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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Chuva em Minas - A luta pelo recomeço em Muriaé

A Prefeitura de Muriaé, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, DEMSUR, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e diversos empresários da cidade se uniram e organizaram uma Coordenadoria de Trabalho voltada aos problemas causados pela enchente.
A coordenadoria está sob a responsabilidade Defesa Civil Municipal de Muriaé e com sede no Dom Delfim.
Entre as ações a disponibilidade de dois telefones para emergências:
3729-1231 e
3721-4602.

Em um primeiro momento, o IEF já autorizou a retiradas das árvores em risco de queda ao longo da Av. JK, para evitar que elas causem acidentes ou obstruam o Rio Muriaé.
NÚMEROS OFICIAIS:
156 ocorrências registradas pela Defesa Civil desde o dia 17/12 (quarta-feira);
86 áreas de deslizamentos;
36 imóveis danificados (rachaduras, trincas);
41 casas danificadas e com deslizamento de terra;
7 muros caíram;
48 barrancos deslizaram;
12 árvores cortadas (fora as da JK);
22 rachaduras em vias públicas (incluindo 2 escadas);
86 desabrigados.

ORIENTAÇÕES PARA POPULAÇÃO:
Pede-se à população de bairros e ruas não afetados e fora da área de risco, que fiquem em casa.
De maneira alguma se dirijam para as áreas atingidas, pois o grande número de curiosos esta dificultando as ações da frente de trabalho.
Quem se encontra em área de risco, de enchente e deslizamentos de terras, que saia imediatamente de suas residências, e se dirija para a casa de parentes e amigos ou para os abrigos.
Que respeite as áreas de isolamento, demarcadas pela Prefeitura de Muriaé, Defesa Civil Municipal, Dimutran, PM e Corpo de Bombeiros.

DOAÇÕES:
As doações devem ser feitas exclusivamente no DOM DELFIM, na E. M. Gilberto Tanus Braz (João XXIII), na E. M. Nelson Cardoso de Melo (Cardoso de Melo), e na Igreja Metodista Central (Centro).
Neste momento, a necessidade de doações é grande, pois há muitas pessoas desabrigadas e desalojadas.
Doações necessárias:
Pó de Café, Açúcar, Arroz, Feijão, Óleo, Massa de Tomate, Fubá, Água Sanitária, cloro, Sabão em pó, Bucha, Desinfetante, Bombril, Sabonete, Pasta de Dente, Colchão, Roupa de cama.

FRENTES DE TRABALHO:
Coordenação Geral: Arquiteto Fábio Almeida – Coordenador da Defesa Civil Municipal de Muriaé – 8821-9297 / 3729-1284,
Coordenação de Planejamento (decretação de Estado de Emergência): Sinval Ferreira – Secretário Municipal de Planejamento – 88218831-9921

Mais de 80% dos municípios mineiros não têm Defesa Civil atuante

Do Jornal de Muriaé
www.jornaldemuriae.com.br

Em Minas Gerais, menos de 150 dos 853 municípios do estado têm uma defesa civil atuante e preparada para enfrentar desastres como os que estão sendo causados atualmente pelo excesso de chuvas na região.
“Os outros (municípios) têm defesa civil no papel ou nem têm”, afirmou este sábado o diretor de comunicação da Defesa Civil no estado, capitão Edylan Arruda.
Em entrevista à Rádio Nacional, ele disse que as ações de prevenção da Defesa Civil cabem às prefeituras e que o órgão estadual deveria ser chamado somente quando algum desastre ultrapassasse a capacidade do município.
Mas não é isso que acontece.“A dificuldade é que os prefeitos não têm a capacidade, a força política, de criar sua defesa civil municipal.
Com isso, fica uma cidade despreparada, não só para o desastre de chuva mas para todo e qualquer desastre.”
O trabalho preventivo da Defesa Civil é fundamental para que a população e o poder público dêem uma resposta ágil no momento do desastre.
Segundo o capitão Arruda, quando se mapeia a área de risco, pode-se fazer a prevenção, tentando tirar as famílias do local.“Se isso não for possível, deve-se alertar aquelas pessoas, prepará-las para aprender a conviver com isso, saber sair na hora certa. Todo esse trabalho que é feito antes ajuda muito na hora da resposta, porque a cidade já estará preparada, as pessoas já saberão o que fazer. Abandonarão suas casas e terão menos prejuízo.”
Para tentar diminuir a defasagem da maioria dos municípios, ele recomenda que a população exerça pressão política e cobre seus prefeitos.“Do mesmo jeito que se quer uma secretaria de Saúde ou de Educação bem montada, que a sociedade também cobre do prefeito uma Defesa Civil atuante”, afirmou o capitão.
“Quanto mais atuante e preparada for a Defesa Civil do município, mais ações de prevenção vão fazer e mais a comunidade vai estar preparada para receber não só o desastre das chuvas, mas qualquer desastre”, enfatizou.