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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Prefeitura e moradores discutem demolições em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Foi realizada, hoje à tarde, uma reunião entre o prefeito de Juiz de Fora e os integrantes da Associação dos Moradores prejudicados pelas demolições no bairro Santa Tereza, zona sudoeste da cidade.
O grupo grande estava dividido entre aqueles que tinham esperanças de que o novo governo resolva a situação e os que estavam descrentes, já que muita promessa foi feita em um ano e nada foi cumprido.

Em março do ano passado, depois de uma semana de temporais, rachaduras começaram a aparecer em duas ruas do bairro Santa Tereza.
As moradias no alto e na base da encosta foram afetadas.
Paredes racharam, o chão afundou em alguns pontos e levantou em outros, o barranco apresentou pontos de escorregamento de terra.
A cena era assustadora.
Parecia que a camada de vegetação e tinha sido empurrada com força para baixo, descendo em diagonal.

Dia após dia, moradores, autoridades e imprensa acompanharam a evolução dos problemas.
Na parte de baixo, calçadas inteiras levantaram, empurradas pelas moradias que estavam "andando" para o meio da rua.
Casas grandes e bem construídas foram ruindo aos poucos.
Os moradores foram retirados logo que os primeiros sinais de problemas foram detectados.
O plantão de técnicos da Defesa Civil no local era feito 24h.
A informação era sempre que tudo poderia desmoronar de uma hora para outra.

Nós acompanhamos o sofrimento de todas aquelas famílias que assistiam impotentes o poder da natureza destruindo tudo o que levaram uma vida inteira para construir.
Uma cena que me marcou muito foi o Seu Gonçalves insistindo que a casa dele não iria ruir, que ele tinha construído com o que havia de melhor e que tinha certeza de que não perderia o lar. Isso foi dito apenas um dia antes das máquinas serem enviadas pela prefeitura para a demolição.

Depois de vistorias da Defesa Civil, de técnicos vindos de São Paulo e de uma perícia feita por peritos do Instituto de Criminalística de Belo Horizonte, o então prefeito, Alberto Bejani, foi ao bairro, reuniu os moradores e anunciou que faria a demolição e pagaria indenizações a todos os prejudicados. Pouco depois, as máquinas trabalharam rápido, para reduzir o peso no alto do barranco e o risco de desabamentos que poderiam atingir mais casas na parte de baixo.

A casa do Seu Gonçalves foi uma das últimas a serem derrubadas.
A dificuldade dos operários confirmou o que o aposentado havia dito:
os materiais usados na construção eram da melhor qualidade.
Ele teve que ser amparado e retirado do local pelos filhos.
Ver o sonho de uma vida virar escombros foi demais para o comerciante, que perdeu duas casas e um bar no Santa Tereza.
Hoje, ele vive numa casa modesta com a mulher em Chácara, cidade vizinha.
Sem saúde e sem casa, os dois sobrevivem da esperança de ver o caso ser resolvido e de receber uma indenização que permita a compra de um apartamento e o retorno a Juiz de Fora.
Ele era um dos representantes da comissão na reunião de hoje.

O que me chamou a atenção foi uma pergunta que o prefeito Custódio Mattos fez entre um desabafo e outro dos presentes.
Por motivos diversos, os moradores reclamaram da validade do laudo feito pelos peritos de Belo Horizonte.
Uns disseram que não valia, pois nenhum engenheiro participou da análise.
Outros alegavam que ele não tem valor legal para embasar as demolições.
E por aí foram as justificativas.
O prefeito perguntou onde estava o documento contestando oficialmente o laudo.
E foi informado de que esse documento não existia.

Dá para imaginar isso?!
Todas aquelas pessoas desesperadas, fazendo protestos sem conta exigindo providências, tendo espaço e atenção na mídia... e não tendo em mãos um documento imprescindível para o andamento do processo que movem contra o município de Juiz de Fora!
Só um ano e um mês depois das demolições é que eles vão redigir a contestação.
O prefeito colocou à disposição da Associação um advogado para ajudar na elaboração do tal documento.

