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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Diretor-adjunto do DMAES, em Ponte Nova, está desaparecido

Do jornal Unidade de Notícias - Ponte Nova

O diretor-adjunto do DMAES, Departamento Municipal de Água Esgoto e Saneamento, Domingos Sávio Martins, 44 anos e sua esposa Zilma Souza Martins, 46 anos, secretária do Centro Estadual de Educação Continuada, CESEC, estão desaparecidos desde a noite de 29/04.
Uma testemunha conta que viu o carro do casal, um Scort Hobby, azul, placas GQX 4085, chegando ao bairro da Raza onde o casal mora por volta das 21:30 horas.
Segundo informações Domingos havia acabado de ministrar uma palestra no Colégio Salesiano Dom Helvécio saindo em direção a sua casa.
Familiares deram falta dele na tarde de 30/04, já que não havia almoçado na casa dos pais como faz todos os dias. Funcionários do DMAES e da empresa onde Zilma trabalham estranharam o porque eles não foram trabalhar naquele dia.

Diante do desaparecimento dos dois a família acionou a PM que começou a busca, próximo a sua residência. Um irmão de Domingos conseguiu entrar na casa, mas não notou sumiço de nada.

Familiares de Domingos fizeram ligações para o celular deles e por várias vezes um jovem atendeu, conversando muito em “gíria” “Aqui é da Máfia Azul”, repetia em meio a palavrões e ameaças.
Passando-se como um cliente usuário de drogas do rapaz, um policial conseguiu marcar um encontro com o indivíduo.
O local do encontro seria próximo ao bairro Cidade Nova, um aparato policial foi montado, mas o rapaz não apareceu. Em seguida o celular foi desligado, e o contato foi perdido com o possível seqüestrador.
A divisão anti-sequestro da policia Civil de Belo Horizonte foi acionado, e na tarde de 3/05 um helicóptero da divisão, esteve sobrevoando a mata próximo à casa de Domingos, no bairro da Raza.
Ainda não foi confirmado se houve um seqüestro já que não houve pedido de resgate.

Segundo familiares, há possibilidade de Domingos e Zilma ter sido vítimas de crime, pois no exercício do cargo de Diretor-adjunto do DMAES, Domingos está tomando medidas administrativas contra alguns funcionários daquela autarquia, o que pode estar gerando insatisfação por parte dos funcionários investigados.

Qualquer pista pode ser passado aos telefones:

Polícia Civil 31-3817-1599
Polícia Militar 31-3817- 1870.

Fonte: http://www.unidadenoticias.com.br/

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Churrasco de abelhas

Por Michele Pacheco

Dá para acreditar?
Um enxame de abelhas foi o motivo de um incêndio na zona norte de Juiz de Fora.
Coisa de doido?
Com certeza.
Os bombeiros foram chamados por moradores assustados com as chamas que saíam de um container dentro de um ferro-velho no Distrito Industrial do Milho Branco.
Dois caminhões tanque foram deslocados para o local.

Depois de conter o fogo, os bombeiros foram saber do dono do ferro velho o que tinha acontecido. O senhor muito simpático estava irado e explicou o caso. No último sábado, um funcionário dele foi mexer no container onde estavam latas vazias de compota e outras ferragens e foi picado por abelhas.
O sujeito ficou com muita raiva, claro! Hoje, quando voltou ao trabalho notou que as abelhinhas continuavam no mesmo lugar. Foi então que teve a "brilhante" idéia de se livrar delas sozinho, em vez de chamar o Corpo de Bombeiros, que é treinado para lidar com esse tipo de situação. Resultado, depois de outra ferroada, a "vítima" das abelhas se vingou colocando fogo no container.

Lógico que foi um susto e tanto. Na raiva, enquanto via as abelhas virando churrasquinho, o autor da façanha se esqueceu que ao lado do ferro-velho fica um depósito de material reciclável, cheio de fardos de papel e plástico. Imagine se o vento estivesse forte, se o fogo se espalhasse para o outro lado, etc... Enfim, os bombeiros apagaram as chamas e fizeram o rescaldo.
O funcionário estabanado não deve perder o emprego, já que o patrão entendeu que a intenção dele foi boa, apesar da imprudência!

