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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Bejani reassume prefeitura

Por Robson Rocha

Com a volta de Bejani a Juiz de Fora, a imprensa se mobilizou.
O que já era de se esperar. Logo na chegada, ele concedeu uma entrevista coletiva, improvisada, em frente a sua casa no bairro Aeroporto.
Ele até comentou sobre a entrevista exclusiva que o empresário Mauro Fusco nos concedeu para o Jornal da Alterosa. Bejani falou também sobre a possibilidade de erro na apreensão das armas.

Aliás, a entrevista do Fusco deu o que falar. E muita gente da imprensa do estado nos ligou tentando conseguir o telefone de contato da nossa fonte que nos levou até ele. Mas, telefone de fonte não dá pra passar. Algumas pessoas acharam que Fusco recebeu dinheiro para assumir a posse da arma. Desde o dia da prisão, a Michele e eu estávamos tentando sair do óbvio e cavar a história das armas. Bejani contou que tentou regularizar as armas que tinha em casa, só que antes teve que pagar uma multa eleitoral de cinco mil reais. Segundo ele, a Operação Pasárgada foi feita antes que ele pudesse retornar à Polícia Federal.
O que foi que realmente aconteceu, cabe à justiça descobrir.

Na entrevista de ontem à noite, Bejani afirmou que voltaria à prefeitura hoje.
Isso foi o suficiente para colocar a imprensa de plantão no prédio do poder executivo municipal.
Oito da manhã, Michele e eu já estávamos a postos na entrada do prédio.
Não demorou muito e virou uma pequena reunião da imprensa.
E descobrimos duas coisas.
Uma é que é muito frio e venta demais na entrada do prédio e a outra é séria e nos deixou chateados.
A demissão de pessoal na secretaria de comunicação. São colegas nossos desempregados nesse mercado fechado de Juiz de Fora. Mas, vamos aguardar.

Depois de horas, quando descobriram que Bejani não iria trabalhar e pra não tomar barriga, ou melhor, furo, as equipes de reportagem foram para a casa do prefeito.
Falando em barriga, alguns companheiros da imprensa estão ficando muito, digamos, fofinhos.
O Marcelo, repórter fotográfico da Tribuna de Minas, deu uma demonstração de carinho pela barriguinha do profissional mais fofo da imprensa de Juiz de Fora. E olhando as fotos dá pra ver que o repórter fotográfico Carlos Mendonça está seguindo o modelo do Machado e o pior, eu também!

Gordinhos ou não, todos reunidos em frente à casa, o clube da Luluzinha bate o maior papo. O que será que o Manoelzinho fazia nesse grupo?
Falando sério, o dia foi longo e o que tínhamos pra gravar era o entra e sai de carros. A única que parou e gravou foi a vereadora Rose França, que disse que conversou apenas com a família, pois Bejani estaria dormindo.
Ela contou que ele deve reassumir o cargo amanhã pela manhã.

Mesmo assim, continuamos nosso plantão e, como São Pedro parece não gostar de jornalistas, ele mandou chuva, depois um solão , mais chuva... Isso unido ao fato de que próximo à casa não existe nenhum comércio... Moral da história: todo mundo com fome!
O Antônio Cerezo, repórter fotográfico da Tribuna de Minas já estava até perguntando ao motorista do Bejani, se não tinha jeito dele conseguir um cafezinho. O que a fome não faz!!!

Perdi o número de vezes que a gente corria para gravar e era o mesmo carro.
Só um Astra preto, deve ter sido gravado umas dez vezes.
O Ítalo Cigani, repórter cinematográfico da Panorama, deve estar com calo nos dedos. Isso de tanto encaixar e tirar a câmera do tripé.
Depois de um bom tempo, comemos uns salgados, mas eles pareciam ter morrido há mais de uma semana, de tão gelados e duros.
Eu até ofereci minha cigarrete para o faminto Cerezo, mas ele não quis.

