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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Guerra contra a dengue em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

A Megaoperação contra a Dengue foi organizada pela prefeitura de Juiz de Fora e contou com a participação das polícias, do exército e da sociedade.
Afinal, combater essa doença é do interesse de todos.
O trabalho começou às oito da manhã e terminou às cinco da tarde.
Segundo dados da prefeitura, 1.150 servidores municipais, 75 bombeiros, 100 policiais militares e 60 soldados do exército integraram a primeira das seis "Batalhas REgionais de Combate à Dengue".

A primeira etapa foi na região sul da cidade, com vinte mil domicílios vistoriados.
A idéia é mobilizar a população para recolher todo tipo de objeto que possa servir de depósito de ovos e larvas de Aedes Aegypti.   
92 caminhões foram disponibilizados e recolheram até o meio dia 150 toneladas de lixo.
Só de pneus foram 2 mil recolhidos.
Duro é ver que as pessoas guardam tanta tralha perigosa e só se desfazem delas quando são obrigadas.

Para atender às necessidades das 154 equipes, foram montados um Centro de Operações e nove pontos de apoio em escolas públicas dos bairros da zona sul de Juiz de Fora.
A guerra contra a dengue está sendo feita em três partes.
Primeiro, informação e convencimento contam com panfletagem, carros de som, faixas e o envolvimento das comunidades religiosas dos bairros. Em seguida, é feita varredura nas casas e, por fim, o recolhimento do material que oferece risco de formação de focos da dengue.

Durante a semana, quando anunciou as Batalhas, o prefeito Custódio Mattos destacou a importância da colaboração de todos e a gravidade da situação.
Ele lembrou que o poder público está fazendo o papel dele e pediu a colaboração da comunidade.
Foi surpreendente a montanha de lixo acumulada hoje nas ruas da zona sul.
E isso, nos pontos onde as equipes conseguiram entrar.
Em casos críticos, onde terrenos e imóveis fechados não puderem ser acessados, medidas legais vão ser tomadas, para impedir que o trabalho seja prejudicado.

Neste domingo, o campo de batalha é a zona norte da cidade, onde 40 mil imóveis devem ser vistoriados.
Além do Centro de Operações, onze pontos de apoio vão ser montados nas escolas da região.
1350 servidores municipais vão participar.
O resultado das duas operaçoes só vai ser divulgado na segunda-feira.
Nos dias 26 e 27 de fevereiro, as zonas oeste e leste recebem as equipes e nos dias 12 e 13 de março, as últimas batalhas vão ser travadas nas regiões nordeste e sudeste.

Pelo último boletim da prefeitura, do dia 14 de fevereiro, já são 43 casos de dengue na cidade.
Ao todo, 107 notificações foram investigadas.
No ano passado, 17 pessoas morreram com a doença em Juiz de Fora.
As autoridades querem evitar que quadro semelhante ou pior ocorra neste ano.
Em 2010 em Minas, segundo o Comitê de Enfrentamento à Dengue, foram 260 mil casos notificados, cerca de 1100 casos graves e 105 mortes.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Idosa que furtou celular é reconhecida

Por Robson Rocha

A imagem da semana em Juiz de Fora foi a de uma mulher idosa furtando 
um celular dentro de uma loja no centro da cidade.
Ela não se intimidou com a loja cheia, nem ligou para a presença de quase quarenta funcionários e muito menos se importou com o sistema de segurança da loja.

Tranquilamente, ela passeou entre as prateleiras até encontrar uma vítima.
Circulou em torno da mulher escolhida, ou melhor, da bolsa escolhida, e atacou com mãos de veludo.
A vovó abriu a bolsa e retirou algo, se afastou um pouco, mas parece que não gostou.
Pois, logo jogou fora e voltou. 
Parou próximo à vitima e novamente retirou alguma coisa de dentro da bolsa.

