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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

PM apreende medicamentos irregulares em Piraúba

Por Michele Pacheco

Tem dia que a gente não consegue fazer uma pauta sequer que esteja marcada.
São nos dias em que os factuais estão bombando por todo lado.
Foi assim hoje.
Na parte da manhã, eu e o Marco Fagundes trocamos duas pautas marcadas por três factuais.
À tarde, ocorreu o mesmo com o Robson e Flávia, que viajaram para Piraúba.

O motivo foi um trabalho legal da Polícia Militar.
A partir de denúncias feitas durante uma blitz de trânsito, os policiais chegaram a uma casa onde havia várias caixas com medicamentos vencidos.
O imóvel é na MG 285.

Os policiais localizaram o dono da casa, que disse que ela foi alugada por dois homens em março do ano passado.
Segundo dados passados ao site netnoticias, os suspeitos sempre eram vistos no local à noite, retirando caixas de dentro de carros diferentes.
Eles não eram da cidade.

O senhorio, de 77 anos, estranhou e perguntou o que eles estavam fazendo.
A resposta foi de que transportavam cerâmicas.
O dono do imóvel afirmou que não conhecia os inquilinos e que suspeitava que eles estavam presos em Cataguases.
A Polícia Militar entrou em contato com o laboratório que fabricou os medicamentos e aguarda retorno sobre os produtos apreendidos.

Caminhão invade loja em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Eu e o Marco Fagundes estávamos encerrando nosso expediente, quando uma fonte me ligou para dizer que tinha um acidente grave no bairro Cascatinha.
Um caminhão tinha invadido uma loja e ele não sabia se alguém estava ferido.
Fomos correndo para lá e encontramos no meio do caminho uma ambulância do Resgate indo para o mesmo lugar.

Na Avenida Dr. Paulo Japíassu Coelho o trânsito estava confuso e nem a ambulância conseguia passar.
Os motoristas tentavam abrir espaço, mas a pista é estreita e eles não conseguiam.
Quando finalmente chegamos ao local indicado, vimos uma cena surpreendente.
Um caminhão tinha invadido uma concessionária de automóveis e destruído a fachada.

O Fagundes foi logo procurando um lugar alto para registrar imagens que mostrassem a dimensão dos estragos.
Do alto de um caminhão dos bombeiros, ele teve visão do cruzamento onde houve a batida, do canteiro destruído, da sinalização de trânsito arrancada e da multidão de curiosos que se arriscava entre os carros para ver de perto a cena inusitada.

A primeira coisa que a gente imagina vendo todo aquele estrago é que houve muitas vítimas.
Por sorte, ninguém passava pela calçada nem estava perto da vitrine da loja.
O motorista do caminhão vermelho contou que é de Três Rios e veio a Juiz de Fora descarregar material de construção.
Ele estava voltando para casa, quando houve o acidente.

O João Paulo contou que seguia pela avenida, com o sinal aberto para ele, e foi atingido pelo caminhão branco que descia uma rua transversal.
Ele perdeu o controle da direção, bateu no poste com semáforo e no canteiro.
Para não invadir a contra-mão, ele puxou a direção e conseguiu mudar o curso.
Mas, acabou subindo na calçada e entrando na concessionária.

O motorista do outro caminhão disse que a história não foi bem assim.
A versão dele é de que descia a rua com o sinal aberto para ele e o motorista do caminhão vermelho avançou o sinal em alta velocidade, sendo impossível impedir a batida.
O auxiliar dele teve ferimentos pelo corpo e foi levado pelos bombeiros para o hospital.

Quem diz a verdade, só a polícia vai poder avaliar.
Os donos da loja não tinham calculado o prejuízo com a fachada, mas contaram que dois carros foram destruídos.
Um deles valia 44.500 reais e o outro 53.500 reais.
Os veículos ficaram amassados depois que duas pilastras caíram sobre eles.

