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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Tupi 1 x 1 Ituiutaba – Série C do Brasileirão

Por Michele Pacheco

Numa noite fria, poucos torcedores foram prestigiar o Tupi no primeiro jogo em casa pela competição.
O público pagante foi de 780 pessoas.
Em campo, o galo carijó buscou a primeira vitória na Série C do Campeonato Brasileiro.
O time estreou com derrota para o Noroeste.

O Tupi começou melhor a partida, com força no ataque pra driblar a defesa do Ituiutaba, conhecida pela marcação forte.
Os jogadores carijós deram pouco espaço para o adversário e imprimiram um ritmo rápido no início do primeiro tempo.
O gol saiu aos 20 minutos. Lucas arrancou pela direita e chutou.
Leandro Lopes, goleiro do Boa, defendeu e soltou a bola nos pés de Marquinhos Alagoano, que não perdoou e mandou no fundo da rede.
Depois, foi comemorar com o banco de reservas.

O susto fez o Ituiutaba acordar.
Enquanto o Tupi relaxava com o resultado, o Boa aumentava a pressão.
A troca de passes começou pela direita.
A bola sobrou para Moreno chutar forte e colocado, no canto direito do goleiro Marcelo Cruz. Moreno correu para o técnico Nei da Mata e comemorou muito.
Afinal, empate na casa do adversário tem gosto de vitória na competição.

O segundo tempo teve lances polêmicos.
Os jogadores do Tupi pediram pênalti num lance que o juiz considerou normal.
Pela reclamação, ele ainda deu cartão amarelo a um jogador carijó.

Da cabine, nós acompanhávamos tudo.
Do alto bem que pareceu pênalti!
Duro foi ver tanta jogada importante ser criada e desperdiçada.
Mais uma vez o galo de Juiz de Fora foi fraco nas finalizações.
Aos 42 minutos, o Ituiutaba balançou a rede.
Mas, antes que o time comemorasse, o bandeirinha avisou que houve impedimento.
Logo depois, foi a vez do Índio aproveitar a bola disputada na área, chutar para a rede e sair correndo pra comemorar.
O que ele não viu é que a bola não entrou.
Foi por pouco.
Puro capricho da sorte. Ou do azar!

Depois da partida, o técnico do Tupi, Toninho Moura, avaliou o desempenho do time.
Ele considerou a equipe melhor no segundo tempo, com a entrada de Henrique, Índio e Roniclei. Mas, avisou que ainda não sabe se vai mudar a escalação para o próximo jogo.
“Temos que levar em conta o desgaste de um jogo difícil como esse. Alguns jogadores saíram reclamando e o departamento médico tem que avaliar cada caso. Achei o time mais organizado no segundo tempo. O empate em casa não foi fatal. Os outros times da chave também empataram. O que tem mais pontos está com 4. O Tupi tem 1 ponto. Nada está definido ainda.” comentou o treinador carijó.

Já o técnico do Ituiutaba, Nei da Mata, avaliou que o empate na casa do adversário tem um gosto de vitória.
Ele gostou da atuação da equipe e disse que é importante conquistar pontos em todas as partidas.
O resultado mantém o tabu: o Tupi não vence o Boa desde 2001!
O próximo desafio do Tupi na competição é contra o Mirassol (SP) no domingo que vem, no Estádio Municipal de Juiz de Fora, às 11 da manhã.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Caindo de quatro diante do Tupi

Por Robson Rocha

O último treino do Tupi para o jogo contra o Ituiutaba, foi no estádio Municipal e fomos gravar. Afinal de contas, temos que apoiar o time da cidade.
O time perdeu o primeiro jogo, contra o Noroeste, e amanhã tem que ganhar.
Chegamos pouco antes do time e o técnico Toninho Moura, sempre simpático brincou com a galera da imprensa e foi para o campo.

O time correu bastante, mas parece que ainda falta um matador, aquele cara que sabe fazer gols. Enquanto eu fiquei isolado gravando imagens do treino, a galera se reuniu no banco de reservas. Na realidade, eram vários “técnicos” avaliando o trabalho do Toninho.
Mas, nessa foto, dá para reparar uma coisa. Não tem nada a ver com futebol.
Porém, ainda bem que a Michele é repórter, imagine se ela é uma fotografa?
Ia sair em todas as fotos!

