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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Cinto de segurança de três pontos completa 50 anos

Do Portal UAI www.uai.com.br
Por Daniel Camargos - Estado de Minas


Cinto de segurança de três pontos completa 50 anos e é equipamento mais importante e eficiente de proteção aos ocupantes do carro, salvando mais de um milhão de vidas.

Tomara que você nunca precise saber quem foi Nils Bohlin.
Que passe toda a vida usando e abusando da criação do sueco sem pensar que ela salvou sua vida ou que poderia ter evitado uma tragédia, caso sua família a estivesse usando corretamente.
Mas caso se interesse, Bohlin é o criador do cinto de segurança de três pontos, item primordial para todos ocupantes de automóvel com o mínimo de bom senso.
O invento completou 50 anos nesta semana e, sem dúvida, merece os aplausos, pois contra números não há argumentos:
1 milhão de vidas salvas, de acordo com estimativa feita em 2002 pela Volvo, companhia em que Bohlin trabalhou.

O sociólogo, especialista em segurança no trânsito, Eduardo Biavati resume: "Provocou o maior avanço da história da segurança no trânsito". Biavati conhece bem o assunto, pois foi durante nove anos coordenador do Programa de Prevenção de Acidentes de Trânsito da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação. Para ele, nem airbag nem toda a tecnologia ou qualquer avanço desenvolvido no século 20 proporcionam o que o cinto de segurança gerou, principalmente em colisões urbanas. "Tudo o que foi criado em termos de segurança são equipamentos suplementares e devem ser utilizados em conjunto com o cinto de segurança", reforça.

Não por menos, a criação de Bohlin está entre as oito maiores da história, segundo o Departamento de Patentes da Alemanha, ao lado de nomes como Rudolf Diesel e Karl Benz, criadores do combustível e do automóvel, respectivamente.
O sueco, que morreu aos 82 anos, em 2002, recebeu diversos outros prêmios pela criação.
Antes de ser contratado pela Volvo, em 1958, ele trabalhava no departamento de aviação da Saab e, em 1955, foi o responsável pela criação do assento catapulta para aeronaves.
Ironicamente, o mesmo engenheiro que desenvolveu um sistema para lançar a pessoa para fora criou quatro anos depois o cinto de três pontos, cuja principal função é reter o ocupante dentro do veículo.
Segundo estudos, 75% das pessoas que são jogadas para fora do veículo em um acidente não resistem e morrem.
O uso do cinto também reduz a chance de morte e de lesões sérias em até 50% .

Brasil

O professor de ética na engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mário Fernando Petzhold, foi o responsável pelo projeto que deu origem à regulamentação do uso do cinto de segurança de três pontos no Brasil.
No fim da década de 1970, ele comandou uma pesquisa em seis capitais, abrangendo todas as regiões do país, que mostrou o baixíssimo uso do cinto abdominal por aqui.

Também fez testes para ver a aceitação das pessoas ao cinto e com o intuito de desfazer uma série de mitos que existiam.
Como o de que seria difícil abrir o cinto em caso de acidente, desfeito com simulação e uso de um crônometro.
Outro mito desfeito era de que não havia necessidade do uso na cidade.
Porém, a ausência de cinto pode provocar mortes advindas de choques em velocidades de 20km/h.
"Havia um preconceito em relação ao cinto e mostrei que era irreal", lembra Petzhold.
Numa colisão frontal a 100km/h contra uma carreta nem cinto salva.

O projeto foi feito em 1979, mas a regulamentação ocorreu em 1985. Só com a entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro, em 1998, a obrigatoriedade se tornou nacional. Antes, várias cidades criaram leis exigindo o uso obrigatório. O grande problema, segundo o professor, é a resistência do brasileiro a tudo que é compulsório. "Isso ocorre, pois somos um país que viveu uma ditadura e isso ficou muito arraigado na mente das pessoas, que acreditaram que o cinto era mais uma imposição do sistema econômico", teoriza Petzhold, que por isso acredita ter faltado habilidade ao governo.

De acordo com a Global Road Safety Partnership, as maiores taxas de utilização do cinto de segurança estão na França, Alemanha, Suécia, Austrália e Canadá.
Nesses países, a taxa de utilização do cinto nos bancos dianteiros é entre 90% e 99% e entre 80% e 89% no banco traseiro. A menor é na ilha de Sakhalin, na Rússia, em que a taxa de utilização do cinto é de 3,8%.

História

Antes do cinto de três pontos, diversas experiências foram tentadas.
A primeira patente é de 1885, dos Estados Unidos, e coincide com o surgimento do automóvel.
Porém, assim como o veículo, era um dispositivo muito rudimentar.
Depois, no início do século passado, surgiu na França, um cinto que foi o precursor do de dois pontos, que envolvia parte da coxa e do peito.
Nas corridas de automóvel nos EUA, nas décadas de 1910 e 1920, alguns pilotos chegaram a usar o dispositivo de segurança.

