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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

19º Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga

Por Robson Rocha

O que todo mundo imagina, principalmente alunos de jornalismo é que tudo se encaixa perfeitamente na hora de gravar uma matéria, mas os imprevistos que acontecem são inúmeros.
Hoje por exemplo, nossa pauta era sobre o festival de música colonial e antiga, o objetivo era gravar com um lutier que estaria dando um curso e o local era no Instituto Estadual de Educação, mais conhecido com Escola Normal.

Nesse período do ano é comum encontrar jovens andando pelas ruas da cidade carregando instrumentos musicais, às vezes eles chamam a atenção pelo tamanho. E, a cidade respira música, são várias apresentações, elas acontecem em vários locais e até mesmo nas ruas.
Essas apresentações nas ruas variam de orquestras à pequenos grupos como estes três alunos que participam do 19º Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga e se apresentaram na calçada da avenida Rio Branco, no centro de Juiz de Fora tocando violinos.
E, como eu gosto de rock, já gostei da apresentação deles, pois além das músicas antigas, eles tocaram Gun’s N’Roses.

Falando em violinos, é comum também encontrar jovens tocando solitários.
Eles treinam o tempo todo e a concentração é tão grande que muitas vezes nem notam as pessoas que estão a sua volta.
Parecem que estão viajando em um outro mundo, dopados pela música.

Outra coisa bacana no festival é que a maioria dos participantes das oficinas é jovem e que quer realmente aprender música.
Esses jovens não são apenas de Juiz de Fora, eles vêem de toda parte do país e ajudam a transformar Juiz de Fora na capital brasileira da música colonial e música antiga.
Algumas vezes eles treinam próximos e partituras diferentes, aí, realmente não dá para entender nada que eles tocam.

Mas, voltando a nossa pauta, quando chegamos o professor ainda não havia chegado e estranhamos quando a moça da organização nos mostrou onde ele ficaria.
Era uma mesa no canto do pátio e não parecia local para um curso.
Aguardamos um pouco e ele chegou.
A Michele conversava com ele enquanto ele colocava vários objetos sobre a mesa e aí veio a surpresa.
O local ali era para a venda de intrumentos.

O Humberto Nicoline e eu ficamos esperando para ver o que fazer, pois o professor disse que a aula era pela manhã e seria impossível dar ou mesmo simular uma aula naquele momento.
Fizemos a entrevista e o restante do material teria que ser feito pela equipe da manhã de terça-feira.

Saímos e levei a Michele a uma farmácia para comprar um analgésico pois ela estava com dor na coluna. Aí, nos ligaram para voltar ao local para gravar a matéria, porque havia alunos no local.
Eu disse que o professor havia dito que não tinha material para dar aula, mas nos mandaram voltar.
Chegando lá, nada mudou com relação a aula e ele continuaou vendendo seus instrumentos e apenas uma aluna de Viçosa apareceu por lá.
Depois de quase três horas para gravar uma matéria, fizemos apenas duas entrevistas.
Isso me faz lembrar de um chefe que tive, que dizia que a equipe sai da redação com 50% de chance de voltar com uma matéria e 50% de voltar com as mãos abanando.

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