Enfim, os moradores vão se reunir para discutir as medidas que vão adotar agora.
O presidente da Associação, Reinaldo Freez, não estava muito satisfeito.
"Não ouvimos o que queríamos, mas pelo menos não ficamos sem uma resposta. Agora é reunir todo mundo e avaliar as próximas ações" explicou Reinaldo, que perdeu cinco casas no Santa Tereza.

O prefeito explicou aos moradores que a prefeitura tem o dever de se defender no processo movido pela associação.
"Eu sou prefeito, não sou dono da prefeitura. Eu assumi em janeiro, não estava aqui quando tudo aconteceu. Mas, a prefeitura não acaba com um governo ou outro, ela continua. Por isso, independente de quanto tempo demore, o município tem a obrigação de se defender" disse Custódio Mattos, reforçando que entende as reivindicações dos moradores.
Ele disse ainda que, apesar de considerar justas as cobranças, não tem poder para pagar nenhuma indenização.
Isso só vai ocorrer por ordem judicial.
Desapropriações também são estudadas.

Enquanto a discussão se estendia, os repórteres cinematográficos e fotográficos se espremiam na sala de reuniões.
Eles tinham que ficar atentos a qualquer incidente, registrar imagens e depoimentos.
Tudo isso, sem atrapalhar o encontro.
Para isso, vale a imaginação.
Como trabalhar sem ficar na frente de ninguém? Cada um deu um jeito.

O Moisés Valle, da TV Panorama, escolheu as pontas da mesa, que tem formato de U.
Ele ficava um pouco num canto e trocava para o outro.
Assim, compensou a falta de tripé e teve apoio firme para gravar parte do que foi dito no encontro.
Como diz o Robson, vale tudo na hora de procurar um bom apoio.

Por falar no Robson, ele tentou driblar as imagens burocráticas, típicas desse tipo de cobertura, mudando os ângulos.
Com a câmera no ombro, ficou por trás das pessoas sentadas à mesa e foi capturando imagens e sons de cada um.
Os debates entre o prefeito e os moradores mereceram atenção especial.

Para ter imagens mais próximas, como se estivesse de frente para o prefeito, ele optou por se agachar no meio da sala.
Imagine a dificuldade de ficar abaixado, sem atrapalhar a visibilidade de ninguém, para um homem de 1,90m!
E ele tem tanta experiência em passar despercebido em eventos desse tipo, que realmente não atrapalhou.

Numa cobertura de coletiva ou de reuniões assim, a gente flagra os colegas em poses bem engraçadas.
Olhe o Humberto Nicoline, fotógrafo da prefeitura.
Os desavisados que passassem pela sala poderiam até pensar que ele estava rezando por uma solução rápida para os problemas no bairro Santa Tereza.

Mas, nosso amigo estava mesmo era procurando um ângulo diferente.
Ele não se contentou em ajoelhar.
Ainda usou a ponta da mesa como apoio de cotovelo e disparou a câmera.
Tomara que tantas poses inusitadas tenham rendido um bom material.

Quem vê o pessoal de imagem trabalhando, não imagina que tanto esforço acaba se transformando em um minuto ou dois de reportagem na TV e em uma ou duas fotos, no máximo, nos jornais.
Mas, a gente não lamenta.
Pelo contrário!
Trabalhar com jornalismo é bom demais!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O verdadeiro sentido da Páscoa

Michele Pacheco

Os supermercados de Juiz de Fora trabalharam no feriado.
As armações montadas para os ovos de Páscoa estão vazias.
As máquinas registradoras trabalham sem parar.
Lucro, gastos, chocolates.
Será esse o verdadeiro sentido da Páscoa?

Independentemente da crença religiosa e do fervor de cada um, a Semana Santa deveria ser um momento de reflexão.
Um tempo para parar e ressuscitar em cada um de nós o respeito pelo outro e a solidariedade.
Vivemos isolados em nossas ilhas pessoais, ignorando os problemas coletivos e tentando passar à frente dos outros na solução do que nos interessa.
Somos egoístas e, muitas vezes, consideremos isso uma necessidade para sobreviver.
E a Páscoa?
E o renascimento?
Ele fica lindo nas encenações bíblicas, com roupas caras, que movimentam milhões com turismo nas cidades históricas.
Mas, isso é suficiente?