Mãe afoga filha de três meses em Ponte Nova

Do Jornal Unidade de Notícias - Ponte Nova

Em 3/05, foi autuada em fragrante pelo delegado de plantão da 12ª Depol de Ponte Nova, Dr. Milton Cunha Castro Júnior, Leonarda Perpétuo Gomes, 32 anos, casada, residente em Alvinópolis-MG, por homicídio duplamente qualificado, motivo torpe e impossibilidade de defesa do ofendido. Leonarda, por volta das 16 horas segundo testemunha e confirmada por ela, estava sentada a beira do rio Piranga, próximo à ponte da Barrinha, em frente à rodoviária nova, quando atirou sua filha Analice de 3 meses de idade no rio Piranga e em seguida pulou também.
Segundo o boletim de ocorrência da PM, a cena foi presenciada pelo cidadão Clóvis Alves Júnior, vigia da Biblioteca Municipal que fica próximo ao local. Policiais Militares também visualizaram o corpo da criança boiando e descendo pelo leito do Rio, ao passo que a mãe também descia rio abaixo, sendo retirados por populares.
Ao delegado Leonarda contou que estava na cidade de Rios Casca, onde sua filha estava internada no hospital, de onde saiu sem alta médica, se dirigindo em seguida de ônibus para Ponte Nova.
Ela contou ao delegado que recebeu uma notícia, mas não soube explicar como de que seu marido havia matado sua outra filha de 4 anos e depois se suicidou, e que estava desesperada, por isso, tentou o suicídio.
Para o delegado há indícios de que Leonarda tenha problemas mentais o que só pode ser confirmado através de exames, o que ele deve pedir.
Dr. Milton descartou a Depressão Pós Parto, já que 3 meses é muito tempo para que isso aconteça.
Aos policiais militares, Leonarda revelou espontaneamente que realmente jogou a criança com a intenção de matá-la, tendo dito ainda que a criança seria portadora de “síndrome de down”.
Leonarda e a criança foram conduzidas ao hospital Arnaldo Gavaza, e aguarda a presença de familiares de Leonarda, que já foi comunicada em Alvinópolis, para a liberação do corpo da criança.
5/3/2008 10:49:24 AM

Maior eleição da história da UFSJ

Da UFSJ

Na próxima quarta-feira, das 8h às 22h30, A Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) terá a maior eleição de sua história.
Aproximadamente 5.000 alunos, professores e técnicos dos cinco campi deverão eleger o novo reitor e vice-reitor, na próxima quarta-feira. A votação acontece das 8h às 22h30.
A contagem dos votos começa logo após o término da votação.
O resultado será publicado na quinta-feira, 8. Mesmo sem concorrência, o reitor Helvécio Luiz Reis e a candidata à vice-reitora, Valéria Kemp, estão fazendo campanha, divulgando as metas para o novo mandato.

Breve histórico

A jovem UFSJ, hoje com 18 anos, chamava-se, até 2002, Fundação de Ensino Superior de São João Del Rei – FUNREI. Instituída pela Lei 7.555 de 28 de dezembro de 1986, a FUNREI foi o resultado da reunião e federalização de três instituições: Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras, Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis e Faculdade de Engenharia Industrial.
Em 19 de abril de 2002, a FUNREI foi transformada em Universidade (Lei 10.425), passando a chamar-se Universidade Federal de São João del-Rei.
A estrutura física da UFSJ inclui três campi, Dom Bosco, Santo Antônio e Tancredo Neves, e o Solar da Baronesa, prédio colonial no centro da cidade que abriga a Pró-Reitoria de Extensão e o Centro Cultural da UFSJ.

