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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Rio Carangola sobe quase 4m e assusta população Carangolense

Por Francisco Cabral

A rápida cheia do Rio Carangola no começo da noite de hoje, 24/11,
ocasionada pelas fortes chuvas na cabeceira do Rio ontem, trouxe preocupação e transtornos à população, principalmente os ribeirinhos que retiraram seus pertences para não perdê-los.

A Rua Sebastião Frossard, na fábrica de carrocerias, estava sem tráfego desde as primeiras horas da tarde e com a forte pancada de chuva que caiu em Carangola no começo da noite, agravou ainda mais o problema.
No inicio das ruas Marechal Deodoro com Olimpio Teixeira a água já atingia parte da rua, na Varginha de Baixo vários moradores tiveram que abandonar suas casas, tendo sido suas casas atingidas e outros por precaução, já que o Rio continuava subindo. 
Todos os moradores mutuamente se ajudando.

Felizmente o site “climatempo” indica diminuição das chuvas nos próximos dias, o que poderá trazer tranqüilidade à população, já que não há registros de enchentes no mês de novembro nos últimos 25 anos.
Procurado algum representante da Defesa Civil e da administração municipal para informar quais os procedimentos e onde ficarão os desabrigados ninguém foi encontrado até o momento.
O que pudemos constatar é que a maioria dos desabrigados e desalojados estão recorrendo a casas de vizinhos e parentes.

sábado, 13 de novembro de 2010

Passista da Mangueira morre em acidente em Minas

Por Michele Pacheco

Feriado prolongado é sempre sinônimo de acidentes.
Minas Gerais tem a maior malha viária do Brasil e, consequentemente, é líder no número de ocorrências.
Hoje, passamos pelas BRs 116 e 267.
A chuva intensa exige cautela e deixa qualquer motorista ansioso para chegar logo ao destino.
Em Muriaé, o tempo ruim formou filas longas na BR 116, já que poucos se arriscavam a ultrapassar.

Em alguns trechos, o aguaceiro era tanto que a sensação era de estar diante de uma cortina de água.
Quando aliviava um pouco, a gente conseguia enxergar os veículos que estavam à frente.
Mesmo assim, sem poder ficar muito perto, em especial dos caminhões.
Com a pista molhada, o medo é de alguém perder o controle da direção atrás ou de quem estiver na frente frear bruscamente e a gente acabar no meio de um engavetamento.

Estávamos otimistas por não ter passado por nenhum acidente grave.
Mas quando chegamos em Juiz de Fora, ficamos sabendo que o feriado começou mal na região.

No Sul de Minas, 45 pessoas ficaram feridas num acidente com um ônibus que seguia de Olímpio Noronha para Aparecida, em São Paulo.
Perto de Bom Jardim de Minas, uma carreta tombou e duas pessoas morreram.

Perto de Barbacena, um carro capotou na BR 040 e uma pessoa ficou presa nas ferragens.
Nosso Técnico (da TV Alterosa), Thiago Freire, passava pelo local e colocou para fora o instinto jornalístico.
Ele registrou o trabalho de socorro.
Equipes do SAMU e dos Bombeiros Militares trabalharam juntas para salvar a vítima.
Ela ficou presa de cabeça para baixo, quando o carro capotou.

O trabalho foi lento e cuidadoso.
Foi preciso cortar a lataria para facilitar a remoção do ferido.
Os outros passageiros do carro não tiveram ferimentos graves.
Durante a noite, uma pessoa morreu atropelada numa estrada da região.
Com o tempo chuvoso, viajar à noite é ainda mais perigoso.

Outro acidente grave na BR 040 foi entre Ewbanck da Câmara e Santos Dumont.
Um microonibus levava 19 integrantes da bateria e passistas da Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira.
Depois de uma curva, o motorista perdeu o controle da direção, o veículo rodou na pista e bateu na traseira de um caminhão que estava parado.
Mais uma vez, o instinto jornalístico do Thiago falou alto e ele parou para registrar.

A cena surpreende.
O impacto da batida foi tão forte que o caminhão foi arremessado para a margem da rodovia.
No microonibus, o lado do motorista foi destruído.
Ao bater na traseira do caminhão, as janelas foram arrancadas e parte da lataria rasgada.
O susto foi grande.

