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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Tráfico usava olheiro de 12 anos

Por Robson Rocha

Estávamos gravando a matéria no bairro Santa Rita, quando outra fonte ligou, nos informando de uma operação de busca e apreensão que policiais da 32ª Cia estavam realizando no bairro Ipiranga, zona sul da cidade.
Chegando, fomos rapidamente mostrar onde os policias procuravam as drogas e encontraram algumas pedras de crack debaixo de um tanque e de colchões velhos.

No local, quatro pessoas foram presas e três adolescentes e uma criança foram apreendidos.
O que mais nos chamou a atenção foi o fato de um garoto de 12 anos estar sendo usado como olheiro e avião pelos traficantes, segundo os militares.
A PM já monitorava o movimento de drogas no local há dois meses e a proximidade de escolas preocupava as autoridades.

Isso, sem se esquecer que muitas vezes os traficantes pagam pelo trabalho com droga.
Quando entrei gravando, o garoto estava ao lado de uma adolescente de 15 anos, que usava a parte de cima de um biquíni e um shortinho curto.
Segundo os policiais, ela se prostituía no local em troca de drogas.

Nessa hora é até difícil avaliar, pois bem próximo ao local existem duas escolas que é o local onde deveriam estar a criança e os adolescentes.
O delegado de plantão ouviu os 4 e entregou todos eles aos pais de cada um.
O triste é saber que eles provavelmente voltarão para o mesmo lugar.
Alguns estão viciados e dependem da droga.

O que a gente vê é que, infelizmente, os programas que existem hoje pouco podem fazer por estes adolescentes.
Eles querem dinheiro rápido para conseguirem o que querem.
Nos dois casos de hoje, as casas são extremamente simples, mas com eletrodomésticos de primeira, aparelhos de som da melhor qualidade e celulares de última linha.
O que o trabalhador honesto dificilmente vai conseguir com tanta rapidez.

Mas, deixando essa discussão de lado e voltando ao fato, todos foram levados para a 7ª delegacia regional.
Lá, a polícia apresentou todo o material.
Além de eletrodomésticos sem nota foram apreendidos:

Sessenta e cinco buchas de maconha e mais um quilo em tijolos.
Cento e cinqüenta e três pedras de crack.
Uma balança de precisão.
Um revólver calibre 22
Material para embalar a droga
E, um frasco de anabolizante para cavalo.
Aquele que muitos jovens aplicam para parecerem mais forte e muitas vezes têm os músculos necrosados.
Além disso, foram apreendidos uma moto, oito celulares e 247 reais.

Assassinato no bairro Santa Rita em Juiz de Fora

Por Robson Rocha

Hoje no meio da tarde recebemos uma informação de uma fonte que havia no alto do bairro Santa Rita, zona leste de Juiz de Fora, um homem de camisa vermelha armado, tentando matar um homem de camisa laranja.
Mas, tínhamos que ir à delegacia fazer uma outra gravação.
Quando estávamos gravando, nos informaram sobre um homicídio no bairro Santa Rita.

Acabamos a gravação e fomos direto, não tínhamos o endereço, apenas a referência, perto do ponto final da linha 401.
No bairro, rapidamente alguns moradores nos indicaram o local.
Havia muita gente na rua e as viaturas estavam saindo para um rastreamento, uma vez que a polícia já sabia quem seriam os autores do crime.

Segundo a irmã da vitima, eles estavam no portão quando quatro homens chegaram e já foram atirando em direção a Leonardo Silvestre, conhecido como Banana. O servente de pedreiro, de 21 anos, tentou fugir dos tiros e pulou para o quintal do vizinho.
Ainda segundo a irmã de Leonardo, como o grupo foi atrás, ele tentou voltar e se esconder dentro de casa, mas levou tiros na cabeça e no pescoço e morreu na porta da cozinha.

Janaína, irmã do rapaz morto, gravou entrevista e explicou como tudo aconteceu.
Mas, foi a polícia que explicou o porquê do crime. Em off, alguns policiais relataram que o motivo do assassinato foi que Banana e o grupo teriam cometido assaltos, mas a vitima não teria repassado a parte dos comparsas.
Além de pequenos furtos, a turma costumava se envolver com drogas.