Os bombeiros estavam preocupados com a fachada e as rachaduras que estavam aumentando.
Eles esperavam que engenheiros da Defesa Civil fossem ao local para avaliar a situação.
Enquanto isso, várias pessoas que almoçavam do outro lado da avenida davam graças a Deus pelo caminhão ter invadido a loja e não o restaurante.
Seria impossível impedir uma tragédia, já que muitos fregueses estavam sentados perto da calçada.

Esse foi o segundo acidente que pegamos no mesmo dia.
O primeiro foi na BR 040.
Uma van de Além Paraíba levava 13 pacientes para consultas em Juiz de Fora.
Numa curva, o motorista diz que ouviu um estouro e perdeu o controle do veículo.
Uma carreta vinha atrás dele e, para evitar uma situação pior, jogou o carro no barranco.

A van ficou bem amassada.
Dos treze passageiros, três precisaram ser socorridos pela Concer, concessionária que administra o trecho duplicado da BR 040 entre o Rio de Janeiro e Juiz de Fora.
Eles foram levados para o Hospital de Pronto Socorro.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Polícia civil procura corpo de catadora de papel desaparecida

Por Michele Pacheco

Pela segunda vez nesta semana, a Polícia Civil deu buscas numa mata de eucaliptos entre os bairros Linhares e Vila Alpina.
A procura pelo corpo da catadora de papel de 33 anos que desapareceu em março está sendo feito no local a partir de informações de um dos suspeitos de matar a mulher.
Segundo a família, a vítima era dependente química e costumava subir a mata numa encosta íngreme para fumar crack.

A investigação é da Delegacia de Mulheres.
A delegada Dolores Tambasco ouviu os dois homens suspeitos de matar a Flávia Renata Miranda Reis.
Um deles está em silêncio por orientação do advogado.
O outro contou que foi à mata com a Flávia e um ex-amante dela, conhecido como Orelha, para usar droga.
Segundo os investigadores, ele confessou ter segurado a catadora para que fosse espancada até a morte.

Os policiais civis tiveram o apoio dos bombeiros para procurar o corpo.
Uma equipe foi ao local com pás e enxadas para cavar no ponto onde o suspeito disse que o assassino jogou a vítima já morta.
É bem num grotão, debaixo de uma saibreira.

O duro foi chegar até lá.
O Marco Fagundes foi na frente, acompanhando o trabalho da polícia.
Eu tinha sinceras esperanças de não precisar subir, já que estava de salto alto.
Minhas pautas eram todas produzidas nesse dia e não previ que poderia ter que escalar morro e enfrentar floresta.
Um erro grave para qualquer repórter!

A trilha estreita só dá passagem a uma pessoa por vez.
Como o suspeito afirmou que o corpo estava lá, o Fagundes me avisou e lá fui eu barranco acima.
Até que me saí bem e não caí nem escorreguei.
Também, com os policiais em pontos estratégicos da subida, a última coisa de que eu precisava era ser flagrada esborrachando morro abaixo.

O calor era intenso.
Na saibreira, encontrei os policiais civis, os bombeiros e o Fagundes.
Comigo subiu a equipe da Tribuna de Minas, Olavo Prazeres e Fernanda Sanglard.
Lá em cima, o Fagundes e o Olavo se revesavam no espaço estreito para registrar o trabalho dos bombeiros.
Qualquer passo em falso e as buscas teriam outra finalidade: resgatar jornalistas no barranco.

Aos poucos, equipes das outras empresas foram chegando.
A Cláudia e o José Marcos, da TV Panorama, entraram no rodízio perto do local da escavação.
Como na rua todo mundo está no mesmo barco, quando um gravava, o outro se espremia nas laterais do saibro para não aparecer e vice-versa.
Marcelo, Rodrigo e Walcy (cobrindo férias do Antônio Pedro), da Record Minas, completaram o grupo.