Quase quatro da tarde e finalmente fomos rendidos. Evandro e Fagundes continuariam o plantão na porta do prefeito.
Sabemos da gravidade dos fatos e da tensão das pessoas próximas, mas gostaria de fazer um pedido.
Se amanhã a imprensa continuar o plantão na porta da casa e estiver muito calor, alguém nos mande um jarro de água, por favor!!!

terça-feira, 22 de abril de 2008

A arma de Bejani - Entrevista exclusiva

Por Michele Pacheco

Desde que a Polícia Federal prendeu o prefeito de Juiz de Fora, estamos tentando contato com o dono da pistola apreendida, que teria dado a arma de presente a Alberto Bejani. Depois de perturbar várias fontes, enfim, conseguimos. O ex-policial civil Mauro Fusco, hoje empresário da área de fliperamas, concordou em gravar uma entrevista exclusiva.

Ele disse que só foi intimado a depor uma semana depois da Operação Pasárgada. No depoimento, contou que foi policial civil de 1986 a 2002, quando ocupou o cargo de inspetor. Em 1997, trabalhando em Machado, no Sul de Minas, foi presenteado por um empresário amigo dele com a pistola CZ número 90025, calibre 380. Fusco contou ainda que a arma foi comprada numa loja de pesca em Belo Horizonte e já saiu de lá registrada no nome dele.

O empresário disse na entrevista que a Polícia Federal chegou a suspeitar que o registro fosse falso, mas ele esclareceu que o documento é verdadeiro. Segundo Mauro Fusco, a arma foi dada de presente ao prefeito Alberto Bejani entre os anos de 2000 e 2001. Depois disso, o ex-policial civil diz não ter tornado a ver a pistola e ter achado que ela já tinha sido transferida para o nome do amigo.

Quanto ao calibre da arma, Fusco afirma ser 380. A foto ao lado mostra uma pistola que, segundo ele, é semelhante à que foi apreendida. O empresário explica que a anotação .9 que aparece no cano é porque e vários países a arma é considerada de calibre 9mm, mas no Brasil ela é considerada calibre 380, ou 9mm cano curto. Ele reforça que, apesar do calibre 9mm ser considerado de uso restrito às forças de segurança, a pistola de cano curto ficaria de fora da lista, pois usa munição mais curto, com menor alcance e quantidade de pólvora inferior às munições 9mm mais longas.

Bem, ficamos contentes com a entrevista exclusiva, agradecemos a confiança das pessoas que mediaram o nosso contato e vamos aguardar o desenrolar do caso.
O prefeito Alberto Bejani foi solto nessa tarde.
A Terceira Câmara do Tribunal de Justiça de Minas Gerais concedeu habeas corpus em favor do prefeito. De acordo com informações do Tribunal, os desembargadores consideraram a prisão ilegal, uma vez que uma medida provisória prorrogou o prazo para regularização de armas até o dia 31 de dezembro de 2008.

A liberação foi aprovada por unanimidade. Agora, a defesa do prefeito de Juiz de Fora quer provar que a prisão viola os artigos 12 e 16 do Estatuto do Desarmamento, que tratam do porte de armas e não da posse. Concederam o habeas corpus o relator do processo, desembargador Sérgio Resende, e os desembargadores Antônio Cruvinel, Paulo César Dias, Antônio Armando dos Anjos e José Antonino Baía Borges.

Em relação à arma, se ficar confirmado que ela não é de uso exclusivo das forças armadas, as autoridades vão ter muito o que explicar. Afinal, todos os outros presos na Operação Pasárgada foram soltos poucos dias depois da prisão. Menos Bejani. Um dos motivos seria o porte ilegal de arma de uso restrito. A Polícia Federal disse que o caso corre em segredo de justiça e que ninguém está autorizado a falar sobre o assunto até que saia o laudo da perícia que está sendo feita na pistola e nas munições. Os policiais reforçam que a arma consta como 9mm, o que a torna de uso exclusivo das forças de segurança, já que no país a lei determina apenas que o calibre é de uso restrito, sem abrir excessões.