Quando os passageiros e o motorista conseguiram se acalmar, descobriram que Mariana Oliveira Elói, uma passista de 19 anos tinha morrido.
Pelas imagens do Thiago, a impressão que dá é que ela foi arremessada pela janela.
O corpo estava estendido no asfalto, ao lado do microonibus.
O grupo seguia do Rio para Congonhas, onde ia se apresentar nesse fim de semana.
O alerta aos motoristas que forem viajar por Minas no feriadão é para terem o dobro da atenção, já que o tempo segue fechado e com muita chuva em várias regiões.

PM apreende drogas em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Segundo informações do Sargento Lucas, comandante da Rotam, a equipe da viatura 15677 fazia patrulhamento de rotina pelo bairro Vila Olavo Costa, zona sul de Juiz de Fora, quando avistarou um ponto de venda de drogas.
Um jovem de 27 anos numa motocicleta fazia contato no local e foi abordado.
Com ele estavam 11 pedras grandes de crack e 266 reais em dinheiro.
Numa busca na casa dele, os policiais encontraram mais 2 mil reais em dinheiro, com notas pequenas, característica do tráfico.

O suspeito de tráfico contou que levava a droga para outro homem que estava esperando num bairro vizinho.
O material seria vendido por 400 reais.
O comprador, de 26 anos, foi preso e confessou ter encomendado o entorpecente.
Com ele foram apreendidos 400 reais.
Os pms encontraram ainda 8 depósitos bancários no nome do rapaz de 27 anos.
Eles indicam que ele recebeu quase 3 mil reais em menos de 10 dias.
Os dois suspeitos tiveram a prisão confirmada na delegacia e foram para o Ceresp.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Consórcio de traficantes na mira do GTO da Polícia Civil de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Foi uma semana e tanto para a Polícia Civil de Juiz de Fora.
Nessa quinta-feira, a equipe do GTO (Grupo Tático Operacional) de Tóxicos fechou com chave de ouro a semana que começou com apreensão de 100 quilos de maconha e terminou com quase 30 quilos de pasta base de cocaína.
O resultado vem de muito trabalho e da dedicação de profissionais que, muitas vezes, passam mais tempo na delegacia do que em casa.

Depois de três meses de apurações, os investigadores do GTO, comandados pelo delegado Fernando Camarotta, descobriram que um carregamento estava chegando em Juiz de Fora e que seria entregue a um consórcio de traficantes.
Eles se uniram para comprar a droga, que foi providenciada por um traficante preso na Penitenciária Nélson Hungria, em Contagem.

Os 27kg de pasta base foram encomendados pelo preso Carlos Henrique da Conceição, o Rique.
Segundo os policiais civis, ele é de Juiz de Fora e cumpre pena por tráfico de drogas.
As investigações apontaram um outro detalhe surpreendente.
O fornecedor da droga também está preso, mas não foi informado onde ele está na Região Metropolitana.

Resta saber como as autoridades deixam que os presos ajam livremente nas celas, comandando quadrilhas à distância.
As escutas telefônicas feitas pelo GTO de Tóxicos revelaram negociações de dentro da cadeia.
Num trecho de conversa entre o Rique e um agente penitenciário, os dois falam sobre a compra de um celular pelo preso.
O agente cita número da conta dele, agência e banco e até passa o nome para o depósito.

Num outro ponto da gravação, Rique conversa com a mãe dele, chora muito e se mostra desesperado para conseguir dinheiro para pagar dívidas com outros traficantes.
É revoltante ouvir o pavor na voz da mãe que tenta ajudar o filho que se meteu em confusões.
Ele diz que quer morrer, porque já perdeu tudo o que tinha.
Ela implora que o filho deixe as drogas, porque ele acabou com a vida de toda a família.

A mãe tenta animar o filho dizendo que conseguiu mil reais para ele pagar o celular.
Ele diz que pode ser punido se não pagar.
Ela se desespera, diz que vai fazer o depósito e tentar conseguir mais mil reais durante a semana.
O filho insiste no choro e vai deixando a mulher cada vez mais apavorada.

O traficante diz que quer sair, mas não pode enquanto não pagar o que deve.
O irônico é que ele quer sair, só que aparece em outras gravações acertando a remessa de droga para Juiz de Fora, escolhendo o carro que vai ser usado e comemorando o sucesso da transação.
A mãe sofre e acredita em mudança e o filho se enfia cada vez mais fundo no mundo das drogas.
E tudo isso flagrado pelo GTO.