Nessa Sexta-feira Santa, a cena que aparece no vídeo abaixo nos fez pensar um bocado.
Motoristas e pedestres que passavam pela Avenida Brasil, em Juiz de Fora, seguiam para os compromissos deles alheios a um fato inusitado.
Um morador de rua se arriscou no meio do Rio Paraibuna, encontrando um banco de areia para tomar banho.

Ele não pôde se dar ao luxo de se preocupar com o mal-cheiro e a poluição da água, que recebe 100 milhões de litros de esgoto todos os dias.
Apenas queria se arrumar para um dia diferente.
Quem sabe, se ele estivesse mais limpo conseguiria mais esmolas na porta das igrejas?
Afinal, muita gente se livra dos pecados cometidos durante todo o ano sendo solidário em dias santos.

Registramos o flagrante com um nó na garganta.
Veja as imagens e faça o que nós fizemos: pare e pense no verdadeiro sentido da Páscoa.
A resposta pode deixá-lo incomodado, mas a reflexão vale a pena.
A “verdade que assombra”, o “descaso que condena”, como já dizia o Renato Russo.
Boa Páscoa!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Racismo em Muriaé

Do Interligado on line

Na manhã de terça-feira, militares foram acionados e compareceram a Penitenciária Manoel Martins Lisboa Júnior, onde o agente penitenciário Luiz Leandro relatou que estava de plantão na penitenciaria mencionada, momento que a autora chegou e pediu para conversar com um outro agente, o qual é seu amásio, sendo-lhe informada que o mesmo não se fazia presente. Aproveitando que um veiculo saia pelo portão principal do estabelecimento prisional, a autora adentrou, mas foi contida por alguns agentes, contudo, conseguiu agredir Luiz Leandro, causando-lhe escoriações.

Com a presença dos militares, a autora foi informada que estava presa e que deveria acompanhá-los; tendo a mesma dito que não os acompanharia e negou-se a fornecer seus dados, passando a chamar o agente penitenciário e o 2º Sargento Milson de macaco e nojentos, além de: “crioulo sobe em um degrauzinho e ficam nojentos, macacos”.
Diante dos fatos a Diretora da Penitenciária, Maria da consolação se prontificou acompanhar a autora até a delegacia, tendo ela se recusado.

Diante os fatos foi necessário uso de força física moderada para colocar a autora no interior da viatura policial, a qual tentou desengrenar a marcha e soltar o freio de mão, sendo assim necessário o uso de algemas para conter a mesma, além de morder e arranhar as mãos e braços do Sargento Milson, Soldado Valente e Cabo Joelmo, tornando a ofender o Sargento, dizendo para que não lhe segurasse por que ela não gostava de preto e não queria um macaco lhe encostando.

As vítimas foram para a 38ª DRPC, onde foi registrado Boletim de Ocorrência e a autora ficou internada e presa no hospital, onde por força de um Hábeas Corpus emitido na madrugada desta quarta-feira (8), foi liberada e vai responder em liberdade as acusações.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Roubo frustrado em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Por volta de quinze para as dez da manhã, o movimento era intenso na parte alta da rua Marechal Deodoro, no centro de Juiz de Fora.
Várias pessoas aguardavam na recepção de uma conservadora que presta serviços de zeladoria.
Dois homens tocaram o interfone, citaram o nome de um funcionário e disseram que queriam fazer uma ficha.
Eles entraram como clientes comuns.

Na recepção, um dos homens sacou um revólver, apontou para a cabeça de um homem que aguardava atendimento, anunciou o assalto e mandou todo mundo deitar no chão e ficar quieto.

Enquanto um dos bandidos vigiava os reféns, o outro ia até uma sala onde estavam três funcionários.
Também armado com revólver, ele exigiu o malote com dinheiro.
Ao saber que o funcionário responsável por ele já tinha ido para o banco, o bandido se revoltou, colocou a arma na cabeça de uma secretária e deu um tiro na parede.

Quando chegamos para cobrir o fato, o projétil ainda estava no chão e a funcionária estava chocada, chorando muito e mal conseguindo passar informações aos policiais militares.
Um jovem que trabalha na conservadora nos contou que os ladrões estavam bem informados e sabiam que hoje era dia de pagamento e que um malote com dinheiro seria manuseado.
Todos que ficaram de reféns dos criminosos disseram que eles estavam muito nervosos, que tremiam e gritavam muito.