A polícia recebeu informações de que os assassinos fugiram em um carro cinza.
Eles deram buscas em vários pontos da região leste de Juiz de Fora, mas não tiveram êxito.
Segundo o tenente Paulo Souza, da 70ª Cia., policiais da Rotam, Rocca, e da 70ª Cia continuam rastreando a área em busca dos suspeitos.

Segundo a irmã do Leonardo, o crime aconteceu devido a uma briga de turmas.
Se isso é verdade, a justiça vai mostrar, mas uma coisa é real, as brigas entre gangues estão fugindo ao controle das autoridades.Os enfrentamentos entre gangues do Milho Branco e Jardim Natal já fizeram algumas vitimas. Em quase todos os bairros da cidade as gangues estão se enfrentando e na maioria das vezes isso não entra para as estatísticas. Outro dia, turmas do Bom Jardim e do Linhares se enfrentaram na “mão’ e com pedradas. Mas, quando a PM chegou, não havia mais nada. Aí, eles registraram um W2, na linguagem policial “veve 2”, nada constatado.
Com isso, oficialmente, não existem as brigas entre gangues, até que haja uma vítima.

Adolescente furta moto e causa acidente

Por Michele Pacheco

Nossa primeira pauta de hoje foi um acidente entre uma moto e um caminhão, na BR 040.
Fomos ao local já imaginando que o motoqueiro tivesse se ferido bastante.
Nesse tipo de batida, é raro o condutor da moto sair ileso.
E foi o que aconteceu mais uma vez.

Chegamos ao local, no bairro Santa Cruz, zona norte de Juiz de Fora e encontramos o pessoal do jornal Tribuna de Minas por lá. Enquanto a Joana apurava o que tinha acontecido, o Antônio Olavo Cerezo virava de um lado para o outro em busca de um ângulo melhor.
De longe, só dava para ver o caminhão parado e a moto estacionada atrás dele.

O acidente foi num trecho da BR 040 que está sendo duplicado, onde há muitas máquinas e caminhões trabalhando.
Segundo o motorista do caminhão, ele tinha acabado de encher a caçamba com terra e deixava a lateral da pista para entrar na rodovia e seguir até o local de descarga. Foi quando viu uma moto, seguindo em alta velocidade e aparentemente sem controle.

A motocicleta bateu na lateral do caminhão.
Quando chegamos, ainda havia marcas de sangue nos pneus.
O policial rodoviário federal encarregado da ocorrência contou que o adolescente de 16 anos, que pilotava a moto, teve fratura exposta na perna e muitos ferimentos pelo corpo. Ele foi socorrido por uma ambulância da Concer, empresa que administra a BR 040 entre Juiz de Fora e o Rio de Janeiro, e levado para o Hospital de Pronto Socorro.

Tínhamos acabado de registrar o fato, quando o dono da moto apareceu muito nervoso.
Ele conversou com o policial e foi em casa buscar documentos dele e do veículo. A informação inicial era de que ele era irmão do adolescente acidentado. Mais tarde, o ajudante de mecânico esclareceu que só é amigo da vítima. Muito nervoso com a situação, o dono da moto negou ter emprestado o veículo a alguém inabilitado. “Eu pedi que ele lavasse a moto para mim. Em vez disso, ele foi à minha casa e pediu à minha mãe a chave, dizendo que eu tinha autorizado. Eu não sabia de nada. Ele pegou a moto para ir com o pessoal para uma cachoeira” contou o rapaz à polícia.

Pela conversa dos amigos da vítima que acompanhavam o caso, não é a primeira vez que o adolescente apronta algo desse tipo. Ele tem colocado a própria vida em risco e a de outras pessoas também.
E, muitas vezes, a família fica em casa sem saber de nada, até receber uma ligação da polícia e quase morrer de susto.
Se a versão do dono da moto for verdadeiro, o adolescente cometeu um ato infracional, já que furtou o veículo.
Dessa vez, ele sobreviveu. Tomara que sirva de lição e tenha mais prudência no futuro.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Incêndio no centro de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Fim de tarde, muita gente nos pontos de ônibus esperando para voltar para casa depois de um dia cansativo de trabalho.
De repente, quem estava nos pontos de ônibus e nas lojas da Avenida Getúlio Vargas, entre as ruas Halfeld e Marechal Deodoro, notou uma fumaça intensa saindo de um prédio.
O susto foi grande, o trânsito ficou complicado e uma multidão de curiosos começou a se aglomerar.