Herói de pé no chão

Por Michele Pacheco

Fomos cobrir a meia-maratona que faz parte do Ranking de Corridas Rústicas de Juiz de Fora nesse feriado.
A largada foi na Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Juiz de Fora. Primeiro, largaram as categorias infantis. Numa delas, nos supreendeu a expressão de dor do campeão.

O menino magrinho e pequeno tinha lágrimas nos olhos e mal conseguia ficar de pé. Achamos que fosse pelo esforço físico. Um dos organizadores chegou com um spray analgésico e jogou nas pernas do atleta mirim. Gravamos com ele, demos os parabéns e só então notamos que ele estava mancando e... Descalço!
O garoto correu quase três quilômetros de pé no chão porque não tinha dinheiro para comprar um tênis. O nó na garganta foi imediato. Duro, foi não chorar na frente dele, para não humilhá-lo ainda mais.

O Edson de Assis Costa tem 11 anos e força de vontade de fazer inveja a muitos adultos. Segundo o técnico dele, Manoel Lenito, o menino tem quatro irmãos, é de família carente e os pais não tinham condições de comprar um tênis para os filhos correrem.
Isso não tirou o ânimo do Edson. Pelo contrário!
Segundo o treinador, apesar da dificuldade, ele disse que iria lutar pelo primeiro lugar. E conseguiu.

O personagem principal da matéria foi nosso herói, que tem vida semelhante à de muitos atletas brasileiros: sem apoio, mas com capacidade de sobra. Depois de gravar com ele, fomos acompanhar a largada da categoria principal. O contraste é gritante. Pessoas de todas as classes sociais participaram. A maioria era de freqüentadores da sociedade juizforana, que aproveitaram o feriado para fazer um exercício físico diferente. O desfile de tênis importados deixava clara a diferença entre os atletas que vieram de toda a região em busca de um bom resultado e os participantes que queriam apenas se divertir de forma saudável. Sonho com o dia em que a gente tenha o prazer de cobrir um evento em que todos os atletas possam mostrar os melhores equipamentos e dizer satisfeitos que têm patrocínio e apoio para conquistar muitas vitórias pelo país inteiro!

sábado, 19 de abril de 2008

Bola na Área e Atlético vence o Tupi

Por Robson Rocha

Hoje, a expectativa era o Tupi na final do campeonato mineiro 2008.
Mas, o dia começou com trabalho.
Gravamos material para o Jornal da Alterosa de semana que vem e depois fomos para o calçadão da rua Halfeld, para fazer entradas ao vivo de lá para o Jornal da Alterosa edição regional. Porém, o sinal não chegava na emissora e o vivo caiu. A Michele ficou por lá perturbando o Edson, nosso técnico, e ajudando o Thiago Reis, repórter do “Bola na Área”, programa de esportes da Alterosa em parceria com a Rádio Itatiaia aos sábados.

Deixei a máquina fotográfica com ela e fomos fazer as entradas ao vivo no “Bola na Área”. Ela bateu tanta foto, que o cartão da máquina ficou até gordinho!
A torcida do Tupi apareceu bem pra todo o estado de Minas. Os torcedores fizeram batucada e até aceitaram gritar “galo” junto com a torcida do Atlético.
O Edson ficou na retaguarda, tomando conta de tudo. Quando a coordenação avisava que íamos entrar, ele logo dizia (gentilmente): “Presta atenção, não tá ouvindo?!”

Em certo momento, levei um susto com o Edson enfiando o cabo da câmera no meu bolso e resmungando alguma coisa. Depois fiquei sabendo que era com o Mário César, nosso auxiliar que, cansado da espera, começou a balançar o cabo e aí ouviu um: “Não tá vendo que isso atrapalha ele, não?”

Brincadeiras à parte, enquanto esperávamos para a última entrada ao vivo, uma cena nos chamou atenção. Duas garotinhas tentando roubar um senhor de idade. Não deu pra registrar, mas a Michele seguiu as garotas.
Elas entravam nas agências bancárias, observavam os idosos retirando dinheiro, seguiam as vítimas e tentavam roubá-las. A Michele avisou um PM amigo nosso sobre o fato e ainda conseguiu essas fotos. Porém, elas notaram a Michele fotografando e vazaram. Traduzindo: fugiram!