Eu e o Fagundes ficamos quase cinco horas pendurados por lá.
Depois, voltamos para a redação.
Hoje, retomamos o caso que a TV Alterosa vem acompanhando desde março, quando a família da catadora pediu ajuda pela primeira vez.
A mãe e uma das irmãs da vítima foram ouvidas.

Como a Dona Maria Aparecida é cega, coube à Kely identificar os dois suspeitos e ainda apontar um terceiro homem que tinha contato com a Flávia e pode estar relacionado ao desaparecimento dela.
Os policiais civis e bombeiros voltaram ao local e passaram o dia na escavação.
Mas, nada de sinal da catadora desaparecida.

Turma do Foguinho é premiada

Por Assessoria de Comunicação 4o BBM

A Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), por intermédio da Superintendência
de Avaliação e Qualidade da Atuação do Sistema de Defesa Social, premiou o Teatro
de Bonecos Turma do Foguinho, através do IV Prêmio Qualidade da Atuação do
Sistema de Defesa Social, cuja temática trouxe como escopo “A preocupação com a
satisfação do público com o atendimento dos órgãos de Defesa Social”.

O Teatro de Bonecos da Turma do Foguinho, desenvolvido pelo 4º Batalhão de
Bombeiros Militar, foi contemplado, sendo reconhecido por suas ações desenvolvidas
no âmbito dos órgãos que compõem o Sistema de Defesa Social, e recebeu a
premiação em solenidade no dia 02 de agosto de 2011, no no auditório do Hotel
Dayrell, em Belo Horizonte.

Vários temas sobre prevenção, voltados para as crianças e visando diminuir os
números de incêndios e acidentes são desenvolvidos pela Turma do Foguinho através
da arte com o Teatro de Bonecos.
O objetivo desta iniciativa é desenvolver atividades
preventivas contra queimadas, inundações, acidentes domésticos, entre outros,
aproveitando a empatia e a interação que o Bombeiro tem com as crianças, buscando
estimular a cultura de prevenção, tudo isso em meio a uma divertida brincadeira.

A "Turma do Foguinho" realiza apresentações que encantam as crianças onde estas
assistem as brincadeiras que ensinam prevenção, através de uma das mais antigas
expressões da arte, que é o Teatro de Bonecos.
Os Bombeiros Militares que desenvolvem o Teatro de Bonecos são: Capitão Marcos
Moreira Santiago, 2º Sargento Evandro da Silva, 2º Sargento BM Evandro César
Santiago, Cb BM Giovani Diomedson e Cb BM Lúcio Ramalho Xavier.

Acidente grave mata caminhoneiro entre Muriaé e Miraí

Por Silvan Alves
http://silvanalves.com.br

O Corpo de Bombeiros de Muriaé e a Polícia Militar registraram um violento acidente na Estrada Muriaé-Miraí, na manhã de hoje.
A tragédia aconteceu por volta das 10h, na região da Cachoeira do Sossego, onde dois caminhões bateram de frente.

Um dos veículos é um VW 8-150, placa CQH 0779, de Contagem-MG,
carregado de mercadorias diversas, conduzido por um jovem motorista,  Anderson da Silva Campos, o qual morreu no local, e o outro veículo é um MB placa GMP 6275, de Miradouro-MG, carregado de caixas de madeira para feira rural, conduzido por Claudinei de Souza Ferreira, e segundo os militares do Corpo de Bombeiros, ele sofreu ferimentos graves.

Já no caminhão de Contagem-MG, havia também um carona, Wembre Souza Amaral, que ficou ferido. Ainda não há informações sobre o que ocorreu, mas o veículo de Contagem pode ter tentado uma ultrapassagem na rodovia que é muito estreita e tem poucos pontos para fazer tal procedimento.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Acidente com caminhão deixa um morto e um ferido em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Esse foi o caso mais confuso que já cobri na minha vida!
Uma fonte contou que havia um acidente com morte no bairro Barreira do Triunfo, zona norte de Juiz de Fora.
Como tínhamos um intervalo antes da primeira pauta, corremos para lá.
No local, encontramos muitos curiosos parados nas margens da Avenida JK, quase chegando na BR 040.

