Por Michele Pacheco
A instabilidade no (CSE) Centro Sócio-educativo de Juiz de Fora ganhou destaque na mídia.

O deputado estava acompanhado do vereador reeleito, Rodrigo Mattos (PSDB).
Do lado de fora, esperamos a saída das autoridades.
Além da nossa equipe, estavam lá o Olavo Prazeres e a Lidiane, do jornal Tribuna de Minas, e o João Schubert e o Marcos, do jornal JF Hoje.
O plantão na porta foi marcado por boa conversa e muitas histórias.
Sem muito o que fazer até a saída do deputado, aproveitamos para fotografar o grupo.

De repente, a gente tem que correr, fica agitado, faz entrevistas e imagens, disputa o melhor ângulo, as melhores informações. Quando acaba, fica a sensação de dever cumprido.
O Robson e o Schubert aproveitaram para trocar de papéis.

Por falar em pose, o flagrante do Schubert mostra a dura vida dos cães que vivem na porta do
CSE. Esta cadela simpática já tinha nos feito companhia na noite da última sexta-feira, durante os dois primeiros motins da semana. Ela é super carente, vive se esfregando em que aparece por lá e tem um apetite voraz.

O Robson deu alguns biscoitos para ela e ganhou o coração da pobrezinha.
Hoje, ela lembrou dele e fez festa. Uma graça!
Na saída, o deputado João Leite contou que a situação no centro é
complicada, que há muitas celas danificadas e que os adolescentes reclamam de maus-tratos e violação dos Direitos Humanos. Ele encontrou pelo menos quatro internos com curativos. Eles contaram que foram agredidos durante os três motins que realizaram em menos de uma semana. O deputado comentou ainda que, pela lista de internos, há muitos garotos de cidades distantes, como Manhuaçu e Santa Rita do Sapucai. Por conta da distânica, eles estão ficando sem visitas de parentes.

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa vai apurar as denúncias e acompanhar as investigações. Perguntei se os deputados também vão acompanhar a situação dos agentes. Afinal, eles foram acuados e agredidos nos motins da sexta-feira e, na última terça-feira, um dos funcionários do CSE foi feito refém durante o terceiro motim em menos de uma semana. Trabalhar em situação de risco, sem conseguir controlar a fúria dos adolescentes é complicado. João Leite contou que todos os agentes e a direção estão afastados. "Eles tiveram contato com muita violência e temos que apurar se estão em condições de voltar ao trabalho " disse o deputado.
"A situação é complicada. Os adolescentes reclamam de agressões e abuso de poder por parte
dos agentes. Isso tem que ser apurado com rigor.

A corregedoria está ouvindo os funcionários e vai investigar a atuação daqueles que foram citados pelos adolescentes " esclareceu João Leite.
O deputado defende o remanejamento dos internos para Centros Sócioeducativos próximos às cidades de origem deles.
"Temos 62 centros em Minas e é preciso manter esses adolescentes perto da família. Sem o contato familiar, a recuperação deles é muito mais difícil" avaliou o deputado.
Ao todo, 15 celas foram destruídas no CSE de Juiz de Fora. O centro tem capacidade para 50 internos e estava com quase esse número.
Seis acautelados foram transferidos, pois já completaram 18 anos.