Era por volta de nove da noite dessa quarta-feira, quando João de Oliveira, de 63 anos, voltava para casa, na zona norte de Juiz de Fora com a mulher.
Ele perdeu o controle da direção da Caravan numa curva perigosa e o veículo subiu no barranco que fica na margem da rodovia, sentido Lima Duarte-Juiz de Fora.A violência da batida foi tão grande que o guard rail, proteção metálica na beira da pista, foi arrancado do suporte.
O metal virou uma espécie de lança, invadiu o carro pela frente, deslocou o motor do lugar, empurrou a barra de direção para o colo do motorista e saiu destruindo tudo na traseira do carro.A barra passou bem no meio dos bancos.
No caminho, o ferro decepou a perna do motorista.
Segundo os policiais rodoviários federais, quando eles chegaram ao local o sangue esguichava da perna do comerciante, dono de um açougue no bairro Santa Cruz.Os bombeiros prestaram socorro, pararam o sangramento e levaram a vítima para o hospital de Pronto Socorro de Juiz de Fora.
A informação passada pelo hospital no início da tarde foi de que o comerciante passou por cirurgia e estava na sala de urgência, respirando com ajuda de aparelhos.
O estado dele exige atenção.Parece um milagre, mas a mulher do João, a Maria Aparecida de Sá, de 44 anos, estava no banco do carona e saiu ilesa.
Ela teve apenas arranhões, foi atendida no HPS e liberada.O banco do passageiro era a única coisa inteira no carro.
Um vizinho do casal foi até o local para ver o estrago e comentou que o comerciante costuma dirigir depois de beber.
E esse não foi o primeiro acidente dele com a Caravan."Há pouco tempo, ele atropelou sete vacas de uma vez só.
Fez acordo com o dono e levou o carro para arrumar.Tinha uma vaca morta em cima do teto do carro.
Ele bebe muito e não liga de sair dirigindo.Todo mundo já falou para ele ter mais cuidado" contou o homem, lamentando o acidente.
A Polícia Rodoviária Federal encontrou indícios de que o motorista estava acima do limite de velocidade.
Na maioria dos trechos da BR 267, o limite é de 80 km/h.O velocímetro do carro parou marcando 100 km/h.
O Inspetor Lima Correa observou que, por ser uma curva, o simples fato do acidente ter ocorrido já é um indicativo de velocidade incompatível.Ele disse que só a perícia pode afirmar as causas exatas do acidente.