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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Casa desaba em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Por volta de duas da tarde, os bombeiros e a Defesa Civil foram chamados por moradores do bairro Vila Ideal, zona sul de Juiz de Fora.
No local, as equipes encontraram escombros espalhados pela calçada e descobriram que uma obra tinha desabado.
Seis homens trabalhavam enchendo uma laje, quando o peso excessivo comprometeu a estrutura.

A obra de dois andares desmoronou e todo o alicerce se perdeu junto com o concreto que tinha acabado de ser colocado na segunda laje.
Os moradores contaram que ouviram um estrondo e se assustaram ao ver tudo no chão.
Um mecânico que trabalhava no local contou que estavam todos na parte de cima do terreno, quando ouviram alguns estalos.
Com medo de desabamento, eles deixaram a construção.

Duas casas vizinhas foram prejudicadas.
Numa delas, o muro desabou e a cobertura de telhas de um corredor foi arrancada.
Os moradores contaram que vinham tendo problemas com a obra há algum tempo.
A construção de dois andares começou há nove meses.
A entrada da casa ficou cheia de entulho.

Do outro lado, mais problemas.
Um viga tombou em cima do muro da outra casa vizinha.
A janela do quarto da moradora, de 66 anos, foi quebrada.
Ela estava sozinha na hora do desabamento e levou muito susto.
A filha estava preocupada em como tirar a mãe idosa e com problemas de locomoção, já que a passagem mais fácil, sem degraus íngremes, estava impedida com os restos da obra.

Segundo a Defesa Civil, a construção era irregular e não tinha acompanhamento de um engenheiro responsável.
A equipe vistoriou os imóveis atingidos e fez um levantamento dos prejuízos e dos riscos para cada moradia.
Até que os escombros do desabamento sejam removidos, os moradores foram orientados a não ficar nas casas.

domingo, 11 de julho de 2010

PM prende suspeitos de tráfico em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Policiais e jornalistas têm que estar sempre atentos a tudo ao redor.
Um detalhe pode render uma prisão ou uma boa reportagem.
Por volta das 13h45 de hoje, durante patrulhamento pelo trevo do bairro Igrejinha, zona norte de Juiz de Fora, uma equipe da Rotam, comandada pelo Sargento Lucas, notou um Santana de cor prata, com três ocupantes, o qual chamou a atenção dos pms.
Um deles lembrou que havia informações de que um indivíduo daquela localidade estava fazendo trafico de drogas naquela região e tinha um veículo com aquelas característica.

Sem perder tempo, a equipe abordou os suspeitos.
Eles foram submetidos a busca.
No veículo foi encontrado, aproximadamente 300 gramas de cocaína, 53 pedras de crack, uma bucha com fragmentos também de crack, 04 celulares, 05 chips de celulares OI, 02 cartões de
memória, 01 balança eletrônica de precisão e 01 Auto rádio CD.
Cristiano Gomes da Silva, de 37 anos, já cumpriu pena por infringir o Art. 33 da Lei de tráfico de drogas e ainda por tentativa de homicídio.
Ele deixou a cadeia há 2 meses.

Moradores contaram aos policiais militares que Cristiano refinava e traficava a droga na casa da namorada, que mora em igrejinha.
A casa dela foi vistoriada e os pms encontraram duas buchas de maconha, 01 rádio e 85 mídias diversas.
Foram presos além de Cristiano, Huerlei Alencar de Oliveira, de 31 anos, Paulo Cesar da Silva, de 38 anos, e Ana Carolina Ávila Severino, de 19 anos, sendo todos apresentados na 7a Delegacia de Polícia, onde o flagrante por tráfico de entorpecentes foi confirmado.

sábado, 10 de julho de 2010

Acidente com ônibus de evangélicos na BR 267

Por Michele Pacheco

Parecia um sábado tranquilo de trabalho.
Mas passando na porta do 4o Batalhão de Bombeiros Militar, notamos que havia poucas viaturas paradas.
Achando estranho, ligamos para uma fonte e depois para o Cobom e descobrimos que várias equipes estavam na estrada.
O acidente foi no distrito de Tebas, município de Leopoldina.