As escutas revelaram que uma "mula", pessoa responsável por transportar a droga, chegaria em Juiz de Fora vinda de Belo Horizonte.
Foi montado um cerco no Posto da Polícia Rodoviária Federal, na BR 040, zona norte da cidade.
Um Golf foi abordado e no porta-malas estavam os 26 tabletes de pasta base.
O responsável pela entrega chorava sem parar na delegacia e dizia não ter culpa de nada, que só tinha trazido o material.

Integrantes do consórcio que esperavam a remessa também foram presos.
Um deles estava tão ansioso para receber e refinar o material, que tinha 25kg de ácido bórico, usado para transformar a pasta base em cocaína ou crack.
Ao todo, cinco pessoas tiveram a prisão confirmada e foram encaminhadas para o Ceresp de Juiz de Fora.
A operação deu o que falar e deixou as autoridades de cabelo em pé.
Quem sabe agora, alguma autoridade resolve moralizar o sistema prisional e penitenciário e punir exemplarmente quem mantém os esquemas funcionando?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Polícia Civil desarticula tráfico em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Esse tem sido um ano de boas notícias para a comunidade e de prejuízos para os traficantes.
Além do GTO (Grupo Tático Operacional) de Tóxicos ter prendido os líderes do cartel das drogas em Juiz de Fora, as operações das demais delegacias têm minado a força dos traficantes em vários pontos da cidade.
O GTO continua no rastro dos traficantes que participavam do cartel e de outro esquema, comandado por um homem que cumpre pena numa penitenciária da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Na semana passada, mais três pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na quadrilha comandada por celular de dentro de uma cela.
Ao todo, os investigadores e o delegado pediram dez prisões preventivas.
Elas estão sendo liberadas aos poucos e vão ajudar muito nas investigações e no rastreamento de outros suspeitos.

A equipe da 6ª Delegacia Distrital, responsável pela região Sudeste da cidade também tem feito a parte dela com louvor.
Só este ano foram quase 50 prisões.
As últimas foram hoje pela manhã.
Depois de dois meses de investigações, foi feita a maior apreensão de maconha deste ano em Juiz de Fora.

Os 100 quilos de maconha foram apreendidos numa casa no bairro Jóquei Clube, zona norte do município.
O produto seria fornecido a traficantes da região sudeste.
A casa estava vazia e a droga foi armazenada em malas de viagem espalhadas pelos corredores.
Um balconista de 30 anos é suspeito de ser o guarda-roupa, a pessoa que recebe para guardar droga para traficantes.
O dono do material mora no mesmo bairro.
Os dois fugiram.

O delegado Carlos Eduardo Rodrigues dos Santos, responsável pela investigação, deve pedir a prisão preventiva dos dois, que estão foragidos.
Um caminhoneiro foi detido na porta da casa do suspeito de ser dono da droga.
O motorista disse que foi comprar maconha para uso próprio.
Mas, os policiais apuram se ele faz parte do esquema que busca a droga no Paraguai e traz para Juiz de Fora.

Na semana passada, a 6ª delegacia fez outro trabalho exemplar.
A pedido da Polícia Civil de Rio Novo, investigadores de várias delegacias participaram de uma operação na zona sudeste da cidade.
O objetivo era prender dois suspeitos de assaltar casas lotéricas em cidades da região.
Um dos mandados foi cumprido na casa do suspeito, no bairro Vila Ideal.

Os policiais pularam o muro e prenderam o homem antes que ele fugisse.
O suspeito foi preso com um revólver calibre 38, 3 munições e droga.
Ao ser interrogado, o sujeito apontou o endereço onde o cúmplice costuma se esconder.
Ao chegar ao bairro Vila Olavo Costa, vizinho da Vila Ideal, os policiais civis identificaram o endereço passado como sendo de uma boca de fumo conhecida na região.

Eles entraram no local, prenderam cinco adultos e apreenderam um adolescente.
Com eles, estavam 50 buchas de maconha, 40 papelotes de cocaína, 90 pedras pequenas de crack e 10 grandes (que renderiam 100 pedras pequenas).
Um colete à prova de balas, do tipo usado por policiais foi apreendido no local.
Moral da história: dois serviços em um!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Idosa acumulou 18 toneladas de lixo em casa

Por Michele Pacheco

Parece loucura!
E talvez seja mesmo!
Uma mulher idosa juntando lixo dentro de casa, em meio a ratos, baratas e insetos.
Ela acha tudo normal e fica revoltada quando a gente aparece por lá para mostrar o absurdo.
Os vizinhos convivem diariamente com uma montanha de detritos acumulados na calçada, o mau-cheiro insuportável e o risco de doenças.