Dessa vez, algo interessante, um celular. 
A idosa saiu na maior tranqüilidade da loja. 
Mesmo tendo mais de sessenta anos, foi mais rápida que a segurança da papelaria. 
Talvez, se ela tivesse roubado algo da loja, eles teriam sido mais rápidos.
Mas, pelo menos conseguiram avisar à vitima que ela tinha sido roubada, dando conta do prejuízo.

Fui aguçado pela curiosidade de descobrir quem era essa Vovó “esperta”. 
Mas, por onde começar a procura?
Eis que um amigo, da 3ª CME, deu a primeira pista.
“A mulher mora na Zona Norte de Juiz de Fora.”
Mas, era muito pouco, a região é muito grande.
Com alguns membros de uma igreja evangélica, ele conseguiu a informação do bairro em que a idosa mora.
No dia seguinte, não conseguia contato com meu amigo. 
O problema: o celular com minha agenda pifou e cadê o número?

Depois de ligar para todos os números da CME e não conseguir o contato com meu amigo, liguei para o Fabiano, que considero como um irmão, e em poucos minutos ele me retornou com o número.
Contato feito, a idéia era chegar junto com a polícia na casa da senhora. 
Mas, o plano furou.

Aí, conseguimos o nome da rua e a cor da casa. 
Já estava melhorando. 
Por fim, conseguimos o número da casa e o nome da senhora que vamos tratar por W.
Hoje, pela manhã, me dirigi ao bairro para confirmar os dados e ver se conseguia gravar alguma coisa.
A casa estava toda fechada, inclusive as cortinas. 
Conversei com alguns vizinhos e eles me confirmaram o nome da senhora.

Depois de uns vinte minutos, uma mulher saiu da casa e ficou conversando com a vizinha. 
Não era a W. mas aproveitei e gravei algumas imagens.
Como estava com o meu carro, me aproximei mais da casa para ver se realmente não era a idosa.
Por fim, decidi ir embora. 
Isso porque os moradores já tinham me falado que W. estava sumida esses dias.

Voltei pra TV e mostrei o material para a Elisângela, nossa editora. 
Conversamos e chegamos à conclusão de que era melhor fazer uma tentativa por telefone.
A Flávia Crizanto, que substitui a Michele na rua durante a licença maternidade, ficou com a responsabilidade da ligação.
Com o endereço foi fácil descobrir o número do telefone.
Depois de algumas tentativas, uma mulher atendeu e quando a Flávia perguntou se a W. estava em casa, ela desconversou e disse que não havia ninguém com esse nome naquela casa.

A Flávia então se identificou e disse que W. tinha sido reconhecida e que o endereço era aquele. 
E que apenas queríamos gravar, sem mostrar o rosto da idosa.
Nesse momento, a mulher, sempre muito educada, disse que é nora de W, que os filhos tinham internado a mãe e que a idosa estaria com distúrbios.
A Flávia perguntou onde W. estaria internada, mas a nora não quis dizer.

Quando perguntada pelo produto do roubo, ela disse que a sogra teria jogado fora, por não estar num juízo perfeito.
Ela pegou telefones de contato da TV e ficou de ligar depois de conversar com o marido e os cunhados.
Esse caso reforça o que eu e a Michele destacamos sempre aqui no blog: a necessidade de conquistar boas fontes. 
Se você tem a confiança de uma pessoa, ela vai passar tudo o que descobrir de interessante. 
E essa parceria não é formada de uma hora para outra, tem que ser cultivada e valorizada.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mãe entrega adolescente traficante à PM

Por Michele Pacheco

Os policiais militares da 70 Cia. foram chamados no meio da tarde para atender a uma denúncia de tráfico de drogas no bairro Linhares, zona leste de Juiz de Fora.
Quando chegaram à casa citada pelo denunciante, eles bateram na porta e explicaram a denúncia à moradora que atendeu.
Ela permitiu a entrada das autoridades e levou um susto.
Se ela sabia ou não o que estava ocorrendo, eu não sei, mas com certeza nenhuma mãe gostaria de ver a cena que ela viu.