Depois de perceber que o roubo tinha dado errado, os dois homens fizeram ameaças às vítimas e fugiram.
Testemunhas que acompanharam a saída dos ladrões armados contaram que eles entraram em dois carros, um Gol branco e outro cinza, e fugiram.
Pelo menos duas pessoas deram cobertura à tentativa frustrada de roubar o malote no dia do pagamento.
A Polícia Militar ouviu a descrição das vítimas e já tinha suspeitos.
As buscas foram feitas durante todo o dia.

Operação Semana Santa da Polícia Rodoviária Federal

Por Lima Correa

OPERAÇÃO SEMANA SANTA

1. Período da operação

– Início: 00:00 h de 09/04/2009, quinta-feira;
– Término: 24:00 h de 12/04/2009, domingo.

2. Objetivo:
Intensificar ações de policiamento e fiscalização de trânsito nas rodovias federais, coibindo as infrações de trânsito e os ilícitos penais visando à prevenção de acidentes e o aumento da segurança dos usuários das rodovias federais durante o feriado da Semana Santa.

3. Execução da operação:

 Durante o período em que durar a operação, a Delegacia PRF de Juiz de Fora contará com reforço de Policiais em todos os dias;
 Todas as viaturas operacionais, radares e etilômetros (bafômetros) em condições de uso serão empregadas na operação;
 Os etilômetros serão utilizados sempre que houver suspeita de condução de veículos por pessoas embriagadas e também em casos de acidentes, além de comandos específicos;
 O policiamento deverá priorizar a fiscalização de fatores que comprometam a segurança do trânsito, tais como: excesso de velocidade, consumo de bebidas alcoólicas, ultrapassagens indevidas, uso do cinto de segurança, infrações às regras de circulação em geral, transporte clandestino, condições de segurança dos veículos e equipamentos obrigatórios (sistema de iluminação e sinalização);

4. Restrição de trânsito: Cargas Excedentes

09/04/09 (quinta-feira): 16:00 às 22:00 horas;
10/04/09 (sexta-feira): 06:00 às 12:00 horas;
12/04/09 (domingo): 16:00 às 22:00 horas.

5. Pontos Críticos:

BR 040 – Serra da Mantiqueira: trecho sinuoso; curvas acentuadas;
Ewbanck da Câmara: Viaduto do Túnel (ponte após declive acentuado no sentido BH – RJ e afunilamento de pistas);
Trevo do município de Ewbanck da Câmara: curvas acentuadas;
Santos Dumont: curvas acentuadas e viadutos com estreitamento de pistas;
Barbacena: curvas acentuadas;

6. Quedas de Barreiras:

BR 040 - Km 655 _ Carandaí;

BR 267 – km 178 – Trevo de Olaria
km 29 - Argirita - obras de reformulação viária

7. Previsão de Aumento de Fluxo: superior a cinqüenta por cento.

8. Dicas:

CUIDADO COM O FIM DA VIAGEM

Em caso de chuvas:
• Acenda o farol baixo, pois além de melhorar a visão, o veículo de trás poderá se guiar melhor com as luzes traseiras e evitar uma colisão;
• Diminua a velocidade e mantenha distância de segurança do veículo à frente;
• Não freie bruscamente nem faça manobras perigosas;
• Quando acionar o pára-brisa, use-o com o esguichador;
• Se os vidros embaçarem, passe um pano limpo por dentro do carro. Não use as mãos, evitando a dispersão de gordura;
• Tente deixar os vidros uns dois dedos abertos para a circulação do ar. Ligue o ventilador ou ar-condicionado. Se os vidros já estiverem embaçados, ligue o ar quente;
• Se achar aconselhável parar o veículo, procure um lugar seguro, fora da rodovia, devendo o acostamento ser utilizado somente em caso de emergência.

9. - Considerações Finais:

Em caso de acidentes, entre em contato com a Polícia Rodoviária Federal, através dos números 191 ou 3257 0933.

