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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Nova sede da Polícia Federal e Tortura contra animais

Por Robson Rocha

Hoje, foi um daqueles dias tranqüilos. Tranqüilo até demais. Cheguei na TV com a esperança de trocar minha câmera que vai para a manutenção. Mas, o caminhão da transportadora quebrou na estrada e pelo visto deve chegar amanha. Peguei minha DXC-637, velha companheira e fomos trabalhar. A primeira pauta seria sobre a visita do chefão da Policia Federal a Juiz de Fora. O Diretor Geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, está visitando todas as unidades da PF no Brasil.

Fomos direto para a sede da Policia Federal na avenida Brasil. Quando chegamos lá, nos avisaram que a entrevista seria no local da futura sede da Policia Federal em Juiz de Fora, no bairro Mariano Procópio. Aproveitei e garanti algumas imagens da visita e os bate-papos com os policiais. A visita faz parte do projeto Direção Itinerante, que busca a descentralização das ações operacionais e promove discussões para melhoria dos trabalhos e do planejamento em todo o pais.

Como eu estava do lado de fora, a tela da cerca atrapalhou um pouco as imagens, mas deu para registrar parte da visita. Em Minas Gerais, são 683 policiais em 6 delegacias regionais e na superintendência em Belo Horizonte. Como eles estavam demorando a sair e o sol estava quente, a Michele e eu decidimos ir para a nova sede, onde seria a entrevista coletiva.

Não sei se a idéia foi das melhores, pois também não havia nenhuma sombra para colocar o carro e nem pra gente ficar. Aos poucos, a galera da imprensa começou a chegar, o jeito foi todo mundo ficar no sol.O calor pegando e a sede aumentando. Isso, sem se esquecer que o Murphy deve adorar a imprensa, porque em situações como essa, nunca há um bar por perto.Afinal, a Lei de Murphy é garantida: se algo pode dar errado, vai dar!

Depois de uma longa espera, encostados no muro da linha férrea, os delegados chegaram à nova sede.Aí, autorizaram a nossa entrada, mas água que era bom, nada! Minha boca estava tão seca que estava difícil até para falar. Enquanto isso, a visita continuava. Na verdade, o local tem um monte de galpões abandonados que serão reformados para receber a futura delegacia Regional da Polícia Federal.

O único prédio já recuperado foi apresentado.
Nele, vão funcionar as novas instalações da perícia da polícia Federal.
Do lado de dentro, era muita gente e os corredores estreitos.
Com isso, imprensa e policiais se espremiam.

Como não havia espaço para a entrevista coletiva do lado de dentro do prédio, as entrevistas foram gravadas do lado de fora.
Lembra do sol?
Pois é, a primeira providencia foi encaminhar os entrevistados para uma área com sombra.

Na entrevista o diretor geral da polícia federal avaliou positivamente as visitas.
Isso, além de afirmar que hoje a polícia federal está bem equipada.Armamento, carros e ferramentas para as investigações.Mas, disse que a PF precisa de imóveis próprios, uma vez que a maioria é alugada e adaptada para o serviço.

Já o delegado regional da Polícia Federal, Cláudio Nogueira, afirmou que, com o projeto da nova sede concluído, Juiz de Fora deve se tornar referencia na região Sudeste.
Ainda mais com a Copa de 2014 e a possibilidade da Olimpíada de 2016 no Rio.
Juiz de Fora pode se tornar base para as operações da PF.

Finalizadas as entrevistas, os policiais se reuniram a porta fechada e a turma da imprensa se espalhou.O Schubert e o Joarle do JF, aproveitaram e registraram tudo o que podiam.Dali, seguimos direto para a TV, senão não daria tempo para editar o material e tínhamos entradas ao vivo no Jornal da Alterosa Edição Regional.

Chegando na TV, já estava tudo pronto para a entrada ao vivo.
O Thiago, nosso técnico, assoviava e chupava cana.
Quer dizer, montou todo o equipamento e fazia os testes, de áudio e de vídeo.
Tudo isso sem perder o bom humor.

O tema da entrevista ao vivo era maus tratos contra animais, uma matéria que gravamos há alguns dias e foi exibida antes da entrevista.
Na matéria, foi mostrado o caso de Lindinha, uma cadela mestiça de pitbull, que teria sido morta por um vizinho da proprietária da cadela.
Lindinha tinha 4 anos e esperava 8 filhotinhos.

