Por Michele Pacheco
A Operação Fronteira começou na semana passada e continua sendo feita todos os dias nos principais acessos a Juiz de Fora.
A Polícia Militar também reforçou a segurança nas cidades mais próximas da divisa com o estado do Rio.
Dos 86 municípios sob a responsabilidade da 4a Região de Polícia Militar, 13 ficam em áreas fronteiriças.
Os que mais preocupam são Além Paraíba e Rio Preto (ambos separados apenas por uma ponte de cidades do Rio de Janeiro) e Juiz de Fora (a maior cidade perto da divisa).
O comandante da 4a RPM, Coronel Anselmo Fernandes, explicou que a situação é tranquila, mas que as atenções foram dobradas nessas áreas de risco.
O objetivo é impedir uma migração criminosa com o fechamento do cerco ao Morro do Alemão, no Rio.
A proximidade com a capital fluminense torna Juiz de Fora bastante atraente para os traficantes em fuga.
Com um relevo acidentado e cerca de 600 mil habitantes, o maior município da Zona da Mata Mineira oferece bons esconderijos.
O coronel não acredita que eles se arrisquem fugindo para cá,
porque sabem que a polícia mineira é rigorosa e têm consciência de que aqui não vão encontrar o que mais precisam: território e apoio da comunidade.
Mesmo com a tranquilidade demonstrada pela polícia, a população está assustada.
Só nesse fim de semana, a PM recebeu pelo 181, o Disque Denúncia Unificado, 19 comunicados de pessoas em atitudes suspeitas.
Uma das denúncias foi de que um churrasco estava sendo realizado no domingo à tarde no bairro São Benedito, zona leste da cidade.
A festa seria patrocinada por traficantes de Juiz de Fora para comemorar a chegada com sucesso de "amigos" foragidos do Rio de Janeiro.
Outra informação foi sobre um homem que estaria internado no Hospital João Penido com dois tiros na cabeça e que teria contado ter sido baleado em Buzios por um marido ciumento.
O coronel explicou que todas as 19 denúncias foram apuradas imediatamente após a informação chegar à PM e que nada foi confirmado.
Mesmo assim, ele pede que a população continue atenta e informando qualquer alteração no local onde mora.
Ainda que as suspeitas não se confirmem, a PM vai apurar e reforçar a atenção.
Os policiais que servem nos destacamentos próximos à divisa foram informados de que podem tirar as folgas sem problemas, desde que não deixem as cidades onde servem.
Já os oficiais estão de sobreaviso e podem ter as folgas suspensas caso ocorra algum incidente.
Quem somos
- Michele Pacheco e Robson Rocha
- JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
- Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Polícia Civil apreende maconha em Juiz de Fora
Por Michele Pacheco
A 6a Delegacia Distrital da Polícia Civil deu mais prejuízos aos traficantes de Juiz de Fora hoje.
A equipe fez uma operação no bairro Vila Olavo Costa, zona sul da cidade.
Num ponto tradicional de venda de drogas, dois adolescentes foram apreendidos e dois homens presos.
Com eles, estavam meio quilo de maconha, cinco buchas prontas para a venda e oitenta porções da droga que estavam sendo embaladas.
O que chama atenção nesse caso é que a operação foi feita na mesma boca estourada pela Polícia Civil no dia quatro deste mês e pela Polícia Militar no dia seis.
O delegado Carlos Eduardo Rodrigues comentou a ousadia dos traficantes que seguem trabalhando no ponto, mesmo sob a vigilância das polícias.
A presença de adolescentes entre os detidos já não é mais novidade.
Eles são um trunfo dos traficantes por não ficarem presos, como ocorre com os "funcionários do tráfico" que são adultos.
O delegado lembra que a facilidade com que eles são liberados após o registro da ocorrência empolga os traficantes, que pagam um valor mínimo para ter esses adolescentes trabalhando para eles.
Como o Estatuto da Criança e do Adolescente não permite que eles sejam mandados para um centro de recuperação e medidas sócio-educativas sem a permissão da justiça, os garotos ficam livres para continuar trabalhando com os traficantes até que sejam avaliados.
Só em casos de extrema violência eles costumam ser acautelados de imediato.
A 6a Delegacia Distrital da Polícia Civil deu mais prejuízos aos traficantes de Juiz de Fora hoje.
A equipe fez uma operação no bairro Vila Olavo Costa, zona sul da cidade.
Num ponto tradicional de venda de drogas, dois adolescentes foram apreendidos e dois homens presos.
Com eles, estavam meio quilo de maconha, cinco buchas prontas para a venda e oitenta porções da droga que estavam sendo embaladas.
O que chama atenção nesse caso é que a operação foi feita na mesma boca estourada pela Polícia Civil no dia quatro deste mês e pela Polícia Militar no dia seis.
O delegado Carlos Eduardo Rodrigues comentou a ousadia dos traficantes que seguem trabalhando no ponto, mesmo sob a vigilância das polícias.
A presença de adolescentes entre os detidos já não é mais novidade.
Eles são um trunfo dos traficantes por não ficarem presos, como ocorre com os "funcionários do tráfico" que são adultos.
O delegado lembra que a facilidade com que eles são liberados após o registro da ocorrência empolga os traficantes, que pagam um valor mínimo para ter esses adolescentes trabalhando para eles.
Como o Estatuto da Criança e do Adolescente não permite que eles sejam mandados para um centro de recuperação e medidas sócio-educativas sem a permissão da justiça, os garotos ficam livres para continuar trabalhando com os traficantes até que sejam avaliados.
Só em casos de extrema violência eles costumam ser acautelados de imediato.
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