O ônibus da Brasil Turismo foi fretado por evangélicos da Igreja Mundial do Poder de Deus.
Eles saíram de Juiz de Fora e foram a Cataguases participar de um evento religioso chamado "Grande Concentração de Milagres", que reuniu em torno de 30 mil pessoas.
O grupo deixou a cidade às 13h e voltava para casa, quando ocorreu o acidente.
O motorista perdeu o controle da direção depois de uma curva e saiu da pista.

O veículo tombou num barranco e parou com a lateral para cima.
Os passageiros foram jogados de um lado para o outro e caíram por cima dos companheiros.
O desespero foi grande, segundo as vítimas.
Um técnica de enfermagem contou que saiu sem ferimentos porque estava sentada do lado que ficou na terra.
Ela viu quem estava nas poltronas que ficaram no ar ser jogado com violência para baixo em posições complicadas.

Outro passageiro contou que muita gente bateu a cabeça.
Como a viagem foi logo após o almoço, a maioria dos viajantes estava sonolenta e distraída.
Com o impacto, todos se assustaram.
A versão dos passageiros é de que o motorista tirou o veículo da estrada ao ver uma carreta vindo no sentido contrário e invadindo a contramão.

A Polícia Rodoviária Federal apura essas informações e reconhece que vai ser muito difícil localizar o caminhoneiro que provocou o acidente e fugiu sem prestar socorro.
Não há qualquer relato sobre a placa do veículo e outros detalhes que possam ajudar na investigação.
Segundo os policiais, duas pessoas morreram no acidente.

Na Casa de Caridade Leopoldinense, um funcionário do Pronto Socorro conferiu a lista das vítimas atendidas lá e contou que foram 40 entradas relacionadas ao mesmo acidente.
Com outros funcionários, bombeiros e policiais militares e rodoviários confirmamos que foram duas mortes e que uma mulher teve que ser operada por suspeita de hemorragia abdominal.
Outros dois pacientes aguardavam retorno médico para saber se seriam transferidos para Juiz de Fora.
Os bombeiros contaram ter transportado um dos pacientes para a cidade.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Suicida paralisa Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Por volta de seis da tarde, quem passava pelo centro de Juiz de Fora
não entendia por que o trânsito estava tão complicado.
O fluxo de veículos era desviado por agentes de trânsito para a Avenida dos Andradas e a Avenida Brasil.
Os ônibus não estavam parando em vários pontos da área central.
O Mergulhão, na Avenida Rio Branco, foi interditado nas três pistas.

Olhando com mais atenção para o movimento de policiais e bombeiros, os curiosos começaram a entender o que estava ocorrendo.
Um suicida se sentiu no direito de prejudicar a cidade inteira.
Quem não tinha como passar se aglomerou por lá mesmo.

Em torno da área isolada pelos policiais militares, uma multidão se
formou.
A cada minuto que passava, mais gente aparecia querendo saber o que estava havendo.
O número de policiais e bombeiros chamava a atenção.
Eles se esforçavam para garantir um ambiente o mais tranquilo possível para negociar e salvar a vida do rapaz.

Equipes da 3a Companhia de Missões Especiais, da 30a Companhia e do 4a Batalhão de Bombeiros Militar se dividiam em pontos estratégicos do Mergulhão para acompanhar as ações do jovem.
Tentando ignorar os comentários dos curiosos e a impaciência de quem estava sendo prejudicao, os profissionais se concentraram em salvar aquela vida ameaçada.

Os jornalistas se espremiam entre os carros para não serem vistos
pelo rapaz.
O engraçado é que o sujeito que se pendurou no Mergulhão ameaçando pular estava incomodado com a atenção que chamou.
Chegou a reclamar com os policiais que todo mundo estava olhando para ele.
Oras, se você transforma seus problemas pessoais em transtorno para uma cidade de 600 mil habitantes, deve saber que vai virar centro das atenções.