Voltando aos flashes ao vivo, quem é de Juiz de Fora sabe como fica o calçadão da rua Halfeld, sábado, ao meio-dia.
L O T A D O !
Junte a isso uma equipe com cabos, câmera, monitor, mesas, cadeiras, mais as torcidas, fechando a passagem. Ficou uma coisa complicada.
E com o esquema de “câmera nervosa”, o povo não sabia onde passar. Mas, tudo bem!

Com essa confusão toda, um flagrante que não foi ao ar. Essa imagem é exclusiva e nem o “Gol Contra” do Alterosa Esportes tem. O Leopoldo Siqueira vai ter que negociar para conseguir essa foto! Entre milhares de fotos que a Michele Pacheco bateu (ainda bem que ela é uma excelente jornalista, como fotógrafa ia morrer de fome), esse é o registro da semana.

Eis que, sem espaço, o garçom, para se vingar da nossa invasão na área em que ele colocaria mesas e cadeiras, se aproveita que virei a câmera para o outro lado e agride nosso repórter com três cadeiradas em um único golpe.
E o incrível: ninguém viu! Nem mesmo nossa “fotografa”. Quando baixei as fotos no computador e falei com ela sobre a cadeirada, ela pediu pra ver, porque não tinha reparado nada.

Como a cabeça do Thiago não oferece muito atrito, parece que a cadeira apenas escorregou por sua longa testa(desculpe, mas não resisti).
Fim de vivo, desmontamos a parafernalha e fomos almoçar, pois depois tínhamos que gravar o encontro de galos.
Sem esquecer, claro, de bater uma foto da equipe. Sem o Thiago, que saiu correndo logo que acabou o último flash.

Depois de meia-hora para percorrer míseros 7 quilômetros, chegamos ao estádio Mário Helênio. Montamos o equipamento na cabine e aguardamos o início da partida.
O jogo começou e o Tupi mandou no primeiro tempo. A torcida que lotou o estádio municipal, vibrou e apoiou o tempo todo. Não faltou nem bola na trave pra dar mais emoção.
O juiz foi muito “elogiado” pela torcida do carijó. Tanto que no final do primeiro tempo, quando a polícia entrou em campo, alguém que estava abaixo da cabine gritou: “Ô puliça, pode levá esse de amarelo cum apitu na boca. Ele roba muitu!”

No segundo tempo, mais uma vez o Tupi cansou e perdeu a chance de fazer o gol salvador.
Mas, como o galo de Juiz de Fora não tem um matador, Renan Oliveira, que entrou no Atlético na etapa final, deu o tiro de misericórdia no Carijó, aos 46 do segundo tempo. E morreram as esperanças da torcida de Juiz de Fora.
Fim de jogo e a torcida fez bonito mais uma vez. Reconheceu o esforço do time do Tupi e aplaudiu a equipe, mesmo com a derrota.

Depois do jogo, nosso amigo e repórter fotográfico, Carlos Mendonça, nos mandou uma mensagem e a foto abaixo, que mostra mais um jornalista "agredido", dessa vez, moralmente.
“Pois é gente,
O juiz tava com tanta implicância com o pessoal de Juiz de Fora, que até o Nicoline* levou cartão amarelo.
Hahahahaha”

*Humberto Nicoline
repórter fotográfico "free" - Estado de Minas

sexta-feira, 18 de abril de 2008

LBV e a doação de sangue em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Fizemos hoje uma matéria muito legal sobre o projeto "Hemominas vai à comunidade".
O trabalho é para buscar aqueles moradores que gostariam de doar sangue, mas por vários motivos não vão ao Hemocentro de Juiz de Fora.
Com o conforto de poder doar perto de casa, o número de doadores está aumentando. Três bairros já foram beneficiados pelo trabalho:
Dom Bosco, Benfica e Santo Antônio.

