o lugar para ajudar na localização e movimentando a vegetação, mas no final não encontraram ninguém.

Mas, aí nos contaram o que aconteceu.
Os três homens estavam queimando um cigarrinho do capeta.
Quando viram aquele monte de policiais vindo na direção deles, não pensaram duas vezes, fugiram.
Porém, não conheciam o local e fugiram para o lado errado.

Depois os bombeiros resgataram os dois homens.
Eles tiveram escoriações pelo corpo, mas nenhuma fratura.
O resgate foi feito em cadeiras.
Pois, a maca não tinha como chegar ao local.
O mais engraçado é que o primeiro rapaz resgatado ainda estava doidão e parecia não entender nada do que estava acontecendo.
Quando chegou na viatura e foi colocado na maca, o cara se ajeitou e dormiu.

O segundo resgatado já estava mais lúcido, mas bem arranhado do tombo. Andando com dificuldade e apoiado por bombeiros e policiais ele chegou até a viatura do resgate.
Os dois foram levados para o HPS, Hospital de Pronto-Socorro e não foram presos, pois nada foi encontrado com eles.

A PM ocupou o bairro com cerca de 250 policiais e 60 viaturas.
Um helicóptero sobrevoava a área.
Os PM’s se espalharam pelas ruas e vielas.
E, nós descemos direto para um bar na entrada do bairro.
Lá foram apreendidos um revolver, uma espingarda e munições.
Subimos até o local onde havia a apreensão de vinte pedras de crack, quarenta buchas de maconha, uma balança de precisão e um cachimbo.

Enquanto isso, o Grupamento Tático de Ações Especiais, GATE, subia o morro fazendo um “pente fino” nos becos e escadões.
Bem treinados e bem armados, eles atuaram nas áreas mais criticas.
São aqueles lugares mais quentes do bairro, onde geralmente funcionam as bocas.
Eles vistoriaram algumas casas.

Uma delas é uma verdadeira fortaleza e toda monitorada por câmeras camufladas.
Uma delas foi colocada na calha do telhado e a gente nem percebe.
Pois parece apenas um buraquinho na calha.

A operação continuava e o comando era feito do alto do morro.
Local de onde, segundo os policiais, traficantes observam a movimentação no morro.
Dali os comandantes acompanhavam as viaturas em deslocamento pelo bairro e os pontos críticos do bairro.

A Capitão Kátia conversou com a galera da imprensa e explicou o motivo da operação.
O serviço de inteligência da PM fez um levantamento e investigou gangues que estão levando insegurança à comunidade.
A preocupação é que as tentativas de homicídio, disparos de arma de fogo em via pública e ameaças estão ficando mais frequentes.

Gravamos com o comandante do 2º Batalhão, tenente-coronel Hernandes José de Morais.
Ele afirmou que a ocupação é por tempo indeterminado.
Além de uma base móvel instalada no bairro, ele garantiu que foram designadas várias viaturas para dar segurança aos moradores da Vila Olavo Costa dia e noite.
Os policiais também tinham vinte mandados de busca e apreensão para cumprir.

Aí, fomos sobrevoar o bairro e gravar imagens aéreas da região.
Nem sempre a gente tem a oportunidade de fazer imagens aéreas da cidade, por isso aproveitamos e gravamos tudo que der.
A equipe do Pégasus 10 é muito boa.
Eles já sabem o que fazer para garantir que cinegrafistas e fotógrafos consigam boas imagens.
Aí, fica fácil pra gente trabalhar.

Quando estamos lá no alto, é que temos idéia da quantidade de becos, vielas e escadões que existem no bairro.
Do helicóptero da pra ver todas as movimentações que estão acontecendo.
Isso, sem esquecer que é muito gostoso voar.
Quando o helicóptero vai descer, a vontade é de pedir pra voar novamente. Mas, não dá.

No final da operação, nove pessoas tinham sido presas pela Polícia Militar.
Três tinham mandado de prisão e seis foram presas em flagrante.
Eles foram conduzidos para a delegacia em Santa Teresinha.