Mas, voltando ao treino.
Tentei durante todo o primeiro tempo do coletivo gravar um golzinho, mas nada de gol.
Coloquei a câmera no tripé pra ter mais estabilidade (mentira, foi pra descansar o ombro!) e nada de gol.
O time até que chegava, mas não acertava o alvo.

O Renato, assessor de imprensa do Tupi, não quis participar, mas a galera no banco de reservas estava apostando de tudo.
A primeira disputa foi tentar acertar o público pagante amanhã no jogo.
Isso, levando em consideração que o jogo é às oito e meia da noite, vai estar frio pra caramba (segundo a meteorologia) e o Flamengo jogo às nove e meia.
A segunda disputa foi o placar do jogo.
Como somos democráticos, mas não somos bobos... Teve todo tipo de resultado.
Deixe esse assunto pra lá e vamos voltar ao treino.

O Luiz Carlos Duarte, o Prainha, tentou de tudo para conseguir uma boa imagem do time do Tupi.
Afinal de contas ele estava tentando a foto da capa de amanhã do Panorama.
Diga-se de passagem, a Michele até se redimiu da primeira foto e fotografou o Prainha tentando um bom registro depois de trocar de lente várias vezes.

Mas, ele conseguiu registrar uma coisa muito estranha.
Seria um caçador de formigas?
Uma pessoa caída no gramado do estádio Mário Helênio?
Ela teria se sentido mal ou, quem sabe, teria tropeçado?
Porém, cair nessa posição, digamos, napoleônica? Mas, é difícil de explicar.
Eh, vamos dizer que o Luiz registrou alguém que talvez estivesse caindo de quatro diante Tupi.

Nada disso. Era o repórter fotográfico da Tribuna de Minas, Diogo Kling, tentando um ângulo diferente. Será?
Está certo, é tudo pela profissão, mas evite fazer isso na nossa frente, podemos ter pesadelos à noite. Rsss...
Ainda mais, como nosso sócio Prainha à caça de fotos para o blog!
Mas, assim como o Diogo, amanhã o Tupi vai se levantar da derrota para o Noroeste e vencer o Ituiutaba e voltar a brigar na série C do Campeonato Brasileiro.

Acidente fatal em São João del Rei

Por Michele Pacheco

O acidente foi por volta de uma hora da manhã dessa segunda-feira, na MGT 383, entre Lagoa Dourada e São João del Rei. Um professor de 43 anos contou aos policiais da 13a Cia. Independente de Meio Ambiente e Trânsito da Polícia Militar que seguia de Lagoa Dourada para São João del Rei dirigindo um Renaut Scenic, quando viu uma moto seguindo desgovernada no sentido oposto.

O motorista contou ainda que não conseguiu evitar a batida.
Dione Átila da Silva, de 26 anos, conduzia a motocicleta e morreu no local.
Segundo um passageiro da moto, o motociclista perdeu o controle da direção do veículo ao derrapar em óleo na pista, seguiu desgovernado na contra-mão e bateu de frente no carro.

Nesse caso, segundo os policiais militares rodoviários, a causa do acidente parece ter sido mesmo óleo na pista.
Mas, a maioria dos acidentes registrados na região foi causada por algum tipo de imprudência.
Seja por excesso de velocidade, condutores inabilitados ou motoristas com nível elevado de álcool no sangue que perdem a capacidade de raciocínio e ficam com os reflexos lentos, não conseguindo evitar acidentes.

Para mudar a situação, a 13a Cia. Ind. de Meio Ambiente e Trânsito intensificou as operações preventivas.
Acompanhamos uma delas, no último fim de semana.
Eles estavam de olho nos motoristas que misturam álcool e direção.
A Operação Grau Zero vai acontecer sempre aos fins de semana, feriados e vésperas de feriados.
O objetivo é colocar em prática a Lei de Tolerância Zero.

Analisando os dados apresentados pela PM, fica claro que houve um aumento significativo das operações de caráter preventivo e repressivo em junho/2008, reduzindo em 24% o índice de acidentes em relação a junho 2007. A utilização do radar nas operações de controle de velocidade ajudou a coibir os excessos praticados pelos condutores.
O Major Cláudio Trevisani, comandante da 13a Cia. estava satisfeito com o resultado do trabalho desenvolvido e está otimista quanto a resultados ainda melhores. A estratégia é distribuir melhor os policiais nas áreas de cobertura da companhia e intensificar o controle nos locais de maior risco.

