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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Campeonato Brasileiro de Ginástica de Trampolim

Por Michele Pacheco

O Campeonato Brasileiro de Ginástica de Trampolim vai ser disputado a partir da próxima quarta-feira (de 04 a 08 de junho) em Goiânia-GO.
E, Juiz de Fora vai marcar presença.
A equipe do Instituto Vianna Júnior viaja com 19 atletas, sendo a segunda maior delegação do país.
O técnico Deber Zambelli está otimista.
O grupo está treinando há 4 meses e tem se dedicado bastante à preparação.

A Cássia tem 11 anos e foi campeã brasileira no ano passado.
Ela vai para Goiânia de olho no bi-campeonato.
"Eu consegui o título em 2007 porque uma atleta não foi bem. Se não fosse por isso, eu não teria conseguido. De lá pra cá, eu tenho treinado muito para corrigir o que não fiz direito e acho que vou conseguir o título de novo. Dessa vez por mérito meu."
Explica a simpática atleta que está sempre sorrindo e fazendo pose para fotos.

Júlio César Nascimento tem 13 anos e vontade de campeão.
Ele treina duro e sem reclamar.
No duplo mini, mostra a disposição de quem espera voltar para casa com uma medalha.
O Rafael Barbosa, de 14 anos, é outro destaque da equipe do Vianna Júnior.
Ele é bi-campeão brasileiro e quer ficar entre os melhores em Goiânia.
" Se eu ficar entre os três melhores da competição, posso ganhar a Bolsa Atleta. Vou fazer o melhor que puder." explica o adolescente se referindo ao benefício do Governo Federal que ajuda atletas sem patrocínio.

Sob os olhos atentos e as orientações do técnico, a equipe corre, salta, capricha nos movimentos e...começa tudo de novo.
Os treinamentos são cansativos, mas a garotada se diverte.
Entre uma sessão de saltos e outra, o grupo se reuniu e fez pose para o Robson.
Foi uma graça ver aqueles atletas tão sérios no treino virarem crianças por alguns instantes.
Tomara que eles tenham que fazer muitas poses para fotógrafos do mundo todo na trajetória esportiva deles.

Se algum dos atletas dessa equipe um dia chegar a uma Olimpíada ou ganhar fama, pelo menos uma coisa não vai ser novidade: a tietagem.
"Vai. Pula. Mais força no movimento" dizia uma mãe alvoroçada vendo o treino. "Ei, saia da frente que o cinegrafista está filmando a minha filha" gritava outra com medo da imagem da menina não ficar legal.
"É isso ai, meu filho. Ficou lindo" se derretia uma mais afoita.
Enfim, os garotos já estão habituados à torcida presente e fiel dos pais.
O Adalberto que o diga. Tímido, ficou vermelho quando gravamos entrevista com a mãe dele, destacando a camisa que ela usava estampando uma foto do filho com medalha no peito.

Não importa se, na pressa de saltar cada vez mais alto no esporte, nem sempre os movimentos saírem perfeitos.
Os jurados podem não gostar, o técnico pode reclamar, a equipe pode se decepcionar.
Mas, para os pais, esses atletas já são heróis, pelo simples fato de tentarem superar os desafios e não desistirem diante das dificuldades.
Vamos ficar daqui, acompanhando o desempenho deles e torcendo para que cada um realize seus sonhos.
SUCESSO!!!

domingo, 1 de junho de 2008

Cavalo à venda

Por Robson Rocha

Final de semana de plantão é uma felicidade pra galera da imprensa, ainda mais com o frio que está fazendo.
Ontem, cobrimos a entrega da Medalha Henrique Halfeld e aproveitamos para fofocar bastante.
Como o evento atrasou bastante, deu tempo até para registrar uma foto.
Depois fizemos entradas ao vivo no Jornal da Alterosa Edição Regional e ficamos de plantão.

Hoje, começamos cedo.
Estávamos indo para a TV, passando pela feira da Avenida Brasil, quando a Michele viu uma cena que chamou a atenção.
A gente está acostumado a ver todo tipo de quinquilharia ser vendido por ali.
De dentadura usada a rodas de carro, já vimos de tudo.

Mas o que a Michele viu era diferente, um cavalo.
Você vai dizer: todo mundo já viu um cavalo, certo?
Só que era um detalhe que realmente chamava a atenção.
Um anúncio em uma folha de papel que o pobre tinha presa no rabo, como fazem com carros à venda.
Não resisti, dei marcha ré no carro e tiramos uma foto.

