
Mas, nossa editora ligou avisando da morte do Agostinho Pestana e pedindo que cobríssemos o velório e o enterro do ex-prefeito de Juiz de Fora. Fomos para o Cemitério Parque da Saudade, onde encontramos familiares, amigos e muitos políticos.
Entre eles, os ex-prefeitos de Juiz de Fora, Tarcísio Delgado e Mello Reis, o ex-presidente da República Itamar Franco, e o vice-prefeito de Juiz de Fora, José Eduardo Araújo.

Na época, a legislação permitia apenas dois anos de mandato.
Itamar era prefeito e lançou a candidatura do amigo, com o slogan "as obras não podem parar".
Agostinho fez uma administração ousada, com muitas obras que foram deixadas de herança para o município.
Enterro é o tipo de reportagem que detestamos fazer.

Nós não entramos nas áreas de velório, exceto se não houver outra opção.
O Robson faz as imagens da porta ou da janela, de forma a não "agredir" a sensibilidade de quem está no local.
Ocorrem excessões,

A multidão era tanta, que não dava para fazer imagens de fora, foi preciso entrar.
Mesmo assim, o Robson entrou, registrou o que precisava e saiu, abrindo espaço para quem estava lá para se despedir de um parente ou amigo.

Quando ele conseguiu controlar um pouco a emoção, veio e gravou.
Não há razão para chegar, invadir o local e ir colocando o microfone.
Todo mundo gosta de ser bem tratado e não custa nada a gente se colocar um pouco no lugar dos outros.
Esperamos o fim da missa para registrar o enterro.

Numa situação dessas, a gente fala de tudo.
Ajuda a passar o tempo e afasta as lembranças de pessoas queridas que já se foram e sempre voltam à memória quando estamos num velório ou enterro. Nada como um bom bate-papo com os colegas para afastar a tristeza.