DEMONSTRATIVO DE ACIDENTES – OPERAÇÃO SEMANA SANTA / 2007

2007 (05 A 08/ABRIL) - Nº ACIDENTES 25 - Nº FERIDOS 08 - Nº MORTOS 01
2008 (20 A 23/MARÇO) - Nº ACIDENTES 25 - Nº FERIDOS 08 - Nº MORTOS 01

Temporal alaga principal avenida de Juiz de Fora

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pai e filha morrem em incêndio em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

O caso surpreendeu todo mundo. Na manhã desse domingo, os bombeiros de Juiz de Fora foram chamados por moradores da rua Monsenhor Gustavo Freire, entre os bairros São Mateus e Dom Bosco, na região central da cidade.
Os vizinhos contaram que acordaram cedo e sentiram cheiro de fumaça. Ao ver fumaça saindo da última casa da vila, eles foram até lá e notaram o fogo.

Os bombeiros chegaram e foram rápidos para controlar as chamas. Eles subiram um escadão com as mangueiras até chegar ao imóvel pequeno. Só depois que o fogo e a fumaça estavam sob controle, ficou claro que tudo tinha sido destruído. A kitnet fica no alto de um aglomerado de moradias. Em baixo, há um prédio e atrás há várias kitnetes encravadas no barranco.

Os vizinhos estavam preocupados, pois um homem de 59 anos e a filha dele, de 9 anos, moravam sozinhos no local. Assim que o incêndio foi controlado, os bombeiros entraram na moradia procurando por vítimas. Os dois moradores estavam caídos no chão do quarto. Os corpos foram carbonizados junto com os móveis e os poucos objetos que havia no local. Ainda não dá para saber a causa do fogo, nem se as vítimas morreram asfixiadas com a fumaça ou queimadas tentando fugir.

O local passou por perícia técnica da Polícia Civil.
As investigações vão ser feitas e devem apontar as causas das mortes e também do incêndio.
Os bombeiros dão dicas de segurança, em especial nessa semana. Como muitas pessoas têm hábito de acender velas em casa na Semana Santa, é bom tomar cuidado. Acenda sempre num pires ou prato com água. De preferência, maior do que a vela. Assim, se ela cair, não vai atingir móveis e tecidos em volta. Nunca coloque velas sobre panos de altares ou perto de cortinas e toalhas.

Homicídio em Muriaé

Do Jornal de Muriaé on Line

Foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (06), nos fundos de uma casa na rua Wanderley Cardoso de Melo, bairro Cardoso de Melo, em Muriaé, o corpo do vendedor de medicamentos naturais Giovani Trambaioli da Silva, de 48 anos.
A vítima foi encontrada por um pedreiro que chegou para trabalhar por volta das 7 horas da manhã.
O corpo estava enrolado em um cobertor dentro de um buraco onde seria levantada uma coluna, de cerca de 1,5 metro, no local onde seria construída uma varanda.

Segundo a polícia militar, a vítima estava dormindo dentro de sua casa, em um colchão no chão, e com a porta apenas encostada, assim como costumava fazer todos os dias.
Os bandidos teriam entrado pelos fundos da casa e golpeado a vítima com um pedaço de eucalipto, recolhido no local, de cerca de 40 cm de comprimento, que estava com marcas de sangue.

Familiares da vítima acreditam que os criminosos levaram dinheiro da vítima.
A casa estava revirada, levando a policial a crer que o crime foi latrocínio, roubo seguido de morte.
O buraco onde estava o corpo fica cerca de 6 metros do local onde Giovani dormia.
A perícia técnica da Polícia Civil realizou levantamentos no local e colheu impressões digitais. A vítima apresentava ferimentos nas duas mãos e na cabeça. O corpo foi recolhido para o IML, onde novos exames foram realizados.

domingo, 5 de abril de 2009

Campeonato Mineiro - Cruzeiro goleia o Tupi em Juiz de Fora

Por Robson Rocha

Domingão e começamos a trabalhar às seis da manhã, para fazer matéria sobre Domingo de Ramos. Depois, chegamos atrasados em um incêndio e não pegamos nem cinzas.
Almoçamos e fomos direto para o estádio municipal de Juiz de Fora, o Radialista Mário Helênio, onde Tupi e Cruzeiro iam disputar o segundo jogo das oitavas de final.
O Tupi precisava ganhar por dois gols de diferença.

