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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Agosto - Mês do Folclore

Por Michele Pacheco

O Folclore é uma das principais riquezas de um povo. As histórias vão passando de uma geração a outra e preservando tradições culturais.
Para comemorar o mês do Folclore, a Biblioteca Municipal Murilo Mendes, em Juiz de Fora, caprichou na decoração.
Além de cartazes com ditos populares, anedotas, piadas e adivinhações, a direção preparou mais uma edição da "Colcha Literária".
Num pano rústico foram costurados bolsos de retalhos. Neles, estão 300 cópias de cerca de 40 textos diferentes extraídos do acervo da biblioteca. Quem passa pelo corredor, só tem que escolher os que quer levar.
O projeto busca incentivar a leitura.

Fomos fazer uma reportagem sobre isso e encontramos o pessoal da Tribuna de Minas por lá.
O Robson fez questão de registrar as caretas do Antônio Olavo Cerezo, repórter fotográfico.
Nem nosso divertido amigo resistiu a dar umas boas risadas quando viu o "flagrante".
A gente fica um bom tempo sem encontrar o restante dos jornalistas da cidade.
Mas, quando nos encontramos, é diversão pura. Por falar nisso, estou com saudades do povo!

Separei alguns textos da colcha literária. Nenhum deles tem referência de autor.

1- Piadas de Bêbado

Depois de uma chuva forte, um bêbado vinha cambaleando pela rua.
Lá pelas tantas, parou assustado, olhando a imagem da lua que se refletia numa poça d'água.
Abraçado a um poste e olhando para o brilho da lua a seus pés, perguntou ao primeiro transeunte:
- Moço, que negócio é aquele brilhando lá embaixo?
- O senhor não está vendo que é a lua?!
Retrucou o bêbado, espantado:
- Nossa!...Se aquilo lá embaixo é a lua, o que é que eu estou fazendo aqui em cima?!...

2 - Piadas de Bicho

Uma velha tinha um papagaio que só sabia falar o dia todo "Tomara que esta velha morra!"
Cansada de ouvir aquilo, procurou o vigário e contou-lhe sua tristeza, ao escutar o dia inteiro "Tomara que esta velha morra!"
O padre disse:
- Não se preocupe, minha filha. Eu tenho um papagaio que passa o dia inteiro aqui na igreja e já sabe até rezar todas as orações da missa. Você vai levá-lo par casa, colocá-lo junto com o seu e, tenho certeza, ele vai aprender a rezar com o meu papagaio.
A velha saiu muito contente com o papagaio no dedo.
No dia seguinte, mais aborrecida ainda, trazia ela de volta o papagaio do vigário.
- Seu padre, tome o seu papagaio de volta. Agora a coisa ficou muito pior. - Como assim?
- Agora, meu papagaio fala "Tomara que esta velha morra" e o seu vai logo dizendo "Senhor, escutai a nossa prece".

3 - O Defunto Vivo
Em alguns arraias do interior mineiro, quando morria alguém, costumavam buscar o caixão na cidade vizinha, de caminhão.
Certa feita, vinha pela estrada um caminhão com sua lúgubre encomenda, quando alguém fez sinal, pedindo carona. O motorista parou.
- Se você não se incomodar de ir na carroceria, junto do caixão, pode subir.
O homem disse que não tinha importância, que estava com pressa. Agradeceu e subiu. E a viagem prosseguiu.
Nisto, começa a chover. O homem, não tendo onde se abrigar da chuva, vendo o caixão vzio, achou melhor deitar-se dentro dele, fechando a tampa, para melhor abrigar-se. Com o balanço da viagem, logo pegou no sono.
Mais na frente, outra pessoa pediu carona. O motorista falou:
- Se você não se importar de viajar com o outro que está lá em cima, pode subir.
O segundo homem subiu no caminhõ. Embora achasse desagradável viajar com um defunto no caixão, era melhor do que ir à pé para o povoado.
De tempos em tempos, novos caronas subiam na carroceria, sentavam-se respeitosos, em silêncio, em volta do caixão, enquanto seguiam viagem.
Avizinhando-se o arraial, ao passar num buraco da estrada, um tremendo solavanco sacode o caixão e desperta o dorminhoco que se escondera da chuva dentro dele.
Levantando devagarinho a tampa do caixão e pondo a palma da mão para fora, fala em voz alta:
- Será que já parou a chuva?
Foi um corre-corre dos diabos. Não ficou um em cima do caminhão. Dizem que tem gente correndo até hoje!

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