O pedreiro de 27 anos sentou num dos vãos da trincheira no início
da noite.
Ele ameaçava se matar.
O detalhe interessante é que o vão tem apenas 4,5 metros.
O mais provável seria ele cair e fraturar as pernas, dando trabalho para a família dele, em vez de conseguir o objetivo de se matar.
O rapaz estava inqueito.
Bombeiros e policiais tentavam acalmá-lo e convencê-lo de que valia a pena enfrentar os problemas de outra forma.

Ele sentava, mudava de posição, conversava com os policiais, mudava de novo...
Um tenente da 3a CME ficou responsável pela negociação.
O pedreiro contou que estava separado da mulher há três meses, tem tido dificuldades para ver os filhos e ainda foi demitido.

Tudo isso levou a um quadro de desespero e ele decidiu se matar.
Ou chamar atenção!
E conseguiu!
Além dos policiais e bombeiros, quem ficava sabendo da tentativa de suicídio corria para o local com celulares e máquinas fotográficas.
Todo mundo em busca de um flagrante para mostrar à família e aos amigos.

O rapaz queria ver os filhos.
Essa foi a condição que ele apresentou ao negociador.
Uma equipe do Gate, Grupo de Ações Táticas Especiais, foi à casa da ex-mulher do pedreiro.
Ela não queria deixar de jeito nenhum os policiais levarem as crianças ao Mergulhão.
A mulher explicou que já tinha sido agredida pelo ex-marido e não arriscaria a vida das crianças.

Depois de muita conversa, a ida dos filhos foi liberada.
Enquanto eles não chegavam, a população foi ficando cada vez mais impaciente.
Um grupo começou a gritar "Pula, pula" e teve que ser contido pelos policiais militares.
Como se já não bastasse a situação delicada dos negociadores, eles ainda tinham que lidar com a falta de bonsenso de algums pessoas que achavam divertido o drama que se desenrolava no Mergulhão.

Os policiais aumentaram a área isolada e passaram uma corda de um extremo ao outro da avenida, para evitar que os mais empolgados chegassem perto do sujeito que causava tanto transtorno.
Quando a PM liberou a passsagem de veículos num dos lados da avenida, um motorista parou e gritou para o jovem pular.
Claro que a Rio Branco foi fechada de novo!

Ao saber que os filhos tinham chegado, o pedreiro se levantou na viga.
Houve um momento de tensão, quando ele balançou, se equilibrou e seguiu na direção dos policiais.
Todo mundo ficou quieto, acompanhando.Assim que pisou no canteiro que fica no alto do Mergulhão, ele foi agarrado pelos pms e levado para um lugar seguro, na passagem de nível da linha férrea. Todo mundo ficou esperando para ver o que iria acontecer.
O objetivo era evitar que o rapaz se desesperasse de novo e voltasse à viga.

O rapaz foi mantido num canto da passagem, enquanto as crianças estavam do outro lado da linha férrea.
Um a um, os filhos foram levados até o pai.
Ele abraçou cada criança, conversou com elas e depois acompanhou o movimento dos policiais devolvendo as crianças à mãe.
Depois, ele desmaiou, foi socorrido pelos médicos do SAMU e encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Promotor manda prender secretária municipal em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

A confusão foi na Promotoria de Meio Ambiente.
No último dia 30, o promotor Júlio César da Silva esperava ouvir o depoimento da Superintendente da Agenda-JF (Agência de Gestão Ambiental da prefeitura de Juiz de Fora) e do Secretário de obras.
Os dois não apareceram e enviaram ofício informando sobre a ausência.
A reunião foi remarcada.

Hoje, os dois representantes da prefeitura foram à promotoria.
Sueli Reis tinha sido convocada para as 15h e o secretário para 15h30.
Segundo o promotor, ele inverteu a ordem dos depoimentos porque queria ouvir primeiro o secretário, que é responsável pelo bota-fora na zona norte da cidade que foi interditado pela promotoria.
Os depoimentos seriam sobre o tal bota-fora que estaria irregular.

