Por Michele Pacheco
Um ajudante de obra de 21 anos foi morto com um tiro na cabeça no início da tarde de hoje, no alto do bairro Santo Antônio.
Ela tirava um cochilo no horário de almoço, tradição nas construções, quando três pessoas se aproximaram.
Uma testemunha contou à Polícia Militar que um deles, o mais jovem, se aproximou com uma arma na mão e atirou na cabeça da vítima, que nem teve como se defender.
Os três sujeitos usaram uma trilha no meio do mato para fugir antes que alguém chamasse a PM.
A estradinha estreita termina numa casa, mas eles desceram por um pasto e correram morro abaixo para ter acesso a uma avenida que passa na parte de baixo.
Os policiais militares da 135a Cia. agiram rápido e identificaram os assassinos como sendo moradores do bairro Santo Antônio.
O que chamou a atenção de uma das testemunhas foi o fato do matador ter chamado a vítima de "Manga, da Vila I".
O jovem realmente tinha o apelido de Manga, mas ele morava no bairro Vila Esperança II, vizinho da Vila Esperança I, mais conhecida como Vila I.
Essa informação leva a PM a suspeitar de uma morte por engano.
Um adolescente de 17 anos foi apreendido e identificado por duas testemunhas.
Ele negou ter participado do crime.
Triste foi ver a reação da mãe do garoto.
Ela chegou do trabalho e encontrou o filho no carro da polícia, apreendido por suspeita de assassinato.
Qualquer mãe sofre só de se imaginar numa situação como esta.
Os outros dois suspeitos têm 19 anos.
O pai de um deles estava arrasado, disse que não conhecia mais o filho, que ele preferia os amigos marginais a conviver com a família e que nunca passou pela humilhação de ser abordado por policiais militares diante de toda a comunidade.
Ele chorou e fiquei com um nó na garganta ao imaginar a decepção que aquele homem estava sentido.