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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Acidente em Minas - Morte na BR 265

Por Michele Pacheco

É muito estranho! A gente sai de casa para um compromisso ou simplesmente dar uma volta e nem imagina o que espera depois de cada curva.
Foi o que houve com um aposentado de 71 anos que morava em Barbacena.
No início da noite passada, Jucelino Mozart de Rezende dirigia um gol cinza, placa GKS 2412, licenciado em Barbacena.
Ele seguia pela BR 265, entre Barroso e São João del Rei, quando bateu num caminhão e morreu preso às ferragens.
O gol ficou com a frente retorcida.
Graciola da Rocha Caldeira Rezende, de 64 anos, estava com o aposentado e ficou gravemente ferida.

Os policiais da 13a Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito foram acionados e registraram a ocorrência.
O motorista do caminhão Iveco/Stralishd, placa MIB 6640, licenciado no estado de Santa Catarina contou que, depois de uma curva, cruzou com o Gol e sentiu um impacto no eixo traseiro.
Ao olhar pelo retrovisor, o caminhoneiro notou o carro rodando na pista.
A polícia militar acionou a perícia, que foi ao local e liberou o corpo do aposentado. O Gol ficou com a frente retorcida.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

História da TV brasileira - Descaso em Juiz de Fora

Por Robson Rocha

Olhando para o Morro do Cristo, não dá pra imaginar que uma parte importante da história de Juiz de Fora agoniza lá no alto.
Quando chegamos ao cartão postal mais conhecido de Juiz de Fora, tudo parece certo.
Temos um mirante bonito, uma imagem religiosa e uma capela, que é conservada por pessoas que trabalham por ali, com dinheiro próprio.
Ah, mas continuando nossa avaliação, vemos um monte de parábolas escondendo parte de um prédio.
Olhando pela parte da entrada parece um imóvel relativamente bem conservado.

Esse prédio foi construído para abrigar a TV Industrial, inaugurada em 29 de junho de 1964.
O engenheiro responsável pela obra foi Armando Favatto, que idealizou a construção de forma helicoidal.

Ali, Juiz de Fora foi pioneira em diversos aspectos: a primeira emissora de televisão do interior brasileiro, a primeira emissora da América do Sul a transmitir sua programação através de antena helicoidal e a primeira emissora do interior mineiro a produzir e transmitir programação em cores.

80% da programação da TV Industrial era produzida em seus estúdios.
Em seus telejornais e programas de auditório passaram grandes profissionais como Natálio Luz e Ivan Costa, que na foto estão com Sebastião Cosme, um dos primeiros operadores de câmera de Juiz de Fora. Cosme hoje é supervisor na TV Panorama.

As histórias continuam sendo contadas por quem viveu a época de glamour da emissora, como Natálio Luz, que nos relatou vários fatos e como eram produzidas as 10 horas diárias de programação própria. Segundo Natálio, o regionalismo da TV Industrial era seu ponto forte. Isso sem esquecer os jogos do campeonato carioca.

O mascote da TV Industrial era o Zé Marmita, que morreu em 1980 com a venda da TV Industrial para as Organizações Globo.
Consegui assistir um único arquivo em que a Chistina Mendes apresentava um telejornal e nunca vi nenhum equipamento que tenha sido preservado.
A torre, um marco da história da TV brasileira, foi desmontada

Quando a gente entra no prédio, fica dificil imaginar como era a TV Industrial.
Logo na entrada, o corredor virou um depósito de tralhas.
Tem lixo, restos de equipamentos eletronicos, caixas, madeiras e até sacos de coco.
E, apesar do imóvel ficar fechado, as paredes estão pichadas.

A laje está cheia de infiltrações. Em vários pontos existem rachaduras e é possivel ver a ferragem exposta e enferrujada.
Prova de que há muito tempo não é feito nenhum tipo de manuteção.