Os donos da cadela desconfiam que o vizinho tenha envenenado o animal com chumbinho na noite de domingo.
Isso, além de ter atirado na cachorra por ela invadir seu terreno.
No local foi difícil gravar essa matéria.Isso, porque ninguém queria aparecer e nem o local eu podia mostrar.

Como a área é de sítios, só havia uma estrada de chão e mato.
Até foi fácil não mostrar as casas.
Porém, as entrevistas foram mais complicadas.
O único jeito foi usar o vidro traseiro do carro que estava empoeirado da estrada para esconder os entrevistados.

O caso está na delegacia de Polícia Civil de Matias Barbosa.
O delegado Luiz Puzziol não quis gravar entrevista, mas disse que está aguardando complementação das informações para lavrar um TCO (Termo Circuntancial de Ocorrência).

Na entrevista ao vivo, a representante da SAPA, Sociedade dos Amigos e Protetores dos Animais, Meyre Moreira falou sobre os casos recentes de maus tratos.
Vendo a matéria, a Meyre se emocionou.
Na entrevista ela disse que essa violência é um absurdo e os integrantes da Sociedade estão cobrando das autoridades mais rigor na punição.
Mas, lembrou que infelizmente as leis contra esses crimes são brandas no Brasil.

domingo, 26 de julho de 2009

Maus-tratos em Juiz de Fora - o outro lado da história

No dia 30 de junho desta ano, postamos um texto que citava um caso de suspeita de maus tratos no bairro São Judas Tadeu.
Hoje, uma das filhas da médica que foi denunciada pelo Conselho Tutelar como responsável pelos maus-tratos contra filhos adotivos nos enviou um texto que postamos abaixo.
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Por M.A.

A respeito do comentário feito por vocês no blog Notícias Fora do Ar (30-06-09 Notícias dessa terça):
Já pensaram na possibilidade da menina estar assustada e com medo por nunca antes ter sido retirada de perto de seus familiares e por isso precisar de tempo para se adaptar a nova situação?
Quanto aos vômitos, os adolescentes têm compulsão alimentar o que faz com que nunca se sintam saciados, por isso, quando estão muito "cheios", por comerem demais costumam vomitar ou regurgitar e se ninguém estiver cuidando, comem o próprio vômito, inclusive dividindo-o entre eles.
Roubam comida se tiverem oportunidade e também a ração dos cachorros.
Um deles, quando indagado porque conta para as pessoas que come ração porque a mamãe manda e não porque rouba, respondeu: "Não conto porque as pessoas vão achar que eu sou bandido".
Acredito que dizem que minha minha mãe manda comer o próprio vômito, porque se disserem que comem escondido por vontade própria, vão achar que eles são...
Acredito que vocês entendam que é um assusto muito delicado para ser discutido em público, já que a privacidade dos adolescentes deve ser preservada em primeiro lugar, mas ao mesmo tempo, tentando desmanchar a idéia totalmente errada que vocês estão formando de nossa família, é que estou esclarecendo este detalhe do quadro dos adolescentes.
O mais interessante ainda é que, apesar do sensacionalismo da imprensa na época, os maus tratos não foram confirmados por nenhum relatório das autoridades, muito pelo contrário, temos cópias de relatórios feitos pelo Conselho Tutelar que considerando o tempo de acompanhamento da família em diversas visitas familiares, sempre apresentou parecer favorável, inclusive enfatizando laços de afetividade bastante evidentes entre mãe e filhos. Por que agora tudo se repete?

Sabemos que o Conselho Tutelar somente está legalmente autorizado a aplicar medida protetiva de abrigo quando constatado situações extremas e emergenciais.
Um banho de mangueira dado por volta das 10h da manhã, um almoço de domingo que ainda não havia sido dado às 14h é situação de risco para os adolescentes?
Será que o Conselho Tutelar não confia na justiça que até então não conseguiu provar, em cinco anos, nenhuma das acusações por eles recebidas anonimamente?
Será que o Conselho Tutelar não acredita nos seus próprios boletins entregues à justiça após meses de acompanhamento de nossa família?
Concluímos que o Conselho Tutelar apenas acredita em relatos de vizinhas maldosas e apenas baseadas nestes relatos, retira de seu lar adolescentes portadores de deficiência (com 15 e 18 anos) sem condições de sobrevivência por seus próprios meios.

sábado, 25 de julho de 2009

De enterro a Festa Julina – Fim de semana de repórter

Por Michele Pacheco

Sabe aqueles dias em que o despertador toca e você gostaria dele estar errado?
Em que tudo o que mais queria era de se enfiar debaixo dos cobertores, virar para o lado e sonhar com os anjinhos?
Pois hoje foi um desses dias!
Olhei pela janela, vi a chuva, senti o vento frio e deu vontade de chorar!
Mas, tínhamos que cobrir o enterro do taxista assassinado nessa sexta-feira, na Cidade Alta, em Juiz de Fora.