Eles olhavam para baixo, onde havia um caminhão tombado na ribanceira.
Perguntamos o que tinha ocorrido e o José Adelson, auxiliar de produção, contou que pedalava pelo trecho por volta de sete e cinquenta da manhã e notou o mato no acostamento muito amassado em alguns pontos.
Seguindo as marcas, ele enxergou o caminhão e desceu para ver se tinha alguém precisando de ajuda.
Acabou encontrando um corpo caído a uns cinco metros da cabine.

Os documentos no bolso da vítima foram retirados pelo Adelson.
Eram de João Evangelista Quetz, de 52 anos.
Pelo que dava para ver no local, ele foi arremessado para fora da cabine quando o veículo voou da pista para a ribanceira.
As marcas no asfalto mostram que o motorista foi na contra-mão, puxou de volta o caminhão, passou pelo acostamento, varou um matagal e voou por uns trinta metros, batendo no chão e tombando.

Parecia um acidente triste, mas simples.
Mas, começaram a surgir informações desencontradas.
Uma fonte nos ligou para dizer que a polícia militar não queria ir ao local, porque a ocorrência seria repetida de um atendimento feito durante a madrugada, com socorro de uma vítima.
O problema foi a demora para encontrar a tal ocorrência e confirmar se o caso era o mesmo.

O primeiro motorista que parou para ajudar confirmou ter ligado para a PM às oito horas.
Nossa equipe estava no local quando os policiais chegaram, uma hora depois da chamada.
Para ter acesso ao caminhão, era preciso escorregar ribanceira abaixo.
Como a perícia ainda seria feita no local, evitamos descer e o Robson foi até o meio do barranco, de onde tinha uma visão melhor, sem prejudicar a cena do acidente.

Pena que nem todo mundo tem o mesmo raciocínio e muitos curiosos driblaram os policiais para ver de perto a tragédia alheia.
Enquanto esperávamos a perícia, o Adelson voltou ao caminhão e encontrou perto da cabine uma carteira com documentos de outro homem.
Estava completa a confusão.

As perguntas eram muitas.
Quantos estavam no veículo?
Por que uma vítima foi socorrida e outra deixada para trás?
Por que a vítima socorrida não contou a ninguém que havia mais um ferido?
Os policiais militares pareciam perdidos.
O sargento não saía do telefone.
Quando saiu, foi para nos dizer que não poderia passar nenhuma informação e que só a assessoria de imprensa da PM poderia falar.

Oras, isso só aumentou a nossa desconfiança de que alguma irregularidade foi praticada naquela ocorrência.
Se os pm's foram ao local na madrugada e registraram o caso, como não encontraram a vítima caída no meio do mato?
Sem falar que para as equipes de reportagem é inviável largar a cena do acidente, ir a um gabinete gravar com um assessor de imprensa e voltar ao local para ver o que mais estava sendo feito.

Os parentes do João descobriram por meio de um amigo policial que um homem foi mesmo socorrido durante a madrugada e levado para o Hospital de Pronto Socorro.
Liguei para a redação e pedi que levantassem no HPS a história da tal vítima
Os documentos eram de Edmar dos Anjos França, de Santos Dumont.
Pelo nome, foi possível confirmar que ele estava internado desde a meia-noite e meia.

Muito bem.
Confirmada a presença de outra vítima, restou a questão do João Evangelista ter sido largado no local.
Fiquei me colocando no lugar dos parentes dele, imaginando se morreu na hora em que foi arremessado ou se morreu lá, sozinho no meio do mato, no frio e no nevoeiro.
Só os peritos vão poder responder a isso.

