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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Invasão de casas do programa "Minha Casa, Minha Vida" em Barbacena

Por Michele Pacheco

O loteamento no bairro Nova Cidade, em Barbacena é a realização do sonho de muitas pessoas que passaram a vida vivendo de aluguel.
O sorteio foi em 2009, mas até hoje 135 casas não foram entregues.
Segundo a prefeitura, elas tiveram que passar por reformas depois dos temporais do início do ano e não liberadas junto com o restante.

Com a demora, algumas famílias decidiram invadir os imóveis.
A prefeitura informou que foram 105 unidades invadidas e que o movimento começou há quase um mês.
A expectativa era de que as casas fossem entregues nesta semana, nos primeiros dias de agosto.
Mas, com o tumulto isso é impossível.

Durante a nossa reportagem, acompanhamos duas irmãs que participaram do processo e conseguiram os imóveis.
Elas estavam muito decepcionadas com a invasão quando estavam prestes a escapar do aluguel.
O olhar era de muita tristeza para as casas com sinais de ocupação.

A casa da Suely estava com um pano na janela pelo lado de dentro.
Quando ela reclamou da situação, algumas mulheres responsáveis pela invasão se exaltaram e começaram a agredir a dona de casa com palavras injustas.
Uma das mais irritadas chegou a dizer que se ela estivesse mesmo precisando de casa, teria invadido como todos eles fizeram.

O absurdo da situação foi mais longe.
No meio do bate boca, a mesma mulher saiu apressada e voltou com um miolo de fechadura e as chave e ofereceu à Suely dizendo que a chave estava ali e era para ela entrar na casa e parar de reclamar.
Foi impossível segurar a língua.
Eu estava gravando entrevista com a dona de casa, quando a folgada apareceu.

Ainda com o microfone ligado, eu perguntei se ela tinha autorização legal para estar de posse da chave da casa de outra pessoa.
A mulher desconversou e disse que tinha sido autorizada pela pessoa que invadiu a casa e desistiu dela, porque já tinha onde morar.

Aí, veio a melhor parte.
Continuei insistindo na irregularidade e, por fim, ela tentou encerrar a discussão dizendo que era só a Suely pagar os 15 reais que a tal mulher tinha gasto trocando a fechadura.
Comentei que era um absurdo e ela, na maior cara de pau, disse que não dava era para deixar a amiga dela no prejuízo, afinal ela tinha que repassar o dinheiro gasto com a fechadura.
Perguntei se ela não achava isso criminoso, e a criatura saiu pisando duro.

Gente, entendo perfeitamente o que todas as mulheres que estavam lá disseram.
Elas precisam de um lugar para morar e não têm condições de comprar uma casa.
Mas, acho que nada justifica passar por cima de quem também enfrenta dificuldades e age de acordo com as leis.
Todos que foram sorteados no programa se inscreveram, fizeram o cadastro e correram atrás, legalmente, do sonho da casa própria.

Já pensaram se isso vira moda?
Quem não tem um carro do ano invade a concessionária e toma posse de um.
Quem não tem uma casa na praia, escolhe uma e vai passar um temporada nela.
E por aí vai.

Essas irmãs que foram tão humilhadas e agredidas pelas invasoras têm motivos de sobra para esperar ansiosas pelos imóveis.
As casas onde moravam de aluguel foram condenadas pela Defesa Civil no último período de chuva.
Elas estavam vivendo de auxílio da prefeitura e contavam nos dedos o dia de tomar posse do que é delas por direito.
Agora, estão até com medo de morar lá, porque não sabem se os invasores vão ser mantidos no loteamento.

A prefeitura disse que não pode fazer nada, nem a Caixa Econômica Federal porque a construtora não entregou oficialmente as casas.
Já o responsável pelo departamento de engenharia da empreiteira disse que o primeiro passo é tomar posse das casas que ainda não foram invadidas e entregar os imóveis à prefeitura.
O segundo passo é mover um processo de reintegração de posse para recuperar o que foi invadido.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Prisão de suspeitos de estelionato em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

A equipe da 3a delegacia de Polícia Civil anda arrasando nas últimas semanas.
Hoje, eles prenderam uma mulher suspeita de estelionato no Parque Halfeld, bem no coração de Juiz de Fora.
Ela foi flagrada sentada num banco quase em frente à Câmara Municipal e a poucos metros de um posto da PM.
Segundo os investigadores, ela estava aplicando o golpe numa mulher que cedeu cartões e outros documentos para conseguir ajuda para fazer um empréstimo bancário.

