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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sábado, 1 de setembro de 2012

Assassinato na Vila Olavo Costa em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Por volta do meio dia, recebemos informação de uma fonte sobre um homem que tinha sido baleado na Vila Olavo Costa, região sudeste de Juiz de Fora.
Fomos ao local e encontramos uma equipe da PM e muitos moradores na rua, ao lado de um homem caído de bruços no chão e sujo de sangue./

Logo em seguida chegaram as ambulâncias do SAMU e do Resgate.
O médico prestou socorro, mas constatou que o homem de 28 anos já estava morto, depois de ser atingido por dois tiros dados pelas costas.
Maicon Fernandes Marques tinha envolvimento com tráfico de drogas, segundo a polícia e a família./

A mãe dele estava no local e conversou com a gente.
Achei estranho o olhar pesaroso, mas sem lágrimas e comecei a conversar com ela, antes de gravar.
Rosângela me disse que não falava com o filho havia alguns anos, porque não concordava com o caminho que ele escolheu.
Como uma mulher que trabalha muito para sustentar a família, ela não conseguiu aceitar a decisão do Maicon./

Diante do corpo do filho, a mãe parecia conformada.
E foi o que disse na entrevista.
Ela afirmou que sabia que um dia passaria por aquele sofrimento, mas que rezava para isso nunca acontecer.
Quem se envolve com o tráfico costuma ter dois caminhos a seguir: a prisão ou o cemitério./

Como ocorre na maioria dos casos de violência em comunidades que temem a represália dos marginais, ninguém admitiu ter visto ou ouvido qualquer coisa relacionada ao crime.
Difícil acreditar que no meio do dia, tiros numa rua movimentada, um baleado... e ninguém sabendo de nada./

Mas, a polícia já se acostumou com essa dificuldade, o que complica e atrasa as investigações e a busca pelos culpados.
O que as comunidades esquecem é que elas têm o poder de mudar a realidade que estão vivendo.
As denúncias podem ser anônimas, pelo telefone 181, e ajudam muito o trabalho dos órgãos de Segurança Pública.

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