Nossa produtora, Regina Ramalho, fez contato com os bombeiros.
Como sempre, eles foram prestativos e passaram as informações na mesma hora.
O Capitão Santiago confirmou que uma equipe de Resgate foi à Barreira do Triunfo, se prontificou a fazer contato com os profissionais e pegar mais detalhes do caso.
Trabalhar com gente competente assim, dá gosto!

Em pouco tempo tínhamos os dados que precisávamos.
O Edmar foi retirado da cabine pelos bombeiros e recebeu os primeiros atendimentos com apoio de uma equipe do SAMU.
Ele estava com fraturas pelo corpo, meio desorientado e não falou nada sobre o colega que ficou para trás.
Foi encaminhado ao HPS, onde deveria passar por cirurgia.

No hospítal, encontramos com amigos do SAMU que confirmaram a história.
Eles acompanharam o trabalho dos bombeiros para retirar a vítima das ferragens e ajudaram no socorro.
A conclusão é de que não houve negligência no atendimento.
Sem qualquer informação ou sinal de outra vítima, no escuro, no fundo de uma ribanceira cercada por nevoeiro, eles acreditaram que só havia um ferido.

Nem bombeiros, nem socorristas viram qualquer policial militar no local do acidente.
É comum os pm's registrarem casos de acidente direto no hospital, sem conferir o local do fato, que muitas vezes já foi todo alterado para garantir a segurança da via e dos outros motoristas.
O que não ficou claro nessa história confusa é o motivo do Edmar ter omitido a presença do João.

Impossível não pensar se ele apenas estava desorientado pela gravidade do acidente, ou se há algo mais suspeito por trás disso.
Tomara que tenha sido reflexo dos ferimentos e não uma omissão calculada.
Vamos ficar de olho na apuração desse caso e torcer para o Edmar se recuperar logo e esclarecer tudo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Trabalho voluntário - Iniciativas que merecem Nota 10

Por Michele Pacheco

Durante a minha licença maternidade tive tempo de sobra para monitorar todos os telejornais.
E percebi o quanto o lado ruim do ser humano está em evidência.
É tanta maldade que a gente chega a se perguntar se o mundo ainda tem solução.
Voltando ao trabalho, pedi à Elisângela Baptista, nossa editora, que trouxesse de volta ao ar o quadro Nota 10, que fez muito sucesso no Jornal da Alterosa 1a Edição.

A resposta dela foi imediata: vamos nessa.
Com nosso equipamento, eu e o Robson produzimos duas matérias para marcar a minha volta.
A primeira foi com um grupo de voluntárias que produz artesanato para ajudar a angariar recursos para o hospital Ascomcer, que trata de pacientes com câncer.
Muitos são atendidos de graça.

As 20 mulheres foram reunidas pela Lúcia.
Ela teve câncer e fez quimioterapia na Ascomcer (originalmente chamada de Associação Feminina de Combate ao Câncer, mas que hoje atende homens e mulheres).
Quando ficou curada, a emoção foi tão grande quanto o desejo de retribuir o carinho que recebeu.
Primeiro, ela ensinou tricô e crochê aos pacientes e acompanhantes que queriam algo para se distrair.

Depois, resolveu montar o grupo de voluntárias.
São mulheres que já tiveram câncer ou que tiveram parentes com a doença e que se dispuseram ao trabalho voluntário.
Entre elas, está a minha sogra, Therezinha.
Ela ficou viúva quando se recuperava do câncer de mama, ficou deprimida e espantou a tristeza com trabalho voluntário.

As colegas de grupo também têm histórias parecidas.
Duas vezes por semana, elas deixam os afazeres de casa, os filhos e as outras responsabilidades para se dedicar ao voluntariado.
Por semana, produzem em torno de 100 peças diversas de cachecol, meias, sapatinhos de tricô e outros tipos de artesanato para vender e arrecadar dinheiro para o hospital.