Muita gente corria de um lado para o outro tentando ver o que estava acontecendo ou tentando fugir do perigo.
Carros e ônibus seguiam lentamente, satisfazendo a curiosidade dos motoristas.
Para evitar acidentes, os policiais da 30ª Cia. desviaram parte do tráfego, permitindo que apenas os coletivos seguissem pelo trecho com problema.

Quatro viaturas dos bombeiros, entre elas dois caminhões-tanque, foram enviadas ao local.
Os bombeiros se dividiram em duas frentes de trabalho.
Um grupo puxou as mangueiras por dentro de uma lanchonete para chegar à sobreloja do comércio vizinho, onde começou o fogo.
A dona da lanchonete cedeu passagem e contou que a sobreloja funcionava como um depósito.

Outra equipe de bombeiros usou uma escada para subir na marquise e uma machadinha para quebrar o vidro de um basculante.
O trabalho foi rápido e perigoso, já que a fumaça intensa dificultava enxergar o que estava acontecendo dentro da sobreloja.
Essa foi uma das dificuldades que eles enfrentaram no combate a esse incêndio.

Cada um que saía do prédio estava sujo de fuligem e com os olhos lacrimejando por conta da fumaça.
Segundo o sargento Sandro Heleno, do 4º Batalhão de Bombeiros Militares, o local abafado, com pouca ventilação e muita fumaça, atrapalhou o trabalho.
Mesmo com esses obstáculos, as equipes agiram rápido e conseguiram controlar a situação e acalmar comerciantes e moradores do local.

A água jogada pelos bombeiros na sobreloja escorreu para as lojas e os comerciantes corriam de um lado ao outro tentando salvar os produtos e os móveis.
O sargento Sandro Heleno contou que algumas irregularidades foram encontradas no local que funcionava como depósito para caixas de papelão. A fiação elétrica estava em péssimas condições. Os bombeiros não sabem dizer se ela já estava assim antes e pode ter provocado um curto-circuito, causando o incêndio, ou se foi destruída pelo fogo.

Entre as diversas caixas de papelão, os bombeiros encontraram fogos de artifício em situação irregular.
A causa do incêndio vai ser investigada. Mas, pelo visto, não faltam possibilidades.
Por sorte, ninguém ficou ferido. O comércio ainda estava funcionando quando o fogo começou e o risco de feridos foi grande.

Eleições 2008 – Segundo turno em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Os candidatos Margarida Salomão (PT) e Custódio Mattos (PSDB) seguem na maratona do segundo turno.
Os dois estão cheios de compromissos e correndo de um lado para o outro da cidade.
Hoje, participaram de um encontro no teatro do Espaço Mascarenhas.
A reunião foi organizada pelo Comitê Central Popular e pelo Movimento pela Moralização da Política.

Os integrantes dos dois grupos se uniram e têm criado vários eventos na cidade.
São eles que organizam o Grito dos Excluídos, todo ano no dia 7 de setembro.
Dessa vez, decidiram atuar mais ativamente no processo eleitoral.
Juntos, criaram um Protocolo de Compromissos e convidaram os dois candidatos a assinar o documento.

São 10 itens:
Compromissos Gerais / Transporte / Saúde / Meio-ambiente / Moradia / Inclusão social / Comunicação / Relação com os servidores públicos / Educação / Cultura e Lazer.
Em cada um deles há regras de conduta que o(a) candidato(a) deve adotar caso seja eleito(a) para a prefeitura de Juiz de Fora.