Registramos essa foto com o sempre simpático Helvécio Luiz Reis, reitor da UFSJ, durante o Festival de Inverno de 2005, em São João Del Rei.
Nós o arrastamos para o meio da rua, para gravar uma entrevista sobre os eventos culturais.

domingo, 4 de maio de 2008

Flamengo Campeão Carioca 2008

Por Robson rocha

Hoje foi o dia do batizado da Cecília, filha de um amigão, o Cícero.
Como a igreja estava lotada, durante a missa nós aguardamos no adro.
Na hora do batismo a igreja esvaziou, nós entramos e acompanhamos.
Depois fomos, é claro para o churrasco.
Muita carne, cerveja gelada...
Nós tínhamos que trabalhar, mas como a carne é fraca, tomei minha cervejinha.

Três da tarde e hora de trabalhar!
A pauta era a final dos campeonatos mineiro e carioca.
Primeira parada o ponto de encontro dos atleticanos.
Poucos torcedores apareceram por lá.
E, os que apareceram, não queriam aparecer na televisão.
O Gleizer Naves, nosso diretor que me desculpe, mas depois do chocolate da semana passada...

Já a torcida do Cruzeiro compareceu e já comemorava o campeonato antes do início da partida. Também pudera! O galo teria que ganhar de seis a zero para levar o caneco! E isso depois de perder de cinco a zero no domingo passado.
Eles tomavam cerveja e diziam que chocolate é para o Atlético.
A galera com uniforme da Máfia Azul fazia coreografias e gritava palavras de ordem.
O difícil vai ser aproveitar o áudio, pois os caras só falavam palavrão!
Um a zero para o Cruzeiro. Comemoração registrada, fomos para o Alto dos Passos.

Quando chegamos, a torcida do Botafogo já tinha vazado.
Toda a área estava tomada por torcedores do Flamengo.
Os bares estavam lotados e a turma que estava de fora não tirava os olhos dos telões que estavam nos interiores dos bares.
E, eu, tricolor, tendo que gravar a festa rubro-negra!
Gravamos entrevistas e aguardamos o final do jogo.

Apesar de não torcer para nenhum dos times, a gente sempre quer dar uma olhadinha no jogo, mas nada.
Não dá pra ver nada.
A Michele, rubro-negra, do alto do seu um metro e sessenta e pouco, ficava na ponta dos pés ou se espremendo no meio do pessoal, tentando enxergar alguma TV para ver um pouquinho da partida.

E ouvindo a torcida gritando o nome do Obina, me lembrei do Sebastião.
Nosso colega da TV Alterosa de Varginha, que além de flamenguista doente, ainda é um fã do Obina.
Quando o Flamengo esteve em Juiz de Fora, ele não sossegou enquanto não tiramos essa foto pra ele.
É claro que virou motivo de gozação em todas as emissoras da TV Alterosa!

Quando o jogo acabou, a torcida explodiu. Gritos, pulos, abraços e eu, torcedor do Fluminense, perdido ali.
O resto da torcida do Botafogo que sobrou, foi embora e os flamenguistas comemoraram pra valer.
Até pisaram nas bandeiras e camisas do alvinegro que encontravam pela frente.
Depois de gravar tudo fomos para a TV deixar os materiais e ir descansar.

Mas, antes de descansar, tive que participar da carreata dos flamenguistas.
Isso, é claro, obrigado.
Eles seguem pela Avenida Rio Branco, a principal de Juiz de Fora, em direção ao Alto dos Passos.
Avenida, que por acaso, é onde eu moro.
São pouco mais de um quilometro e meio da TV até o portão do prédio.
Um trecho curto, que demoramos mais de meia-hora para percorrer.

No caminho, foi possível ver todo tipo de torcedor.
Em um Corsa que parou ao nosso lado, pai, filho e neto comemoravam a conquista do campeonato.
Claro, com a mão afundada na buzina.
Meus ouvidos tricolores não suportavam mais.