Eu odeio enterros!
Acho que é um péssimo momento para a imprensa registrar os fatos.
Os parentes e os amigos estão sofrendo, se despedindo de alguém querido e lá estão microfones e câmeras.
Até enterrar o meu pai, há dois meses, eu não tinha sentido na pele o quanto é doloroso o velório e o último minuto.
Agora, respeito ainda mais a privacidade dos outros nessa situação.
O Mauro Emílio Olímpio Moreira, 28 anos, deixou mulher e uma filhinha de seis meses.
A família estava revoltada e arrasada.
Depois de conversar com alguns parentes, consegui uma foto do taxista e voltamos à TV para deixar o material.

Seguimos então para a segunda pauta. Uma moradora da zona norte de Juiz de Fora ligou pela manhã para a nossa editora, Elisângela Baptista. Muito assustada, a mulher disse que a televisão dela tinha explodido e que o apartamento estava todo destruído. A Lili nos pediu para ir logo para o bairro Encosta do Sol.


Chegamos lá debaixo de um temporal.
Olhei de um lado para o outro procurando o número indicado e comentei que só faltava a gente ter que descer um escadão debaixo do temporal. O Robson ficou horrorizado. É que, em geral, eu falo e as coisas acontecem. Claro que só as coisas que ele não quer que aconteçam. Sabe aquela coisa de “Lei de Murphy”? Se algo tiver que dar errado, vai dar?

O alívio veio ao vermos que o número procurado era de uma casa no nível da rua.
Eu já sorria satisfeita e aliviada, quando notei um escadão ao lado.
Até arrepiei!
Ohei de lado para o Robson e ele começava a ficar vermelho.
Achei melhor ligar para a moradora e confirmar.
Ela me disse que era só descer.
Ah, não seria tão difícil!
Mais uma vez, falei cedo demais!
Tivemos que descer uns sessenta degraus, debaixo de chuva, patinando no limo.
O apartamento dela era no fundo do barranco!

Quando perguntamos sobre que fenômeno tinha feito a TV explodir, a mulher explicou que não sabia direito.

Ela tinha deixado uma vela acesa por algumas horas, enquanto dava umas voltas com os dois filhos.
Quando voltou, viu fumaça por toda parte e chamou os bombeiros.
É o tipo de distração que pode acabar mal.

O apartamento estava todo preto, mal entrava luz, o tipo de ambiente que irrita qualquer cinegrafista.
Olhei para o meu marido, ensopado e calado.
Juro que, mesmo sem luz, eu enxerguei as faces ficando avermelhadas e o olhar fatal para mim.
Gravei rápido com a entrevistada e voltamos debaixo de chuva, escadaria a cima.

Defumados, com as roupas cheirando a uma mistura de cachorro molhado e carvão, fomos almoçar.
O sábado estava prometendo!
A pauta seguinte foi tranqüila, no Mercado Municipal.
Gravamos o material para o quadro Feira Livre desta segunda-feira.
Lá dentro pelo menos a chuva não nos incomodou.

Mas, do lado de fora estava a nossa quarta pauta do dia: o concurso de quadrilha do XII Arraiá da cidade.
A chuva diminuiu e ficou só uma garoa.
Aos poucos, ela parou e os organizadores correram para montar tudo antes que o tempo piorasse.

A praça Antônio Carlos ficou toda colorida com bandeirinhas e barracas.
O evento é bem legal e ajuda a divulgar a cultura popular.
Neste ano, foram inscritos sete grupos de quadrilha de juiz de Fora, Santos Dumont, Coronel Pacheco e Muriaé.