O secretário prestou depoimento.
A superintendente esperou até às 16h, mas tinha outra reunião na Promotoria do Consumidor e avisou que não iria esperar mais.
Segundo o promotor, ele acabou de ouvir o secretário, foi informado de que a superintendente tinha ido embora e começou uma coletiva com a imprensa.
Foi quando a Sueli Reis invadiu a sala e o desacatou.
Na frente dos jornalistas, os dois discutiram e ela deixou o local depois de ouvir que poderia ser presa por desacato.
O promotor disse que deu voz de prisão e mandou chamar a polícia para levar a superintendente.

A cena foi toda registrada pelas equipes que estavam no local.
De TV, só havia a Larissa e o Gilberto, da TVE Juiz de Fora, que não perderam um detalhe sequer e fizeram um ótimo trabalho.
As imagens foram vistas com atenção por todos os jornalistas que estavam na prefeitura aguardando uma coletiva para saber a versão da Sueli Reis.
Nós nos reunimos na sala da assessoria de imprensa e vimos espantados o registro da confusão.

Em coletiva, a superintendente explicou que já tinha avisado que teria outra reunião às 16h e reclamou que a inversão da ordem nos depoimentos foi uma provocação do promotor.
Ela disse que não considera errada a postura que teve e que reagiu ao abuso de poder por parte do promotor.
Sueli Reis foi dura nas críticas ao Júlio César da Silva, disse que ele tem abusado do poder há muito tempo com os funcionários da Agenda-JF, do IEF e de outros órgãos ambientais.

Ela afirmou que ele mentiu à imprensa sobre detalhes da irregularidade no bota-fora e que os problemas encontrados pela SUPRAM já foram resolvidos.
Quanto à voz de prisão, ela lembrou que é advogada e está tomando as devidas providências legais.
A coletiva contou a com presença de vários secretários que deram apoio à colega de trabalho.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Acidentes graves na BR 040

Por Michele Pacheco

É incrível!
Todo mundo sabe que o trecho da BR 040, entre Juiz de Fora e Santos Dumont é perigoso.
Mesmo assim, os acidentes se repetem, cada vez mais graves.
Em três dias foram dois casos com um morto e dois feridos.

Hoje, por volta de 15h15, um caminhão de Muriaé seguia no sentido Juiz de Fora-Santos Dumont e foi atingido na traseira por outro caminhão que ia na mesma direção.
O motorista perdeu o controle do veículo, invadiu a contramão e bateu de frente numa carreta.
Por sorte, os dois não estavam em velocidade alta, o que evitou uma tragédia.

O carona do caminhão foi o primeiro a ser socorrido pelos bombeiros de Juiz de Fora.
A cabine foi destruída com a violência da batida, o painel prendeu o motorista no banco e o resgate foi demorado.
Foram usados serras, desencarcerador, corta-pedal e outros equipamentos para abrir espaço no caminhão retorcido.

O trabalho dos bombeiros sempre me surpreende.
Eles ficaram uma hora e meia no local, se desdobrando para socorrer o caminhoneiro.
O párabrisa foi retirado e a equipe entrava e saía pelo espaço aberto, sem se preocupar com os cacos de vidro, as pontas da lataria cortada e os restos do veículo que estavam espalhados.

O tempo todo, o sargento Denílton ficou ao lado da vítima.
Com voz calma e segura, ele buscava tranquilizar o motorista e mantê-lo acordado, evitando que perdesse a consciência.
Ao mesmo tempo, o bombeiro ajuda os companheiros no resgate, colaborando com as ações de desencarceramento.

Os bombeiros mostraram mais uma vez a importância de um bom treinamento.
O grupo pensou sempre numa mesma direção.
O que um sugeria, os outros já estavam colocando em prática.
Na hora do socorro ao acidentado, os gestos eram precisos e ágeis, mostrando o preparo de todos para atuar em situações de risco para os bombeiros e as vítimas.

