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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sábado, 20 de dezembro de 2008

Imagens da destruição em Ponte Nova

Imagens: J. Mattos

Chuva em Minas - Em Ponte Nova a ordem é reconstruir

Do Portal PonteNet

Chuvas dão trégua e pontenovenses começam a contabilizar os prejuízos.
Todas as pontes sofreram danos consideráveis e vão precisar de reparos após vistoriadas por engenheiros.
O “destaque” ficou por conta da Arthur Bernardes (Banco do Brasil) que perdeu quase todo seu corrimão.

Numa das extremidades, na praça Dom Parreira Lara, formou-se uma cratera enorme.
Alguns bairros ainda são de difícil acesso.
O trânsito aos poucos vai se normalizando.
Vale destacar o trabalho inquestionável da Polícia Militar e Demutran que enfrentaram as chuvas e agora a poeira, orientando e atendendo com cortesia motoristas e pedestres.

Os policiais também estiveram presentes no atendimento aos desabrigados e no resgate e socorro dos ilhados ou desabrigados.
O trabalho dos profissionais da imprensa foi e está sendo um show... temos repórteres em qualquer parte da cidade informando, orientando, trazendo até nós, a notícia exata.

Ponte Nova é privilegiada pela mídia que tem, por esses seres humanos compromissados com a verdade e que estão dando uma cobertura ímpar aos trágicos acontecimentos dos últimos dias.
Seja nas rádios, nos jornais ou mesmo no cyber espaço, temos gente de primeira.

A solidariedade também se mostra presente.
Donativos chegam de toda parte e de várias cidades como Amparo do Serra, Rio Doce, Mariana e outras.
Hoje o presidente da AMAPI –Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Piranga, prefeito de Mariana, Celso Cota, esteve na cidade trazendo seus préstimos em forma de carros pipas e donativos.

A CEMIG também fez sua parte reestabelecendo com rapidez a energia em todos os bairros da cidade.
Somente o distrito do Pontal se encontrava sem esse benefício até a tarde de hoje pela dificuldade de deslocamento dos técnicos até lá.
A coleta de lixo ainda é precária e a prefeitura pede a colaboração para que não se jogue o lixo nas ruas.

A água ainda é problema sério para vários pontos de Ponte Nova.
Dutos e bombas ficaram danificadas e os técnicos do DMAES trabalham dobrado para colocar tudo em ordem... aliás, a ordem é economizar... evite o desperdício se ainda tem alguma gota na sua caixa.

Continuamos com o apelo para que nos sejam enviados remédios, alimentos e roupas.
Contatos:

Prefeitura Municipal: 31-3817-1980

Rádio Ponte Nova: 31-3817-1025

Rádio Montanhesa: 31-3881-8831

Chuva em Minas - Balanço em Muriaé

Do Interligado On Line

A Defesa Civil de Muriaé que é coordenada por Fábio Almeida, divulgou o balanço da enchente na cidade.
Segundo os membros da entidade, hoje são de:
12 a 15 mil pessoas desalojadas;
40 mil atingidos direta e indiretamente;
412 desabrigados;
28 bairros com deslizamento de terra;
15 bairros e distritos atingidos por água;
122 ocorrências registradas pela Defesa Civil.

O trabalho de recuperação já está estruturado e o de doação de material para as pessoas mais necessitadas também.
Resta a limpeza das casas e ruas, que teve início na sexta-feira (19).
Quanto às casas que estão em áreas de riscos os membros da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, pedem que as pessoas deixem suas casas e comuniquem de imediato ao menor sinal de rachaduras ou mínimos deslizamentos de terra, evitando assim uma tragédia maior.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Enchente em Ponte Nova

Ponte Nova, 19 de dezembro de 2008



Chuva em Minas - Destruição na Zona da Mata

Por Robson Rocha

A chuva finalmente diminuiu na Zona da Mata mineira.
Mas, em algumas cidades, apesar do nível da água ter abaixado, ainda existe uma grande área inundada.
Esse é o caso de Ponte Nova, onde nível da água baixou um pouco, mas fotos aéreas tiradas pelos bombeiros mostram o tamanho do estrago na área urbana e na área rural.
Mas, em alguns locais, parece um cenário de guerra.

Hoje, helicópteros do corpo de bombeiros sobrevoaram as áreas atingidas e socorreram pessoas ilhadas em diversas localidades.
Uma grande preocupação da população da região são as barragens.