Dali, fomos pra TV e pegamos a estrada.
Destino: Mercês, que fica a mais ou menos 100Km de Juiz de Fora. Se eu jogasse no bicho, com certeza jogaria no cavalo.
Será que tem esse animal no jogo de bicho?
Mas, o motivo é que esbarrei com esses animais por todos os lugares que passei.

Na estrada, passamos por várias carroças.
No trevo de Tabuleiro, encontramos com um grupo de cavaleiros, que mesmo com a chuva, parecia animado.
Durante o resto do caminho, esses animais continuaram a ser presença constante.

Quando chegamos em Mercês, qual a primeira coisa com que nos deparamos?
Claro! Um cavalinho!
Se tivesse encontrado com meu tio João, que sabe tudo de jogo de bicho, ia pedir umas dicas.
E, foi assim o dia todo, até na volta a Juiz de Fora.

Deixando os cavalos de lado, Mercês é uma cidade muito simpática e hoje está completando 96 anos.
E eu, feliz, pois ia comer o famoso frango ao molho pardo da cidade.
Só que não deu.
Almoçamos em um restaurante próximo à antiga estação ferroviária. Apesar de não ter o franguinho (que só é feito por encomenda), comi uma feijoada maravilhosa!

Eh, mas fomos lá pra trabalhar.
Montamos o equipamento na praça e fomos gravar algumas “cabeças” para o jornal.
O pessoal da cidade ficou olhando meio desconfiado, o que tanto a gente mudava de lugar para gravar.
O pior foi acertar a posição da Michele.
Ela é míope e estava com a vista irritada.
Por isso, trocou as lentes por óculos.
Como foi orientada a não gravar com eles, ela fica fazendo mil caretas para tentar enxergar a câmera e os meus gestos.
Mas, tudo acaba dando certo.

A hora estava passando e tínhamos que ir para o estádio da cidade, onde ia acontecer um dos jogos das semi-finais da Copa Alterosa de Futebol Regional.
Lá encontramos com o Marco Aurélio, repórter da rádio Globo JF e delegado da partida.
Ele chegou meio amarrotado. Será que apertaram muito o coitado na ida para Mercês!?

A chuvinha não parava e o pessoal do Juventude Beira Rio, time da cidade, montou uma estrutura para que eu pudesse trabalhar.
A idéia foi ótima pois, senão, ficaria muito difícil registrar alguma imagem da partida.
Mas, ninguém avisou a eles que eu sou alto, resultado:
não me cabia de pé, pois o telhado ficou muito baixo.

Tudo bem!
A galera me arrumou uma cadeirinha e trabalhei o tempo todo assentado.
Agora, se você observar a foto ao lado, vai ver que o Marco Aurélio está com um ar meio, digamos, assustado.
Sabe por que?
Vou explicar:
eu, na parte de cima, me sentia no balança mais não cai, pois a estrutura balançava muito e ele embaixo, mais do que ninguém, torcia para a coisa não desabar.

O jogo começou e o Nagoya de Juiz de Fora tomou conta da partida. O time da casa, o Juventude Beira-Rio, não conseguiu segurar o time de Juiz de Fora que terminou o primeiro tempo ganhando de um a zero. Gol contra do Jair, zagueiro do Juventude, aos 20 minutos.
O comportamento de alguns torcedores é que não foi muito legal. Eles jogaram várias bombas na arquibancada onde havia famílias com crianças e também deixavam os próprios jogadores apreensivos.

Os dirigentes do time de Mercês não gostaram da atitude desses torcedores, mas não conseguiram controlar os baderneiros.
No segundo tempo, a equipe juizforana teve dois jogares expulsos, mesmo assim ainda conseguiu garantir o resultado e precisa apenas de um empate no próximo jogo para ir para a final da Copa.

Fim de jogo, voltamos pra Juiz de Fora e na emissora ficamos sabendo do resultado do jogo de Muriaé.
Segundo o Evandro Carvalho, cinegrafista que foi a Muriaé, a torcida encheu o estádio.
Afinal, estava empolgada com os onze a um em cima do Olimpic, na semana passada. Mas, o time do Operário não jogou bem. O primeiro tempo terminou zero a zero.

No segundo tempo, o XV de novembro, de Rio Novo, abriu o placar. O Operário empatou na cobrança de um pênalti, mas o XV fez o segundo e nos acréscimos fez o terceiro fechando a fatura na casa do adversário. Agora é esperar semana que vem para saber quem serão os finalistas da Copa Alterosa de Futebol Regional.