Segundo a assessoria de imprensa da 13a Cia., os resultados positivos são explicados pela "ocupação desses segmentos críticos, orientada pelo Comando da Unidade, mormente nos dias e horários de maior incidência de registros de acidentes, com certeza também contribuiu para esta redução.O efetivo lançado através de remanejamentos inteligentes nas frações, também aumentou propiciando a ocupação de diversos pontos de risco de acidente, no mesmo tempo e em dias e horários de maior fluxo.Outro fator preponderante foi o aumento do número de veículos fiscalizados e autuados, coibindo ações abusivas dos usuários, além de demonstrar claramente a eficácia e o compromisso com o resultado que aflorou no seio da tropa."

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Saúde sem recursos em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Foi realizada hoje uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Juiz de Fora.
O tema foi a dificuldade de atendimento nas UBS, Unidades Básicas de Saúde, e a necessidade de colocar logo em funcionamento as duas Policlínicas recém-construídas.
Uma fica no bairro São Pedro e vai atender 30 mil moradores da região oeste, conhecida como Cidade Alta.

A outra é no bairro Santa Luzia e vai atender vários bairros da zona sul da cidade.
Os prédios estão prontos, mas não há um equipamento sequer dentro deles.
Enquanto esperam a inauguração, os moradores continuam tendo que procurar socorro no centro da cidade, gastando com transporte valores que poderiam fazer diferença na mesa da família.

Na audiência pública, o secretário de Saúde, Cláudio Reis, explicou que, originalmente, a proposta era oferecer atendimento 24h de urgência e emergência nas Policlínicas, desafogando a sobrecarga no HPS, Hospital de Pronto Socorro. Mas, segundo ele, com os problemas financeiros deixados pela administração anterior, não há recursos para arcar com as despesas para manter as unidades funcionando dia e noite.
As outras policlínicas que já existiam na cidade - uma na zona norte e outra na zona leste - também estão com horário limitado de atendimento, ficando abertas apenas até às dez da noite.

Muitos moradores e líderes comunitários se uniram às autoridades para discutir o problema. Eles reclamaram do atendimento precário nas UBS, contaram que algumas estão com a estrutura comprometida e que outras foram instaladas em locais de acesso difícil. Um vereador lembrou que a Unidade Básica de Saúde do bairro Progresso foi colocada no alto de uma ladeira, impedindo acesso de gestantes, obesos e idosos, fora os cadeirantes!
O Secretário de Saúde ouviu todas as reclamações e admitiu que a situação é complicada. Há muito a ser feito, mas poucos recursos.

Enquanto a justiça trabalha nos processos contra o ex-prefeito Alberto Bejani, apurando se as denúncias de corrupção, com desvio de verbas e enriquecimento ilícito, são verdadeiras, o município arca com o prejuízo.
Nessa confusão de culpados e inocentes, quem paga a conta é o povo.
A atual administração enfrenta um problema por dia, ao ser questionada sobre verbas que deveriam ter sido investidas e não foram, sobre como resolver problemas que estavam escondidos debaixo do tapete, etc.
Aos poucos, a gravidade da situação do município vem à tona, pegando de surpresa todo mundo e deixando no ar um mal-estar grande.
Fica difícil aceitar que um município em franco crescimento tenha que sofrer um baque tão forte.
Só nos resta torcer para que a situação se resolva logo e que Juiz de Fora não mergulhe numa desaceleração do crescimento e ponha em risco o bem-estar dos moradores.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

38º Batalhão PM realiza mega-operação em São João Del Rei

Por Robson Rocha

Nessa sexta-feira, fomos a São João Del Rei.
Em princípio, para gravar uma mega-operação da polícia militar.
Chegamos na cidade pouco antes das nove da manhã.
Seguimos direto para o 38º Batalhão de Polícia Militar, que era o local marcado para encontrar com o pessoal da PM e seguir para a operação.
Porém, achamos estranho, porque o pátio do Batalhão estava cheio de viaturas.
Logo, vimos o pessoal da TV Campos de Minas e da TV Panorama.

O tenente Luiz Eduardo nos recepcionou e nos encaminhou para a sala do Tenente Coronel Milton Costa, comandante do Batalhão.
Lá, percebemos que a operação já havia acabado, pelo menos a parte de cumprimento de mandados.
O trabalho tinha começado às cinco da manhã.
O simpático Tenente Coronel passou todos os dados, gravou entrevista e disse que a operação fazia parte das comemorações do aniversário do batalhão.