Michele Pacheco, como uma boa flamenguista e para me irritar mais ainda, ia rindo à toa.
Pra piorar, uma ligação do sogrão, “Seu” Hélio Pacheco.
Comemorando a vitória e ainda debochando de mim por estar "participando" da carreata do rubro-negro.
E ainda diz que eu serei bem aceito como torcedor do Flamengo!

No meio daquele inferno preto e vermelho, de repente eu ouço um grito diferente. Eram torcedores do Cruzeiro pegando carona e, pra variar, xingando o Clube Atlético Mineiro.
O camarada assentado na janela do carro, ainda gritava com todo mundo que passava. Em Juiz de Fora, cruzeirenses e flamenguistas dividiram o espaço da festa.

Cansei de ver o Maverick preto e branco na minha frente. Preto e branco sim, mas o pessoal que estava no carro era rubro-negro.
Mas, depois de me cansar de vê-lo na minha frente, finalmente chegamos ao nosso prédio.
Abri o portão, mas tive que aguardar a multidão de flamenguistas acabar de passar na calçada.

Cheguei à garagem e tirei mais uma foto. O barulho era ensurdecedor. Buzinas, hinos, funks, tudo misturado. Pensei que chegando em casa meu pesadelo rubro-negro ia acabar, mas não acabou. Estou escrevendo no vigésimo andar e ouvindo “uma vez flamengo...”. Na sala, a Michele fica zapeando de um canal a outro para ver os gols. Já ouvi a narração de cada um deles tantas vezes que até decorei!
O jeito hoje vai ser dormir ao som de Flamengo campeão.

Vai ser pesadelo, na certa!

sábado, 3 de maio de 2008

Enterro de Agostinho Pestana

Por Michele Pacheco

Sábado de plantão. Estávamos de sobreaviso, já que não havia pautas previstas para hoje.
Mas, nossa editora ligou avisando da morte do Agostinho Pestana e pedindo que cobríssemos o velório e o enterro do ex-prefeito de Juiz de Fora. Fomos para o Cemitério Parque da Saudade, onde encontramos familiares, amigos e muitos políticos.
Entre eles, os ex-prefeitos de Juiz de Fora, Tarcísio Delgado e Mello Reis, o ex-presidente da República Itamar Franco, e o vice-prefeito de Juiz de Fora, José Eduardo Araújo.

Agostinho Pestana da Silva Neto nasceu em 1928, se formou em engenharia na mesma turma do ex-presidente Itamar Franco e foi prefeito de Juiz de Fora em 1971-1972.
Na época, a legislação permitia apenas dois anos de mandato.
Itamar era prefeito e lançou a candidatura do amigo, com o slogan "as obras não podem parar".
Agostinho fez uma administração ousada, com muitas obras que foram deixadas de herança para o município.

Enterro é o tipo de reportagem que detestamos fazer. Quando você perde uma pessoa querida, quer sossego para chorar a dor e a saudade. Aí, vem o pessoal da imprensa, com câmeras, microfones, invadindo a capela do velório e causando alvoroço. Honestamente, se fosse um parente meu, eu ficaria irada com a falta de respeito de alguns colegas. Por isso, eu e o Robson temos uma postura nesse tipo de situação que é criticada por algumas pessoas.
Nós não entramos nas áreas de velório, exceto se não houver outra opção.
O Robson faz as imagens da porta ou da janela, de forma a não "agredir" a sensibilidade de quem está no local.

Ocorrem excessões, como no enterro dos presos que morreram queimados na cadeia pública de Ponte Nova.
A multidão era tanta, que não dava para fazer imagens de fora, foi preciso entrar.
Mesmo assim, o Robson entrou, registrou o que precisava e saiu, abrindo espaço para quem estava lá para se despedir de um parente ou amigo.