Mas, você se lembra dos cavalos?
Eh, quem jogou em casa era favorito, certo?
Eles perderam. Então foi zebra, né?
A zebra não parece um cavalo com listras?

sábado, 31 de maio de 2008

Juiz de Fora 158 anos

Por Robson Rocha

Juiz de Fora surgiu com a abertura do caminho novo, estrada criada para o transporte do ouro no século XVIII.
Diversos povoados surgiram, devido ao movimento de tropas que faziam o caminho entre o Rio de Janeiro e as Minas Gerais.
Entre eles, o povoado de Santo Antônio do Paraibuna.
Em 1850, a Vila foi elevada à categoria de cidade e quinze anos mais tarde, ganhou o nome de Juiz de Fora.
Nós, que moramos aqui, achamos o nome da cidade normal, mas quem é de fora acha estranho.
O Juiz de Fora era um magistrado nomeado pela Coroa Portuguesa para atuar onde não havia Juiz de Direito.
Existem divergências quanto à origem do nome, mas a versão mais aceita pela historiografia admite que um desses magistrados hospedou-se por pouco tempo em uma fazenda da região, passando esta a ser conhecida como a Sesmaria do Juiz de Fora. Mais tarde, próximo a ela, surgiria o povoado.
Já fizemos muitas matérias sobre Juiz de Fora e, até hoje, ninguém sabe ao certo quem foi esse juiz de fora e o que ele fazia por aqui.

Independente do nome, a cidade que conhecemos hoje, se deve muito a alguns personagens importantes.
Um deles foi o engenheiro alemão Heinrich Wilhelm Ferdinand Halfeld ou, Henrique Guilherme Fernando Halfeld que empresta seu nome a uma das principais ruas do comércio local.
Ele desenvolveu uma série de obras, entre elas a estrada do Paraibuna, que depois passou a se chamar rua direita e que hoje é a principal via da área central de Juiz de Fora, a Avenida Barão do Rio Branco.

Olhando uma foto como essa, ao lado, não dá pra imaginar que essa é a futura avenida Rio Branco.
Com pouquíssimas casas, parece mais uma fazenda e, em nada, lembra a via movimentada de hoje.

Ainda no século XIX, agora já nomeada como rua Direita, já tomava a forma de avenida e chegou a ser citada no diário de D. Pedro II.
E a cidade se desenvolveu entorno dessa longa rua, que refletia o desenvolvimento da cidade.

Novas construções foram surgindo.
E as fotos da época mostram o charme e a tranqüilidade de uma cidade do interior.
Nessa foto da década de 1940, bondes, carros e pedestres parecem conviver em harmonia.

E, olhando do alto, a Avenida fica ainda mais bonita com o charme do Parque Halfeld.
O jardim aparenta ser limpíssimo, com os carros parados, parece uma cena de cinema.
O cenário perfeito, que infelizmente, não conheci.
A avenida foi mudando aos poucos.

Um dos primeiros arranha-céus da cidade foi o edifício do Clube Juiz de Fora, que foi o terceiro construído na avenida Rio Branco.
Nessa época, os bondes ainda transitavam pelo centro da via, que já não lembrava em nada a Estrada do Paraibuna.

O tempo passou e os bondes deram lugar aos carros e ônibus.
E, o patrimônio também não foi respeitado.
O prédio e a capela do Colégio Stela Matutina, não existem mais.
Assim como a maioria dos imóveis do final do século XIX e inicio do século XX.
Hoje, ainda existem alguns poucos prédios que contam parte da história de Juiz de Fora.

Um deles é o prédio das “Repartições Municipaes”, onde funcionou a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora.
O prédio de estilo eclético foi construído em 1918.
Passamos muitas vezes por ele e nem sempre notamos a beleza.

Um dos imóveis preservados e que tem uma história curiosa é o Palacete Santa Mafalda.
Ele foi construído no final da década de 1860 pelo comendador Manoel do Valle Amado, um rico proprietário rural que queria presentear o Imperador D. Pedro II com a obra.
Quando o imperador veio à cidade em 1861, para a inauguração da Companhia União Indústria, ali ele assinou importantes documentos.
Mas, se negou a aceitar o presente do comendador.
Magoado com a recusa, Amado ordenou que a casa jamais fosse habitada, desejo respeitado também por seu filho, o Barão de Santa Mafalda.
A casa só foi reaberta em 1904, quando foi doada à Santa Casa de Misericórdia e todo seu acervo foi leiloado.
Em 1907, o prédio foi vendido ao governo do estado, que montou ali, o primeiro grupo escolar de Minas Gerais.