Nesse caso, não deu certo.
As duas foram ao banco, mas não conseguiram o dinheiro.
Quando voltavam para o Parque Halfeld, a suspeita deu de cara com os policiais e foi presa.
Na casa dela, os investigadores encontraram muitos documentos e material de falsificação.

Entre a papelada, estavam contra-cheques suspeitos e um carimbo de uma construtora nacional com negócios no mundo inteiro.
Ele era usado para dar mais credibilidade aos documentos apresentados na hora de fazer o empréstimo.
Havia também muitos cheques.
Todo o material vai ser examinado com cuidado durante a investigação.

Uma das mulheres levadas para a delegacia como vítima contou que sabia dos golpes e conhecia a suspeita há muito tempo.

A auxiliar de cozinha negou ter tirado vantagem disso e contou que apenas emprestou o próprio nome para que a amiga adquirisse uma linha telefônica.

Desta vez, foi apenas uma semana de investigação antes de prender a suspeita que admitiu aplicar os golpes há um ano.
Ontem, a equipe da mesma delegacia estourou um disque drogas na zona norte de Juiz de Fora.
Foram seis meses acompanhando as ações da suspeita.

Os investigadores descobriram que ela montou o tele entrega criminoso para vender drogas para um traficante da cidade.
A própria suspeita conta numa gravação da polícia civil que o homem está comandando o tráfico de dentro de uma cadeia no Rio de Janeiro.
Segundo ela, o material é entregue por um gerente do traficante que atua na parte operacional, enquanto o chefe está preso.

Na semana passada, a 3a delegacia prendeu 12 ciganos suspeitos de aplicar golpes usando edredons e panelas.
Eles passavam pelas ruas de Juiz de Fora com carros importados e caros abarrotados de material para vender.
Com uma conversa rápida e gestos irrequietos, deixavam as vítimas tontas e sem tempo para raciocinar./

Em vários casos, eles vendiam o edredon por um valor abaixo do mercado e incentivavam a vítima a pagar no cartão de crédito ou de débito.
Parecia uma transação comum, mas os investigadores descobriram que eles alteravam os valores na maioria dos boletos.
Você achava que estava pagando cem reais e via mil reais descontados da sua conta./

Como muita gente é distraída e não confere os canhotos e nem mesmo a tela da máquina de cartões, eles conseguiram fazer muitas vítimas.
Os ciganos foram presos e com eles os policiais apreenderam vídeos e fotos mostrando carros caros e diversão suspeita de ser paga com o lucro dos golpes.
Só de carros apreendidos, foram 12, dez importados e dois nacionais, avaliados em torno de um milhão e 300 mil reais.

Parque Ibitipoca Comemora 39 anos com Turma do Foguinho

Por Assessoria de Comunicação Social - 4ºBBM

O teatro de Bonecos Turma do Foguinho realizou uma apresentação para 200 crianças que participaram das festividades em comemoração ao aniversário do Parque Estadual do Ibitipoca, na Zona da Mata mineira, que celebrou 39 anos de criação no dia 04 de julho de 2012, sendo um dos destinos turísticos favoritos dos amantes da natureza.

Trabalhando a preservação do meio ambiente, com o apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a Turma do Foguinho encantou as crianças de escolas do entorno do Parque com a peça “Não brinque com o fogo”, transmitindo prevenção contra incêndios e acidentes diversos através da arte com muitas brincadeiras.

O Parque localiza-se em Conceição de Ibitipoca que é distrito do município de Lima Duarte. 
O local é habitat natural de diversas espécies de animais, como o lobo-guará, o barbado, a onça-pintada, a cuica-verdadeira e o andorinhão-de-coleira. 
A flora local também é variada: podem ser observadas orquídeas, bromélias, candeias, cactus e líquens em meio à vegetação do ambiente.