Os pms deram uma busca e encontraram o filho da dona de casa embalando droga num cômodo.
O adolescente de 15 anos estava cercado por material para embalagem, tijolos de maconha, balança eletrônica...
Ele agia como se já estivesse acostumado a realizar aquela tarefa.

Ao ser abordado pelos policiais militares, ele confirmou que o material era dele, mas tentou fugir do flagrante dizendo que era tudo para consumo próprio.

Apesar das declarações do adolescente, outros jovens que estavam na parte de baixo da casa também foram detidos.
Eles negaram qualquer participação no tráfico e foram levados para a 7a Delegacia.
Foram ouvidos pelo delegado de plantão e insistiram na versão de que não estavam junto com o morador na venda de droga.
A mãe do adolescente apontou todos como cúmplices e chorou muito na delegacia..

Os pms apreenderam material para embalar a droga, balança eletrônica e uma boa quantidade de maconha já dividida em tabletes para a venda.
Os 3 tabletes grandes e 11 pequenos estavam envolvidos em papel alumínio e tinha pesos diferentes.
A mãe que deixou os policiais entrarem na casa e apreender o filho não parecia arrependida, apesar de não esconder a decepção e a tristeza de ver o filho naquela situação.
Deve ser muito doloroso para qualquer um.

Ela contou ao Robson e à Flávia Crisanto que os pms estavam agindo estranho e achou melhor deixá-los entrar. 
Mas, não explicou o que seria estranho no comportamento das autoridades policiais.
Depois, negou saber que o filho guardava droga em casa.
Por fim, chorando muito disse que quer que o garoto seja internado para se livrar do vício e do tráfico.
Sem isso, ele provavelmente vai continuar nessa vida de criminalidade até que seja tarde demais ou que ele morra cedo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Tentativa de suborno acaba em prisão em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

A equipe do Grupo Tático Operacional de Tóxicos da Polícia Civil
de Juiz de Fora prendeu no fim do ano passado um homem suspeito de tráfico de drogas no bairro Esplanada.
Na época, ele contou que não era o dono do material apreendido.
Os investigadores seguiram as pistas e identificaram o chefe do grupo.

Hoje, com um mandado de prisão, eles entraram em ação.
Localizaram o suspeito e fizeram a abordagem.
Ao ver que a situação tinha se complicado, o homem surpreendeu os investigadores com uma proposta nada inocente.
Segundo os policiais, ele ofereceu 30 mil reais para não ser preso.

A equipe quis ver até onde iria aquela conversa e deu corda.
Os policiais pediram mais detalhes da proposta e o sujeito disse que daria metade da grana na hora e o restante pagaria depois.
A equipe do GTO fingiu aceitar e o suspeito ligou para a mulher dele pedindo que levasse os 15 mil reais até o local onde eles estavam.

Quando ela chegou, os investigadores anunciaram
que cumpririam o mandado de prisão, com a agravante de tentativa de suborno.
Moral da história, tentou ser esperto e se deu mal.
Além da prisão preventiva por Tráfico de Drogas, vai responder a processo por Corrupção Ativa.

Caminhão de lixo tomba em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

O caminhão caçamba do Departamento de Limpeza Urbana de Juiz de Fora estava sendo usado para remoção de galhos e entulho no bairro Granjas Bethânia, zona nordeste da cidade.
Ao receber uma carga mais pesada, o veículo se inclinou e acabou tombando.

A Polícia Militar de Trânsito foi chamada para registrar a ocorrência e orientar o tráfego no local.
Ninguém ficou ferido, mas com certeza o susto foi grande.
Basta olhar as fotos para ver que o acidente poderia ter sido grave e ferido os funcionários que trabalhavam no local.

Já em Muriaé, um acidente envolveu uma moto e um caminhão na BR 116.
Segundo o www.silvanalves.com.br , a Polícia Rodoviária Federal informou que o motorista de um Vectra com placa de Miradouro fazia uma conversão na estrada, num trecho urbano, perto de uma universidade, quando foi atingido pela moto Honda Bross que seguia no sentido Bela Vista - Barra.