No estúdio a situação não é diferente.
O cenário é de abandono total de um patrimônio da cidade.
Esse é o respeito que o poder público tem por um local que foi simbolo do pioneirismo de Juiz de Fora.
O prédio que tem 44 anos, que já foi sondado para ser museu, teve no final do ano passado um processo de licitação.
Segue abaixo o texto retirado do http://www.conlicitacao.com.br/rel/venoticia.php?id=428345 .

MINAS GERAIS - Publicação da Prefeitura de Juiz de Fora, 24 de novembro de 2008.

Concessão de uso do mirante do Morro do Imperador tem concorrência marcada para dezembro.
O uso do prédio do Mirante Salles de Oliveira e do anexo lateral do Morro do Imperador, onde funcionou a antiga TV Industrial, terão a concessão definida no dia 9 de dezembro, às 9h.
A licitação na modalidade de concorrência, tipo maior oferta é promovida pela Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio.

A abertura da licitação ocorre na Sala de Reuniões da Comissão Permanente de Licitação, onde os interessados devem apresentar documentos de habilitação e propostas de preço, como exigidos no edital, disponível no endereço eletrônico www.cpl.pjf.mg.gov.br/.

A concessão do uso será liberada para atividades de lazer, cultura, turismo e/ou restaurante, sendo de responsabilidade do concessionário os reparos necessários e limpeza e manutenção de todo o complexo.
A utilização do Mirante e da Capela permanece liberada para a Prefeitura de Juiz de Fora.

O preço público mensal estimado pela Comissão Permanente de Licitação é de R$ 8 mil, sendo a concessão de uso definida por cinco anos, a partir da data de assinatura do termo. Segundo o secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Paulo Cesar Machado, “a concessão do Mirante Salles de Oliveira e do anexo lateral do Morro do Imperador tem como objetivo otimizar o funcionamento dos espaços”.

*Outras informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio pelo telefone 3690-7742.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

BR 482 é interditada em Minas Gerais

Do Interligado

A BR-482, que liga Carangola e Fervedouro (BR-116) foi interditada na noite de sexta-feira (30), pela Policia Rodoviária Estadual e a Prefeitura de Carangola.
Um trecho em frente ao antigo motel está desmoronando colocando em risco a vida das pessoas que trafegam na estrada.
A situação é tão caótica que a rodovia está sendo apelidada de estrada dos buracos.
A BR foi interrompida entre o trevo de Carangola e o trevo para Divino, impossibilitando o acesso de Carangola até a BR-116.

Segundo o internauta Ramires Nogueira, veículos menores vão ter que da volta por estradas de terra. Ônibus e caminhões têm que dar a volta por Manhuaçu.
O motorista que está na BR-116 precisa seguir até Realeza, pegar a BR-262 para Manhuaçu e ir até Reduto, onde acessa a MG-111. A partir daí são mais 70 quilômetros até Carangola.
Moradores e comerciantes já cansaram de pedir providências quanto ao estado da rodovia federal.

Em toda a região, a situação da BR-482 é a mais vergonhosa.
São crateras enormes, trechos impedidos por causa de barrancos ou desmoronamentos, como o que agora fecho a rodovia.
“Pedimos providências às autoridades por esta calamidade”, reclamou um internauta por email.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Desrespeito à Lei Seca e a piracema em Minas

Por Michele Pacheco

Policiais militares da 13a Cia Independente de Meio Ambiente e Trânsito faziam patrulhamento
na BR 265 e abordaram, no km 254, um Fiat Siena, com placa de Tiradentes.
O comerciante de 57 anos que dirigia o veículo apresentava sintomas de ter ingerido bebida alcoólica.
Os policiais aplicaram a Lei Seca e fizeram o teste do bafômetro.
O homem apresentava o índicde de 0,40mg/L.
Por si só, isso já seria irregular.