Quem quiser conhecer o trabalho, pode se informar na própria Ascomcer.
Os produtos que não são distribuídos entre os pacientes ficam à venda na portaria da associação, no bairro Cascatinha, perto do viaduto da Avenida Independência.
Como muitos pacientes e acompanhantes são carentes e vêm de fora, eles são beneficiados com sapatos de lã, agasalhos, etc. feitos pelas voluntárias.

Outra iniciativa bacana que registramos no Nota 10 foi a da Mônica.
Há sete anos, ela e o marido passavam por uma fase muito complicada.
Ela precisava de roupas e alimentos para os filhos e chegou a passar fome.
Durante a entrevista, contou que algumas vezes os pais cediam a roupa do corpo para aquecer os filhos.

Hoje, o casal está com a vida em ordem e a Mônica decidiu retribuir o carinho que recebeu na Sociedade Beneficente Mão Amiga.
Foi lá que ela conseguiu cestas básicas e roupas para a família nos momentos difíceis.
Agora, a ex-beneficiada é voluntária e ajuda em eventos para reunir recursos para a ong.

A Maria Aparecida da Silva, presidente da Mão Amiga, sabe bem o que a Mônica sente.
A Cida também já precisou de ajuda para criar os filhos e passou dificuldades.
Quando conseguiu uma vida mais estável, fundou a ong para ajudar famílias carentes.
O trabalho dela é reconhecido em Juiz de Fora.
Os voluntários são apontados como grandes responsáveis por manter a sociedade em funcionamento.

O triste é saber que apesar dos exemplos e das lições de vida, a Mão Amiga pode fechar as portas.
É que o pessoal está com dificuldades para pagar o aluguel da casa onde funciona a sede da ong e da loja onde é mantido o bazar da Mão Amiga.
Inacreditável como os políticos que gostam tanto de reunir mais eleitores não enxergam o potencial de ajudar a sociedade beneficente.
É assim que morrem os bons exemplos.

Hoje, foi ao ar a terceira matéria do quadro Nota 10.
Foi sobre uma iniciativa linda para melhorar a vida de pessoas carentes.
A Sociedade Beneficente Sopa dos Pobres foi criada há 80 anos.
Um casal de Juiz de Fora comemorava sempre o aniversário da filha oferecendo um jantar de graça para crianças pobres.

Aí, surgiu a idéia de oferecer refeições diárias aos necessitados.
Com ajuda de voluntários e doações, o trabalho deu certo e é mantido até hoje.
Fomos cedo para registrar os funcionários em ação, preparando o almoço.
Encontramos histórias muito interessantes.
O segredo do sucesso está no amor com que tudo é feito.

Mesmo aposentada, a Terezinha faz questão de ajudar sempre que pode.
Ela aprendeu com os pais e avós a importância de fazer parte da Sopa dos Pobres.
Mas, ao se afastar por motivos de doença, deixou uma substituta.
Roselaine mantem a tradição familiar de integrar a sociedade beneficente e espera que as filhas um dia façam o mesmo.

Além das 200 refeições servidas por dia,
a presidente da sociedade contou a nossa equipe que são distribuídos cestas básicas, cobertores, agasalhos, kits para gestantes e muitas outras coisas.
Os alimentos frescos doados que não são consumidos no mesmo dia também são entregues aos frequentadores.

Encontramos mãe e filha vasculhando as cestas com verduras e legumes e enchendo sacolas para levar para casa.
Todos que estavam lá se deliciando com a feijoada de hoje foram unânimes ao falar que o trabalho é abençoado e que todos que ajudam fazem isso com carinho e respeito pelos que precisam de ajuda.
Muito legal ver a alegria dos funcionários e o amor deles pelo próximo.

Se você souber de inciativas que mereçam ser divulgadas no quadro Nota 10, é só passar os dados e contatos.
A gente vai entrar em contato e fazer as matérias se for do interesse dos responsáveis pelos trabalhos.
A idéia é abrir espaço para os bons exemplos.