No bairro Santo Antônio, a coleta de sangue foi feita na sede da LBV, Legião da Boa Vontade (rua Francisco Fontainha, 83). Chegamos e encontramos muitas crianças esperando os pais terminarem a doação. A LBV mobilizou a comunidade e distribuiu panfletos sobre a importância de doar sangue e o perfil dos doadores. O resultado foi positivo. O corredor ficou cheio. O pessoal fez fila para ser solidário. Os funcionários deram exemplo e participaram ativamente.
A auxiliar de serviços gerais, Lucimar da Silva, nunca tinha doado sangue. Ela disse que sempre achou importante ajudar a salvar vidas e que não queria perder essa chance.

Os organizadores do projeto calculam que 80 pessoas tenham participado do projeto no bairro Santo Antônio. A asssitente social do Hemominas, Eliane Gomes, explicou que o objetivo da ida à comunidade é buscar aqueles doadores em potencial que não se sentiam motivados a doar. O resultado do trabalho nos três bairros visitados é considerado muito bom. A próxima visita está prevista para o dia 20 de maio, no bairro Marumbi, zona leste da cidade.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

PM estoura laboratório de refino de cocaína em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Estava chegando para trabalhar quando uma fonte me ligou. A polícia militar tinha acabado de estourar outro laboratório de refino de cocaína em Juiz de Fora. Para quem não lembra, a polícia federal estourou um ontem,

num condomínio de luxo às margens da BR 040. Num quiosque de alvenaria na beira da piscina, estavam produtos químicos, material para refino e boa parte dos 90 kg de pasta base, que renderiam em torno de 400kg de cocaína. Foi tudo apreendido. Desta vez, os policiais encontraram a droga num bairro de classe média baixa, na zona leste da cidade.

Quando chegamos ao local, encontramos dois carros da Rotam.

Os policiais ainda estavam recolhendo o material. Numa casa de sete cômodos pequenos abaixo do nível da rua Baependi, no bairro Vitorino Braga, a PM prendeu em flagrante um segurança de 27 anos. Dentro do imóvel, havia poucos móveis e algumas roupas no chão. Só um quarto tinha armário e aparência de habitado. Os policiais suspeitam que o local era usado para preparar a cocaína e distribuir a droga. Eles acreditam que o laboratório mesmo funcione em outro lugar.

Na cozinha, havia em cima da pia produtos químicos, uma bandeja de plástico com divisórias e muito vestígio da cocaína. O botijão de gás estava com um saco quase vazio de um pó branco que seria misturado à pasta base. No chão do cômodo estreito estavam dois papelões esticados, onde os policiais encontraram os sacos com a droga. O laboratório foi estourado depois de uma investigação do serviço de inteligência da 3a Companhia de Missões Especiais.

Foi muito bom voltar a fazer uma matéria de polícia como nos velhos tempos, chegando antes do resto da imprensa e com imagens exclusivas. Por essa e outras, que sempre afirmamos que jornalista sem fonte deve mudar de profissão. Não somos nada sem elas. Alías, somos sim. Somos comuns, medíocres. Ficamos na mesmice e não conseguimos nos destacar. A TV Alterosa está retomando os rumos de jornalismo mais factual, atuante.
E isso é muito bom!

Voltando à apreensão, levamos um susto quando os policiais começaram a colocar no carro o material apreendido. O suspeito tinha em casa um pistola 9mm (uso exclusivo das Forças Armadas), uma pistola calibre 380 e um revólver calibre 38. As duas pistolas estavam com as numerações raspadas. Havia também muita munição dos calibres 9mm e 38. Mas, o que chamou mesmo a atenção de todo mundo foram uma banana de dinamite e uma granada de estilhaçamento. Esta granada tem um alto poder de destruição, já que se transforma em pequenos estilhaços quando explode. Ela é de uso restrito às Forças Armadas e usada em combates.