O motociclista ficou ferido e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros.
Felizmente, apesar dos dois veículos terem ficado danificados, o condutor da moto teve apenas ferimentos leves, o que é raro nesse tipo de acidente.
O motorista do Vectra não se machucou.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Microchip em animais de grande porte em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Quem tem o hábito de criar cavalos no perímetro urbano de Juiz de Fora e deixar os animais soltos para pastar nas ruas e lotes vagos pode pôr as barbas de molho.
A prefeitura encontrou uma solução para melhorar a fiscalização.
Hoje, os animais de grande porte são apreendidos e levados para um depósito que fica no canil municipal.
Lá, são tratados, alimentados e basta o dono pagar uma mixaria para ter o bicho de volta.

Agora, chega. O decreto obriga a instalação de microchips em todos os animais no perímetro urbano do município.
Assim, vai ser possível identificar o dono dos bichos que forem flagrados e apreendidos em vias públicas.
Outra novidade é o peso que isso vai ter no bolso dos que não mudarem de atitude.
Se antes o valor baixo da multa funcionava como um incentivo para que os donos irresponsáveis largassem principalmente os cavalos soltos, é bom eles ficarem atentos às mudanças.

O decreto aumenta a multa na primeira apreensão para 2,5 Unidades Fiscais do Município, equivalente a R$ 177,67.
O valor dobra em caso de nova apreensão do mesmo animal.
Na terceira apreensão, o dono perde a posse e o animal vai ser doado a entidades que estão acertando parceria com a prefeitura.
Além de Universidades do estado, entidades filantrópicas também estão sendo sondadas.

A idéia é tirar esses animais da área urbana e levá-los para a zona rural.
Os leilões que eram feitos vão acabar. Antes, os cavalos eram levados para o depósito e os donos não iam buscar.
Assim, evitavam ser identificados e pagar a multa.
No final do ano, participavam do leilão e arrematavam de volta os bichos por preços muito baixos.
Só em 2010, foram apreendidos 420 animais em Juiz de Fora, pelo Departamento de Limpeza Urbana.

Tomara que essa medida funcione.
Andar por alguns bairros da cidade, como Linhares, Santa Luzia e até os mais centrais é perigoso.
No final de semana, então...
Os motoristas quase têm que parar para que os cavalos desfilem tranquilos pelas pistas.
Esse foi flagrado pelo Robson bem na avenida Rio Branco, uma das mais movimentadas do centro da cidade.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Exploração do trabalho infantil em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Sempre fui sensível a matérias que envolvem crianças.
Agora que estou grávida, a situação é pior.
Nesse fim de semana, estávamos fazendo uma matéria no centro de Juiz de Fora e paramos o carro atrás do Cine Teatro Central.
Quando voltamos da entrevista, eu e o Robson reconhecemos uma menina que foi flagrada por ele vendendo bala debaixo de chuva no Natal.
Adivinhem o que ela estava fazendo?!

Quatro mulheres estavam sentadas na sombra, atrás do teatro, rindo e se divertindo.
Quando nos aproximamos do carro, elas tinham acabado de receber dinheiro de um grupo de 10 crianças e estavam repondo balas e chicletes nas caixas que meninos e meninas vendiam debaixo de um sol de mais de 30 graus.
O Robson resolveu registrar mais uma vez o flagrante.

Ao ver que estavam sendo gravadas,
duas mulheres foram saindo de perto.
Outras duas ficaram para trás xingando e fazendo gestos obscenos.
Fiquei de longe vendo o barraco no meio da rua.
Uma loira era a mais agressiva.
Surpreendentemente,
ela é a mesma mulher que o Robson flagrou no Natal, fazendo lanche numa galeria enquanto recebia o lucro do trabalho infantil.
Duas meninas molhadas de chuva iam de um lado para o outro vendendo balas e davam o dinheiro para a dita cuja escorada na galeria.