Segundo os organizadores, o protocolo foi elaborado com sugestões de vários segmentos sociais, inclusive entidades de classe e de movimentos populares.
Depois que a porta-voz do Comitê Central Popular, Maria Luísa Pires, explicou aos candidatos o motivo do encontro e leu cada um dos compromissos propostos, foi feito um sorteio para que os candidatos comentassem a iniciativa.

Custódio Mattos foi o primeiro.
Ele explicou que não assinaria logo o documento, pois os compromissos propostos não dependem apenas do candidato que for eleito. Certas decisões só podem ser tomadas depois de consulta aos departamentos jurídicos e financeiros da administração municipal. Para ele, não é só uma questão de boa-vontade do prefeito eleito, mas uma necessidade de não descumprir leis.
O candidato do PSDB pediu tempo para avaliar o protocolo, mas elogiou a iniciativa de mobilização para criá-lo.

Margarida Salomão teve opinião diferente.
Ela disse que os termos apresentados coincidem com várias propostas levantadas na última reunião do PT, em Juiz de Fora.
A candidata também elogiou a iniciativa dos grupos que criaram o protocolo, falou da importância da participação popular nas decisões políticas e reforçou alguns itens abordados no protocolo de compromissos.
Margarida assinou o documento, mas antes anotou uma ressalva. Ela concorda em cumprir o protocolo, desde que as propostas estejam de acordo com as questões jurídicas e administrativas.

Os dois candidatos deixaram o Espaço Mascarenhas com destino a outros compromissos de campanha. Na reta final da eleição municipal, cada minuto é precioso no contato com os eleitores.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Enxame de abelhas em Escola Municipal de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Os bombeiros foram chamados no fim da tarde por policiais militares.
Os pms faziam patrulhamento pelo bairro Jardim Esperança, zona sudeste de Juiz de Fora, quando foram abordados pela diretora da Escola Municipal Olinda de Paula Magalhães.
Ela estava preocupada com o aparecimento de um enxame na parte dos fundos do colégio.
Com a roupa própria, os bombeiros usaram uma escada para ter acesso ao telhado, onde estaria alojado o enxame de abelhas.
O objetivo deles era conferir o tamanho, a espécie e a quantidade dos insetos.

Depois de terminar a vistoria, o Tenente Acácio Tristão gravou entrevista e explicou que a situação estava sob controle, que as abelhas estavam calmas e ninguém tinha sido atacado.
Os bombeiros pretendiam voltar ainda esta noite à escola.
No período noturno, as abelhas ficam mais calmas e isso facilitaria a retirada do enxame.

Como alerta, o tenente orientou que as pessoas que se encontrarem em situação parecida não devem se aproximar demais dos insetos, nem tentar a remoção sem ajuda.
O trabalho feito de forma incorreta é perigoso e pode levar a um ataque do enxame.
A picada da abelha pode ser fatal para quem tiver alergia.

O correto é observar detalhes como local onde se instalaram, se estão atacando alguém, se o acesso é complicado...
Depois, basta ligar para os bombeiros, passar as informações e pedir a retirada.
Nas cidades onde não há bombeiros, a opção é acionar a polícia militar, que vai providenciar ajuda.

Mulher é presa com produtos de furto em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Uma mulher de 40 anos foi presa em flagrante.
No início dessa tarde, os policiais militares do Grupamento de Operações Escolares, da 30a Companhia, passavam pelo calçadão da rua Halfeld, no centro comercial de Juiz de Fora.
Eles estavam tranqüilos, encerrando o expediente, quando notaram uma mulher em atitude suspeita dentro de uma loja.
Da vitrine, eles notaram que ela colocava vários produtos dentro de uma sacola.

Ela foi reconhecida pelo Cabo Paulo Henrique Santos por ter praticado furtos em outras ocasiões.
A mulher agia com tranqüilidade e saiu da loja como se nada tivesse acontecido.
Mas, não era um dia de sorte para ela.
Os policiais fizeram a abordagem e encontraram 11 colares e dois pares de brincos que tinham acabado de ser furtados da loja de bijuterias.