Interessante é que alguns médicos norte-americanos, conscientes das conseqüências físicas resultantes dos acidentes automobilísticos, chegaram a instalar cintos caseiros em seus carros. Na década de 1930, alguns médicos publicaram artigos em jornais pedindo que as montadoras providenciassem os cintos, mas não obtiveram sucesso.
Só em 1955, a Ford e a Chrysler anunciaram cintos abdominais, que começaram a ser vendidos nos carros de 1956.

À época em que Nils Bohlin assumiu o cargo de primeiro engenheiro de segurança da Volvo, o cinto de dois pontos era disponível como acessório nos carros da marca, mas a capacidade de prevenir lesões e acidentes não era considerada satisfatória.
Era necessário um cinto que fosse fisiologicamente correto e prendesse o corpo ao carro, por isso Bohlin iniciou o desenvolvimento.
Em 1959, desenvolveu o cinto de três pontos nos carros da companhia, que depois foi liberado para as outros fabricantes.

O sistema tem quatro importantes propriedades: consiste em um cinto abdominal e outro diagonal; os cintos são ancorados em um ponto abaixo do assento; o cinto geometricamente forma um V com o vértice para o solo e deve ficar na posição e não ceder com o impacto.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Gripe A - Pais denunciam sobrecarga no atendimento infantil de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Conversando com um médico hoje à tarde, fomos informados de que existem apenas três opções com relação à Influenza A H1N1: ou você já pegou, ou você já está com a doença ou ainda vai pegar.
Animador, não?!
Por todo lado, só ouvimos falar no aumento dos casos e das mortes.
Não dá para ficar tranqüilo quanto a uma pandemia dessas.
Mas, até que a explicação do médico nos dá uma sensação estranha de conformismo.
Vale a pena dobrar os cuidados com a higiene e a saúde, para reforçar as defesas do organismo com o vírus.
E rezar para estarmos logo entre os que já tiveram e saíram ilesos ou que nem demonstraram os sintomas.

No início da noite, fomos avisados pela Carla Detoni, repórter produtora da TV Alterosa, que uma mulher tinha ligado revoltada pois estava desde duas da tarde com a neta no PAI, Pronto Atendimento Infantil, e não tinha conseguido que a criança fosse examinada até as seis da tarde.
A menina estava com sintomas parecidos com o da nova gripe.
Fomos para o local e encontramos a Maria José na porta, impaciente.

Ela contou a mesma história.
Chegou às duas horas da tarde, ficou com a criança na sala de espera lotada e viu inúmeros pacientes infantis com suspeita de gripe A, passando de um lado ao outro ou esperando no colo dos pais.
A enfermeira aposentada reclamava do risco de contágio, já que ninguém que esperava a vez usava máscara, apenas os funcionários.

É uma situação complicada.
A doença está se alastrando em todos os estados e o sistema de saúde não acompanha esse crescimento.
É difícil acreditar que não vai haver sobrecarga no atendimento.
A recomendação médica é para procurar as unidades de saúde e os hospitais ao menor sinal da doença.
Mas, será que os funcionários estão preparados e em número suficiente para essa corrida desenfreada de pacientes em busca de médicos?

Pedimos à atendente que chamasse alguém da direção do PAI para nos passar alguma informação oficial sobre a demora no atendimento, mas ela disse que ninguém estava autorizado a falar com a imprensa.
Segundo os pais que aguardavam na sala de espera e na calçada, a explicação dada a eles foi de que havia apenas dois médicos para atender a todos os pacientes.
Depois que algumas pessoas estressaram e chamaram a Ouvidoria de Saúde, outro médico teria chegado para ajudar no atendimento.

Por mais organizada que seja a equipe de saúde de qualquer cidade, o problema foge dos padrões de atendimento.
As autoridades de saúde do país pressupõem um número elevado de pessoas contaminadas com o vírus Influenza A H1N1.
Apesar das medidas preventivas, é impossível impedir que mais gente se contamine.

Incêndio em lote põe vizinhos em perigo

Por Michele Pacheco

A gente cansa de fazer matérias explicando o perigo das queimadas, em especial em lotes vagos perto de moradias.
E o que ocorre todo ano?
Os bombeiros têm um trabalhão para dar conta de todos os focos.
Eu me pergunto se não estou passando direito o recado, se poderia falar de forma mais clara, se não é responsabilidade dos jornalistas abordar o assunto com mais profundidade...
E chego à conclusão de que nada disso resolve.
Faltam educação e consciência de coletividade.