Hoje, enquanto o Robson fazia algumas imagens do lado de fora, eu entrei, cumprimentei o Secretário de Saúde de Minas Gerais, Marcus Pestana, apresentei as condolências em nome da TV pela morte do pai dele e pedi à esposa, Ligia Dutra, que foi nossa colega de trabalho na TV Alterosa, que avissasse caso ele tivesse condições de gravar entrevista. Saí e fiquei esperando do lado de fora.
Quando ele conseguiu controlar um pouco a emoção, veio e gravou.
Não há razão para chegar, invadir o local e ir colocando o microfone.
Todo mundo gosta de ser bem tratado e não custa nada a gente se colocar um pouco no lugar dos outros.

Esperamos o fim da missa para registrar o enterro. Eu, o Robson, o José Marco dos Reis (TV Panorama), a Daniela Arbex e o Marcelo Ribeiro(Tribuna de Minas) e o João Schubert (Jornal Panorama) ficamos num canto, colocando o papo em dia.
Numa situação dessas, a gente fala de tudo.
Ajuda a passar o tempo e afasta as lembranças de pessoas queridas que já se foram e sempre voltam à memória quando estamos num velório ou enterro. Nada como um bom bate-papo com os colegas para afastar a tristeza.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Câmara Municipal e a poluição visual

Por Robson Rocha

A poluição visual em Juiz de Fora é grande e várias foram as tentativas de diminuir esse problema.
As placas são enormes e muitas vezes não nos deixam ver a beleza da cidade.
Pra gente que trabalha com imagens é complicado.
No jornalismo, temos que evitar a todo custo mostrar placas comerciais.

O que na realidade é propaganda de graça. Pra não mostrar as placas, apelamos para a profundidade de campo para manter as propagandas desfocadas no vídeo para que o telespectador não reconheça a marca que aparece na imagem, mudamos ângulos, etc.

Mas, em alguns casos se torna impossível evitá-las.
Gravar passagens, por exemplo, no calçadão da rua Halfeld é um desafio.
Só explicando: passagem é a hora em que o repórter aparece no vídeo no meio da matéria (no início, chamamos abertura, e no fim, encerramento). São letreiros, placas não só no alto, mas também nas portas das lojas, o pessoal que carrega placas, e até orelhões que não pode aparecer ao lado do repórter.
É difícil escondê-las.

Certa vez, marcaram a gravação com um coral, na porta do prédio antigo da prefeitura de Juiz de Fora, onde hoje funciona a Funalfa, órgão municipal ligado à cultura. Quando a matéria foi ao ar, a Cristiane Armond, que na época era repórter da TV Alterosa, me perguntou porque deixei vazar a marca de um magazine nas imagens.
Vazou porque é um outdoor imenso e toda vez que fazia uma imagem aberta para localizar que eles estavam na esquina mais movimentada de Juiz de Fora o nome aparecia.

O Decreto nº 8.637/2005, de 24-08-2005, dispõe sobre a instalação de engenhos de divulgação de publicidade e toldos em imóveis tombados, que no artigo 22 e 24 diz o seguinte:

Art. 22 - É vedada a instalação de painéis, tabuletas ou outdoors no entorno de imóveis tombados que interfiram, impeçam ou reduzam a sua visibilidade.

Art. 24 - O descumprimento dos arts. 20, 21, 22 e 23 implica ao infrator a penalidade estabelecida no art. 18 do Decreto-lei n.º 25, de 30 de novembro de 1937, e do art.47, da Lei n.º 10.777, de 15 de julho de 2004.

Aí, fico meio sem entender quando passo na Avenida Rio Branco e vejo um outdoor enorme bem na fachada do prédio onde funcionava a Prefeitura de Juiz de Fora e hoje funciona a Funalfa.
O prédio, construído em 1918, projetado pelo arquiteto Rafael Arcuri e tombado pelo Patrimônio Histórico, tem um estilo eclético.
Eclético, mas não combina com aquela coisa laranjada.

O outdoor é uma propaganda de empresas que participam da reforma no prédio da Câmara Municipal, também histórico.
A reforma do prédio da Câmara Municipal é muito bem vinda, mas fica no mínimo estranho, o Poder Legislativo, que faz e deveria fiscalizar as leis, não respeitá-las.
E, ainda mais colocando aquele obelisco de mau gosto ao lado de uma das construções mais bonitas de Juiz de Fora.