Mas, os policiais ainda deram uma busca no carro.
E encontraram outra irregularidade.
O comerciante estava transpotando vários lambaris, sem comprovante de origem.
Foram encontradas tambem três varas de bambu com anzol.
Em outra época, talvez isso não fosse um problema.
Só que em pleno período de Piracema, a pesca é controlada e proibida em varios casos.

O motorista foi preso e conduzido para São João del Rei.
Na delegacia, foi registrada a prisão e aberto um inquérito policial apra apurar o caso.
Foi lavrado ainda um auto de infração no valor de R$ 933,33.
Algumas pessoas sabem que dirigir embriagado e desrespeitar o período de Piracema são infrações com punição muitas vezes severa.
Mesmo assim, abusam da sorte.

O comandante da 13ª CIA IND MAT, Major Cláudio César Trevisani, alerta que um esquema policial está em prática e que um grande efetivo está empenhado nas Operações Grau Zero e Piracema.
O rigor é para evitar que mesmo com as leis, o desrespeito à legislação ocorra.

Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo – Condições das estradas

Por Michele Pacheco

Saímos cedo de Juiz de Fora para curtir uma semana na praia. Foi melhor assim.
Na BR 040, encontramos pistas vazias e pouco trânsito.
Deu até para aproveitar a bela vista das montanhas de Minas com o dia clareando.
Diga-se de passagem, a paisagem é muito linda no trecho da divisa de MG com o Rio de Janeiro. Na correria do dia-a-dia, nem sempre a gente pára para observar o cenário.

A estrada é duplicada, bem sinalizada e a viagem corre sem problemas.
A concessionária responsável mantém carros de atendimento circulando o tempo todo.
Se algum viajante tem dificuldades, o socorro é rápido. Assim, os motoristas se sentem mais seguros para viajar com a família. Sem falar que a marcação bem-feita nas pistas não cansa tanto quanto o asfalto escuro e sem sinalização definida de outras estradas da região.

Quem for da Zona da Mata Mineira para a Região dos Lagos tem como trajeto mais curto ir pela BR 040 até a Baixada Fluminense e seguir pela Rio-Magé e a Via Lagos.
Mas, pode preparar o bolso com dinheiro trocado.
O pedágio na BR 040 custa R$ 7,20.
Como passamos por três postos, gastamos R$ 21,60 só nessa rodovia.

Demos sorte nos dois primeiros postos, em Simão Pereira e em Areal.
Como era mais cedo, havia pouca fila.
Já na Baixada Fluminense, o movimento de segunda-feira era intenso e pegamos o tráfego comum do pessoal indo para o trabalho.
Além do gasto na BR 040, pagamos mais uns dezesseis reais com pedágios até Cabo Frio.

Saímos de Juiz de Fora com tempo bom, mas notamos nuvens carregadas no estado do Rio.
Em Pedro do Rio, estava chovendo e diminuímos a velocidade.
Afinal, estamos de férias e a pressa é menos importante que a segurança.
Já corremos tanto trabalhando, que no descanso preferimos ter calma.
A previsão é de tempo fechado no estado do Rio pelos próximos dias.

Em Petrópolis, notamos vestígios dos estragos causados pelas chuvas fortes desde o fim do ano passado.
Na altura de Itaipava, distrito petropolitano, tivemos que seguir pela contra-mão.
Uma queda grande de barreira fechou as duas pistas no sentido Petrópolis-Rio.
Um muro de contenção foi construído para evitar que a terra que continuasse caindo invadisse também a pista contrária.

Deixamos a BR 040 e seguimos pela BR 493.
Essa estrada é usada por quem vai da Baixada para Magé, Teresópolis e Além Paraíba.
Por lá, o trânsito estava ainda mais intenso.
Muitos ônibus e vans parando o tempo todo para pegar passageiros nas margens da rodovia tornam o tráfego mais lento.
É preciso ter cuidado com os veículos que saem das cidades e bairros pelo caminho.
Alguns motoristas entram na estrada sem nem olhar para o lado.

