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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Incêndio no centro de Juiz de Fora

Por Robson Rocha

Hoje, por volta de cinco da madruga o telefone da Michele tocou. Era uma fonte passando que havia um incêndio de grandes proporções no centro de Juiz de Fora. Mais precisamente na avenida Getúlio Vargas, próximo ao antigo Granatão.

Levantei e peguei nossa câmera, mas como diz o ditado: “em casa de ferreiro o espeto é de pau”, as baterias estavam descarregadas.
Então, parti para o plano “b”.
Enquanto a Michele ligava para a nossa chefe, peguei meu carro, fui até a TV e peguei uma câmera e luz.
Só havia um carro na TV, então decidi ir com o meu mesmo, pois precisariam do outro carro.
Chegando no local, fui barrado, mas quando me reconheceram, me deixaram passar.
Deixei a chave com um bombeiro que manobrou o carro pra mim, enquanto garantia as primeiras imagens na avenida Getúlio Vargas.

Logo, outro bombeiro me alertou que seria melhor ir pela rua de trás, a Batista de Oliveira, onde daria, segundo ele, uma melhor visão do incêndio.
Fui para lá e outras viaturas dos bombeiros estavam posicionadas dentro do estacionamento do Bahamas. Fiz algumas imagens e logo um bombeiro alertou pelo rádio que a imprensa havia chegado e perguntando se poderia gravar alguma coisa. Bem, até aquele momento eu era a única figura da imprensa no local. Como fui o primeiro maluco a chegar ali, realmente era comigo.

O comandante pediu que me mandassem para um outro local, onde ele estava e dava para ver as chamas.
Fui, entrei em um beco que eu não conhecia e notei que ali existem várias casas abandonadas que, segundo alguns moradores, são usadas para prostituição e tráfico de drogas, além de funcionar de esconderijo para bandidos.
Mas, segui o caminho.

Quando cheguei no local, encontrei o Tenente Coronel Rodney Magalhães comandando pessoalmente a operação.
Ele me disse para subir em uma laje.
Aí, a falta de preparo físico falou alto. Passei o equipamento e quando fui subir... que dificuldade, foi difícil puxar meus mais de 90 quilos pelos braços, mas consegui.

O Tenente Coronel Rodney disse que havia brinquedos e tecidos no prédio em chamas e a preocupação era para o fogo não se espalhar, pois em volta, além de vários prédios antigos, havia depósitos e estacionamentos.
Todos eles com um pontecial enorme de combustão.

De cima dava para ver o estrago, mas a quantidade de fumaça era muito grande e às vezes dificultava a respiração. Fiz as imagens e quando peguei minha “xeretinha” para fazer algumas fotos, a pilha acabou e as novas estavam no carro.
Quando foi mais ou menos seis e meia a equipe do horário chegou, o Marco Fagundes assumiu meu posto na laje.

Quando desci, passei para o Evandro Medeiros, o repórter, o que eu tinha de imagens.
Dali fui embora para levar minha filha ao colégio e de longe dava para ver a coluna de fumaça, apesar do incêndio estar controlado.

Eram 7 da manhã quando passei na TV e deixei o equipamento.
Avisei que a Michele e eu tínhamos recebido a informação de que o prefeito de Juiz de Fora seria preso novamente.
Cheguei em casa e comecei a escrever esse texto, mas me ligaram da tv para irmos trabalhar.

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