Além do segurança, um outro homem foi detido pelos policiais. Ele estava no carro do suspeito preso na casa, chegou no endereço onde houve a apreensão e, quando viu a PM, saiu em alta velocidade, sendo detido algumas ruas depois. Ele prestou depoimento e tinha chances de ser liberado. Os dois homens e o material apreendido foram levados para a Delegacia da Polícia Federal. Parabéns aos policiais envolvidos na operação, que mostraram que mais do que apreender algumas buchas de maconha e papelotes de cocaína, a Polícia Militar também se destaca em grandes apreensões. Isso mostra que além da prevenção, a Segurança Pública precisa de uma dose de repressão para funcionar.

Operação Pasárgada - Bejani passará o feriado na cadeia

Do portal UAI com informações de Bertha Maakaroun - Estado de Minas

Parecer de procuradora é contrário à concessão de liberdade provisória ao prefeito de Juiz de Fora.
Pedido ainda será julgado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça

Alberto Bejani está preso na Grande BH há mais de uma semana
A procuradora de Justiça Valéria Gontijo emitiu na quarta-feira parecer contrário ao pedido de concessão da liberdade provisória ao prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani (PTB), apresentado ao Tribunal de Justiça pelo advogado Marcelo Leonardo. Ela considerou que estavam presentes no caso os requisitos para a manutenção da prisão preventiva, como conveniência da instrução criminal e a garantia da ordem pública.
O caso deve ser julgado terça-feira, pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Leia também: MP abre inquérito para apurar origem dos bens de Bejani

Bejani foi preso na semana passada, durante a Operação Pasárgada, da Polícia Federal, desencadeada simultaneamente em Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.
Ao cumprir o mandado de busca e apreensão, a PF apreendeu na casa do prefeito, em Juiz de Fora, e em sítio de sua propriedade, cinco armas, inclusive uma pistola 9mm, de uso exclusivo das forças de segurança, além de R$ 1,12 milhão em dinheiro. Dois fatos podem ter embasado o parecer do Ministério Público no sentido da manutenção da prisão cautelar de Bejani. Ao tentar explicar o flagrante com as armas, o prefeito declarou que uma das pistolas apreendidas lhe teria sido doada por um policial civil.
O prefeito também insinuou ter bom relacionamento com setores da segurança pública, abrindo a possibilidade para interpretações dúbias, inclusive, de que poderia tentar influenciar a dinâmica das investigações. O flagrante que se seguiu à prisão do prefeito com o dinheiro e as armas desencadeou manifestações populares em Juiz de Fora, reivindicando o impedimento de Bejani. O Ministério Público entendeu constituir a prisão em flagrante de um agente público, chefe do Executivo da cidade, um elemento de intranqüilidade e descrédito para as instituições.
Fonte: www.uai.com.br

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Maior apreensão de cocaína da história de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Os policiais federais investigavam há seis meses seis pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas. Hoje pela manhã, eles foram a uma casa que fica na rua São Luiz, número 477, num condomínio de luxo no Parque Jardim da Serra, às margens da BR 040.
A rua tranqüila tem poucas casas, no estilo granjas, com terrenos grandes, cercas vivas e pouca visibilidade para quem passa pelo lado de fora.

Era o esconderijo perfeito.
Afinal, quem poderia desconfiar de uma base de tráfico de drogas num lugar tão requintado?
Na casa luxuosa, com piscina, campo de futebol e garagem para seis carros, foi preso um suspeito de 32 anos.
A polícia encontrou num quiosque de alvenaria perto da piscina um laboratório de refino de cocaína.

Uma moto Yamaha XT 560 foi apreendida no local. Dentro de uma Parati e de um Golf, estavam vários sacos com pasta base e no laboratório havia mais. Ao todo, foram apreendidos 90 kg de pasta base que renderiam 400 kg de cocaína pura.
No quiosque, eles encontraram também um fogão, uma balança de precisão e vários produtos químicos que seriam usados no refino da droga.
Entre eles, vários saquinhos de ácido bórico, que serviria para fazer render o produto.Tudo foi apreendido.