Aumento no preço do pão

Por Michele Pacheco

Só de pensar nele me dá água na boca!
Quentinho, crocante e cheiroso, o pãozinho é um tentação pela manhã. Quem resiste a passar uma camada de manteiga e vê-la derretendo?
Pois é, o pão faz parte do cardápio de praticamente todos os países.
Segundo a ABIP, Associação Brasileira das Indústrias de Panificação, no Brasil, 55% da venda de trigo se destinam ao fabrico do pão.

A indústria da panificação está entre os seis maiores setores da economia nacional, sendo responsável por 2% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB). Dados do Sindipan mostram que "a mão de obra direta empregada pelo setor no país é ao redor de 600 mil trabalhadores diretos e mais de 1,5 milhão indiretos. Os empregos diretos no setor produtivo atingem 210 mil. Além de cerca de 100 mil pequenos empresários e uma quantidade não dimensionada de familiares dos mesmos no universo de mais de 52 mil empresas."

Mesmo assim, a ABIP afirma que o brasileiro come pouco pão. "A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 60 kg/per capita/ano. Estamos atrás de vários países sul-americanos e europeus.
Este é um dos motivos por que vamos desenvolver ações em prol do incremento do consumo", afirma Alexandre Pereira, presidente da ABIP.
O país ocupa o décimo nono lugar no ranking mundial, tendo consumido em 2007 29kg/per capita.

Um dado interessante, segundo a FIEC, Federação das Indústrias do Estado do Ceará, é que a " distribuição geográfica das padarias no Brasil é maior na Região Sudeste, onde estão 43% dos estabelecimentos.
Vinte e quatro por cento ficam na Região Nordeste; 22% na Região Sul; 7% na Região Centro-Oeste e 4% na Região Norte.
Do total de 52.286 padarias espalhadas pelo Brasil afora, São Paulo tem o maior número – 10.560 pontos –, o equivalente a 20,2% do total. O Ceará é o 14º estado com maior número de panificadoras – 1.128 –, correspondendo a 2,16% do total."

Os panificadores brasileiros passam por um momento complicado. A Argentina produziu 40% menos trigo que o esperado. Com isso, reduziu a exportação e aumentou o preço do produto. Só nos três primeiros meses deste ano, o trigo quase dobrou de preço. O resultado já é sentido no bolso do consumidor. Fizemos uma reportagem sobre o assunto e ouvimos um aposentado que reclamou que já está pesando no bolso. Uma dona de casa mostrou otimismo e disse que acredita que os donos de padaria vão dar um jeito de não prejudicar os compradores. Um dono de padaria disse que o aumento do preço do pão é inevitável. Ele está comprando a farinha de trigo mais cara e conta que em janeiro vendia o quilo do pão por R$ 6,28. Em abril, o valor já era de R$ 6,98.

Os historiadores lembram que o pão faz parte da cultura de vários povos e pode ter sido um dos primeiros alimentos criados pelo homem.
Não há registros precisos da origem dele, mas acredita-se que o pão tenha surgido há 12 mil anos, junto com o cultivo do trigo na região da Mesopotâmia, hoje Iraque.
No Brasil, o consumo de pão só se popularizou no início do século XIX, com a vinda dos imigrantes italianos.