Principalmente nesta época de estiagem, onde o risco de incêndios em vegetação é latente, o teatro reveste-se de uma importância fundamental na minimização do número de ocorrências, despertando, principalmente nas crianças, de forma alegre e descontraída, o espírito de preservação ambiental.

O Gerente do Parque de Ibitipoca Sr. João Carlos enfatiza a necessidade da prevenção naquela Unidade de Conservação Ambiental: 
"Há nove anos não ocorre incêndios no interior do parque de Ibitipoca, um marco também a ser celebrado junto a um objetivo e responsabilidade de se estender estes anos, por isso a contribuição do Corpo de Bombeiros através do Teatro de Bonecos Turma do Foguinho é muito oportuna e importantíssima", declarou.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dia Nacional dos Bombeiros - Heróis de verdade

Por Michele Pacheco

Hoje é o Dia Nacional dos Bombeiros.
Só podemos agradecer e muito a competência e a compreensão de todos eles.
Quando estão em ação, conseguem manter a seriedade e o foco nas vítimas, sem destratar a imprensa que cobre os casos.

Além disso, estão sempre disponíveis para dar entrevista no local dos fatos e passar dados e estatísticas que podem ajudar na elaboração das reportagens.
Não me lembro de ouvir na redação qualquer queixa sobre falta de colaboração dos bombeiros.
E olhe que eles têm trabalho de sobra.

Por tudo o que fizeram e fazem, eu e o Robson pedimos para fazer um material especial para a data.
Levantamos nos arquivos da TV Alterosa alguns casos de destaque e fomos em busca dos bombeiros que aparecem nas imagens.
Não daria para gravar com todos e escolhemos o sargento Denilton por estar presente em todos os principais casos, o sargento Praxedes pelas atuações em alguns incêndios complicados e o Capitão Marco Santiago por representar toda a corporação.
A todos, nosso abraço e nosso carinho.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Bombeiros realizam “DESAFIO DE INVERNO” em Juiz de Fora

Por Assessoria de Comunicação Social do 4ºBBM

Na manhã de quinta-feira,  28 de junho, dentro das comemorações oficiais
 relacionadas ao Dia Nacional do Bombeiro, celebrado no dia 2 de julho, trinta Bombeiros Militares do 4º Batalhão, em Juiz de Fora, participaram do "Desafio de Inverno", que consiste na travessia da Represa Dr. João Penido, no início da manhã, às 6h. Eles atravessaram a represa e retornaram, nadando ao longo de um percurso de mil metros, sem o uso de equipamentos e roupas especiais.

A atividade tem o objetivo apresentar e enaltecer as características do profissional
 do Corpo de Bombeiros Militar, como coragem, disciplina, vigor físico e superação de fatores adversos, entre eles, o frio, a umidade e o cansaço. 
Além da travessia, os militares participaram de um ato de solidariedade, com a doação de agasalhos e cobertores, os quais serão entregues a pessoas carentes.

É o sexto ano consecutivo que o 4º Batalhão de Bombeiros Militar promove esta atividade. 
Dentro da Semana de Prevenção e Dia Nacional do Bombeiro outros eventos também estão sendo realizados, como a apresentação do Teatro de Bonecos Turma do Foguinho, eventos religiosos (Culto Evangélico e Missa), homenagem a Bombeiros Militares e amigos do batalhão. 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Assassinato em Juiz de Fora - jovem de 18 anos baleado

Por Michele Pacheco

O crime foi por volta de 11h40 numa rua sem saída do bairro Dom Bosco, zona sul de Juiz de Fora.
O jovem Deglier da Silva Alves, de 18 anos, morreu com um tiro na barriga.
Segundo testemunhas, ele foi baleado na rua e correu por um trilha estreita que serve de ligação com o bairro vizinho, Dom Orione, e com o protão principal da UFJF.

A Polícia Militar recebeu informações de que o assassinato foi praticado por uma mulher do bairro Santa Rita, zona leste da cidade.
Ela estava no Dom Bosco desde a quinta-feira, segundo testemunhas, e se desentendeu com as vítima.
A mulher foi vista fugindo do local acompanhada de uma garota.
Elas entraram num taxi, que esperava numa rua próxima, segundo uma jovem que testemunhou o crime.