As fotos mostram que elas estão no limite e, além do volume excessivo de água, existe uma grande quantidade de material arrastado pela correnteza.
Não existem dados do real tamanho dos estragos feitos pela chuva na região de Ponte Nova.

Nas fotos, é possível ver propriedades rurais isoladas pela água.
A região é grande produtora de suínos e não se tem idéia de quantos animais foram levados pela água.
Também não existem notícias dos prejuízos na agricultura.
Com a diminuição das chuvas, será possível a recuperação parcial das estradas rurais, para se chegar aos pequenos produtores e conhecer a dimensão da tragédia.

Na cidade, com o nível da água mais baixo, já está sendo possível ver o tamanho dos estragos.
Vários barrancos caíram, destruindo moradias, na área central de Ponte Nova.
Várias empresas e indústrias foram invadidas pela água.
Não se sabe o que foi salvo e também o tamanho do prejuízo.

Nas fotos aéreas do corpo de bombeiros, é possível ver que Ponte Nova foi dividida ao meio. Segundo alguns moradores, é a maior enchente da história da cidade.
A prefeitura ainda não divulgou o número de desabrigados e desalojados na cidade.

Com a água baixando, moradores e comerciantes tentam recuperar e limpar o que sobrou depois da enchente.
E a grande preocupação agora são as doenças que podem ser contraídas com o contato com a lama e água contaminados.
A principal das doenças é a leptospirose que é contraída quando se tem contato com a urina de rato que fica misturada na lama.

As autoridades de Ponte Nova estão pedindo a doação de roupas e alimentos para os desabrigados da região.
As vias rodoviárias para Belo Horizonte e Viçosa já estão liberadas.
É aguardada também a visita do Governador do Estado.

Em Muriaé, segundo o blog do Silvan Alves, a água baixou, mas ainda existem áreas inundadas. Ainda segundo Silvan Alves, as linhas de ônibus urbanos voltaram a operar, assim como as linhas de ônibus interurbanos e interestaduais.
A Av. JK, a beira-rio, sofreu destruição em vários pontos.
Ainda há dezenas de casas alagadas e ainda não é possível fazer uma avaliação da perda de cerca de dez mil muriaeenses que estão desalojados dependendo da solidariedade da sociedade e do poder público.

Ainda em Muriaé, segundo o site Interligado On Line, apesar das chuvas terem diminuído e o volume das águas do Rio terem baixado, agora a cidade passa por outro momento difícil.
O desmoronamento em áreas de risco é uma preocupação
As casas atingidas pelas chuvas, mesmo em locais onde não teve enchente, começaram a sofrer danos, como rachaduras, queda de muros, barrancos e até de uma residência no Bairro São José.
Apesar do fato lamentável, na hora as pessoas já haviam saído da casa e não se feriram, mas perderam tudo, já que não tiveram tempo de tirar nada de dentro do imóvel.
Já nas casas vizinhas as rachaduras são aparentes, deixando os imóveis com risco de cair.
Os moradores tiveram que se instalar em casas de parentes, vizinhos e abrigos da prefeitura.

Em Cataguases, onde mais de dez mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas, a água também baixou e os moradores contam os prejuízos e também tentam salvar alguma coisa que dê para aproveitar em meio a lama.
Mas, parte da cidade ainda está alagada.

Segundo o blog do Silvam Alves, esse prédio, na área da estação, região central da cidade, ameaça cair.
A Defesa Civil considera essa a maior enchente dos últimos trinta anos.
A chuva em Minas já obrigou cerca de trinta mil pessoas deixarem suas casas.

Acidente mata caminhoneiro na BR 116

Do interligado on line

Na tarde desta sexta-feira (19), por volta de 13:45min. a carreta Cv e Semi reboque - tanque bitrem, de placas HCJ 2752, da empresa José Herculano da Cruz e Filhos S/A, de Juiz de Fora, capotou e saiu da pista, caindo em um precipício na BR 116 altura do Km 716 no Belvedere.
Com o impacto o motorista Anderson dos Passos, 44 anos faleceu no local.
Ele residia na Rua Simeão de Farias 885, no bairro Santa Cruz em Juiz de Fora.
A carreta estava vazia e era usada para o transporte de produtos químicos para fabricação de detergente e possivelmente saiu de Camaçari na Bahia com destino a São Paulo.
Houve princípio de incêndio que logo foi controlado pelos Militares do Corpo de Bombeiros.
O corpo que ficou preso as ferragens, só pode ser retirado após a chegada de um guincho que tirou o caminhão do local, para depois ser encaminhado ao IML de Muriaé.