A TV Alterosa já acompanhou diversas operações de limpeza na casa que fica no bairro Santa Cândida, zona leste de Juiz de Fora.
Da última vez, foram mobilizadas 60 pessoas, oito caminhões e uma pá mecânica.
Assim que chegamos, no início da manhã, a pá estava entrando em ação.
Quando ela levantou a primeira leva de lixo da calçada, subiu uma nuvem de gás proveniente da decomposição do material orgânico que estava lá.

Nem preciso descrever o cheiro de azedo misturado com podre para que imaginem o que foi cobrir essa matéria.
E não podemos fazer nada, pois esse tipo de pauta surge sempre no início do horário.
A equipe passa o resto do expediente fedendo a lixo e coberta de uma poeira cheia de bactérias.
Mas, faz parte da profissão.
Por falar em poeira, o vento se encarregou de espalhar as partículas por todo lado, impedindo que qualquer um escapasse delas.

E quem só conhece o problema por passar pela rua, não faz idéia da loucura que é dentro da casa.
As imagens mostradas pelo Jornal da Alterosa surpreendem e chocam.
Numa das salas ficou impossível entrar, porque o lixo cobriu móveis e cada espaço vago.
Na outra, sacolas plásticas e restos de materiais foram empilhados numa escultura bizarra, que pode desabar a qualquer momento.

Mas, o pior é na cozinha.
Como alguém com a saúde mental em dia consegue viver num lugar daqueles?!
Vasilhames e panelas são colocados junto aos sacos de lixo.
A pia está coberta de comida estragada, panelas sujas e detritos.
Pelo chão, as sacolas inteiras ou rasgadas dividem espaço com roedores e baratas.
Difícil entender o que é mantimento e o que é lixo.

Há 15 anos, o Departamento de Limpeza Urbana (Demlurb) de Juiz de Fora lida com o problema da Dona Maria.
De três em três meses as equipes de limpeza são mobilizadas e vão ao local acabar com o lixão doméstico.
Mas, a cada retirada parece que o desafio dela é juntar uma quantidade ainda maior.
O Diretor de Operações do Demlurb, José Fabiano Resende denuncia que a questão é de saúde pública.
A ação irresponsável da idosa coloca o bairro inteiro em perigo de contrair Leptospirose e dengue.
Mesmo assim, as autoridades de saúde nunca resolveram a questão.

Segundo o presidente da SPM do bairro, a informação passada aos moradores é de que a Procuradoria Geral do Município entrou na justiça com um pedido de providências.
Os funcionários do Demlurb já não aguentam mais se arriscar na limpeza da casa.
Há possibilidades da família da aposentada ser responsabilizada por não tomar nenhum atitude para impedir aquela coleção grotesca.

Conversei com duas filhas.
Uma trabalha no Demlurb, disse que não há nada que possam fazer e não quis gravar entrevista.
A outra, apontada por familiares como responsável pela mãe, não quis gravar e disse que a família já tentou de tudo para ela parar com a coleta de lixo, mas a idosa se recusa a cooperar.
Uma nora que mora na parte de cima da casa e também junta lixo com o marido disse que não sabem mais o que fazer.
Parentes afirmaram que a mulher recebe pensão e não precisa do dinheiro do lixo.

sábado, 30 de outubro de 2010

Cães policiais da ROCCA - 3ª Cia de Missões Especiais

Por Michele Pacheco

Nessa semana fizemos uma matéria que homenageou com justiça as equipes do canil da 3a Companhia de Missões Especiais.
Hoje são 17 animais das raças Labrador, Rottweiller, Pastor Alemão e Pastor Belga Malinois.
Estamos acostumados a encontrar cães e condutores em todo tipo de operação, sempre fazendo um ótimo trabalho.
Mas, para entender a seriedade e a cumplicidade entre homem e cão é preciso ver de perto o treinamento deles.

Cada um tem um perfil diferente.
A Rottweiller Bruna age como se fosse a estrela do canil e parece fazer pose para a câmera o tempo todo.
E tem motivos para isso!
Por onde passa, ela chama atenção pela beleza e pela docilidade.
Em ação, faz o trabalho com dedicação e seriedade.