Hoje, eles se apresentaram e os jurados observaram cada detalhe para escolher os quatro finalistas que vão disputar o prêmio de R$ 600,00 para o primeiro lugar.
A chuva recomeçou logo na primeira apresentação.
Mas, os dançarinos nem pareciam notar.
Estavam alegres e se divertiam bastante.

O Robson já estava com um humor melhor e aproveitou para fazer pose ao lado do cavalo que decorava o coreto da praça.
Esse ar satisfeito é porque ele encontrou um lugar seco para fazer as imagens, fugindo da chuva.
Ficamos com o júri, num ponto de vista privilegiada e, o melhor, bem sequinho.

O Fernando Priamo, da Tribuna de Minas, notou as vantagens do posto escolhido pelo Robson e foi correndo para lá.
Ele se meteu pelos cantos da decoração do coreto em busca de um ângulo diferente da quadrilha.
Saiu satisfeito e foi se alojar no outro palco montado na praça.

Logo depois apareceu o João Schubert, do JF Hoje.
Ele também ralou um bocado nesse sábado.
Com o capricho de sempre, avaliou cada ângulo possível, virou de um lado para o outro até se sentir satisfeito com o resultado.
Pena que nossa máquina fotográfica anda pifando na hora errada e nos deixou na mão.
Perdemos bons flagrantes do contorcionismo e das caras e bocas o Schubert trabalhando.
Fica para a próxima.

Para terminar um dia gelado de trabalho, nos aquecemos com um bom bate-papo nos intervalos das apresentações.
O Humberto Nicolline, fotógrafo da prefeitura, nos fez rir um bocado com as piadas que contou.
Ele foi um dos que não resistiram às delícias servidas nas barracas de alimentos do XII Arraia da Cidade.
Encarou uma bela cumbuca de canjica.
Pelo jeito satisfeito, além de gostosa, ela estava quente a ajudou a espantar o frio.
Enquanto ele aproveitava o restante da festa, nós voltamos para a TV, para não estourar muito o nosso horário.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Crimes violentos em Juiz de Fora

Por Robson Rocha

Nessa sexta-feira, a Michele e eu trocamos nosso horário e trabalhamos na parte da manhã, para terminar de produzir uma matéria que deve ir ao ar na quarta-feira da próxima semana.
Logo cedo, alguns policiais nos ligaram para avisar de um latrocínio na Cidade Alta.
Mas, o horário era do Evandro e do Fagundes e eles fizeram a matéria.
Nós tínhamos que rodar e gravar nosso material. No final, ficou faltando a especialista em Recursos Humanos que está em São Paulo.

No final da tarde, a Michele tinha que fazer alguns trabalhos de um curso que está fazendo e eu fiquei aguardando para gravar uma manifestação às cinco e meia da tarde, pela morte do estudante Gilcimar Cruz de Rezende, 15 anos, espancado após sair de uma festa.
Quem foi comigo foi a Carla Detoni.
Ela foi para treinar trabalhar na rua.
Recém formada, ela foi contratada como produtora e é um “coringa” dentro do departamento.

Gravamos entrevistas com os pais do estudante que estão inconformados com o crime e esperam que a justiça seja feita.
Eles têm medo de que, por serem pobres, o final do caso demore muito ou que ninguém seja punido pelo crime.
Parentes e amigos carregavam faixas de protesto.

A Carla tentava escrever o texto, quando ouvimos buzinas.
Eram os taxistas protestando pela morte de Mauro Emílio Olímpio Moreira, 28 anos.
Moradores teriam visto o táxi Fiat Siena abandonado e o motorista morto no banco de trás do veículo no Bairro Vina Del Mar, na Cidade Alta, próximo à BR-040.
Ele teria sido morto ao reagir ao assalto. O bandido fugiu deixando 170 reais na mão da vitima.

Como a manifestação de amigos e parentes do Gilcimar ainda estava sendo organizada, fomos gravar com os taxistas que pararam a avenida Rio Branco.
Cerca de cinqüenta taxis foram parados a partir da esquina da rua Halfeld, no coração de Juiz de Fora.
Em principio, eles fizeram um buzinaço.
Mas, depois eles desceram dos carros.

Gravamos entrevistas com alguns motoristas que reclamaram das poucas operações da PM.
Segundo eles, se a Policia Militar parasse os taxis nos postos policiais, as chances de acontecer crimes como esse seriam menores.
Outros reclamaram que durante a madrugada só encontram policiais na região central e que os bairros parecem abandonados.