A operação contou com 194 policiais, 38 viaturas e até um helicóptero da PM de Belo Horizonte. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em São João Del Rei, Tiradentes e Santa Cruz de Minas.
Uma pessoa foi detida e levada junto com o material apreendido para a delegacia de São João del Rei.
Os policiais disseram que o rapaz é conhecido por vender drogas na cidade.
Porém, o jovem nega qualquer envolvimento com os fatos.

Na delegacia, gravamos o material.
Foram apreendidos R$3.102 em espécie, MP4, MP5, 8 pares de tênis, 17 camisas oficiais de times variados, 2 pares de chinelos, 3 bicicletas, 2 seringas, 1 colchão inflável, 30g de maconha, 10 gramas de cocaína, entre outras coisas.
E, em Tiradentes, foi apreendida uma réplica de uma PT380, uma furadeira e uma makita.

Dali, fomos gravar as operações relâmpago.
Seguimos as viaturas pelas ruas da cidade, os policiais estavam fortemente armados.
Uma das operações foi a “corredor de segurança”, blitzem realizadas nas entradas da cidade.
Uma das operações aconteceu na porta de um motel. Um motorista saiu com seu carro, deu uma paradinha e pediu para eu não gravá-lo, senão ele caía no flagrante em casa.
Se era verdade eu não sei, mas que ele levou um susto com as câmeras e a polícia, ah, isso levou!

Um registro à parte é como a imprensa sofre feliz.
Além dos profissionais de TV, jornais e rádios de São João Del Rei, tínhamos a Michele e eu, o Bruno e o Manoelzinho que saímos cedaço de Juiz de Fora e, apesar da fome, dê uma olhada na nossa cara de felicidade na foto, que foi tirada às 11 da manhã.
Mas, a coisa estava tão feia, que o Bruno entrou em um boteco e a única coisa que encontrou para comer foi um pacote de “chulézinho”.

Mas, voltando à operação.
Fomos acompanhar batidas policiais nos bairros mais problemáticos.
Isso, com o apoio do helicóptero.
Foram várias abordagens e o que chamou a atenção, foi o número de jovens sem ocupação.
Em pleno meio-dia de uma sexta-feira, eram várias galeras reunidas em calçadas nos bairros.

Os policiais ainda fizeram varreduras nas áreas próximas às abordagens, uma vez que são pontos de venda de drogas e os traficantes escondem os entorpecentes no meio do mato, no meio do lixo, enterrados no chão e até em buracos em muros.
E, sem um cão farejador, o trabalho da PM se torna mais difícil.

Mas, segundo o comandante do 38º Batalhão, desde a implantação da unidade na cidade, a presença policial e o trabalho de inteligência reduziram drasticamente o índice de crimes violentos na região. Ele disse que a queda no número de homicídios e tentativa de homicídios foi de 71%.
Em 2005, foram 28 assassinatos em São João del Rei e esse número caiu para 3 no primeiro semestre de 2008.

Ainda segundo o Tenente Coronel Milton Costa, isso aconteceu pois foi realizado um diagnóstico da criminalidade que apontou a rivalidade entre grupos como um dos principais fatores.
A polícia não gosta do termo, mas são gangues.
Os policiais prenderam lideres das 13 gangues conhecidas na cidade e as mortes diminuíram em São João Del Rei e Santa Cruz de Minas.

Voltando ao nosso trabalho, fomos até um campo de futebol da cidade para ir de helicóptero fazer imagens da operação.
Imagens aéreas em helicóptero são sempre gostosas de fazer, só tem que ter sangue frio para ficar assentado para fora do aparelho.
Apesar de estar preso ao cinto de segurança e ter um cabo prendendo a câmera, quando ele vira, você fica de cara para o chão.

O difícil foi na hora de gravar a passagem da Michele, pois eu não tinha com virar o corpo para dentro do helicóptero.
Ajustei o foco, o diafragma e gravei deduzindo que estava certo, sem olhar no visor.
Até ai foi bem, mas na hora que derivei a câmera, não tinha mão para ajustar o diafragama e o vídeo estourou.
A Michele ainda registrou o vôo com nossa câmera.

Mas, uma coisa fundamental para fazer imagens aéreas é a competência do piloto.
O que nos levou é fera, sabe exatamente como posicionar a aeronave.
O cara tem a visão de um cinegrafista.
Isso, fora as manobras.
Em um determinado momento, ele simplesmente parou o helicóptero com uma estabilidade tão grande que deu para fechar o zoom todo nas viaturas em uma rua do bairro, praticamente sem balançar a imagem.