Parentes da vítima se desentenderam com moradores que conhecem a assassina e o clima ficou tenso no bairro.
Um irmão do Deglier confirmou que ele era dependente químico e moradores do bairro acreditam que a suspeita seja ligada ao tráfico de drogas.

A comunidade estava revoltada.
Fomos muito bem tratados durante a cobertura do caso, o que reforça o que todos disseram.
Aquela é uma comunidade hospitaleira, que sobrevive driblando a pobreza e a violência.
Uma morte violenta como essa, desequilibra a tranquilidade conseguida a duras penas.

Isso, sem falar que a morte foi pouco antes da trilha ficar cheia de crianças voltando da escola e de moradores indo almoçar em casa.
Impossível não olhar aquilo e pensar no que poderia ter ocorrido se alguém estivesse passando.
Bala perdida, queima de arquivo, tudo seria possível.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Acidente entre ônibus e caminhão de gás em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

A estrada União e Indústria ficou fechada por toda a manhã.
O motivo foi uma batida entre um ônibus da Viação Santos e um caminhão carregado de botijões de gás.
A fila de veículos era grande quando chegamos na rodovia entre Juiz de Fora e Matias Barbosa.
A Polícia Militar e os Bombeiros estavam no local.

Segundo os bombeiros, três pessoas ficaram feridas: os dois motoristas e uma passageira do coletivo que seguia de Bicas para Juiz de Fora.
Quando eles chegaram, a mulher já tinha sido socorrida por pessoas que passavam pela estrada e levada para o HPS.
Os dois motoristas foram levados por ambulâncias do Resgate e do SAMU.

O trecho da União e Indústria é muito movimentado pela manhã.
Quem seguia de ônibus teve que parar de um lado do acidente, passar à pé pelo acostamento e pegar outro veículo que aguardava no sentido contrário.
O transtorno foi grande.

Com a batida, o caminhão tombou e fechou as duas pistas da rodovia, que já é estreita.
O assistente do motorista do ônibus contou que eles se assustaram quando viram o outro veículo vindo tombando depois de uma curva e se arrastando em direção ao coletivo.
O motorista só teve tempo de jogar o ônibus para o lado e cair num barranco.

Ele merece os parabéns.
Se não fosse isso, poderia haver muito mais vítimas.
O sentido que o caminhão tomou era direto para dentro do ônibus.
Os dois veículos iam bater de frente e a situação seria pior.

Uma máquina foi usada para abrir espaço no acostamento para a passagem de carros.
Quando a trilha foi concluída, alguns caminhoneiros e carreteiros nem quiseram saber do risco e foram em frente, mesmo sabendo que a situação era complicada.
Por sorte, não houve atropelamentos, já que o pessoal que seguia à pé usava o mesmo caminho.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Briga de gangues dentro do HPS de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Eu estava chegando em casa e passei na porta do HPS.
Da calçada já dava para ver que tinha algo errado acontecendo.
Gente assustada, ambulâncias fazendo fila na rampa de entrada e muitos policiais militares.

Impossível não parar para saber o que estava havendo.
Uma mulher contou que uma gangue invadiu o hospital para matar um desafeto que estava internado, houve briga lá dentro e quem esperava atendimento saiu correndo com medo de tiros.

As informações estavam muito confusas.
Enquanto gravava com o celular, liguei para o Robson e o Evandro que estavam trabalhando na parte da tarde.
Era por volta de 16h e eles estavam do outro lado da cidade.
Para não perder o caso, pediram ao Vagner Tolendato, nosso estagiário, e à Flaviane Falcão para irem ao HPS adiantar o trabalho enquanto eles deslocavam.

Num trabalho conjunto, conseguimos garantir boas imagens para que o Evandro e o Robson fechassem uma ótima matéria.
Eles chegaram e assumiram o caso.
Sete jovens e adolescentes foram levados para a delegacia.

As histórias eram contraditórias.
O pai do adolescente que estava internado depois de ser esfaqueado no feriado de Santo Antônio disse que ele e o outro filho estavam acompanhando o paciente quando viram os integrantes de um grupo rival de outro bairro andando pelos corredores.
Achando que eles iam matar o garoto ferido, os dois partiram para cima.