Uma coisa engraçada na operação foi a reação das pessoas.
Algumas reclamam dizendo que a polícia não pode subir o morro.
Uma disse que as crianças estavam com medo de ir à aula por causa da PM.
Outras, sem querer aparecer, diziam que era muito bom a polícia ter ocupado o bairro.
Pois, os marginais estavam mandando na Vila Olavo Costa.
Já outros, levavam a vida normalmente em meio as viaturas, como se nada estivesse acontecendo.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Polícia Militar ocupa bairro em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Hoje, acordamos por volta de cinco da manhã com um telefonema de uma fonte avisando que a polícia militar estava fazendo uma operação contra drogas e armas no bairro Milho Branco, zona norte de Juiz de Fora.
O local tem dado trabalho às autoridades nos últimos seis meses.
A informação foi reforçada por uma mensagem enviada por uma estudante de comunicação do CES, Centro de Ensino Superior.
Agradeci a gentileza e a noção jornalística dela.

Logo na chegada, encontramos várias equipes abordando todos os que chegavam ou saíam do bairro.
Eles conferiam documentos e revistavam os veículos.
O objetivo era procurar armas ou drogas escondidas.
Várias ocorrências envolvendo adolescentes e jovens armados têm sido registradas por lá.

Depois de fazer imagens da blitz, fomos a uma rua na parte alta do bairro.
Havia vários carros da PM no local.
Cumprindo mandado de busca e apreensão, os policiais prenderam um homem que estava com uma pistola semiautomática e um frasco com muita munição nos calibres 380 e 38.

Em outra casa, na parte baixa do bairro, os policiais cumpriram outro mandado.
Mais um homem foi preso.
No local, foi encontrada uma mochila com restos de maconha.
A polícia suspeita que a bolsa tenha sido usada para transportar a droga até algum ponto de venda.

Foram apreendidos também armas brancas, celulares e um volume grande de dinheiro, em torno de dois mil e duzentos reais.
Havia ainda material para embalar a droga e um papelote de cocaína.
O preso e os produtos foram levados para a delegacia.

Os cães farejadores, do canil da polícia militar, foram usados na operação.
Eles ajudaram nas buscas feitas nos nove alvos selecionados pelas equipes do Serviço de Inteligência da PM.
E ajudaram os policiais a cumprir a missão rápido e de forma eficiente.

A ocupação do bairro Milho Branco foi feita em conjunto pelo 27º Batalhão de Polícia Militar e a 3ª Companhia de Missões Especiais.
Encontramos muitos conhecidos nos pontos pelos quais passamos.
Foi legal ver a animação do pessoal com o nosso retorno às matérias policiais.
Passamos muito tempo afastados da ação, mas não perdemos os contatos. Ainda bem!

Numa reportagem como essa, não dá para ficar atrapalhando o trabalho da polícia.
É claro que a gente precisa de informações.
Mas, elas podem ser conseguidas sem estresse.
Sem ficar importunando quem está num trabalho tenso e perigoso.
Com tantas armas no bairro, os policiais poderiam ser alvo de atiradores.

Nosso jeito de agir é ficar pouco tempo em cada ponto.
Registramos o que tem de informação e vamos a outro local.
Encontramos um amigo por lá.
O William Boy também madrugou para acompanhar e registrar o trabalho policial.
Ele estava com os comandantes da operação e atento a tudo.

Um helicóptero de Belo Horizonte foi enviado para dar apoio à operação.
Como o Milho Branco tem um trecho que surgiu de uma ocupação irregular, a parte alta dele parece um aglomerado de moradias sem organização.
Isso dificulta o trabalho da polícia quando tem que perseguir suspeitos.
Eles somem nas ruas parecidas e nos escadões.

Um dos integrantes da equipe de Belo Horizonte era o Capitão Chinelatto.
Ele já trabalhou em Juiz de Fora e conseguimos lembrar algumas histórias de quando fazíamos uma cobertura mais ampla dos factuais.
Como sempre, ele estava tranquilo e simpático com todos.

O Robson deu uma volta aérea e registrou a movimentação policial do alto.
Os policiais reservaram um vôo para a imprensa.
Claro que as imagens ficam ótimas.
De cima, dá uma noção melhor do aglomerado e do trabalho das equipes de terra.
Como não pude ir, já que o espaço era reservado ao pessoal de imagem, aproveitei para tirar algumas fotos.