Dessa vez, não aguentei ficar só vendo.
Peguei o microfone e fui até as duas adultas perguntar o que levava uma pessoa a explorar o trabalho de uma criança.
A loira desbocada desfiou mais um rosário de palavrões de fazer inveja ao mais aguerrido integrante de torcida organizada e foi saindo.
Perguntei por que ela colocava as crianças para trabalhar e pedir esmolas debaixo do sol forte.
Ela respondeu que não tinha nada para falar sobre isso.
Perguntei se ela achava justo e, pasmem, ela ficou quieta.

Fui até a outra mulher e perguntei a mesma coisa.
Ela ficou agressiva e perguntou se eu arranjaria um emprego para ela.
Perguntei se o desemprego dela justificava colocar as crianças para trabalhar num calor daqueles.
Ela perguntou gritando se caso elas não trabalhassem eu iria sustentá-las.
Eu quis saber se ela já tinha pedido ajuda a alguma autoridade e a resposta foi que já, mas que ninguém fez nada.
Por fim, a mulher se justificou dizendo que para criticar tem muita gente, mas para ajudar são poucos.

Não deixa de ser verdade.
Mas, não justifica explorar o trabalho infantil.
Quando eu voltava para o carro, a loira me parou no caminho e mandou que eu cuidasse da minha vida em vez de ficar atrapalhando a delas.
Aí, não deu para aguentar.
Pensei que podia ser a minha filha caindo nas mãos daquelas mulheres.
Odeio barraco, mas não resisti a discutir com ela.
Resumindo, perguntei por que então ela não trabalhava em vez de passar o dia sentada na sombra, às gargalhadas, explorando crianças.
Nem preciso dizer que a resposta veio em forma de guinchos estridentes e furiosos.

As duas deixaram o local iradas.
Na esquina, as crianças quase foram atropeladas.
Vários comerciantes e pedestres que acompanharam toda a cena me pararam para contar que a presença do grupo é frequente nas ruas do centro.
As crianças passam horas vendendo balas e mendigando enquanto as adultas vigiam de longe.
Alguns foram mais longe e contaram casos em que os meninos e as meninas entram nas lojas para oferecer os produtos e acabam furtando algum objeto do comércio ou dos consumidores.
Até os catadores de papel têm sido vítima deles.

Aí, eu me pergunto. 
Cadê as autoridades?
Na primeira denúncia, em dezembro, o Jornal da Alterosa ouviu o Conselho Tutelar.
Os conselheiros receberam uma cópia das imagens e se comprometeram em investigar o caso e cobrar providências.
Lembrem que na época eram duas mulheres com três crianças.
Agora, são quatro mulheres com 10 crianças.
No ritmo em que as soluções estão sendo procuradas, muito em breve o grupo vai ser ainda maior.
Será que esses menores de 14 anos estão indo à escola e tendo cumpridos os direitos garantidos pelo ECA?
Será que sobra tempo para isso?

Sei que a questão é social e que muitas pessoas estão desempregadas.
Mas, não acho que isso seja razão para explorar uma criança.
Se falta emprego, acho que o trabalho só depende da boa vontade de quem precisa.
Afinal, se todo catador de papel pensasse como essas duas mulheres,
eles não estariam enfrentando sol e chuva para revirar lixo em busca de sustento.
E os vendedores ambulantes?
Quantas pessoas ganham um troco vendendo doces e outras coisas nos sinais.
Por que aquelas quatro não tentaram esse caminho?

O Jornal da Alterosa exibiu hoje a reportagem e voltou ao Conselho Tutelar.
O responsável explicou que o caso foi apurado e um pedido foi enviado ao Ministério Público para que tome as providências necessárias.
Quanto às responsabilidades do Conselho, a explicação foi que o poder de atuação dele vai só até certo ponto e que agora as providências dependem do MP.
Agora, só falta ouvir a Juiza da Infância e da Juventude.
A TV Alterosa passou o dia tentando, mas não conseguiu ser recebida até agora.
Tomara que amanhã seja outra história. 
Pelo bem daquelas crianças.