Independemente do tipo, do sabor e do modo de preparar, o bom e velho pãozinho tem lugar de honra na nossa mesa. Eu e o Robson somos apaixonados por ele! Sempre que dá, a gente pede um delicioso pão de sal com queijo minas na chapa.
Os funcionários de algumas padarias já nos conhecem e, basta nos ver chegando, que vão logo acendendo a chapa. Ai, me deu fome! Ainda bem que acabei de comprar um estoque de pãezinhos.
Com o frio que está fazendo aqui em Juiz de Fora, nada melhor que um bom chocolate quente com pão, saboreado na frente da TV, dividindo a coberta com meu marido querido!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Carrapatos e protestos

Por Robson Rocha

Nessa quarta-feira, começamos o dia de gravações com uma matéria para a semana que vem.
Fiz minhas imagens e tive que ficar esperando, pois a Michele estava fazendo a matéria para a tv e para o Guia de Negócios, do Jornal Estado de Minas.
Depois de mais de duas horas, minha região glútea já estava quadrada!
Na Avenida Independência, uma cena do velho oeste.
Em pleno centro de Juiz de Fora, um cavalo amarrado a uma árvore

Dali, seguimos para o bairro Monte Castelo, onde o pessoal do Departamento de Vigilância Epidemiológica da prefeitura estaria aplicando carrapaticida em cavalos, mulas e afins usados por carroceiros.
O trabalho faz parte do combate à febre maculosa, que é transmitida pelo carrapato.

Muitos dos casos registrados em Juiz de Fora são de pessoas que tiveram contato com eqüinos ou moravam perto de onde havia carroças de tração animal.
Por isso, no ano passado, foi feito um cadastro dos carroceiros em Juiz de Fora.

Entre cadastradas e não cadastradas, estima-se que circulem pelas ruas de Juiz de Fora mais de 90 carroças.
A aplicação havia começado na Benjamim Constant, perto da linha férrea no centro da cidade, onde fica o maior ponto de carroceiros de Juiz de Fora.

No Monte Castelo, os animais custaram para ser levados e ficamos mais uma vez aguardando. Eu morrendo de frio, pois o tempo estava quente e fui trabalhar com uma camisa fininha. Mas, o clima mudou. O vento frio doía e eu já imaginava o resfriado que pegaria.
Depois de um tempo, três animais foram levados. Mas, sem os donos, ninguém tinha coragem de pegá-los.
Fiz algumas imagens, gravamos entrevista e passagem.
E por fim, um garoto laçou o primeiro animal e foi aplicado o carrapaticida.
Logo depois, chegou um carroceiro e o estado, digamos etílico, dele não era bom.
Ele estava completamente embriagado e, segundo o veterinário, esse é um dos maiores problemas desses trabalhadores. A grande maioria sofre de alcoolismo.
Depois de aplicações em alguns animais fomos embora. No carro, senti alguma coisa me andando. Quando paramos no sinal, levantei a perna da calça e encontrei um carrapato estrela, de primeira grandeza.
O tirei da minha perna e a Michele deu fim nele pra mim.

Segui pra TV e deixei a Michele fechando o texto do Guia, que tinha que ser enviado para Belo Horizonte, e fui gravar a manifestação “Fora Bejani” na porta da Câmara Municipal.
Cheguei lá e me lembrei que segundo o Luiz Carlos Duarte, repórter fotográfico do Jornal Panorama, as quartas-feiras, desde o mês de abril, viraram sinônimo de reunião da imprensa de Juiz de Fora.

E lá estavam três repórteres fotográficos trocando figurinhas. Fernando Priamo, da Tribuna de Minas, Luiz Carlos Duarte, do Jornal Panorama e Carlos Mendonça do jornal O Tempo.
Depois de fazer imagens, ficamos aguardando o que os manifestantes iriam fazer. Segundo a Polícia Militar eram cerca de 80 manifestantes, que dessa vez não saíram em passeata.

Sindicalistas e representantes estudantis protestaram com faixas e fizeram discursos em frente à escadaria da Câmara.
Quando a manifestação acabou, alguns vereadores começaram a deixar a sede do legislativo municipal.

Depois que sai do trabalho, fui a um boteco tomar uma cerveja e encontrei uma fonte que me contou uma coisa, no mínimo, interessante.
Ela me disse que no dia da prisão do prefeito de Juiz de Fora, o combustível das viaturas teria sido pago pela Prefeitura de Juiz de Fora. De lá pra cá, as viaturas só participaram de uma operação, pois a Prefeitura não estaria mais abastecendo os carros da Polícia Federal.
Será?