Outra edificação que esteve abandonada e foi invadida por andarilhos, mendigos e mesmo marginais, foi o castelinho da Seg, como a maioria das pessoas conhece. Construção eclética, um palacete inspirado na mansão Guinle, no Rio de Janeiro. A obra foi projetada e construída por volta de 1924 pelo Dr. Ulisses Guimarães Mascarenhas. Apresenta várias referências das arquiteturas passadas, e possui uma torre de estilo medieval.
Hoje, depois de uma briga judicial está novamente preservado.

A primeira capela de Santo Antônio foi construída em 1847 e em 1924, foi elevada à condição de Catedral Metropolitana, passando por muitas reformas e sendo transformada na construção grandiosa que conhecemos hoje.
Ela se destacava na paisagem urbana. Mas, agora, devido às inúmeras construções ao seu redor, é visível de poucas partes da cidade.

Também existe este mosaico de Portinari, que está preservado e fica de frente para o antigo Jardim Municipal, o atual Parque Halfeld, que é tombado pelo patrimônio histórico, desde 29 de dezembro de 1989.

O local já foi palco até de touradas, sendo que era de chão batido.
Era capinado e limpo para a instalação de diversões itinerantes que passavam pela cidade.
Em 1854, a Câmara Municipal adquiriu o espaço do engenheiro Henrique Guilherme Fernando Halfeld.

O local passou a se chamar Largo Municipal. Sua primeira reforma data de 1879, quando foi ajardinado e finalmente, em 1906, foi totalmente reformado.
A obra foi financiada pelo coronel Francisco Mariano Halfeld, passando, em virtude disso, a se chamar Parque Halfeld.

A família do Mário Caruso tem uma banca de jornais na avenida desde 1926.
Ela começou funcionando onde hoje é o prédio do edifício Clube Juiz de Fora e depois que ele pegou fogo, a banca passou para o lado do Parque Halfeld.
Caruso se orgulha da Avenida que faz parte da vida dele e onde viu todo o tipo de manifestação popular.
A artéria de Juiz de Fora leva vida à cidade. A Rio Branco é o palco preferido de manifestações e protestos.
Onde muitas vezes, o trânsito intenso dá lugar à disposição dos ciclistas que participam de Passeios Ciclísticos. A avenida também já foi o endereço da folia e dos desfiles de Escolas de Samba.

Sem sair da banca, Mário vê o desfile de carros militares e o orgulho dos pracinhas e ex-combatentes brasileiros por estarem desfilando no maior palco de Juiz de Fora na parada de 7 de setembro.
Porém, dali, ele também vê que a via tão importante para a cidade é contaminada pelos problemas da Juiz de Fora que cresce.
A violência infelizmente marca presença na história da Rio Branco. São roubos, assaltos, acidentes de trânsito.

Todavia, se Henrique Guilherme Fernando Halfeld pudesse ver, hoje, o projeto dele, com certeza se sentiria orgulhoso.
Afinal de contas, a Estrada do Paraibuna continua sendo a mais importante via de Juiz de Fora, mesmo com todos os problemas de uma cidade que, aos 158 anos, tem mais de meio milhão de habitantes.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Acidente entre moto e carro em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Seguíamos para uma entrevista e passamos pela ponte do bairro Santa Terezinha, cruzando a avenida Brasil. Tudo normal. Menos de dois minutos depois, um policial rodoviário federal parou o carro ao lado do nosso e fez sinal para o Robson. Ele apontava para trás e batia o punho fechado da mão direita na mão esquerda aberta. O Robson não entendeu nada no início, achando que o policial queria dizer que ia bater nele. Só depois de alguns segundos ele entendeu o que era.
A boa alma estava só tentando nos alertar para um acidente que tinha acabado de acontecer.

Fizemos a volta no quarteirão e voltamos à ponte. Na saída dela, no cruzamento da avenida Brasil havia muita gente parada. Um grupo de Guardas Municipais que estava fazendo educação física tinha se reunido no canteiro para atravessar, quando houve a batida.
Segundo testemunhas, um Corsa de Juiz de Fora seguia no sentido Zona Norte-Centro e bateu numa moto que vinha em sentido transversal, saindo da ponte para entrar na avenida.
A motorista do carro estava tão assustada que mal conseguia falar direito. Conversei com ela, tentando acalmá-la e tudo o que fazia era balbuciar "ele voou...voou da moto em cima do meu carro...nunca vou esquecer essa cena...ele voou".

