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Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sábado, 5 de janeiro de 2008

Férias da chefe - Trabalho dobrado.

Por Robson Rocha

Este mês a Michele está no lugar da Gilze na chefia do jornalismo.

E eu estou trabalhando com a Aline Veroneze. www.averoneze.blogspot.com
Muitos vão pensar: “Agora você é peixe!”. Engano. Estou é um peixe frito!
Pra quem pensou que minha vida ia ser boa, se enganou. A Michele na chefia é gentil, educada, etc, etc... Mas pra mim existe um grande problema. Não é machismo, mas agora ela manda em casa e no trabalho.

Pra vocês terem uma idéia, dia trinta de dezembro, depois de um dia longo de trabalho, eu estava esparramado no sofá, enquanto minha linda chefinha, dormia o sono dos justos. Quando, por volta de 23horas, recebi a informação de um crime em Matias Barbosa, um cara teria seqüestrado a namorada e ameaçava matá-la. Eu tinha que passar a informação pra minha chefe. Tudo bem, pois seria difícil de achar a repórter àquela hora da noite. Minha torcida era pra Aline não atender o telefone e a gente recuperar o assunto na manhã do dia seguinte. Mas, a Michele nem ligou para a Aline e afirmou que não ia chamar a Aline, pois a filha dela havia acabado de voltar do Rio e que ela, Michele, iria fazer o material. Juro que procurei todas as desculpas do mundo (todo cinegrafista tem um bom manual de desculpas para não fazer uma matéria), mas não encontrei nenhuma.

Fui mal-humorado, bati boca com um soldado aluno da PM.
Mas você acha que meu drama acabou por aí? Não!
Saímos de Matias Barbosa às três da madruga, depois do camarada se entregar para a PM. Só queria meu “bercinho”.

Cheguei em casa e desmaiei, porém foi um desmaio rápido, pois às seis da manhã o celular da Michele tocou. Minha vontade foi de atirá-lo pela janela para não ouvi-lo, mas a Michele ouviu e o pior, atendeu. E o catastrófico: me chamou para trabalhar de novo. Dois trens tinham batido de frente. Tentei algumas argumentações e senti que era voto vencido, 2 a 1. Fui ordenado duas vezes a sair da cama rapidamente. Uma pela chefe Michele Pacheco e outra pela “patroa” Michele Pacheco. Minha vontade foi de esganá-la, mas lembrei da Lei Maria da Penha e fui para o trabalho.

Quando chegamos ao local, meu olho parecia cheio de areia e eu não tinha forças para abri-lo, até ver o acidente. Não pelo acidente, mas pela distância que eu teria que andar no meio do mato. Quando entramos (a área é da Cemig!), fomos expulsos em alto e bom som pela MRS.

Apesar do meu mal-humor, fiquei até feliz com a grosseria do funcionário da MRS. Isso a pelo menos 200 metros do acidente (os caras mandam mesmo!). Aí, não pudemos chegar mais perto. E como o carro da tv ficou preso pelos carros de resgate só pudemos sair do local depois da retirada dos feridos.

Ralei o dia todo, mesmo! Pois meu dia de labuta só acabou depois da virada do ano.


Pelo menos nesse dia, deixei no trabalho a chefe Michele Pacheco e levei pra casa minha carinhosa esposa Michele Pacheco.

OBS: Ela ainda vai ficar na chefia mais duas semanas...