Logo que chegamos, encontramos com o Dudu, Eduardo Monsanto, que estava gravando um quadro para seu programa na ESPN com Ivan Costa, radialista da Rádio Globo e um ícone do jornalismo esportivo em Juiz de Fora.
Aproveitamos para bater um papo e colocar a conversa em dia. Afinal de contas, o jogo ainda ia demorar a começar.
Na foto, Monsanto, Michele, Ricardo Vagner e nosso estagiário, Daniel Torres.

Preparamos e deixamos tudo pronto para o inicio do jogo.
A partida seria difícil para o Tupi.
Imaginávamos que ganhar do Cruzeiro era difícil, porém um empate era um resultado digno.
A Michele foi e gravou com o Daniel entrevistas com os torcedores dos dois times.
Isso, porque eu teria que gravar todo o jogo da cabine.

A torcida do Cruzeiro lotou a parte destinada a eles e fez muito barulho.
Além dos torcedores de Belo Horizonte e Juiz de Fora, os cruzeirenses vieram de várias cidades da região.
As faixas foram espalhadas pelo estádio.
O espaço reservado aos torcedores visitantes não foi suficiente e os policiais militares tiveram que ampliar a área.

Enquanto isso, a torcida do Tupi ocupou o restante do estádio e também fez muita festa.
O “puxadinho”, como chamamos na imprensa a cobertura parcial do estádio, não nos deixa ver toda a arquibancada e as cadeiras, por isso, a gente só via a parte da torcida que estava a nossa frente.

O jogo começou e, aos 45 segundos, o Tupi se safou, pois a torcida cruzeirense pediu pênalti, mas o juiz marcou falta.
O Tupi tentou, mas aos 29 do primeiro tempo o ataque do Cruzeiro foi parado com falta pelo goleiro Gonçalves. Aí, Kleber bateu e marcou.

O primeiro tempo terminou e até que o resultado, diante do poderoso Cruzeiro, não era dos piores.
A Carla Detoni, que trabalha na comunicação da TV, apareceu por lá. Ela estava fazendo um trabalho para seu curso na UFJF.
Ela, o Daniel e a Michele aproveitaram o intervalo para discutir os problemas do time do Tupi.
Acho que não chegaram a nenhuma conclusão.

O segundo tempo começou e a única coisa boa que aconteceu foi que a Olivia Freitas, que trabalhou com a gente na TV, apareceu na cabine.
Ela estava em Ubá para comemorar seu aniversário, no sábado, e trouxe os pais para assistir ao jogo no municipal.

A Olivia foi apresentadora do Jornal da Alterosa Edição Regional.
Depois, ela casou com o Dudu e foi trabalhar na Rede TV!, em São Paulo.
O encontro foi rápido, mas ela e a Michele conseguiram bater um bom papo.
Como eu não podia tirar os olhos do jogo, só ouvia o tititi.

Mas, voltando à partida, o segundo tempo foi um massacre.
O time do Cruzeiro atropelou o galinho carijó.
Logo aos nove minutos, Kleber marcou o segundo gol.
Aos 18 minutos, Ramires arrancou com a bola e fez o terceiro.
Se parecia terrível, a coisa piorou. Aos 21, Fabrício fez o quarto.

Aos 24 e pouco, Fabrício fez mais um, só que dessa vez, jogou contra o próprio gol.
4 a 1.
Aos 27, Hugo cobrou falta da intermediaria e marcou um golaço.
Jogou a bola no ângulo e o goleiro Fabio não conseguiu nem tocar na bola.
A torcida acreditou no embalo carijó e começou a empurrar o time.
Mas, dois minutos depois, o galo tropeçou e Kleber marcou o terceiro gol dele no jogo e quinto da Raposa.
Nessa altura, parte da torcida do Tupi já tinha ido embora e o jogo perdeu a emoção.
O Cruzeiro passou a administrar o resultado e eu, com medo de dormir em cima da câmera.

O Cruzeiro teve gol anulado, pediu pênalti em outro lance.
Mas, como o dia era da raposa, aos 42 Ramires marcou mais um e aos 46 Marquinhos Paraná jogou a última pá de terra sobre o já morto time do Tupi.
Por mais pessimista que eu fosse, não dava para imaginar um resultado desses.
Não me lembro, em meus vinte anos de profissão, de ter gravado um jogo do Tupi, em que a equipe carijó fosse tão humilhada.