Ela é a veterana do canil.
Está completando oito anos e vai se aposentar.
Quando isso ocorre, o policial condutor tem prioridade na adoção do animal.
No caso da Bruna, a fila de pretendentes a donos é enorme.
Uma seleção rigorosa é feita, para garantir a segurança e a tranquilidade do cão nos últimos anos de vida.

Enquanto a Bruna se despede, a galera mais nova apronta mil e umas.
Quando estão livres da responsabilidade de defender a sociedade, são cães brincalhões e cheios de energia.
Na hora de cumprir o dever, levam a sério o trabalho e atuam com precisão e habilidade.
A Kayla é outra estrela e tem se destacado em operações arriscadas.
Quem vê a cadela da raça Malinois com aquele ar de tranquilidade, custa a reconhecer a policial ágil e empenhada das operações.

Ela ganhou destaque durante a captura de presos que estavam no Hospital de Pronto Socorro, renderam a escolta de agentes penitenciários e fugiram com as armas da escolta para o meio de um terreno baldio cheio de mato.
A escuridão tornava ainda mais arriscado o trabalho dos policiais e os canis da PM e do Ceresp foram acionados.
Calma e com total confiança, a Kayla e o colega Erol, um pastor alemão, foram passados por cima do muro pelos policiais militares e trabalharam rápido para achar os foragidos.

Durante a nossa reportagem, os policiais mostraram os diferentes tipos de treinamento que os cães recebem.
As barreiras parecem brincadeira, mas ajudam a aumentar a agilidade e o equilíbrio.
Os animais trançam por meio de grades, sobem em estruturas metálicas, passam por dentro de manilhas, saltam obstáculos e recebem elogios pelo desempenho sempre impecável.

O aro incendiado é um desafio e tanto e ajuda a manter a coragem do animal em situações imprevisívies.
Além da Kayla, participaram da gravação o irmão dela Pajé, a Bruna, o pastor Eron, irmão do Erol, e o Trovão, um Malinois de apenas sete meses que está sendo preparado para integrar o grupo.
Todos foram dignos de aplausos.
E os condutores também.
O trabalho deles é uma parceria marcada por confiança e amor.
Não é à toa que o canil da PM de Juiz de Fora tem servido de modelo para muitas cidades.

Os cães policiais também recebem treinamento específico para ações de combate à criminalidade.
Eles são preparados para desarmar bandidos durante o trabalho de abordagem.
É muito interessante esse treinamento.
Os policiais ficam atrás de escudos e pedem ao suspeito que se renda e largue a arma.
Quando ele levanta as mãos, o cão é acionado, dá a volta no bandido e retira a arma dele.

Se o policial estiver em perigo, o companheiro canino entra em ação e ajuda a livrá-lo do apuro.
O animal faz isso com cuidado e atende sem pestanejar aos comandos do condutor.
A segurança das equipes em ação é bem maior quando os cães estão por perto.
Eles se arriscam para proteger a vida dos policiais e são valorizados por isso.

Interessante ver o Eron em ação no treino de busca de droga.
Ele fica todo animado e parece se divertir muito no jogo de procurar o objeto suspeito em meio a uma parede de pneus instalada num barranco.
Ao sinal do condutor, ele parte para a área delimitada e usa o faro apurado para localizar em poucos segundos o alvo desejado.

Na hora das aulas, o grupo conta sempre com um personagem imprescindível: o figurante.
Ele enfrenta sol e calor dentro de um macacão todo acolchoado e protegido para servir de alvo no treinamento de ataque.
A estratégia é usada em casos em que os bandidos não se rendem e tentam correr.
Os cães são acionados e atacam, imobilizando o supeito até que o condutor dê a ordem para soltar a pessoa rendida.

Mais do que eficiência, o que me chama atenção no trabalho das equipes do canil é o amor do homem pelo animal e vice-versa.
É uma relação de respeito e confiança que emociona quem vê os conjuntos fora do ambiente tenso das operações policiais.
A dupla tem uma afinidade incrível.
Cada condutor conhece a fundo as qualidades e as necessidades de cada animal, que retribui com confiança e carinho.

Os sargentos Gonzalez e Wanderson gravaram entrevista na matéria que foi exibida pelo Jornal da Alterosa nessa sexta-feira, dia 29 de outubro.
Eles destacaram o papel do canil para aumentar a segurança dos policiais e da comunidade, ao evitar o uso de armas e de força bruta.
A escolha dos cães policiais é rigorosa e depende da raça e da índole dos animais.