O grupo suspeito de invadir o HPS contou outra versão, alegando que um deles estava ferido no braço e foi lá para ser atendido.
Eles só não explicaram porque levaram duas facas para um hospital.
Elas foram apreendidas pela PM e apresentadas como armas apreendidas com o grupo do bairro Jardim Gaúcho.

Ficou o dito pelo não dito.
Como as histórias não batiam, todo mundo foi liberado para continuar a briga nas ruas, nos hospitais ou onde mais acharem conveniente.
Enquanto isso, quem não tem nada a ver com a briga deles acaba na linha de tiro, ou de facada.

Todo mundo que estava no hospital ficou apavorado com a demonstração de falta de medo das autoridades.
Eles brigaram dentro de uma área supostamente segura.
Se os policiais militares e os guardas municipais não agissem rápido, poderia ter havido uma tragédia.

No local, funcionários do HPS me contaram que um pm de folga estava no corredor e foi quem viu o perigo e imobilizou o invasor que levava uma faca, chamando a segurança.
Isso não foi confirmado e o Robson e o Evandro ficaram até tarde naquela noite esperando um posicionamento da PM e alguém para gravar, o que não aconteceu.

Assassinato em Juiz de Fora - grávida esfaqueada

Por Michele Pacheco


Os moradores do bairro Bela Aurora, zona sul de Juiz de Fora, acordaram assustados com uma gritaria.
Eles correram para ver o que tinha ocorrido e encontraram o corpo de uma vizinha, de 41 anos, caído na calçada, a uns 50 metros da casa dela.
A mulher grávida de 3 meses estava morta com uma faca fincada nas costas.

Um morador contou ter ouvido gritos e imaginou que era um cão atacando alguém.
Ele abriu o portão e viu a mulher sendo atacada por um conhecido dele.
O homem estava muito exaltado e custou para ser controlado por essa testemunha e outras pessoas que passavam.
Diante da cena brutal, houve uma tentativa de linchamento.

O assassino conseguiu fugir com um ferimento na cabeça.
Ele foi visto trocando de roupa num supermercado do bairro vizinho, Teixeiras.
A polícia militar fazia rastreamento, recebeu essa informação e agiu rápido.
Dois policiais da 32a Companhia PM pararam um homem com as características passadas por testemunhas e ele confessou o crime.

Uma pena que não conseguimos autorização para gravar com os pms.
Eles mereciam destaque pelo empenho na ocorrência.
Mas, ultimamente a Polícia Militar tem se mantido mais afastada da imprensa.
A informação é sempre que apenas a assessoria de comunicação pode passar dados ou gravar entrevista.
Lamento, porque quem está na rua dando sangue pela comunidade merecia reconhecimento.

Eu e o Robson estávamos a caminho do local do assassinato, quando vimos um homem sendo abordado.
Paramos e confirmamos que era o suspeito do crime.
Gravamos com ele, que disse que a mulher o chamou de macaco, ele reclamou, os dois brigaram, ela bateu na cabeça dele e o pedreiro de 59 anos reagiu com a faca.

Ele tinha um corte na cabeça e estava com uma sacola cheia de roupas sujas de sangue.
Perguntei por que o sujeito fugiu, já que alegava legítima defesa.
Ele negou estar fugindo e perguntei por que parou para trocar de roupa no supermercado.
O homem respondeu na maior tranquilidade que se trocou para ir trabalhar.
Perguntei como ele conseguia agir com tanta naturalidade depois de admitir ter matado uma pessoa e não tive resposta.

 O suspeito mora a uns três quarteirões da casa da vítima.
Mesmo assim, os familiares da mulher afirmaram que ela não conhecia o pedreiro, apesar de frequentarem a mesma igreja.
Testemunhas contaram aos policiais que o sujeito foi visto escondido atrás de um poste no alto da rua, bem em frente ao local do assassinato.
O amigo dele contou que andava com medo nos últimos tempos porque o pedreiro vinha pedindo orações e dizendo que o diabo tinha mostrado alguém para ele matar.