Voltamos para a terra nos despedimos de todos e fomos almoçar, porque àquela hora a fome era tanta que já tinha lombriga tentando o suicídio!
Mas, falando sério, esse tipo de trabalho é muito importante para aumentar a segurança na cidade.
Pra gente que é de fora e está acostumado em operações haver apreensões grandes, parece estranho a quantidade de material apreendido e apenas uma pessoa detida.
Mas, a gente acompanha há muito tempo a violência e só de ver a queda no índice de homicídios, dá pra ver que o trabalho está valendo a pena.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Exército Brasileiro treina jornalistas

Por Michele Pacheco

O Exército está realizando em Juiz de Fora o curso de Correspondente de Assuntos Militares.
O objetivo é preparar alunos e profissionais de jornalismo para coberturas de ações das Forças Armadas.
Ao mesmo tempo, os alunos da Escola de Comando do Estado Maior são preparados para o contato com a imprensa.
As atividades começaram na última terça-feira e terminam na quarta que vem.

Fomos cobrir o curso e encontramos estudantes e jornalistas formados atentos a tudo o que era ensinado.
Além de conhecer a rotina militar, as formações da tropa, as diferentes ações praticadas, etc, os participantes tiveram instruções teóricas sobre regras de sobrevivência e formas seguras de acompanhar o trabalho militar.
Entre as atividades de hoje, os destaques foram escalada e rapel.
O pessoal nem piscava diante das orientações dos instrutores.

A jornalista Andréia Lua, assessora de imprensa da Câmara Municipal de Juiz de Fora, estava lá. Ansiosa para cumprir as determinações práticas, ela ainda deu uma paradinha para gravar entrevista.
Disse que estava adorando o curso e que é muito importante, tanto para quem já está na profissão quanto para os estudantes, saber melhor o que acontece no exército, como os militares agem e o significado de cada ação.

Nosso colega do jornal Estado de Minas, Ricardo Beghini, tinha dupla função: estava participando do curso e aproveitando para fazer uma matéria especial sobre o assunto.
O Robson ficou debochando e incitando o grupo a ceder a vez no rapel, para que o Beghini fosse o primeiro a descer.
Mas, ele se revelou um grande estrategista.
Antes que alguém levasse à sério as provocações do Robson, o Beghini tratou de ser cavalheiro e ceder a vez às mulheres do grupo.
Além disso, se ofereceu para tirar fotos de todos os alunos que fossem descer.

Para muitos, um curso como este pode parecer pura diversão, uma atividade curiosa e diferente.
Mas, para quem lida direto com o perigo em guerras ou missões de paz da ONU, a convivência pacífica e o entendimento entre militares e jornalistas pode garantir o bom resultado do trabalho.

O Major César Augusto Gerken comandou tropas brasileiras à serviço das Nações Unidas no Haiti.
Perguntei de que forma o trabalho dos correspondentes ajuda ou atrapalha as tropas.
Ele explicou que a divulgação das missões de paz é importante para mostrar ao mundo as dificuldades enfrentadas pelas tropas e pelos habitantes das áreas em conflito.

Mas, uma informação divulgada de forma errada pode acabar com anos de trabalho sério e estratégias de paz.
"Um jornalista deve estar preparado para avaliar o que vir e buscar a informação correta.
No Haiti, um policial estava prestes a ser assassinado por rebeldes, quando nosso grupo passava por perto.
Demos o alerta para espantar os agressores e respondemos aos tiros que eles deram.
Durante o tumulto, o policial levantou a moto e deixou o local, agradecendo com um gesto.

No meio de uma confusão como essa, será que os jornalistas sabem identificar quem atirou primeiro?" explicou o major.
Se um jornalista acompanhasse a cena e não tivesse noção de que a Força de Paz respondeu ao fogo, poderia publicar uma história errada e criar um incidente internacional de grandes proporções.

O Tenente Coronel Piraju Borowski, oficial instrutor da Escola de Comando do Estado Maior, estava satisfeito com o resultado do curso. Para ele, já passou da hora de acabar com o mal-estar entre militares e jornalistas, uma herança do Golpe de 64.
A desconfiança mútua pode ser perigosa e atrapalhar uma missão importante.
"Os jornalistas devem entender que a informação oficial vai sempre ser passada pelo Exército, assim como dados das missões que possam ser divulgados e não atrapalhem o desenrolar do trabalho das tropas. Ao mesmo tempo, os militares têm que treinar o contato com os jornalistas e a forma correta de passar as informações." disse o tenente coronel em entrevista.