Os policiais deixaram a casa com o material recolhido e o suspeito preso e seguiram para a delegacia da Polícia Federal.
O comerciante já cumpriu pena por tráfico de drogas em Juiz de Fora e saiu da Penitenciária há pouco tempo.
Segundo o delegado Cláudio Nogueira, ele faria parte de uma quadrilha forte na cidade. Os policiais investigam se a casa estava no nome do preso.

Vários documentos foram encontrados no local da prisão e podem indicar outros bens que pertencem à quadrilha, num indício de lavagem de dinheiro. Se isso for confirmado nas investigações, todos os imóveis devem ser embargados pela justiça.

A Polícia Federal apreendeu também um carregador com munição 9mm, de uso exclusivo das forças armadas e da PF. O suspeito vai responder a processo por porte ilegal de munição e tráfico de drogas. Os policiais apreenderam com ele 66 mil reais em dinheiro. Se for condenado, o comerciante pode pegar de 5 a 15 anos de reclusão, além de multa, segundo o artigo 33, da lei 11.343, de 2006.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Aracnofobia

Por Robson Rocha

Semana passada fomos gravar uma matéria simples, uma reclamação de moradores sobre o estado de uma rua, no bairro Graminha.
Chegamos no bairro e comecei a desconfiar, quando a rua acabou e entramos no que parecia uma trilha.
Não precisamos andar muito quando notamos que seria um rally. Mas tudo bem, a Parati da TV tem mania de grandeza, de tanto entrar em locais críticos, ela já se sente uma Land Rover e não tem medo de mais nada.

Depois de subir e descer patinando pela estradinha, demos de cara com um atoleiro e como o caminho só ia piorando.
Começava a imaginar meu pobre reef todo atolado no barro.
Mas, a Parati resistiu bravamente e ultrapassou mais esse obstáculo.
Só o que estava dando de braçada pra levar a Parati...
A história de materinha simples já tinha ido por água abaixo!
Isso era só o começo.

Após um intensivo de direção defensiva, defendendo meu lado, subimos mais uma ladeira e umas quatro pessoas nos esperavam. Pra ajudar, a rua não tinha saída e nem viradouro. As poucas garagens estavam fechadas. Moral da história: dá-lhe braçada pra virar o carro.
Desci do carro cumprimentei o pessoal e, enquanto a Michele pegava as informações, fui montar o equipamento.
Peguei a câmera e pensei: “esse pessoal tem razão de reclamar, isso aqui tá f...”
Mas, não sabia o que me esperava. Fui andando pela ruazinha e parei em uma curva para fazer algumas imagens.

Sei lá porque, eu olhei para cima. E aí, simplesmente travei.
Era uma laje de teias! E muitas, mas muuuuitas aranhas dependuradas bem em cima da minha cabeça.
Entrei em pânico, mas silencioso. Não pega bem um camarada de um metro e noventa gritando no meio da rua.
Mas, eu só conseguia pensar: “Essa p... vai cair na minha cabeça!”
Olhei para o lado e o que tinha? Isso! Mais aranhas.
Me senti no filme Aracnofobia.
Me curvei um pouco, deitei a câmera em cima da cabeça e sai bem devagarzinho. Quando sai debaixo daqueles monstros, respirei aliviado. Eh, não eram aranhinhas!
Elas eram grandes pra caramba.

Quando notei que dava pra ver o pessoal novamente, fiz cara de mal e comecei a fotografar as bichinhas, de longe, é claro.
Comentei com os moradores sobre a quantidade de aracnídeos e a Michele dizendo que se deixasse eu ia lá no meio fotografar os “bichinhos”. É ruim, hein!
Gravamos a entrevista, entramos no carro, disse a ela para não abrir os vidros e contei a Michele meu desepero.

Minha vontade de sair de lá era tão grande, que nem notei as dificuldades da ida.
Nunca na minha vida, tinha visto tantas aranhas e tão próximas de mim.
Tenho que admitir que na noite seguinte tive até um pesadelo com as aranhas!