Um detalhe que nos chamou a atenção foi o número grande de obras nas estradas fluminenses.
Por todo lado, passamos por caminhões como este, cheio de trabalhadores prontos para melhorar as condições do asfalto e fazer capinas.
Apesar de irregular, o transporte de pessoas em carrocerias de caminhões parece prática comum na região.

O Robson encheu a boca para dizer todo feliz que tínhamos dado sorte, pois em nenhum trecho em obras nós tivemos que parar.
Claro que ele falou cedo demais!
Resultado: na parada seguinte ficamos quase vinte minutos plantados na longa fila de veículos. Era perto de um posto de combustíveis e alguns espertinhos tentavam cortar a fila passando por dentro do posto. Com isso, a espera foi ainda maior.

Nós estávamos dentro de um carro, confortáveis com o ar condicionado espantando o calor e com música agradável tocando. Agora, imagine o que passam os funcionários das empresas que dão manutenção nas estradas. Esse homem, ainda conseguiu uma sombra para se sentar, enquanto liberava ou parava o tráfego. Outros, não tiveram a mesma sorte e estavam de pé balançando aquelas bandeirinhas debaixo de chuva ou sol, suando no clima abafado.

Em Itambi, mais estragos deixados pelas chuvas. Um trecho da BR 493 estava alagado.
Era preciso passar com cuidado.
Placas desviavam o trânsito para fila única, já que a pista no sentido Itambi-Rio estava interditada por conta de uma cratera e asfalto afundado.
Como voltou a chover, a recuperação do local deve demorar.

Além do tráfego em pista única, os motoristas devem passar bem devagar, pois os temporais abriram buracos no asfalto.
Não dá para desviar para o outro lado e não há acostamento nesse ponto.
O jeito é passar com cuidado pelos buracos cheios de água.
Com os carros pesados de bagagem, quem está de férias deve ter ainda mais cautela.

Quando o trânsito é liberado, vem aquela sensação de alívio.
Aí, a gente olha para a pista contrária e vê a longa fila de veículos se formando. Não tem jeito.
E, o pior é que muita gente deixou para voltar hoje para casa.
Como as aulas recomeçam na semana que vem, quem curtiu férias na praia vai aproveitar os próximos dias para compra de material escolar e para colocar em ordem a vida antes de realmente começar o ano.

Mudamos de novo de rodovia, entrando na BR 101, que está em boas condições.
O movimento mais intenso que pegamos foi em Manilha.
Além da agitação tradicional do trecho, o horário era propício para quem ia ao trabalho ou seguia de uma cidade a outra na região.
Com o comércio desenvolvido nas margens da estrada, também é grande o trânsito de pedestres e veículos.

Outro detalhe que notamos foi a ausência de radares em todo o trecho.
Este foi o único que notamos em todo o trajeto.
Ele fica na área de Manilha.
Nos anos anteriores, os radares pequenos, conhecidos como pardais, eram o pesadelo dos motoristas.
Era comum ouvir relatos de viajantes que não conheciam bem as rodovias e depois eram “presenteados” com a multa em casa.

Em Tanguá, a estrada volta a ser duplicada e a viagem flui melhor.
Mesmo sem correr, dá a sensação de que o tempo está sendo bem aproveitado.
Fora que acaba o estresse de ver uma fila longa de carros vindo no sentido contrário nos poucos trechos bons para ultrapassagem.
Pena que todas as estradas do nosso trajeto não eram assim!

Por fim, entramos na RJ 124, a Via Lagos.
Quando a gente vê a placa indicando Araruama, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, o corpo até relaxa, sabendo que é a etapa final da viagem. Dali, já dá para ver o mar e sentir que o fim do trajeto está próximo.
Viva quem decidiu criar o trecho de contorno na estrada.
Quando eu viajava com meus pais, na minha infância, era preciso passar em cada uma das cidades no caminho até Cabo Frio.