As atividades são realizadas no QG da 4a Brigada de Infantaria Motorizada, no 10o Batalhão de Infantaria e num hotel da cidade.
Na próxima terça-feira vai ser feita uma palestra importante: "Amazônia - ameaças e desafios", com o Coronel Speck, especialista no assunto. O evento é aberto ao público, mas vai ter número de vagas reduzido. A palestra vai ser às seis e meia da tarde, no QG da 4a Brigada.

Parabéns ao Exército Brasileiro pela iniciativa.
Tomara que ela dê frutos e se repita por todo o país.

LDU campeão da Libertadores

Por Robson Rocha

Como um bom tricolor, essa quarta-feira foi dia de acompanhar o Fluminense na final da Taça Libertadores da América.
Não pude ir para o Maracanã acompanhar o jogo, pois amanhã trabalho cedo. Mas, mesmo se pudesse, prefiro a tranqüilidade do meu confortável sofá.

Contudo, nessa quarta-feira no início da tarde, o tricolores congestionaram a rua Santo Antônio, no centro da cidade.
Vários ônibus estavam estacionados próximo ao Parque Halfeld, um dos pontos de saída da torcida do Fluminense em Juiz de Fora.
A maioria, já estava uniformizada e um estava abraçado com a bandeira do time.

A galera estava animada para enfrentar a estrada, mas tem que ter vontade, pois é cansativo.
Porém, torcedor é torcedor, ainda mais quando é um fato histórico como esse: o Fluminense na final da Libertadores.
Mesmo que o “busão” não seja novo e não tenha ar condicionado é um dia para entrar pra história e que vai render outras histórias.

Eu sofri o primeiro tempo no sofá, ainda mais com um gol da LDU logo no começo do jogo.
Aos cinco minutos, Guerrón fez uma bela jogada pela direita e cruzou rasteiro para Bolaños que acertou no canto direito de Fernando Henrique, marcando 1 a 0 para os equatorianos.
Tive que me esforçar pra não gritar uns palavrões para a defesa do Fluminense.
O time foi pra frente e aos 11 minutos, Thiago Neves dominou a bola e, de fora da área, chutou de pé esquerdo, marcando o gol de empate tricolor. Mas, a defesa continuava a fazer “caca”.
Thiago Neves virou o jogo. Depois de cobrança rápida de lateral, Cícero cruzou para Thiago Neves marcar o segundo dele na partida e colocar o Fluminense à frente do placar. E, a defesa testando nossa condição cardíaca!

Parecia que o meio de campo e o ataque estavam na final e a defesa em um jogo de várzea.
Mas, pelo menos o primeiro tempo acabou dois a um para o Fluminense.
Porém ainda não era o suficiente, imagino o estado do meu amigo Fabiano Mageste, tricolor doente.
Devia estar quase tendo um ataque de nervos.

Segundo tempo e o coração disparado.
A defesa continuava falhando e a LDU meteu até bola na trave.
Na volta, houve confusão e o goleiro tricolor segurou a pelota.
Falta para o Fluminense e São Thiago (Neves) acerta o cantinho esquerdo do goleiro da LDU.
Ficou tudo igual, já que o time equatorino venceu em casa por 2 a 0, na semana passada. Só faltava fazer um golzinho para desempatar os resultados e administrar a partida, mas a bola não quis mais entrar e o jogo foi para a prorrogação.

Dois tempos de 15 minutos e nada mudou.
Graças ao bandeirinha que marcou um impedimento, que não existiu, levando o juiz a anular o gol que daria a vitória à LDU.
O jogo foi para os pênaltis!
Pra não correr o risco de enfartar preferi não ver as cobranças e aguardar o resultado.
Ainda bem que não vi, pois em quatro cobranças o Flu fez apenas um gol e a LDU perdeu apenas um.

Fim de jogo, fim de papo e o time da LDU é campeão da Taça Libertadores da América 2008.
Ao Fluminense, resta se recuperar no Campeonato Brasileiro.
Meu amigo Carlos Ferreira nem deve ter dormido bem essa noite. E falando em noite, lembra o pessoal que saiu de Juiz de Fora e foi para o Rio assistir ao jogo?
Pois é, a partida acabou uma da madruga e eles ainda teriam duas horas de viagem para lamentar a derrota tricolor.
E, eu, bem, fui pra cama, torcendo para que essa derrota não invadisse meus sonhos.