Vejam o caso de hoje!
Vimos uma coluna de fumaça na região leste de Juiz de Fora.
Pensamos: lá vai mais um pasto queimado.
Mas, uma moradora do bairro Bonfim, com quem fizemos matéria na época dos estragos da chuva, ligou para o meu celular e contou que estavam todos assustados numa rua perto da dela, pois um terreno baldio estava pegando fogo e colocando em perigo as casas vizinhas.

Fomos para o local e levamos um susto.
Não dava para passar pela calçada do lote.
As chamas altas tinha chegado às árvores mais próximas do muro.
As labaredas se espalhavam rápido pela vegetação seca.

Os moradores assustados estavam nas portas das casas, acompanhando o fogo avançar pelo lote.
O vento ficou mais forte e as chamas devoraram tudo pela frente.
As crianças se divertiam com o espetáculo perigoso, enquanto os adultos avaliavam os riscos para as casas no entorno do terreno.
Algumas pessoas reclamavam entre si que o dono do lote era o culpado, pois tinha fechado a área e abandonado o local aos ratos e ao mato.
Eles pediam capina há muito tempo, mas nunca foram atendidos.
Pena que não quiseram gravar entrevista.
Numa hora dessas, poucos querem se indispor com os vizinhos.

Um casa ficava cada vez mais na mira do incêndio.
Nela, moram quatro pessoas.
A Aparecida, dona de casa, contou que sentiu o cheiro de fumaça e viu o fogo se alastrando pelo terreno vizinho.
A primeira idéia que teve foi fechar portas e janelas para evitar a entrada de fuligem.
Mesmo assim, o cheiro da fumaça era forte e ela começou a se sentir mal.
Foi então que trancou tudo e foi para a calçada.

Como o fogo só foi aumentando, o pessoal chamou socorro.
O caminhão chegou e dois bombeiros partiram para o combate ao fogo com água.
Primeiro, o trabalho foi feito da calçada, com jatos nas árvores e na vegetação mais alta.
Só quando as labaredas já não eram mais vistas, eles mudaram a estratégia.

Um dos bombeiros subiu no muro para ter visão melhor da área em chamas.
Ele direcionou a mangueira para o mato rasteiro e os arbustos.
Em poucos minutos, o fogo acabou.
Em compensação, a fumaça negra aumentou e se espalhou, transformando a tarde em noite.
O pior é que os moradores contaram aos bombeiros que suspeitavam de dois adolescentes que tinham passado pela rua e jogado alguma coisa no lote, pouco antes de começar o cheiro de queimado.
Que brincadeira de mau gosto!

domingo, 16 de agosto de 2009

Baile de aniversário do 2o Batalhão de Polícia Militar

Por Michele Pacheco

Em primeiro lugar, quero pedir desculpas pelos dias sem texto.
Estivemos enrolados com reportagens especiais, mas vamos compensar o tempo perdido.
Espero que a gente possa escrever muitos textos nos próximos dias.
O fim de semana foi de folga.
Na sexta-feira, curtimos uma das festas mais esperadas de Juiz de Fora: o baile da PM.

Em comemoração ao aniversário do 2o BPM, a semana foi cheia de atividades.
Na quinta houve uma operação durante todo o dia na área do Segundo Batalhão.
Na sexta, nos preparamos para a festa tão esperada.
Toda vez que somos convidados para os eventos da PM, fazemos questão de comparecer.

Além da oportunidade de reencontrar amigos que estão em outras cidades da região, é muito bom colocar a conversa em dia.
Sempre surgem ótimas histórias.
Mas, evitamos falar de trabalho ao máximo.
Exceto se for para contar alguma passagem engraçada.
E sempre surgem várias.

O pessoal mais animado aproveitou para dançar bastante.
A banda escolhida estava inspirada e o repertório foi ótimo.
Eu não sei dançar, mas adorei as músicas.
O Robson arriscou alguns passos com a Magali, mãe do nosso amigo Fabiano Mageste.

Aliás, ela deu um banho de animação.
Dançou sozinha, com a Renata, a Silvana, o João e o Robson.
Todos estavam com a língua de fora exaustos e a Magá continuava com o pique total e sem sequer suar.
Admiro muito a energia da nossa amiga querida, que é como uma mãe para todos nós.

O cardápio da festa estava delicioso.
Frios, petiscos e tudo o mais para manter a energia madrugada a dentro.
Dividimos a mesa com amigos queridos:
o Marco Aurélio e a Elza.
Não nos víamos havia um tempo e foi muito bom saber e contar as novidades.
Saímos da festa por volta de três da manhã.
Mas, antes aproveitamos para registrar muitas fotos dos bons momentos.