Chuva em Minas - Ponte Nova ainda sofre com a enchente

Do Portal PonteNet

19/12/2008 - Manhã

Hoje ainda o nível do rio continua altíssimo.
Durante a madrugada as águas chegaram a cobrir várias ruas que ficaram livres durante o dia. Embora neste momento (10h) continue chovendo, as notícias que nos chegam é que tende a amenizar no decorrer do dia.

As autoridades e Defesa Civil fazem apelo aos moradores para que evitem o contato direto com lama ou água das ruas inundadas para que se evite doenças.
O Asilo Municipal que está precisando de adoçantes.
São vários os pedidos de alimentos, roupas e medicamentos.

Todas essas informações nos chegam pelas radios colocais as quais não medem esforços para chegarem aos locais mais atingidos. Radio Montanhesa, Rádio Ponte Nova e Rádio Líder. Repórteres Marcos Dias, Luiz Donizete, Moura Cardoso, Afonso Reis, Alfredo Padovani, Dimas José e Ricardo Motta (assess. Imprensa Pref.Ponte Nova) merecem o reconhecimento de todos os pontenovenses.
As polícias Militar e Civil, os agentes da prefeitura também se empenham a levar tranquilidade e socorro à população.

Mais um vídeo da tragédia em Ponte Nova.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Enchente em Ponte Nova - Minas Gerais

Ponte Nova 18 de dezembro de 2008, agora à tarde.



Enchente em Ponte Nova 18 de dezembro de 2008 pela manhã

Chuva em Minas - Ponte Nova pede socorro

Do Portal PonteNet
Fotos João Matos

Nesta quarta-feira, os pontenovenses começaram a viver novamente o drama das águas.
O rio Piranga que corta a cidade começou a subir e deixar seu leito
Durante todo dia as rádios da cidade, administração municipal e polícia militar alertaram os comerciantes e ribeirinhos.
O alerta vai por toda noite e a previsão de mais chuvas aumentam mais ainda a preocupação por mais prejuízos.

18/12/2008-Manhã

Continuam as chuvas e a previsão é que o nível das águas do Piranga continuem subindo ao longo do dia.
Vários bairros já se encontram isolados.
Água e energia começam a faltar na cidade.
Saídas de Ponte Nova para Belo Horizonte, e Viçosa se encontram comprometidas.

18/12/2008 - Tarde

O Rio Piranga continua a trazer prejuízos e preocupação aos pontenovenses.
Existem muitas pessoas ilhadas em suas casas e pedem por socorro.
Apelamos para a Defesa Civil do Estado para que enviem helicópteros e barcos.
Bairros inteiros estão incomunicáveis como Rasa, Pontal, Copacabana, Vila Centenário, Triângulo, Triangulo Novo etc.
A Polícia Militar tem feito um brilhante trabalho mas tanto ela como a Defesa Civil local são insuficientes para atender a todos os chamados.
Destaque muito especial para a imprensa local que está dando cobertura e se esforçam ao máximo para chegar aos pontos mais difícieis da cidade.

Moura Cardoso da Rádio Ponte Nova é um desses profissionais que vem atendendo a centenas de telefonemas de ouvintes que imploram por ajuda.
Ele procura acalmar o ouvinte e ao mesmo tempo registra o chamado e passa para as autoridades ou socorristas de plantão.



Chuva castiga Dona Euzébia - Minas Gerais

Por Michele Pacheco

O período das chuvas mal começou e os mineiros já têm motivos de sobra para chorar.
A Zona da Mata Mineira é uma das regiões mais prejudicadas.
Hoje, fomos a Dona Euzébia.
No caminho, vimos áreas de alagamento em Rio Novo, Guarani, Piraúba e Astolfo Dutra.
Os pastos inundados preocupam os fazendeiros. Quando a água baixar, a vegetação vai se recuperar rápido. O problema é que o gado sofre nessa época de cheia.

Não podíamos parar para registrar tudo o que víamos, pois tínhamos que fazer a matéria em Dona Euzébia e voltar a Juiz de Fora. Mas, de dentro do carro conseguimos algumas fotos legais. Com a minha competência como fotógrafa, é claro que salvamos poucas. Viva a câmera digital, que permite apagar rápido os erros! Estes homens vigiavam o nível da enchente. Eles estavam com um grupo de pessoas na estrada de Rio Novo, de olho nas terras inundadas e no gado reunido num canto do pasto. Para quem vive no campo, toda mudança climática traz conseqüências.

