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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Greve e desunião em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Hoje, foi dia de assembléias.
A primeira foi às nove da manhã, no centro de Juiz de Fora.
Uma multidão de servidores municipais se reuniu em frente à Câmara Municipal.
O objetivo era discutir o indicativo de greve e avaliar as propostas da prefeitura.
esde o início, ficou clara uma divisão entre os diversos sindicatos e trabalhadores.

A contraproposta da prefeitura inclui um abono para os profissionais que têm os menores salários.
E também a incorporação do adicional de periculosidade aos salários dos servidores que trabalham no Hospital de Pronto Socorro e nas regionais de saúde e a inclusão dos motoristas da Empav nos benefícios dados aos motoristas da administração direta.

O documento enviado pela prefeitura com a contraproposta foi avaliado pelos líderes dos diversos sindicatos.
Enquanto alguns trabalhadores pressionavam para que o acordo fosse feito, os sindicalistas mostrava insatisfação.
Cosme Nogueira, presidente do Sinserpu (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais) já tinha dito nas outras paralisações que o objetivo da prefeitura era descentralizar o poder de negociação.

“Eles negociaram em separado com algumas categorias, foram ao Demlurb e fizeram propostas que criaram uma divisão” reclamou Cosme. Mesmo assim, ele considera o movimento vitorioso, já que mobilizou quase 90% do funcionalismo municipal. O próximo passo é formar uma comissão para seguir com as negociações com a prefeitura.
Os sindicatos dos engenheiros e dos médicos não descartam a possibilidade de paralisações.

Se os servidores mostraram desunião, os professores seguem firmes com a greve que começou no último dia 29.
Eles fizeram uma assembléia às quatro da tarde e votaram na manutenção do movimento grevista e recusaram a contraproposta da prefeitura.
Os únicos itens considerados um avanço nas negociações foram as propostas de ampliação das férias-prêmio e a avaliação de um plano de carreira para os secretários.

Os professores querem, entre outras reivindicações, passar de R$ 450 para R$ 600 a verba para compra de material pedagógico, reajuste de 10% dos salários e manutenção do plano de carreira dos professores.
O coordenador geral do Sinpro disse hoje, ao vivo no Jornal da Alterosa, que considera um descaso da prefeitura a falta de avanço nas negociações.

Ele rebateu as informações oficiais de que o município não tem como reajustar os salários neste ano por conta da dívida de R$ 60 milhões herdada do governo passado, dos reflexos da crise mundial e da queda no repasse de verbas federais. “É só entrar na internet e pesquisar. Os dados não batem. O governo federal já avisou que vai liberar o FPM correspondente aos valores de 2008. Além disso, as dívidas da prefeitura estão sendo negociadas e não podem servir de desculpa para prejudicar o funcionalismo” reclamou Flávio Bitarello. A próxima assembléia está marcada para a semana que vem.

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