Uma hora depois do acidente, o resgate ainda era complicado.
Os bombeiros conseguiram soltar a perna do motorista usando o desencarcerador, correntes e a carreta.
A demora deixou exausto o acidentado.
Apesar do atendimento que estava recebendo, ele precisava de reforço e uma equipe do SAMU entrou em ação.
Máscara de oxigênio e soro foram usados.

Nercindo dos Passos, carreteiro, estava assustado.
Ele contou que tem 34 anos de profissão e nunca tinha sofrido um acidente.
"Acho que o motorista do caminhão deve ter batido a cabeça, porque ele andou um trecho muito grande antes de invadir a contramão e bater em mim" explicou o carreteiro que seguia de Itaúna para Juiz de Fora.

Depois de muito trabalho, os bombeiros conseguiram liberar o pé da vítima que estava preso no pedal retorcido.
Márcio Dimas Fernandes foi colocado numa prancha, passado para a maca e levado para a ambulância do SAMU.
Ele teve as duas pernas imobilizadas com talas e foi encaminhado à Santa Casa de Misericórdia, em Juiz de Fora.

Na última sexta-feira, faltando cinco minutos para o Brasil entrar em campo contra a Holanda, outro acidente grave foi registrado na BR 040.
Um motociclista entrou numa curva, perto do trevo de Santos Dumont, ultrapassando uma carreta. No sentido contrário, um ônibus da Útil, linha Belo Horizonte-Barra Mansa, fazia o mesmo com outra carreta.
Na curva, a moto invadiu a contramão e bateu de frente no ônibus.

O motociclista caiu na pista e teve a cabeça esmagada pela carreta que ele estava ultrapassando.
Os documentos dele eram do Rio de Janeiro e os da moto eram do Espírito Santo.
Os motoristas envolvidos no acidente ficaram chocados e tiveram dificuldades para falar do que houve.

Esse é o tipo de matéria que nenhum repórter gosta de fazer.
Enquanto alguns curiosos mórbidos não perdem a chance de ver miolos e sangue espalhados nos acidentes graves, a gente não tem escolha.
Chega ao local do acidente e acaba vendo cenas difíceis de esquecer.
Acho lamentável ver pais com filhos pequenos no colo, mostrando as imagens tristes como se fossem algo legal.

Não consigo esquecer que por trás do sangue e da tragédia existia um ser humano que deixou família e amigos.
Nos acidentes graves, a imagem nos persegue por um tempo.
Com a experiência, aprendi a lidar com elas da melhor forma possível.
No início, eu ficava dias pensando no que tinha visto, no sofrimento das pessoas envolvidas.
Aos poucos, encontrei o meu ponto de equilíbrio: respeitar ao máximo as vítimas e os familiares, evitar atrapalhar o trabalho dos policiais e dos bombeiros e ocupar a mente depois da matéria.
Um bom livro antes de dormir para mim é o melhor remédio, tenha a cabeceira cheia de títulos diversos.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Vereador agride jornalista do SBT no Mato Grosso

Do Portal Imprensa
http://portalimprensa.uol.com.br

Redação Portal IMPRENSA

A jornalista Márcia Pache, da TV Centro-Oeste - filiada do SBT na cidade de Pontes e Lacerda, Mato Grosso - foi agredida pelo vereador Lorivaldo Rodrigues de Moraes (DEM- MT), conhecido como Kirrarinha, quando tentava entrevistar o parlamentar na última segunda-feira (28). Márcia levou um tapa no rosto, registrado pelas câmeras da equipe que a acompanhava.

Segundo o portal Mídia News, a repórter fazia uma série de matérias que denunciava o vereador, acusado de obter procuração para receber aposentadoria em nome de uma idosa e ficar com o dinheiro, e de ter autorizado a invasão de um imóvel em um condomínio habitacional construído pelo Governo do Mato Grosso.

Márcia declarou que teme pela sua vida e pela de sua família. "É um absurdo o que aconteceu. Estava trabalhando, não tem justificativa para essa atitude. A população tem medo do Kirrarinha. Ele tem fama de aterrorizar a cidade. Fiz as denúncias, mas nunca ultrapassei o lado profissional. Ao que parece, ele levou as denúncias para o lado pessoal, tanto é que me agrediu", informou a repórter.