Enfim, chegamos. Passamos o resto da manhã em Búzios e depois viemos para Arraial do Cabo.
Seguimos a tradição familiar. Meus pais adoram uma pousada em Arraial.
Ela é mesmo um lugar propício para descansar.
Com bangalôs lindos, piscina e sauna, oferece opções para quem não gosta de passar o dia inteiro na praia.

Depois de relaxar a tarde toda, demos uma volta e retornamos à pousada, onde acessamos a internet para acompanhar a transmissão do jogo do Tupi.
Prestigiamos nossos amigos Ricardo Wagner e Ivam Costa. Como sempre, eles deram um show de bola e competência.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Furto de peças sacras em São João Del Rei

Da Gazeta de São João Del Rei

A Polícia Civil de São João del Rei está investigando o furto de três peças sacras utilizadas em cerimônias religiosas na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no centro da cidade.
No último sábado, dia 17, um cálice, uma patena (pequeno prato onde se coloca a hóstia no ofertório) e uma âmbula (cálice, com tampa, onde são conservadas as hóstias consagradas) foram roubados de uma das sala do templo.
O furto aconteceu por volta das 12h.
Parte da ação dos suspeitos foi gravada pelo sistema interno de tevê.

De acordo com o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso, Alexandre Federico, apesar da investigação estar no início, já existe a suspeita de que um grupo de pessoas da cidade esteja envolvido no crime.
Ainda conforme Federico, os suspeitos ficaram um tempo dentro da igreja, mas pareciam ter um conhecimento antecipado do local.
"A Polícia Civil tem uma cópia do DVD com as imagens registradas pelas câmeras instaladas na igreja.
A coleta de mais informações, provas e depoimentos estão ajudando a resolver o caso o mais rápido possível", afirmou.

Segundo Mauro das Mercês Castro, moderador da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte Carmelo, as peças ficavam guardadas em um armário de madeira, trancado a chave, no único cômodo da igreja onde não há câmeras.
Ainda conforme Castro, o sistema de segurança interno é constituído por 13 câmeras instaladas no templo.
Elas registraram os movimentos dos suspeitos, que entraram pela sacristia e pediram ao funcionário que estava no local para usar o banheiro, que dá para a sala nos fundos do altar. "Ali os infratores arrombaram o armário, onde ficam as peças de uso rotineiro nas celebrações, e retiraram os objetos", explicou Castro.

De acordo com o tenente da Polícia Militar, Luís Eduardo Coelho, apesar do policiamento específico para a segurança externa do patrimônio histórico de São João del Rei, a segurança interna é de responsabilidade da igreja. "A equipe da PM atua de forma preventiva, evitando a atuação de vândalos e ladrões. Por isso, para o interior das construções, incentivamos o uso de sistema de alarme, câmeras e fortalecimento de grades, trincos e portas", explica.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Acidente e morte na BR 267/Caminhão-tanque explode e cai em rio

Por Michele Pacheco

Jornalista descansa com o celular ligado!
Parece piada, mas não é.
E, neste ano, parece que está acontecendo de tudo desde que entramos de férias.
As fontes ligam ansiosas para passar as informações e lá vou eu perturbar o pessoal da TV.
Em três dias, foram quatro casos fortes.
Primeiro, me ligaram na manhã de terça-feira para avisar que a PM tinha fechado um matadouro clandestino em Matias Barbosa.
No mesmo dia, o Robson ligou para passar que um policial militar reformado, tinha acabado de matar o genro, no bairro Francisco Bernardino, e sido preso pela PM.
Ontem, às onze da noite, liguei para repassar dados da operação da Polícia Civil que acabou com um Disque-Droga na zona sul da cidade.
Foi a segunda operação de combate ao tráfico de drogas realizada pela Polícia Civil nesta semana. Na segunda-feira, a equipe do GTO (Grupo Tático Operacional) de Entorpecentes e Homicídios foi a um lava-jato no bairro Alto dos Passos e apreendeu 41 kg de maconha.