Logo depois, os motoristas se reuniram na pista lateral (sentido Manoel Honório – Bom Pastor) e rezaram.
Depois, voltaram aos carros e seguiram em direção ao Cemitério Municipal, onde fariam novos protestos.
Aproveitamos para gravar um encerramento para a matéria.
No início, a Carla ficou com medo de ficar no meio da pista.
Mas, depois ela se acalmou e gravou muito bem.
Achei até que ela fosse fechar a matéria.

Já os manifestantes do caso Gilcimar, tinham ido embora.
Dali, seguimos direto para uma apreensão de mais de quinhentas pedras de crack.
O caso já estava na 7ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha.
Gravamos com o tenente Demetrios Xavier e ele explicou que tudo começou com uma denúncia anônima.
A partir daí o serviço de inteligência começou a monitorar o local, que seria um ponto de venda de drogas.
Nessa sexta-feira, em cumprimento de um mandado de busca e apreensão, dez policias militares do 27º Batalhão foram até a rua Azul, no bairro Milho Branco onde apreenderam 568 pedras de crack e R$1.115,00.

Duas pessoas foram conduzidas.
Uma seria usuária e estaria comprando drogas no momento em que a policia chegou.
A outra pessoa, uma mulher de 34 anos, seria a moradora da casa onde a droga foi encontrada.
O flagrante dela foi ratificado e ela foi conduzida para a penitenciaria.

Dali, meu destino foi deixar o material na TV e buscar a Michele na UFJF.
Quando estava aguardando a saída dela, o celular tocou.
Era um amigo que trabalha na TV. Ele explicou que bateram no carro dele e estava seguindo o tal carro, pois o motorista tinha fugido. Ligou para o 190 e disseram a ele que o trânsito só tinha duas viaturas e não havia como atendê-lo naquele momento.

Disse ao meu amigo que não tinha o que fazer, pois outro dia estava na porta da delegacia quando no radio de um carro da PM ouvi uma comunicação.
Uma moto da PM ia abastecer e tinha direito a apenas cinco litros de combustível.
Aí, descobri. A ordem é que as viaturas fiquem paradas em pontos estratégicos para que a população tenha a sensação de segurança. Mas, na verdade, elas não têm combustível para ficar rodando. São apenas vinte litros por carro.

Já a companhia de transito costuma ter por turno um carro e duas motos para atender uma cidade que tem mais de 130 mil veículos.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Apreensão de caça-níqueis em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

A Polícia Militar recebeu uma denúncia de dois pontos de jogo ilegal em Juiz de Fora.
As investigações confirmaram que numa loja na rua Halfeld e num apartamento na Avenida Rio Branco havia equipamentos irregulares.
Uma equipe a Força de Deslocamento Rápido da Polícia Militar agiu em conjunto com o serviço de inteligência da PM.

Hoje, no início da tarde, policiais à paisana foram aos locais e constataram a irregularidade. Policiais fardados entraram em ação.
Eles abordaram quem estava jogando e trabalhando nos dois locais no centro da cidade.
As máquinas foram lacradas e apreendidas.

O que chamou mais a atenção dos policiais foi o segundo ponto vistoriado.
Num condomínio residencial na avenida mais movimentada da cidade, nada indicava que um dos apartamentos tinha sido transformado em ponto de jogo ilegal.
Do lado de fora, não há qualquer indício.
Mas, entrando no apartamento, a gente observa que a primeira sala está vazia.
Outros quatro cômodos estão cheios com o equipamento.

São três quartos e a cozinha.
Os policiais chamaram atenção para o fato das máquinas serem de tamanho pequeno ou médio. "Antes, eles usavam as máquinas grandes, com aqueles consoles.
Agora, para facilitar a instalação e o transporte, estão adotando um equipamento mais portátil.
Assim, quando a polícia está na pista dos donos e gerentes do jogo, eles se mudam rápido, para despistar" explicou o Subtenente Colares, responsável pela operação.

Outro fato curioso é o empenho dos envolvidos com os caça-níqueis em facilitar o pagamento.
Os clientes podem usar dinheiro, cheques ou cartões.
No apartamento foram apreendidos R$1390,00, dois cheques de bancos diferentes e duas máquinas de débito automático e cartão de crédito.
Três pessoas que estavam no local jogando foram detidas e encaminhadas à 7a Delegacia Regional de Polícia Civil.