Por Daniel Camargos - Estado de Minas
Cinto de segurança de três pontos

Tomara que você nunca precise saber quem foi Nils Bohlin.
Que passe toda a vida usando e abusando da criação do sueco sem pensar que ela salvou sua vida ou que poderia ter evitado uma tragédia, caso sua família a estivesse usando corretamente.

O invento completou 50 anos nesta semana e, sem dúvida, merece os aplausos, pois contra números não há argumentos:
1 milhão de vidas salvas, de acordo com estimativa feita em 2002 pela Volvo, companhia em que Bohlin trabalhou.
O sociólogo, especialista em segurança no trânsito,

Não por menos, a criação de Bohlin está

O sueco, que morreu aos 82 anos, em 2002, recebeu diversos outros prêmios pela criação.
Antes de ser contratado pela Volvo, em 1958, ele trabalhava no departamento de aviação da Saab e, em 1955, foi o responsável pela criação do assento catapulta para aeronaves.
Ironicamente, o mesmo engenheiro

Segundo estudos, 75% das pessoas que são jogadas para fora do veículo em um acidente não resistem e morrem.
O uso do cinto também reduz a chance de morte e de lesões sérias em até 50% .
Brasil
O professor de ética na engenharia, da Universidade Federal do

No fim da década de 1970, ele comandou uma pesquisa em seis capitais, abrangendo todas as regiões do país, que mostrou o baixíssimo uso do cinto abdominal por aqui.
Também fez testes para ver a aceitação das pessoas

Como o de que seria difícil abrir o cinto em caso de acidente, desfeito com simulação e uso de um crônometro.
Outro mito desfeito era de que não havia necessidade do uso na cidade.

Porém, a ausência de cinto pode provocar mortes advindas de choques em velocidades de 20km/h.
"Havia um preconceito em relação ao cinto e mostrei que era irreal", lembra Petzhold.
Numa colisão frontal a 100km/h contra uma carreta nem cinto salva.
O projeto foi feito em 1979, mas a regulamentação ocorreu em 1985. Só com a entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro, em 1998, a obrigatoriedade se tornou nacional. Antes, várias cidades criaram leis exigindo o uso obrigatório. O grande problema, segundo o professor, é a resistência do brasileiro a tudo que é compulsório. "Isso ocorre, pois somos um país que viveu uma ditadura e isso ficou muito arraigado na mente das pessoas, que acreditaram que o cinto era mais uma imposição do sistema econômico", teoriza Petzhold, que por isso acredita ter faltado habilidade ao governo.
De acordo com a Global Road Safety Partnership, as maiores taxas de utilização do cinto de segurança estão na França, Alemanha, Suécia, Austrália e Canadá.
Nesses países, a taxa de utilização do cinto nos bancos dianteiros é entre 90% e 99% e entre 80% e 89% no banco traseiro. A menor é na ilha de Sakhalin, na Rússia, em que a taxa de utilização do cinto é de 3,8%.
História
Antes do cinto de três pontos, diversas experiências

A primeira patente é de 1885, dos Estados Unidos, e coincide com o surgimento do automóvel.
Porém, assim como o veículo, era um dispositivo muito rudimentar.
Depois, no início do século passado, surgiu na França, um cinto que foi o precursor do de dois pontos, que envolvia parte da coxa e do peito.
Nas corridas de automóvel nos EUA, nas décadas de 1910 e 1920, alguns pilotos chegaram a usar o dispositivo de segurança.
Interessante é que alguns médicos norte-americanos,

Só em 1955, a Ford e a Chrysler anunciaram cintos abdominais, que começaram a ser vendidos nos carros de 1956.
À época em que Nils Bohlin assumiu o

Era necessário um cinto que fosse fisiologicamente correto e prendesse o corpo ao carro, por isso Bohlin iniciou o desenvolvimento.
Em 1959, desenvolveu o cinto de três pontos nos carros da companhia, que depois foi liberado para as outros fabricantes.
O sistema tem quatro importantes

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