A outra mulher que estava no carro contou que o sinal estava verde e elas passaram pelo trevo. Quando viram, a moto vinha pela lateral e não houve como parar. O Corsa ficou com a frente toda amassada e o pára-brisa quebrado onde uma das vítimas bateu. Dois homens estavam na moto. O carona foi quem "voou", segundo a motorista. Ele foi arremessado da moto, bateu na frente do carro e caiu no asfalto com vários ferimentos. O condutor da moto se desequilibrou e foi cair no lado oposto.

Logo depois de chegarmos ao local, ouvimos a sirene e vimos uma ambulância do Resgate chegando. Os bombeiros imobilizaram primeiro o carona da moto. Ele teve uma perna amarrada a talas e foi colocado com cuidado numa maca. Os Guardas Municipais deram apoio, ajudando a mexer o menos possível com a vítima que aparentava ter sofrido fraturas numa das pernas. O motoqueiro foi socorrido por um dos bombeiros, enquanto esperava a chegada de outra ambulância. Ele também estava com ferimentos e suspeita de fraturas.

O local é trajeto de policiais militares que saem do trabalho, já que fica perto do 2o Batalhão PM. Alguns policiais que passavam se uniram aos Guardas Municipais para controlar o trânsito. Era horário de pico, pouco antes das seis da tarde e o tráfego era intenso na Avenida Brasil. Depois do socorro das vítimas, um PM coordenou a retirada dos veículos do trevo, para liberar a passagem e evitar outro acidente. As vítimas foram levadas para o Hospital de Pronto Socorro.

Saúde em risco

Por Michele Pacheco

Hoje foi um dia de muito trabalho para os fiscais da Secretaria de Agropecuária e Abastecimento de Juiz de Fora. Pela manhã, os fiscais fizeram uma fiscalização de rotina com a Polícia Militar Rodoviária, no bairro Grama, saída da cidade para quem vai a Ubá, Viçosa e Ponte Nova.
Os fiscais apreenderam 600kg de iogurte, queijo e outros produtos de laticínio.
O material estava sendo transportado de forma irregular e não tinha a documentação necessária.

O fiscal Evailton Pires é um velho conhecido.
Já fizemos muitas matérias com ele e as equipes de fiscalização.
Desde virar madrugada em estrada deserta, num frio de doer, esperando flagrar transporte irregular de cachaça, até blitzem debaixo de sol escaldante em estradas de Juiz de Fora.
Ele trabalha com tanta disposição, que acaba inspirando respeito em quem o conhece.

Como se não bastasse ter apreendido mais de meia tonelada de alimentos impróprios para o consumo pela manhã, o Pires foi acionado pela Polícia Rodoviária Federal no início da tarde. Segundo o Inspetor Wallace Wischansky (outro que tem todo o nosso respeito pelo trabalho sério e competente), uma denúncia anônima foi feita, informando que uma caminhonete passaria pela BR 040 com produtos irregulares.

Em parceria com os fiscais, a PRF montou um cerco e parou uma caminhonete com placa de Juiz de Fora.
Na carroceria, foram encontrados 350kg de alimentos com data de validade vencida.

Segundo o dono da mercadoria, ele ganhou os produtos num atacadista da cidade.
Os fiscais e os policiais suspeitam que o material seria vendido na padaria que o rapaz tem na cidade vizinha, Santos Dumont.
O que chamou a atenção de todo mundo foi que os alimentos estavam vencidos há muito tempo.

Achamos um vidro de maionese com data de validade até setembro de 2007!
Dois vidros de catchup venceram em junho do ano passado!
Havia sacos de pó de café, embalagens de chocolates, biscoitos, barras de cereais, enlatados, doces, molhos em geral e mais uma infinidade de coisas.

Os 950 kg de produtos aprendidos nas duas operações foram levados para o aterro sanitário de Juiz de Fora e destruídos.
O Pires lembrou na entrevista que o risco para quem consome um alimento com data de validade vencida é enorme.
Além do perigo da salmonelose, alergias e infecções intestinais graves podem ocorrer.
Em casos extremos, esses produtos podem até levar à morte.