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Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Chuva em Minas - Destruição na Zona da Mata

Por Robson Rocha

A chuva finalmente diminuiu na Zona da Mata mineira.
Mas, em algumas cidades, apesar do nível da água ter abaixado, ainda existe uma grande área inundada.
Esse é o caso de Ponte Nova, onde nível da água baixou um pouco, mas fotos aéreas tiradas pelos bombeiros mostram o tamanho do estrago na área urbana e na área rural.
Mas, em alguns locais, parece um cenário de guerra.

Hoje, helicópteros do corpo de bombeiros sobrevoaram as áreas atingidas e socorreram pessoas ilhadas em diversas localidades.
Uma grande preocupação da população da região são as barragens.

As fotos mostram que elas estão no limite e, além do volume excessivo de água, existe uma grande quantidade de material arrastado pela correnteza.
Não existem dados do real tamanho dos estragos feitos pela chuva na região de Ponte Nova.

Nas fotos, é possível ver propriedades rurais isoladas pela água.
A região é grande produtora de suínos e não se tem idéia de quantos animais foram levados pela água.
Também não existem notícias dos prejuízos na agricultura.
Com a diminuição das chuvas, será possível a recuperação parcial das estradas rurais, para se chegar aos pequenos produtores e conhecer a dimensão da tragédia.

Na cidade, com o nível da água mais baixo, já está sendo possível ver o tamanho dos estragos.
Vários barrancos caíram, destruindo moradias, na área central de Ponte Nova.
Várias empresas e indústrias foram invadidas pela água.
Não se sabe o que foi salvo e também o tamanho do prejuízo.

Nas fotos aéreas do corpo de bombeiros, é possível ver que Ponte Nova foi dividida ao meio. Segundo alguns moradores, é a maior enchente da história da cidade.
A prefeitura ainda não divulgou o número de desabrigados e desalojados na cidade.

Com a água baixando, moradores e comerciantes tentam recuperar e limpar o que sobrou depois da enchente.
E a grande preocupação agora são as doenças que podem ser contraídas com o contato com a lama e água contaminados.
A principal das doenças é a leptospirose que é contraída quando se tem contato com a urina de rato que fica misturada na lama.

As autoridades de Ponte Nova estão pedindo a doação de roupas e alimentos para os desabrigados da região.
As vias rodoviárias para Belo Horizonte e Viçosa já estão liberadas.
É aguardada também a visita do Governador do Estado.

Em Muriaé, segundo o blog do Silvan Alves, a água baixou, mas ainda existem áreas inundadas. Ainda segundo Silvan Alves, as linhas de ônibus urbanos voltaram a operar, assim como as linhas de ônibus interurbanos e interestaduais.
A Av. JK, a beira-rio, sofreu destruição em vários pontos.
Ainda há dezenas de casas alagadas e ainda não é possível fazer uma avaliação da perda de cerca de dez mil muriaeenses que estão desalojados dependendo da solidariedade da sociedade e do poder público.

Ainda em Muriaé, segundo o site Interligado On Line, apesar das chuvas terem diminuído e o volume das águas do Rio terem baixado, agora a cidade passa por outro momento difícil.
O desmoronamento em áreas de risco é uma preocupação
As casas atingidas pelas chuvas, mesmo em locais onde não teve enchente, começaram a sofrer danos, como rachaduras, queda de muros, barrancos e até de uma residência no Bairro São José.
Apesar do fato lamentável, na hora as pessoas já haviam saído da casa e não se feriram, mas perderam tudo, já que não tiveram tempo de tirar nada de dentro do imóvel.
Já nas casas vizinhas as rachaduras são aparentes, deixando os imóveis com risco de cair.
Os moradores tiveram que se instalar em casas de parentes, vizinhos e abrigos da prefeitura.

Em Cataguases, onde mais de dez mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas, a água também baixou e os moradores contam os prejuízos e também tentam salvar alguma coisa que dê para aproveitar em meio a lama.
Mas, parte da cidade ainda está alagada.

Segundo o blog do Silvam Alves, esse prédio, na área da estação, região central da cidade, ameaça cair.
A Defesa Civil considera essa a maior enchente dos últimos trinta anos.
A chuva em Minas já obrigou cerca de trinta mil pessoas deixarem suas casas.

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