Enquanto esperava o retorno do Robson, conversei com o grupo de policiais da cavalaria.
Eles participaram da operação e fizeram patrulhamento pelo bairro.
Claro que não perderam tempo e ficaram implicando comigo por ter mandado o Robson sozinho no helicóptero.
Acho interessante que, mesmo num trabalho perigoso, os policiais não percam o bom-humor.

A operação começou por volta de seis horas e terminou ao meio-dia.
Quando estávamos deixando o bairro para levar o material para a TV, notamos um grupo grande de policiais parados.
Perguntamos se havia algo interessante e eles contaram o susto que alguns policiais levaram.

Uma equipe do Gate, Grupo de Ações Táticas Especiais, estava fazendo abordagens à pé e fez sinal para que um homem numa moto parasse.
Em vez de reduzir a velocidade, o sujeito acelerou e quase atropelou um policial.
O grupo passou rápido a descrição da moto e do condutor pela rede de rádio e outras equipes seguiram em apoio.

A moto foi encontrada escondida numa garagem e o dono foi preso quando caminhava por uma rua próxima.
Ele foi reconhecido pelos policiais e preso em flagrante por direção perigosa.
Para piorar, a moto não tinha placa nem documentos.

Todos os presos foram levados para a 7ª Delegacia Regional de Segurança Pública.
O objetivo principal da Polícia Militar não foi fazer grandes apreensões.
A idéia era procurar alguns suspeitos que já tinham sido denunciados e assustar os bandidos do local.
A população acompanhou tudo com curiosidade.
Algumas pessoas se aproximavam de nós e elogiavam a iniciativa das autoridades de inibir a criminalidade.

terça-feira, 10 de março de 2009

Estudante passa trote para a polícia e vai preso

Por Michele Pacheco

Hoje foi um dia de trabalho tranqüilo. Também, depois da correria de ontem que começou às três da madrugada, indo de uma garagem a outra das empresas de ônibus para acompanhar a greve dos rodoviários...
Levamos um susto quando saímos de casa cedo.
Vimos um ônibus da empresa Santa Luzia com sinais de fogo.
Pensamos logo que era resultado da greve, mas foi só um princípio de incêndio no veículo, controlado pelo motorista.

Começamos o dia com uma matéria policial.
Por volta de sete da manhã, um jovem de 18 anos ligou para a Polícia Militar e se apresentou como aluno de um colégio particular de Juiz de Fora.
Ele disse que assaltantes estavam na escola e tinham feito todo mundo de refém.

Várias equipes da 30ª Cia. PM e da 3ª Cia de Missões Especiais foram deslocadas para o colégio.
Ao chegar lá, os policiais descobriram que era mentira.
Mais um trote para a longa lista!

Um dos policiais não se conformou com a falta de respeito e de consideração com as pessoas que realmente poderiam estar em perigo e demorariam a ser atendidas, porque todo aquele contingente policial estava por conta de um trote.
Ele ligou para o número do celular registrado no Centro de Operações e pediu para falar com o aluno.

Acreditam que o rapaz saiu da sala para atender ao celular?
Foi preso na hora, colocado no camburão da Rotam e levado para a delegacia.
Trote tem punição legal, pois é comunicação falsa de crime.
Tomara que o susto desse jovem sirva de lição para outras pessoas que se divertem com esse tipo de brincadeira de mau gosto.
O estudante de 18 anos perdeu a manhã de aula e ficou até tarde na delegacia prestando esclarecimentos.

Terminamos uma matéria sobre insegurança de quem trabalha, mora ou estuda no bairro Estrela Sul, em Juiz de Fora.
Eles alegam que os horários de ônibus são insuficientes e que precisam usar outras linhas, de bairros vizinhos.
Com isso, descem longe e precisam usar trilhas no meio do mato para chegar ao destino.
O risco é grande e muitos relatos de assaltos são feitos.
Além da reportagem, fizemos uma entrevista ao vivo com o Capitão Almir Cassiano, comandante da 32ª Cia., que é responsável pelo policiamento no bairro.