Em outra sacola, estavam vidros de esmalte, lixas de unha, creme hidratante e duas embalagens de incenso.
Esses produtos não tinham nota e os policiais suspeitam que também tenham sido furtados.
Em outra sacola, estava a surpresa maior.
Três faqueiros, duas garrafas térmicas, 7 barras grandes de chocolate, um copo e outros produtos que foram furtados das Lojas Americanas, no calçadão.

Os policiais orientam os comerciantes a ficarem atentos às medidas de segurança passadas pela Polícia Militar.
Espelhos em pontos estratégicos e câmeras de segurança sempre ajudam a inibir ou flagrar os espertinhos.
Em caso de suspeita de furto, basta acionar a polícia militar pelo 190.

domingo, 12 de outubro de 2008

Manga Ubá em perigo

Por Michele Pacheco

Quem já passou pela Zona da Mata Mineira, na região de Ubá, com certeza já se encantou com as alamedas formadas por mangueiras nas margens das estradas.
No período da safra da manga, havia fila de pessoas com baldes e latas cheios de manga Ubá à venda nas rodovias.
Doce, suculenta e saborosa, essa espécie da fruta é uma das preferidas para fazer sobremesas e sucos.

Ultimamente, temos observado que o número de mangueiras diminuiu bastante e os vendedores são cada vez mais raros. Sempre nos perguntamos o porquê disso.
A resposta veio numa reportagem que fizemos no mês passado.
Um grupo de pessoas conscientes e preocupadas com o meio-ambiente e o patrimônio cultural da cidade decidiu fazer um trabalho de preservação das mangueiras.
O primeiro passo é o cadastramento.

A equipe liderada pela Elazir Carrara, do Imlor, uma organização não governamental de preservação cultural, pretende registrar todas as mangueiras que restaram no município.
Assim, vai ser possível diagnosticar a quantidade e as condições das árvores.
Uma praga conhecida como “erva de passarinho” atacou a espécie e muitas mangueiras já morreram.
O parasita se espalha pelos galhos e pelas folhas, sufocando a árvore e tornando o fruto imprestável.

A Elazir defende a preservação das mangueiras, porque elas fazem parte do patrimônio cultural da cidade. Ela conta que as mangas foram trazidas pelos imigrantes italianos, no século XIX. Cada família tinha que ter em casa uma mangueira.
Ainda hoje, se a gente andar atento pelas ruas de Ubá dá para notar nos fundos das casas os “pés de manga”. A tradição vai passando de geração em geração.

A professora aposentada, Dirce Carneiro, nos mostrou feliz as três mangueiras que preserva no quintal.
Elas são consideradas históricas, pois geraram as mangas usadas para criar a mangada, doce típico de Ubá que conquistou outros estados.
Dirce conta satisfeita que as mangueiras dela não têm erva de passarinho. “Preservar essas árvores é como manter viva a memória do meu marido.
Quando era vivo, ele sempre ficava sob a sombra das mangueiras e tinha muito respeito por elas. Enquanto eu viver, as mangueiras vão ter lugar garantido aqui em casa” prometeu a aposentada. A Dirce sabe que é uma privilegiada por ter árvores sadias. A praga trazida pelos passarinhos se espalha rápido pelas árvores e a cura é complicada.

Por isso, Elazir e os aliados dela levam tão a sério o cadastramento das mangueiras. Cartazes e folhetos explicativos vão ser distribuídos pelo município.
A iniciativa mobilizou vários órgãos.
A expectativa é de que no primeiro semestre de 2009 já seja possível partir para o combate à praga.
O trabalho conta com uma poda radical dos galhos e não pode ser feito no período de colheita, pois prejudica os frutos.

A gerente da Adubar, Agência de Desenvolvimento de Ubá e Região conta que a campanha é importante para a economia do município, já que a fruta é muito apreciada no mercado e nas indústrias alimentícias. Maria do Carmo Lopes espera que a comunidade colabore, pois, com a preservação da manga Ubá, todos saem ganhando.
E para os fãs de manga, uma boa notícia: a previsão deste ano é de uma safra farta.
Ai, já estou com água na boca!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Eleições 2008 Confusão em Barroso II

Por Robson Rocha

Foi muito legal gravar em Barroso a matéria sobre as eleições na cidade.
Eu não estava muito bem, uma virose estava me provocando um problema intestinal.
Como tínhamos chegado um pouco antes do horário, parei o carro na praça, deitei o banco e me estiquei pra ver se melhorava o mal-estar.
Mas, nem bem me recostei e um senhor chegou à janela do carro e disparou que tinha uma denúncia contra a exposição agropecuária da cidade.