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Câncer em MInas

Do Portal Minas

Por ser o câncer uma doença que mata sete milhões de pessoas no mundo e, atualmente, a segunda causa de mortalidade no Estado, foi lançado nesta sexta-feira (25) o 6º Informativo da Vigilância do Câncer de Minas Gerais, publicado pelo Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus fatores de risco da Superintendência de Epidemiologia da subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O objetivo do Informativo é apresentar os tipos de câncer por municípios, com prioridade de investigação, para auxiliar no planejamento de ações de prevenção e controle. O estudo avaliou a mortalidade por câncer dos 853 municípios mineiros.

Segundo a coordenadora do programa de Avaliação e Vigilância do Câncer da SES, Berenice Navarro Antoniazzi, das análises realizadas foram encontrados 122 municípios com resultados alterados para algum tipo de câncer, categorizados como de alta ou altíssima prioridade de investigação. “Através dos resultados é possível que cada município investigue o câncer para validar a doença, voltando o olhar para a análise”, destacou.

As análises foram classificadas por quatro categorias: baixa, média, alta, altíssima, onde essas duas últimas foram selecionadas para identificar os municípios de alta ou altíssima prioridade de investigação futura.

“O Informativo apresenta a avaliação do câncer nos municípios visando atender à demanda crescente que chega à SES-MG, proveniente de populares, gestores, instituições, profissionais de saúde e outros sobre a situação do câncer em suas cidades”, enfatizou o superintendente de Epidemiologia, Aníbal Arantes Júnior.
Estiveram presentes no evento o coordenador estadual do programa de Controle de Câncer de Colo Uterino e de Mama, Sérgio Bicalho, o representante da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Sebastião Cabral Filho, e o representante da gerência de Redes Assistenciais de Alta Complexidade, Luis Adelmo Lodi.

6º Informativo
Para a elaboração do 6º Informativo da Vigilância do Câncer, baseados no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) de 2001 a 2005, foram definidos os 12 tipos de câncer específico e todas as neoplasias mais freqüentes da doença.
São eles:
esôfago; estômago; próstata; mama feminina; colo uterino; boca; leucemias; tecido linfático; traquéia, brônquios e pulmão; cólon, reto e ânus; meninges e encéfalos; fígado e vias biliares intrahepáticas e todas as neoplasias.

Estudos apontam os 122 municípios onde as prioridades de investigação alta e altíssima apareceram mais vezes. Do conjunto avaliado, esses municípios apresentaram resultados alterados, ou seja, com mortalidade maior do que a esperada para algum tipo de câncer. A metodologia permitiu encontrar resultados alterados em pequenos municípios, como Acaiaca, Araguari, Conselheiro Lafaiete e São Lourenço cada uma com um registro. “O objetivo é alcançarmos os pequenos municípios, onde encontramos resultados acima do esperado. A partir daí, se tornam municípios para investigação, onde trabalhos de prevenção serão iniciados”, falou Antoniazzi.As cidades que apresentaram maior número de registros alterados foram Montes Claros, Belo Horizonte e Juiz de Fora, ou seja, vários cânceres apresentam uma mortalidade acima do esperado.

A mortalidade por câncer no Brasil é de 80,04 por 100 mil habitantes.
Em Minas, o índice é de 81,89 óbitos. O dado específico por cidade não foi divulgado porque, segundo a secretaria, varia muito de acordo com as características regionais.
O câncer de pulmão é o mais comum entre os casos registrados em Minas. Depois aparece o câncer de estômago, esôfago, próstata, colo, reto e mama. Entre a população mineira, o câncer é a segunda causa de mortalidade, sendo responsável por 14% dos casos.
Em Montes Claros, há alta incidência de câncer de esôfago, o que pode ter relação com o alto consumo de cachaça.
Fonte: Secretaria de Estado de Governo