E hoje, perturbei de novo para avisar de um acidente grave na BR 267, em Valadares, divisa de Juiz de Fora com Lima Duarte.
Estávamos passando pela BR 040, quando os policiais rodoviários federais nos avisaram do acidente com o caminhão-tanque.
Liguei logo para a TV e avisei.

Como o local era no caminho para onde estávamos indo, aproveitamos para ver de perto a situação e registrar tudo para o nosso blog.
A fila de veículos era grande.
Todo mundo parado esperando que a ponte fosse liberada para tráfego em meia pista.
O acidente foi por volta de três da tarde desta quinta-feira.

No local estavam bombeiros, policiais rodoviários federais, fiscais do IBAMA e representantes da Defesa Civil.
Todos avaliavam o impacto ambiental da queda do tanque cheio de álcool combustível.
A Defesa Civil recolheu amostras da água do rio do Peixe para análise.
O objetivo é avaliar se o derramamento de combustível afetou o meio-ambiente. Como o rio está muito cheio devido às chuvas intensas e a carga é biodegradável, os fiscais calculam que o produto deve se diluir sem causar estragos.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, motoristas que passavam pela estrada na hora do acidente contaram que o caminhão-tanque seguia no sentido Lima Duarte-Juiz de Fora.
O caminhoneiro perdeu o controle da direção antes da ponte, o veículo tombou, a carga vazou na pista e pegou fogo.
Uma explosão jogou a cabine longe.

Os eixos ficaram divididos dos dois lados da proteção da ponte.
A cabine e o tanque caíram no rio do Peixe.
O compartimento de carga foi arrastado pela correnteza, indo parar cerca de 50 metros à frente do local da queda.
Olhando de cima, dava para ver apenas a parte de cima.

Parecia que o tanque caiu com as rodas para o fundo do rio e foi arrastado nessa posição.
A retirada vai ser complicada, já que o acesso do guincho ao local vai ter que ser aberto no meio do mato.
A distância é grande demais para esticar os cabos de aço.

Amanhã, as equipes devem retornar ao local para remover o caminhão.
Os bombeiros entraram na água à procura da cabine, onde poderia haver vítimas.
Um bote também foi usado para dar buscas na área ao redor do tanque.

Primeiro, segundo o Tenente Rafael Cosendey, as equipes de resgate desconfiaram de que a cabine teria ficado submersa bem debaixo da ponte.
Mas, os mergulhadores suspeitaram mais tarde que a cabine também tinha sido arrastada.
As buscas seguiram até o início da noite e devem ser retomadas amanhã.
Cinco viaturas e 15 bombeiros foram deslocados para Valadares.

Um homem morreu no acidente. Com a violência da explosão, Sidnei Bernardes do Nascimento, de 30 anos, foi arremessado para fora da cabine, bateu num pilar de concreto na base da ponte e caiu no meio do mato, na margem do rio.
Segundo os policiais rodoviários federais, um médico que passava pela rodovia viu o acidente e parou para prestar socorro.
A vítima ainda estava viva, não tinha documentos e estava muito ferida.

Antes de morrer, o homem teria dito que havia mais gente no caminhão.
As autoridades suspeitavam de que ele seria um passageiro e aguardavam a chegada de um representante da transportadora para confirmar.
Mas, quem reconheceu o corpo como sendo do motorista foi o pastor da igreja frequentada pela vítima.

Com o fogo e os destroços na pista, o trânsito ficou perigoso.
A Polícia Rodoviária Federal interrompeu o tráfego para a retirada dos eixos e de pedaços do caminhão que ficaram sobre a ponte. Terra e areia usadas para apagar o fogo foram varridas pelos policiais, para evitar derrapagens quando os veículos passassem pelo local.
Quem acha que vida de policial rodoviário é só andar de um lado para o outro com o formulário de multas na mão, está enganado.
Garantir a segurança nas rodovias é uma tarefa difícil e que inclui todo tipo de trabalho.