Ele disse que ia avisar ao amigo que tinha todos os documentos. Ele falava e eu só conseguia pensar em um banheiro.
Ele chamou o amigo, que mostrou alguns papéis para a Michele e eu, pensando em outro tipo de papel.
Mesmo assim, guardamos o material para ser avaliado na TV.
Nisso, o assessor do prefeito Arnaud Baldonero Napoleão, muito simpático, aguardou que eu montasse o equipamento e a Michele acabasse de conversar com o denunciante.

O prefeito nos recebeu em sua sala e eu corri para resolver meu problema.
Voltei e gravamos a entrevista.
Em momento algum, Baldonero deixou de responder às perguntas da Michele e foi muito simpático.
Ele colocou o que achava que havia acontecido e defendeu sua permanência no cargo.

Dali, saímos para ir até a casa da candidata que teve mais votos, Eika Oka de Melo.
Algumas pessoas não entendem que o espaço é igual para todos.
Ouvimos pessoas dizendo que a gente não tinha que gravar com o Baldonero e outras dizendo que a gente não tinha que gravar com a Eika.
Mas, tudo bem, faz parte.

Quando estava guardando a câmera no case, um senhor veio dizer que tinha que gravar com a Eika, pois ela tinha sido roubada e outro parou defendendo o prefeito.
O tom dos dois começou a subir. Para eles não começarem a discutir, disse aos dois que não gosto de política e muito menos de discutir sobre isso.

Fomos até a casa da candidata e o senhor que estava na praça não demorou a chegar.
Muito simpática, Eika nos recebeu e, da mesma forma que o prefeito, respondeu a todas as perguntas da Michele e explicou na entrevista que ela estava liberada para fazer a campanha.

Ela até nos contou curiosidades do período eleitoral na cidade.
Depois fomos almoçar.
Já era meio-dia e parecia que eu estava com um buraco no estômago.
Pois, devido à virose, eu não tinha conseguido comer nada até àquela hora.
No restaurante, o cheiro era maravilhoso e a comida com uma aparência ótima. Mas, eu não podia pegar pesado e comi salada com bife de frango.
Da próxima vez que voltar a Barroso, vou direto à feijoada, pra descontar.

Mas, no inicio da tarde tínhamos que gravar com a juíza eleitoral da cidade.
A justiça funciona no mesmo prédio da prefeitura e nos perdemos pra achar a sala da juíza.
A galera do térreo foi que nos ajudou. Subimos ao terceiro andar e pediram para aguardarmos um pouco.
Dali a pouco, chegou uma jovem bonita e nos pediu pra aguardar um pouquinho. Custou para que a nossa ficha caísse que era a juíza Valéria Possa Dornellas.
Simpaticíssima ela nos recebeu e gravou entrevista. Tão jovem e tão competente!

A hora de gravar entrevistas foi tranqüila, gravamos a passagem, a parte que o repórter aparece na matéria e aí sugeri de gravar as cabeças do jornal na praça, que por sinal é uma das praças mais bonitas que eu conheço.
Mas aí, um grupo começou a defender seu ponto de vista e tivemos que gravar várias vezes a mesma coisa, pois eles diziam que a culpa é do fulano e o som vazava no microfone. Depois de várias tentativas, conseguimos gravar algumas.

A gente entende que as pessoas estavam curiosas, tanto que a rua ficou cheia e as janelas da prefeitura também. Mas, algumas pessoas não entendem que não vamos tomar partido, não é essa a nossa função.
A expectativa é de que o resultado do julgamento da Eika no TSE saia até o dia 18 de dezembro. E, independente de quem fique na prefeitura, espero que a gente volte pra fazer a matéria e ter tempo pra tomar uma cerveja e comer uma feijoada.