Em quase todos os municípios por onde passamos, havia estradas rurais interditadas.
Esta desapareceu debaixo da enchente.
Se não fossem as cercas, daria a impressão de que no local existia apenas um rio largo.
Mas, em todo canto há moradias.
Por sorte, o pessoal teve a sabedoria de construir as casas em locais mais altos dos terrenos, escapando das áreas de vazão dos rios.

Em Guarani, as pontes ainda podiam ser usadas.
Mas, muita gente estava atenta ao volume de água.
Lá, basta o rio Pomba encher um pouco, para ter alagamentos em diversos bairros e no centro.
Quando isso ocorre, um trecho central fica isolado, pois as duas pontes principais são cobertas pela água. Quando o rio começa a voltar ao normal, as ruas ainda ficam inundadas por um bom tempo, devido à dificuldade de escoamento.

Em Dona Euzébia, a situação está crítica.
Desde terça-feira, as chuvas fortes e constantes que atingem a região têm causado estragos.
A zona rural está debaixo d'água e toda a parte baixa da cidade foi inundada.
A enchente foi causada pelo aumento considerável do volume dos rios Xopotó e Pomba.
Eles se unem no município.
Com tanta água a mais, só podia dar problemas.
Já foram decretados estados de Emergência e de Calamidade Pública.

Numa rua no centro, encontramos os moradores correndo contra o tempo, e aproveitando que a chuva estava mais fraca, para retirar móveis e objetos pessoais que foram salvos da inundação.
Na calçada, a geladeira chamava atenção.
Numa hora dessas, a gente o quanto o brasileiro sabe ser solidário.
Os moradores das casas nos trechos mais altos estavam aliviados por ter escapado da força da água.
Mas, estavam com o pé na lama e na enchente, ajudando os vizinhos.
Muita gente cedeu espaço em casa para guardar os bens dos outros.

Esta igreja evangélica participou da corrente de solidariedade.
Em meio aos bancos, foram colocados os móveis, eletrodomésticos e todo tipo de bens salvos da enchente.
Algumas famílias estavam com ar assustado, sem acreditar no que viveram.
Os mais velhos contam que nunca houve outra inundação desse porte em Dona Euzébia. Alguns lembravam que na década de 70 os dois rios também transbordaram causando muitos prejuízos, mas foi em menor escala.

O prefeito Luiz Fernando Ribeiro estava no meio da enchente, avaliando a situação do município e dando apoio aos moradores.
Ele contou que o centro da cidade está todo inundado.
Em algumas ruas, o nível da água chegou às janelas das casas.
As famílias foram tiradas às pressas, pois o volume de água subia rápido na madrugada.
Até hoje, já tinham sido cadastrados 800 desalojados.
A zona rural está isolada e não havia nenhuma notícia sobre as condições das comunidades mais afastadas e se alguém morreu ou está desaparecido.

Esta ponte é o principal acesso à área central.
Ela foi interditada e só era possível entrar à pé.
Ontem, nem isso.
Só mesmo de barco, com risco de ser arrastado pela correnteza forte.
Notamos que muitos moradores iam de um lado para o outro da ponte, levando objetos para pontos mais seguros.
Outros iam comprar mantimentos e outros produtos em lojas que
não tinham sido inundadas.
Numa mesma rua, a Cooperativa de produtores, a agência dos Correios, um supermercado e várias lojas foram alagados.
O dono do supermercado disse que só a solidariedade dos moradores evitou perda total.
Quem tinha carros, ajudou a retirar os produtos.
Foi uma boa estratégia, já que a cidade está sem água potável e sem abastecimento de comida.

Os comerciantes tiveram muitos prejuízos.
Segundo o prefeito, só vai ser possível calcular o que foi estragado, quando a água baixar.
O muro deste depósito de bebidas foi derrubado pela força da enxurrada. As paredes caíram e tudo que estava guardado se perdeu. Os bens públicos também foram destruídos. Pontes, ruas, rede de água e esgoto, prédios públicos foram cobertos pela enchente e vão precisar de reparos. A prefeitura vai contar com ajuda do governo do Estado, já que o Estado de Calamidade Pública foi decretado.

Para piorar a situação, uma tromba d'água caiu em São Geraldo, perto de Viçosa.
Com isso, o volume dos rios Xopotó e Pomba, que já estava baixando, deve voltar a subir.
Todas as cidades que já começavam a se recuperar dos algamentos estão em alerta de novo.
Em Dona Euzébia, a ordem é de vigiar os rios e evitar as áreas de risco.
E a previsão do tempo é de chuva até depois do Natal.