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Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Do rádio em Carangola para o mundo

Por Robson Rocha

Foi muito bacana encontrar nas férias, em Campos, um amigão, Ronan Júnior. Nós o conhecemos quando, certa vez, fomos convidados pelo Marcel Ângelo, jornalista amigo nosso, para participar de algumas palestras na Faminas, em Muriaé.

Durante um bate-papo entre profissionais de jornalismo e alunos do curso de jornalismo, comecei a prestar atenção no camarada que estava conduzindo o debate. Era o Ronan. Ele tinha todo o domínio da situação, segurança nas perguntas e achei estranho. Não é normal um formando ter uma segurança que muitas vezes profissionais experientes não têm.
Quando acabou o bate-papo, eu o procurei e perguntei qual a experiência dele e há quanto tempo já havia se formado. Ele respondeu que estava se formando naquele ano.
Poucas vezes, em vinte anos de profissão, indiquei alguém para trabalhar em tv.

Mas enxerguei nele o que sinto falta em muitos profissionais: carisma.

Além disso, o cara tinha uma dicção legal e eu cismei que ele tinha jeito para a tv. Isso tirando alguns brincos estranhos que o rapaz usava e fazendo sua barba.
Pedi a ele que nos mandasse um dvd com alguma matéria feita na faculdade.
Ele nos mandou o material e era muito bom. Entreguei o material para nossa editora. Ela gostou e ele foi contratado para fazer férias da repórter Cristiane Armond, hoje Editora-chefe do RJTV 2ª edição da Inter TV (Região dos Lagos, Região Serrana e norte fluminense). Pena que não havia vaga para repórter na TV Alterosa naquela época.

Depois de cobrir férias, ele conheceu o Boris Casói numa entrevista em Muriaé, foi para a TVJB e logo depois para o SBT-Rio. Foi muito legal e prazeroso assistir matérias e entradas ao vivo nos jornais de rede do SBT e assinando como Ronan Tardin.
Depois, ele foi contratado pela Inter TV para ser repórter em Campos, Norte fluminense.
Acredite o cara tem até fã clube.

Agora que contei parte da história dele, vou voltar ao início.
Ronan, Michele e eu batemos um longo papo, lógico, sobre televisão. Ele estava se recuperando de uma pequena cirurgia na boca (pequena,apesar do tamanho da boca).
Não nos assustamos, pois em um mês em Juiz de Fora ele teve alguns contratempos. O mais engraçado foi quando teve uma virose. Encontramos com ele na tv e notamos que estava um tanto pálido. Dissemos para procurar um médico e não o vimos mais.
Quando eram umas seis e meia da tarde estávamos terminando de gravar uma matéria de um homicídio em um morro em Juiz de Fora, quando o celular da Michele tocou.
Ela atendeu e logo arregalou os olhos. Acabei de guardar o equipamento e perguntei o que tinha acontecido. Ela me disse que era o Ronan, que estava mal e precisava ir a um hospital, mas não sabia andar direito na cidade. Como o sujeito não tinha plano de saúde(e para quem cobre férias a TV não faz plano de saúde), a Michele indicou o HPS(sacanagem com o menino). Lá pelas sete da noite ligamos pra ele, adivinhe onde ele estava? Na fila de espera do SUS. Não falei que era sacanagem!
Fomos rápido para o Hospital de Pronto Socorro. Tivemos que resgatá-lo. Chegando, olhamos a recepção lotada e cadê o Ronan? Não achamos, mas de repente surge uma figura que parecia um zumbi no meio do salão. Não era nenhum personagem do clip do Michael Jackson. Era Ronan Junior ou o que a virose deixou dele. Perguntamos por que não se identificou como jornalista da TV. Ele disse que tinha ficado sem graça e ficou na fila. E que fila! A Michele conversou e conseguiu que ele fosse atendido. Sabe qual foi a medicação? Não sabe? Aspirina e cama! Tanto tempo de espera para ouvir isso.

Durante nossa conversa regada a cachorro-quente e muito catchup, ele nos mostrou várias fotos que registram momentos legais da carreira dele. Foi muito engraçado ver fotos do Ronan com colete à prova de balas.
Também é muito legal ver que continua com sede de aprender e não esconde suas dificuldades ou deficiências.

Isso vai levar esse camarada que trabalhava em uma pequena rádio em Carangola, no interior de Minas, ao primeiro time do jornalismo nacional.
E conversando com o pessoal da Inter TV, foi muito bacana saber também o respeito profissional que ele está conquistando.

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