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindijor - MT) repudiou a agressão sofrida pela jornalista, e colocou sua assessoria jurídica à disposição da repórter. O Sindijor - MT ressaltou, ainda, que é preciso manter o respeito ao cidadão e ao profissional mesmo em momentos em que os ânimos estão alterados.

Outros veículos de imprensa da região fizeram uma manifestação em frente à Câmara de Vereadores da cidade para solicitar ao presidente da Casa, vereador Claudinei Cela, a abertura de processo para investigação de possível quebra de decoro parlamentar de Moraes, o que pode provocar a cassação de seu mandato.

O parlamentar já agrediu outro profissional de imprensa, o jornalista Celso Garcia, da TV Record. Márcia declarou que prestou queixa contra o vereador e que possivelmente irá processá-lo e pedir indenização por danos.

domingo, 27 de junho de 2010

Trem atropela moradores de rua em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

O atropelamento foi na travessia de pedestres na rua Halfeld, centro de Juiz de Fora.
A catadora de papel e moradora de rua Cláudia Ivo, de 42 anos, puxava o carrinho, acompanhada pelo marido.
Segundo testemunhas, ao ouvir o apito do trem e os sinais sonoros da travessia, eles aceleraram o passo, em vez de esperar.
A batida foi inevitável.

" A gente gritou para eles pararem, os seguranças da linha férrea fizeram sinais e o maquinista apitou feito louco, mas os dois não pareciam estar vendo nada pela frente.
Acho que deviam estar drogados ou embriagados.
Nada justifica eles não terem parado" lembrou assustada uma promotora de eventos que tinha acabado de passar pela travessia, quando ouviu o apito do trem e notou a movimentação de quem tentava alertar os catadores de papel.

Eu e o Robson estávamos indo almoçar, quando vimos o trem parado na linha.
Na mesma hora começamos a procurar em que travessia havia problemas.
Trem parado na linha para qualquer jornalista é sinônimo de acidente ou problema grave.
Acertamos na mosca.
Chegamos e ainda encontramos equipes dos bombeiros e do SAMU prestando socorro.

Num primeiro momento, achamos que a vítima estava presa debaixo do carrinho dos catadores de papel, entre a mureta e o trem.
Levamos alguns segundos para notar, no meio do tumulto, que a mulher tinha sido arrastada pelo trem alguns metros à frente.
Só quando vimos os profissionais de socorro vindo com a maca, entendemos que o atendimento tinha sido mais adiante, bem em frente à antiga estação ferroviária.

A mulher estava com um braço enfaixado e o rosto coberto de sangue.
Mal dava para identificar as feições dela.
Os bombeiros explicaram que ao bater no trem, ela ficou com um pé preso numa estrutura de metal na locomotiva e foi arrastada, batendo o rosto no chão várias vezes.
Apesar de parecer fatal, isso salvou a vida da moradora de rua e evitou que ela rolasse para debaixo da composição.
A equipe do SAMU colocou a Cláudia na ambulância, onde ela recebeu mais atendimento de emergência.

O tempo todo, o marido dela ficava andando de um lado para o outro, sem parecer estar entendendo o que ocorria.
Perguntei se ele estava ferido, pois o braço direito tinha um arranhão fundo e comprido e ele ficava o tempo todo apertando a mão no peito.
Ele me olhou como se eu tivesse perguntado alguma coisa em latim.
Os sinais de embriaguez eram fortes e pedi a um outro catador de papel que não deixasse o rapaz sair do local sem ser levado pela ambulância.

O casal foi encaminhado pelo SAMU ao HPS, Hospital de Pronto Socorro.
Alguns amigos tomaram conta do carrinho com o material deles.
Vendo o estado da Cláudia, fica até difícil acreditar que ela está internada apenas com um braço fraturado e vários cortes no rosto.
Tomara que se recupere logo.